Contra atraso da pandemia, governo de SP deve lançar 4º ano do ensino médio

LAURA MATTOS – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Pelo menos dois governos estaduais no Brasil, São Paulo e Maranhão, devem lançar em 2021 o quarto ano do ensino médio para estudantes da rede pública que queiram recuperar o conteúdo pedagógico perdido em razão da pandemia do coronavírus.

A informação foi dada nesta terça-feira (9) por Felipe Camarão, secretário de Educação do Maranhão, em um debate online promovido pela Fundação Getúlio Vargas.

“Podemos recuperar em 2021 e 2022 o conteúdo principalmente dos anos escolares iniciais. No ensino médio, como não temos tanto tempo, iremos lançar o quarto ano opcional para os estudantes que forem aprovados no terceiro ano e não se sentirem contemplados no conteúdo, seja no remoto, seja no presencial a partir da volta”, afirmou o secretário.

“Eles poderão cursar esse ano obviamente sem nenhum custo. Mesmo que o MEC [Ministério da Educação] não nos mande recursos, o governo estadual irá bancar”, complementou Camarão, que disse que o mesmo seria feito no estado de São Paulo.

Procurada pela Folha, a secretaria de Educação paulista confirmou que o projeto está em desenvolvimento, mas não pôde informar mais detalhes, uma vez que o secretário, Rossieli Soares, está internado com Covid-19 há uma semana e foi transferido para a unidade de terapia intensiva do Hospital 9 de Julho.

A secretaria enviou à Folha o vídeo de um debate sobre o Enem, organizado por Chaim Zaher, dono do SEB (Sistema Educacional Brasileiro), em que Rossieli falou do projeto, no final de maio.

Segundo o secretário, a ideia surgiu em uma live em que alunos perguntaram se poderiam cursar novamente o terceiro ano em 2021, mesmo que sejam aprovados, para se prepararem melhor para o Enem e para outros vestibulares.

Diante disso, ele passou a discutir com a sua equipe a criação do quarto ano opcional, algo que, segundo ele, já havia sido cogitado nas discussões sobre o novo ensino médio brasileiro.

A partir de 2022, os currículos devem estar reformulados para se tornarem mais flexíveis, centrados no interesse dos alunos, com itinerários que eles escolham, a fim de que se dediquem mais a matérias de sua preferência. A implementação dessa mudança, que já era complexa no mundo pré-pandemia, tornou-se ainda mais complicada agora.

As datas para a reabertura das escolas ainda não foram definidas no país, e a retomada deverá ser regionalizada, baseada no estágio da pandemia em cada lugar.

Além disso, é prevista uma volta gradual, sendo que não há consenso, nem no Brasil nem internacionalmente, se deverá ocorrer primeiro pelos alunos mais novos ou se pelos mais velhos.

O Maranhão, de acordo com o secretário, deixará as crianças menores por último, por terem menos condições de respeitar os protocolos de segurança contra a transmissão.

No estado, retornarão inicialmente as faculdades, depois o ensino médio e na sequência o fundamental 2 (sexto ao nono), o 1 (primeiro ao quinto) e, por fim, o infantil. Ele acredita que essa última etapa possa ocorrer apenas entre outubro e novembro. Em São Paulo, segundo a secretaria, o cronograma ainda não foi definido.

Bolsonaro acusa eleitora de falar ‘abobrinha’ e pede que ela se retire do Alvorada

GUSTAVO URIBE – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O presidente Jair Bolsonaro pediu nesta quarta-feira (10) que uma eleitora se retirasse do Palácio do Alvorada e a acusou de falar “abobrinha”.

Na conversa que promove diariamente com um grupo de simpatizantes, o presidente se irritou com um comentário de uma mulher, não identificada, que o criticou sobre a condução da crise do novo coronavírus.

Ela disse que o país tem hoje 38 mil famílias de luto e que votou no presidente nas últimas eleições, mas que sente que ele traiu a população.

“Nós temos hoje aqui 38 mil mortos por causa da Covid. E, realmente, não são 38 mil estatísticas, são 38 mil famílias que estão morrendo nesse momento. O senhor, como chefe da nação, eu votei no senhor, fiz campanha para o senhor, acho até que o senhor me conhece. E eu sinto que o senhor traiu a nossa população”, afirmou.

A cena foi registrada por um eleitor do presidente e publicada nas redes sociais. Para evitar o contato com a imprensa, Bolsonaro instalou um espaço para eleitores nos jardins da residência oficial, longe da portaria principal.

Contrariado com a mulher, Bolsonaro se afastou da eleitora. Ela, no entanto, continuou a criticar o presidente, que pediu para que ela se retirasse do local e cobrasse o governador de seu estado.

“Se você quiser falar, sai daqui, que você já foi ouvida. Cobre do seu governador. Sai daqui”, disse o presidente.

Ela, no entanto, não se retirou e não desistiu de cobrar Bolsonaro. Os outros eleitores presentes no cercadinho pediram que ela ficasse calada, mas ela prosseguiu questionando.

“Está aí aquela figura falando abobrinha lá”, disse o presidente. “Vem com essa demagogia de usar uma coisa séria, os mortos. Nós respeitamos e temos compaixão do pessoal que perdeu os familiares, não interessa em qual circunstância”, acrescentou.

No final da conversa, quando a mulher já não estava mais no local, Bolsonaro disse que o bate-boca com ela “vai ser matéria da imprensa o dia todo”.

“Essa figura que estava aqui vai ser matéria agora da imprensa o dia todo”, afirmou. “Vai ser matéria o dia todo”, acrescentou.

O Brasil registrou na terça-feira (9) 719.449 casos confirmados do novo coronavírus e 37.840 óbitos pela doença causada pelo vírus.

Os dados são fruto de uma colaboração inédita entre O Estado de S. Paulo, Extra, Folha, O Globo, G1 e UOL para reunir e informar números sobre o novo coronavírus.

As informações são coletadas com as Secretarias de Saúde, e o balanço é fechado às 20h de cada dia. A doença mata mais de um brasileiro por minuto e faz mais vítimas que doenças cardíacas, câncer, acidentes de trânsito e homicídios.

Diferentemente dos demais países com grande número de casos, o Brasil ainda não começou a achatar a curva de disseminação da doença.

Na entrada do Palácio do Alvorada, o presidente criticou a OMS (Organização Mundial de Saúde) e disse que ela costuma voltar atrás em anúncios. Ele se referiu a um mal-entendido sobre a declaração de uma integrante do órgão mundial sobre a transmissão do novo coronavírus por assintomáticos.

“Ela disse que o pessoal assintomático não transmite. Aí voltou atrás de novo. Parece que tem algo mais grave por trás disso tudo. É quebrar os países”, afirmou.

Além da Av. 40, Daae faz reparo emergencial em adutora próxima à Washington Luís

O Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) de Rio Claro está fazendo reparo emergencial em adutora de 400 milímetros que se rompeu sob a Rodovia Washington Luís na manhã desta quarta-feira (10), próximo ao reservatório do bairro Jardim Centenário.

Para executar o serviço foi necessário interromper temporariamente o abastecimento de água, o que pode ocasionar baixa pressão ou interrupção temporária no fornecimento de água nos bairros: Jardim Guanabara, condomínios e parte do Jardim das Palmeiras, Terra Nova, Nova Rio Claro, Jd. Centenário, Maria Cristina, Benjamin de Castro, Jd. Brasília e Jardim das Nações.

Devido às dificuldades operacionais e de acesso ao local que está a adutora, embaixo da Rodovia Washington Luís, ainda não há previsão de conclusão do reparo e normalização do abastecimento nos bairros afetados.

A autarquia pede que os munícipes façam uso responsável da água durante toda a quarta-feira (10) e vai atualizar as informações do reparo assim que possível.

O Daae pede para que os consumidores façam uso responsável da água e reforça a importância de terem caixa d’água em seus imóveis, já que durante os serviços de manutenção os imóveis que possuem caixa d’água não sofrem com eventual falta d’água, o que reduz transtornos em casos de interrupção no fornecimento.

As caixas d’água possuem volume suficiente para 24 horas de consumo racional, além de a instalação ser obrigatória, conforme o Código Sanitário Estadual.

Daae faz reparo emergencial em adutora próximo ao reservatório da Avenida 40

O Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) de Rio Claro está fazendo reparo emergencial em rede de abastecimento de 200 milímetros que se rompeu na Avenida Perimetral, entre as ruas 12 e 13, no bairro BNH, próximo ao reservatório de água da Avenida 40.

Para realizar o serviço, foi necessário interditar o trânsito na via, no sentido centro-bairro. A orientação é para que o munícipe redobre a atenção e os cuidados e evite transitar nas proximidades, procurando rotas alternativas para diminuir riscos de acidentes.

Também foi necessário interromper temporariamente o abastecimento de água, o que pode ocasionar baixa pressão ou interrupção temporária no fornecimento de água nos bairros: Parque Universitário, Wenzel, BNH, Alto do Santana, Santana, Vila Elizabeth, Vila Olinda e outros bairros próximos.

A previsão para conclusão dos trabalhos é para até o final da tarde desta quarta-feira (10) e o abastecimento nos bairros vai ser retomado gradativamente logo após o término do reparo na rede de abastecimento, durante o período da tarde.

Nesse período, o Daae pede para que os consumidores façam uso responsável da água e reforça a importância de terem caixa d’água em seus imóveis, já que durante os serviços de manutenção os imóveis que possuem caixa d’água não sofrem com eventual falta d’água, o que reduz transtornos em casos de interrupção no fornecimento. As caixas d’água possuem volume suficiente para 24 horas de consumo racional, além de a instalação ser obrigatória, conforme o Código Sanitário Estadual.

Na retomada do abastecimento serão realizadas descargas na rede. Pode haver casos pontuais de cor escura na água, que devem ser relatados à Central de Atendimento do Daae pelo telefone 0800-505-5200, que funciona 24 horas por dia e também atende chamadas via celular.

O Daae informa ainda que ao restabelecer o abastecimento, há um aumento temporário na pressão em alguns pontos da rede, o que pode deixar a água com um aspecto “esbranquiçado”. Neste caso, a água está apenas cheia de ar, podendo ser consumida normalmente.

USP desenvolve vacina por spray nasal contra a covid-19

Agência Brasil

A Universidade de São Paulo (USP) está desenvolvendo uma vacina por spray nasal contra a covid-19. De acordo com a universidade, o modelo de imunização já foi testado – com  resultados positivos – em camundongos contra a hepatite B. 

Para construir a nova vacina, os pesquisadores da USP colocaram uma proteína do novo coronavírus dentro de uma nanopartícula, criada a partir de um substrato natural. A substância resultante é aplicada em forma de spray nas narinas do paciente. 

Segundo a equipe que desenvolve a vacina, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, a expectativa é que o organismo do paciente produza a IgA Secretoram, um tipo de anticorpo presente na saliva, na lágrima, no colostro, no trato respiratório, no intestino e no útero, que atuaria no combate ao novo coronavírus.

A nanopartícula criada pelos pesquisadores e utilizada na construção da vacina permite que a substância permaneça na mucosa nasal por até quatro horas, tempo suficiente para ser absorvida e iniciar uma reposta do sistema imunológico. De acordo com a USP, para garantir a imunização, serão necessárias a aplicação de quatro doses – duas em cada narina, com intervalo de 15 dias.

Os protótipos devem ficar prontos em cerca de três meses – quando será possível iniciar os testes em animais. Os pesquisadores estimam que o produto seja repassado ao público a um custo de R$ 100 reais.

Também estão participando da pesquisa virologistas e imunologistas do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, especialistas em nanotecnologia do Instituto de Química da USP, pesquisadores da Plataforma Científica Pasteur-USP, e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Operação Sintonia combate o crime organizado e narcotráfico na região

Uma operação comandada pela Polícia Civil de Cordeirópolis em conjunto com outras forças de segurança é realizada na manhã desta quarta-feira (10) na região.

O objetivo é o combate ao crime organizado e narcotráfico. Mandados são cumpridos em cidades como Cordeirópolis, Charqueada, Araras, Santa Gertrudes e Limeira.

Policiais do 10º Baep de Piracicaba, policiais civis, GCM, Pelotão Ambiental e helicóptero Pelicano atuam nas buscas, apreensões e prisões.

Liminar suspende decreto dos comissionados na Prefeitura de Rio Claro

A Justiça concedeu uma liminar na noite dessa terça-feira (9) em que determina a suspensão dos efeitos do decreto municipal e de todas as portarias que renomearam no final do mês de maio mais de 200 servidores comissionados na Prefeitura de Rio Claro. A decisão, proferida pelo juiz Dr. André Alcântara, dá 48 horas para que o município atenda à decisão. A liminar ocorre dentro da ação popular peticionada pela servidora municipal de carreira Elaine Cristina de Lima da Silva.

No processo, assinado pela advogada Rosemari Castello, destaca-se que após a Câmara Municipal derrubar o projeto de lei que versava a Reforma Administrativa desses cargos, o Poder Executivo exonerou 255 comissionados atendendo a decisão judicial no curso da ação civil pública movida pelo Ministério Público. No entanto, posteriormente a administração utilizou-se do decreto para poder renomear os servidores, conforme o JC noticiou anteriormente. A reportagem completa você confere na edição impressa do JC nesta quarta-feira (10).

Rio Claro tem 34 novos casos de Covid-19 e bate recorde diário

Novos 34 casos de Covid-19 foram confirmados em Rio Claro em boletim divulgado na terça-feira (9), pela Secretaria Municipal de Saúde. O número representa novo recorde no município, superando os 21 casos registrados na sexta-feira (5). Agora, Rio Claro soma 224 casos positivos da doença.

“Estamos ampliando leitos, comprando equipamentos e realizando testes, mas sem o apoio da população não conseguiremos conter a transmissão do coronavírus”, observa o prefeito João Teixeira Junior. “Conseguimos a flexibilização da quarentena e é preciso que as pessoas se conscientizem de que isso não quer dizer que podemos descuidar das medidas preventivas e do distanciamento social”, acrescenta o prefeito Juninho.

Dos novos casos apenas um é de pessoa idosa, 19 estão entre as pessoas na faixa etária de 21 a 40 anos e 14 novos casos são da população entre 41 e 60 anos. “O coronavírus tem acometido pessoas de todas as faixas etárias e o resultado do comportamento adotado hoje aparecerá lá na frente”, alerta Maurício Monteiro, secretário de Saúde.

Dos 34 novos casos, 12 pessoas estão hospitalizadas. Em comparação com o boletim de segunda-feira (8), o número total de internados caiu de 46 para 44 e o número de pessoas que estão recebendo cuidados em UTI subiu de 10 para 12.

Rio Claro tem 16 óbitos confirmados por coronavírus e nenhum em investigação.

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VÍDEO: ‘dossiê’ do novo contrato do Aterro chega à Câmara Municipal

Os vereadores da Câmara Municipal querem esclarecimento da Prefeitura de Rio Claro quanto ao novo contrato emergencial para administração do Aterro Sanitário. Em sessão ordinária nessa segunda-feira (8), os parlamentares repercutiram o ‘dossiê’ da representação que o Ministério Público apura para entender a legalidade da contratação da Urbanlix, empresa que agora presta o serviço ao município, conforme reportagem do JC na última semana.

Os vereadores da oposição tiveram apoio da base governista para apurar a questão. O vereador Rafael Andreeta (PTB) chegou, inclusive, a pedir o rompimento do novo contrato, que chega a quase R$ 5 milhões. “É óbvio que tem coisa errada. Também recebi uma denúncia de que a fachada da empresa, me desculpe, parece um cativeiro. Não tem porte pra uma empresa trabalhar num aterro”, disse.

O requerimento da vereadora Carol Gomes (Cidadania) também foi aprovado e solicita informações do Poder Executivo quanto ao contrato. “A capacidade técnica não foi comprovada. Foi apresentada no certame uma certidão adulterada, falsa. Como a empresa estava sem, a mesma decidiu alterar a data de vencimento”, disse em posse do ‘dossiê’. Os colegas de oposição Yves Carbinatti (PSD), Rogério Guedes (PSL) e Maria do Carmo Guilherme (MDB) também destacaram o assunto pedindo rigor na transparência.

Polícia indicia 7 por homicídio culposo em caso de cerveja contaminada

FERNANDA CANOFRE- (FOLHAPRESS)

Onze pessoas foram indiciadas pelo caso de intoxicação de clientes que consumiram as cervejas da marca Backer, fabricadas em Belo Horizonte. A polícia indiciou sete por homicídio culposo, lesão corporal e intoxicação de produto alimentício, um ex-funcionário por prestar falso testemunho e obstruir investigações e três sócios por não terem feito recall do produto colocado à venda.
Os consumidores se contaminaram devido a presença de dietilenoglicol, substância tóxica, de uso comum na indústria, como resfriador, na cerveja fabricada em Minas Gerais. Pelo menos 29 pessoas foram atingidas– sete morreram.
A conclusão do inquérito foi apresentada nesta terça-feira (9). A polícia descartou a possibilidade de sabotagem e afirmou que a contaminação ocorreu dentro da fábrica, por acidente.
O delegado responsável diz que os técnicos não atuaram com dolo (intenção), mas houve imperícia. Seis pessoas, entre técnicos e gestores, respondem dolosamente pela contaminação, devido à responsabilidade que tinham na linha de produção.
A investigação foi concluída confirmando contaminação pelo dietilenoglicol em sete mortos e 22 vítimas ainda vivas – dez casos foram descartados no decorrer das investigações por questões investigativas e médicas.
Outros 30 casos estão em análise. O número de vítimas pode aumentar, de acordo com o delegado Flávio Grossi. Elas poderiam retardar a conclusão do inquérito, caso fossem consideradas agora, diz ele.
“Os fatos investigados aqui delimitam duas condutas; uso incorreto do equipamento e descontrole [do uso] dessa substância. Se houvesse alguém para interromper, isso não aconteceria”, diz ele.
O delegado afirmou ainda que a Backer não tinha conhecimento do uso do dietilenoglicol na fábrica, já que usava o monoetileno, ambos produtos são tóxicos e têm propriedade similares de anticongelante. Para a investigação, a questão porém não é relevante para o caso, já que qualquer um dos dois poderia ter causado danos às vítimas. Grossi diz que o ponto importante é que a empresa estava usando um produto tóxico onde não poderia.
O delegado afirmou que devido a um problema na solda de um cano de um tanque, a substância tóxica foi despejada diretamente dentro da cerveja, que era engarrafada para venda. O líquido ficava 14 dias dentro do tanque para maturar.
Entre os pontos em comum identificados nas vítimas, segundo a polícia, estão sintomas compatíveis com a síndrome nefroneural –com danos aos rins e ao sistema neurológico. Todos consumiram a cerveja Belohorizontina.
O caso começou a ser investigado em janeiro, depois de várias pessoas, a maioria delas do bairro Buritis, em Belo Horizonte, começarem a aparecer com sintomas similares, no que foi inicialmente identificado como uma doença misteriosa. Duas famílias levantaram a suspeita de que a cerveja, único produto consumido em comum por seus familiares que ficaram doentes, poderia ser a origem.
Segundo a investigação da Polícia Civil, os níveis de dietilenoglicol identificados na análise da bebida apontam que uma garrafa poderia ser suficiente para matar uma pessoa, enquanto outros poderiam ingerir, sem sentir efeitos.
As festas de fim de ano e uma promoção na chamada Black Friday teriam levado várias das vítimas a consumirem a cerveja em altas quantidades a partir de dezembro.
Por meio de nota, as vítimas do caso dizem que a conclusão do inquérito reforça a responsabilidade da cervejaria e afirmam que estão desamparadas, sem auxílio da empresa para tratamentos de saúde.
“A conclusão do inquérito demonstra o completo descontrole da Backer diante dos produtos oferecidos à população, manchando a imagem de Minas Gerais e principalmente do setor cervejeiro-artesanal. O que se espera é justiça para as vítimas, suas famílias e toda a sociedade mineira. Não existem mais desculpas para que a Backer deixe de prestar auxílio aos envenenados”, diz o texto.
A Backer diz que irá honrar com suas responsabilidades com a Justiça, com as vítimas e com consumidores. A empresa completou que irá se posicionar sobre o inquérito depois que seus advogados analisarem o relatório.

Jornal Cidade RC
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