1º Leilão Kasa Modas será realizado neste domingo (27) com descontos incríveis

Você, que gosta de estar sempre bem vestido e adora uma promoção, não pode perder o 1º Leilão Kasa Modas, que acontecerá domingo, dia 27 de setembro a partir das 9h. O Leilão, com descontos de até 70%, será transmitido ao vivo pelo Instagram @kasamodas. Confira, divirta-se muito e aproveite descontos incríveis.

SOBRE A KASA MODAS

 A Kasa Modas está há 12 anos em Rio Claro, trabalha com intuito de facilitar as vendas pelo sistema delivery, levando a moda até o cliente. A loja física está localizada na Rua 3, 1.550 – Centro – Rio Claro/SP. E a loja online já está disponível no endereço https://www.kasamodas.com.br.

 A Kasa Modas oferece também Consultoria de Imagem, que tem por objetivo analisar, orientar e adequar o estilo de uma pessoa. “Aprimorar a sua imagem não é mudar quem você é, mas usar todos os seus pontos fortes a seu favor, tentando diminuir o que não traz benefício à sua imagem. Auto-estima e confiança são muito importantes para o seu sucesso profissional e pessoal”, explicam as proprietárias Alessandra Messias e Amanda Messias.

Anote na agenda e não perca: domingo, 27 de setembro, às 9h, no Instagram da Kasa Modas: @kasamodas.

Velo vence Osasco no Benitão pela 13ª rodada da A3

O Velo Clube venceu pela primeira vez no retorno da Série A3. Jogando no Benitão, o rubro-verde superou o GE Osasco pelo placar de 1 a 0.

Mesmo sem a presença do torcedor, o Velo aproveitou o fator casa e se impôs sobre o adversário. O gol da vitória saiu aos 19 minutos do segundo tempo com o atacante Lucas Duni.

Com o resultado, o Velo chegou a 21 pontos e se aproximou ainda mais de uma vaga no mata-mata da A3. O próximo jogo do Rubro-verde será na próxima sexta (2), contra o Batatais.

PSL registra 29 candidatos a vereador (a) em Rio Claro; confira a lista

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizou nesta sexta (25) o sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais para a eleição 2020. O PSL (Partido Social Liberal) de Rio Claro registrou 29 candidaturas à Câmara de Vereadores. O Jornal Cidade seguirá acompanhando para divulgar todos os postulantes conforme liberação no sistema. Confira a seguir a lista atualizada por ordem alfabética com nome na urna e nome completo dos candidatos.

ADAUTO DA BANCAAdauto Antunes Santiago
ADRIANA DA TARANTELAAdriana Victor De Sá
ADRIANA NEVESAdriana Neves Da Silva
ARI MELLOAri Da Silva Mello Junior
AUDREY BIANCHIAudrey Marcine Bianchi Da Silva
BÁRBARA  PEREIRA DA SILVABárbara Martinho Pereira Da Silva
BOB ENFERMEIRORoberson Cristiano De Jesus
CEARÁ MÂE PRETAJosé Valbi Nobre
DR MARCELO FERRARINIMarcelo Eduardo Ferrarini
DR RONNIE MEYERRonnie Peterson Meyer
ELIANE CARVALHOEliane Alves Ferreira De Carvalho
EMERSON VOLUNTÁRIOEmerson Santos Hilário
EVERALDO ÍNDIOEveraldo Luis Meirelles Silva
FÁBIO NUNESFábio Henrique De Oliveira Nunes
IGOR NASCIMENTOIgor Leonardo Do Nascimento
LYVERTON VERNECKLyverton Verneck Da Silva
MISSIONÁRIA ALEXANDRA SOARESAlexandra Aparecida Soares
ORLANDO BOTELHOOrlando José Botelho
PRISCILLA MASTRICICOPriscilla Mastricico Thieli
RICARDO MAGRERicardo Magre
ROBSERA DA 29Robson Camilo Secco
RODRIGO GUEDESRodrigo Aparecido Guedes
SERGIO ZERBOSergio Zerbo
SONIA BRESCANSINSonia De Fátima Zaniolo Brescansin
TENENTE MEDEIROSAlexandre Medeiros
UBIRAJARA BIRAUbirajara Camilo Da Silva
VALDENIR BAIANOValdenir Ribeiro De Queiroz
WILLIAN DE SOUZAWillian De Souza
ZINETHEzineth Conceição Da Silva

Blocos e escolas de samba decidem que não vai ter Carnaval no Rio em fevereiro

JÚLIA BARBON – RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

As escolas de samba e os blocos de rua do Rio de Janeiro decidiram que não vai haver Carnaval em fevereiro de 2020. Quando será? Ainda não se sabe, mas só depois que a vacina contra o novo coronavírus estiver disponível e começar a ser aplicada na população.

A Liesa, liga que reúne as 12 agremiações do grupo especial da Marquês de Sapucaí, definiu o adiamento na noite desta quinta (24). Em julho, um outro encontro acabou sem definição. É a primeira vez que o evento é postergado desde o início dos desfiles oficiais, em 1932.

Já o Fórum Carioca de Blocos, formado pelos principais representantes de cortejos da cidade (Sebastiana, Zé Pereira, Sambare, João Nogueira, Cordão do Bola Preta, Coreto, Carnafolia e liga da Zona Portuária), havia tomado a decisão há cerca de um mês, e agora a reforçou.

Jorge Castanheira, presidente da Liesa, afirmou à imprensa ao final do encontro desta quinta que “a prioridade é respeitar a questão da segurança e a garantia do público e dos nossos desfilantes”.

“Em função de toda essa insegurança e instabilidade em relação à área da ciência, de não saber se lá em fevereiro vamos ter ou não a certeza da vacina, nós chegamos à conclusão de que esse processo tem que ser adiado. Nós não temos como fazer em fevereiro, as escolas já não vão ter tempo nem condições financeiras e de organização para viabilizar para fevereiro”, declarou.

Segundo ele, uma nova data vai depender do desenvolvimento da vacina e também do calendário festivo da cidade do Rio em 2021. Ele sugeriu a possibilidade de o Carnaval acontecer em julho, ou apenas em 2022.

“Tem também a possibilidade de acontecer em julho, mas aí tem Olimpíada na segunda quinzena de julho e agosto, depois tem Paraolimpíada e Copa América entre junho e julho. Vamos ter que avaliar isso conforme o calendário e ouvindo as autoridades sanitárias, que é o principal”, afirmou.

O grupo vai estudar também a forma como os desfiles vão acontecer. Se houver um tempo de preparação mais curto para as escolas, por exemplo, é possível que o regulamento seja alterado para permitir um espetáculo menor.

Já os blocos de rua seguem uma lógica diferente, lembra a representante do Fórum Carioca, Rita Fernandes: “Nós precisamos de um tempo menor, mas dependemos de a cidade estar preparada. Precisamos conversar com órgãos públicos para ver o prazo que precisam para se organizar”.

Vão depender ainda do resultado das eleições municipais deste ano. “Não sabemos quem vai estar ocupando essas cadeiras, então quem sair vai ter que deixar algo pré-planejado, e quando virar o ano vamos ter que sentar de novo para discutir”, diz.

Diante da definição do adiamento dos desfiles, a Riotur, empresa municipal responsável pelo Carnaval do Rio, divulgou nota dizendo que a decisão da Liesa “é soberana, reflete a coerência dentro do cenário em que vivemos” e está de acordo com as conversas que a prefeitura e a liga mantinham.

Afirmou ainda que vem conversando com as demais ligas (da segunda e terceira divisões) e que todas estão seguindo o mesmo caminho, uma vez que estão interligadas com a liga das escolas do grupo especial.

“Ainda estamos em meio à pandemia da Covid-19, sem uma vacina e com as recomendações de se evitar aglomerações. Ressaltamos que daremos continuidade às conversas com a Liesa para buscarmos, juntos, alternativas e soluções para o planejamento de um Carnaval seguro”, informa o comunicado.

Quanto aos blocos de rua, a Riotur disse que “segue avançando para um Carnaval cada vez mais integrado entre todos que atuam direta ou indiretamente na sua produção”. Nesta semana, representantes da empresa, de blocos de rua e de órgãos públicos como a Polícia Militar participaram de uma reunião virtual do Grupo de Trabalho.

O grupo, que inclui o Ministério Público estadual, foi criado por um protocolo de intenções em 2019 para discutir o Carnaval de rua carioca. “A reunião alinhou questões para o próximo Carnaval, independentemente de quando acontecerá”, comunicou a representante da prefeitura.

Rio-clarense participa de concurso internacional de fotos de astronomia

O astrônomo amador de Rio Claro, Antonio Carlos Duarte, está participando de um campeonato internacional de fotos de astronomia e já está nas finais do concurso.

A foto da Lua feita por Antonio Carlos ganhou o nome de MOONSCAPE e atualmente está em 3° lugar no campeonato, atrás de registros feitos por um chileno e um peruano.

A classificação da competição é definida por votação dos internautas e apenas alguns votos separam o rio-clarense do segundo lugar, portanto ele pede a ajuda da comunidade para tentar ultrapassar os primeiros colocados.

A votação segue até domingo (27) e pode ser feita através do site do concurso (https://www.npae.net/southern-hemisphere-competition-poll/?fbclid=IwAR0-y55_u8SgxzwPo8CVzKDTOyrapFndm2cfRlKNbVcepBNuaXz_nnhRs5I). Para votar em Antonio Carlos Duarte, basta entrar no site e clicar sobre a foto MOONSCAPE.

Morre o ex-presidente do Grupo Ginástico, Sergio Russo

Faleceu nesta sexta (25), em Rio Claro, Antonio Sergio Russo, ex-presidente do Grupo Ginástico Rio-clarense.

Sergio Russo, como era chamado, tinha 78 anos de idade e era conhecido no município, além da vida social no tradicional clube, por seus trabalhos na área de seguros.

No GG, Sergio Russo foi presidente entre 1998 e 2000 e vice-presidente entre 2000 e 2003, porém sempre esteve presente ao lado de outras diretorias do clube, tendo atuação relevante na compra das casas onde foi construída a parte nova do Ginástico.

Sergio deixa viúva Priscila Antonia Pinto da Fonseca Russo, além de três filhos e quatro netos.

O corpo de Sergio Russo será sepultado às 9 horas deste sábado (26) no Cemitério Parque das Palmeiras e não haverá velório.

Rio Claro tem 23 novos casos de coronavírus

Mais 23 casos de infecção pelo coronavírus foram registrados em Rio Claro nas últimas 24 horas e o município agora tem 4.684 confirmações da Covid-19. Não houve óbitos decorrente da doença nesse período e o número permanece em 135.

Uma morte está sob investigação. As informações estão no boletim da Secretaria Municipal de Saúde desta sexta-feira (25), que ainda aponta 4.532 recuperados da Covid-19 em Rio Claro.

Vinte e seis pessoas estão hospitalizadas. No Sistema Único de Saúde (SUS) são sete em enfermaria e nove em unidades de terapia intensiva (UTI). Na rede particular, são nove em enfermaria e uma em UTI.

Mortes por Covid-19 em São Paulo caem e chegam ao índice mais baixo desde maio

ANA BOTTALLO E MATHEUS MOREIRA – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A média diária de mortes pelo novo coronavírus caiu mais na última semana e atingiu seu índice mais baixo desde maio, de 158 mortes (em comparação à semana anterior, de 181). A queda corresponde a 14%.

O anúncio foi feito em entrevista aos jornalistas realizada no Palácio dos Bandeirantes nesta sexta-feira (25).

O número de casos diários também apresentou queda de 2%, com cerca de 1.110 novos casos por dia em média.

A taxa de ocupação de leitos de UTI atingiu o menor índice na última segunda-feira (21) e apresentou nova redução nesta sexta-feira (25), atingindo 46,3% em São Paulo e 45,3% na Grande São Paulo.

A atualização dos dados do coronavírus no estado aponta que foram confirmados 6.681 novos casos e 200 novos óbitos.

O governador João Doria (PSDB) anunciou o encerramento das atividades do hospital de campanha do Ibirapuera no próximo dia 30 de setembro, o último hospital construído para esse fim ainda em funcionamento na capital.

Para Jean Gorinchteyn, secretário estadual de saúde, a queda do número de óbitos e casos diários e de novas internações representa um alívio para encerrar as atividades dos hospitais exclusivos para o coronavírus. “Com esses índices podemos fazer com que os hospitais que focaram exclusivamente no atendimento da Covid-19 possam ser encerrados, como o próprio hospital de campanha do Ibirapuera.”

Nesta quarta-feira (23), o governador anunciou que os primeiros grupos de profissionais da saúde do estado devem ser vacinados contra o novo coronavírus na segunda quinzena de dezembro.

Ainda segundo Doria, em outubro as primeiras 5 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida pelo Laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, chegarão a São Paulo. O imunizante ficará armazenado até que as autoridades sanitárias brasileiras aprovem sua aplicação.

Também nesta quarta-feira (23) houve o anúncio por parte da Anvisa da autorização para ampliação do ensaio clínico de fase 3 da CoronaVac de 9.000 para 13 mil voluntários. O governo ampliou ainda o número de centros para realização dos testes de 12 para 16. Os novos centros são em Barretos (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Pelotas (RS).

Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou que com essa ampliação de voluntários é provável que o instituto atinja o número mínimo necessário de casos de Covid-19 na coorte de 61 casos para fazer a chamada “primeira análise interina”.

“Essa ampliação ajuda a obtenção dos resultados esperados. Se mantidas as proporções [de casos esperados no grupo de voluntários que receberam o placebo versus o grupo que recebeu o imunizante], teremos os primeiros resultados no dia 15 de outubro. Se não for atingido esse número mínimo até esta data, podemos aguardar os primeiros 154 casos até o final de outubro, que demonstraria a eficácia de pelo menos 50% da vacina.”

Covas afirmou ainda que se essas previsões seguirem como esperado, o governo poderá prosseguir com o registro da CoronaVac na Anvisa ainda em novembro, para disponibilizar a vacina para utilização em dezembro.

VÍDEO: Pré-candidato a vereador é morto a tiros depois de live em MG

DANIELA MALLMANN – BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS)

Um pré-candidato a vereador da cidade de Patrocínio (MG), a 338 quilômetros de Belo Horizonte, foi morto a tiros nesta quinta-feira (24), após participar de uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

Durante a tarde, enquanto fazia uma live denunciando uma obra realizada pela prefeitura, Cássio Remis (PSDB) foi interrompido pelo secretário de Obras, Jorge Marra (DEM), que chegou em uma caminhonete branca e tomou o celular do político.

“Tá aqui o secretário. Chegaram aqui para me agredir, entendeu? Não pega meu telefone!”, afirma Remis no vídeo antes de ter o celular tomado.

Em outra gravação, é possível ver o secretário saindo com o veículo e Remis na frente do carro tentando impedir que o celular fosse levado.

Ele então tentou entrar na sede da Secretaria de Obras para recuperar o aparelho, momento no qual foi baleado. Segundo a Polícia Militar, Remis foi atingido por cerca de seis disparos -cinco deles na cabeça- e morreu no local.

Principal suspeito do crime, Jorge Marra, que é irmão do prefeito, Deiró Marra (DEM), está foragido, segundo a polícia.

O prefeito se pronunciou no início da noite. “Nós lamentamos tudo que aconteceu, essa sequência de fatos -absolutamente, eu diria, injustificáveis- que culminaram com a morte do Cássio Remis.”

Em consideração à trajetória de Remis, a prefeitura decretou luto de três dias. Segundo o prefeito, nesta sexta (25) será feita a exoneração do secretário de Obras. Ele afirmou que não sabe do paradeiro do irmão.

“Não tenho notícias nem do paradeiro dele, mas que ele possa fazer sua defesa, suas argumentações, enfim esclarecer”, disse Deiró.

Cássio Remis tinha 37 anos e era advogado. Em 2008, elegeu-se vereador pela primeira vez. Em 2013, foi o político mais jovem a assumir a presidência da Câmara Municipal de Patrocínio. Candidatou-se à prefeitura em 2016, mas perdeu as eleições para Deiró.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, equipes da perícia e de investigadores estiveram no local fazendo os primeiros levantamentos.

“A ocorrência está em andamento e neste momento os policiais civis estão tentando localizar o suspeito do crime. Na Delegacia de Plantão, as testemunhas serão ouvidas ainda hoje [quinta]”, informou a polícia.

Bolsonaro ignorou impacto da Covid-19 por decisão consciente, diz Mandetta

NATÁLIA CANCIAN – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Embora tenha se recusado a analisar os números, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi alertado de projeções de mortes pela Covid-19 e da gravidade da doença.

A afirmação é do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que lança nesta sexta-feira (25) livro em que relata bastidores da crise que levou à sua saída do cargo, em abril.

Entre eles, está uma reunião na qual ele afirma ter apresentado projeções de equipes da pasta que indicavam o risco de o país chegar a até 180 mil mortes pela Covid caso não fossem adotadas medidas de prevenção e isolamento.

Bolsonaro, porém, ignorou os alertas.

“Ele tinha pessoas no entorno dele que mostravam outro cenário. E, como tinha uma assessoria paralela que fala o que se queria escutar, ele embarcou. Ele fez uma decisão não irracional, pensada. Ele não pode dizer ‘eu não sabia que seria assim’.”

Em entrevista à reportagem, Mandetta comenta alguns desses bastidores.

Pergunta – No livro, o sr. relata uma série de atritos com Bolsonaro e o processo que o levou à saída do cargo. O que o levou a querer registrar isso em um livro e que mensagem pretende passar com ele?
Luiz Henrique Mandetta – Quando eu estava no ministério, fui procurar o que tinha escrito sobre outras crises sanitárias. É um vazio total. Tem muitos artigos, mas sempre focados na doença, e nada sobre o ambiente [das decisões].

O livro vem para mostrar que você pode ter um técnico, mas a política no entorno tem papel preponderante. Fiz também para ficar um registro desse período.

Podemos nos distanciar o tempo que for, mas sempre o ano de 2020 vai ser antes e após o coronavírus.

O sr. diz no livro que Bolsonaro nunca aceitou ver os números da saúde e discutir a realidade que o governo iria enfrentar. E essa realidade envolvia projeções que apontavam até 180 mil óbitos. Como foi esse processo?
LHM – O presidente tem uma característica, não só em relação à saúde, mas de forma geral: ele decide com as informações que ele valida. Ele tinha um entorno próximo dele que deu para ele outra visão da epidemia.

Lembro das falas do Osmar Terra, da reunião que fez com a médica de São Paulo [Nise Yamaguchi]. Ele vai afastando quem está fora do seu viés político. Não é uma característica dele se envolver com a parte técnica.

Naquela época o Brasil chegou a quase zero de máscaras. Precisávamos baixar uma norma nacional para proteger o sistema de saúde.

Eu tentava explicar isso, mas era sempre muito atropelado por essa certeza de que “preciso ver a economia”, “precisa voltar a andar e passar logo por isso”.

O que acha que levava a isso?
LHM – Tinha um mix. Ele dizia que, se o povo ficar desempregado, podia ter convulsão social, saque a supermercados. Era uma coisa nesse gênero. E havia uma visão do próprio Ministério da Economia sobre arrecadação.

Tinha uma sensação de que ele [Bolsonaro] tentava jogar politicamente a saúde nas costas de governadores e prefeitos, como se aquele tema não pertencesse mais ao governo federal.

Mas não vamos falar nada? “Fala que tem a cloroquina.”

Isso é muito difícil para qualquer pessoa que venha da saúde, porque não tinha evidência científica, tanto que o meu sucessor [Nelson Teich] também teve a mesma dificuldade.

Só mesmo um militar para receber uma ordem e falar: “Então está bom, vou ampliar”.

No livro, o sr. cita uma reunião em que projeções foram apresentadas no Alvorada…
LHM – Foi a única reunião em que eu pude falar: “Olha, os cenários são esses, o estoque está assim, não temos condições de abrir a economia agora”.

Coloquei num papel e entreguei para ele por escrito as recomendações. Porque ainda nesse cenário tinha gente que falava: “Vão ser 2.000 mortos”. Ou: “Ah, é uma coisa que com cinco semanas, seis semanas, acabou”.

Quando estudamos a reação dos pacientes a uma doença, uma notícia muito grave, a primeira reação da pessoa é negar, dizer “esse médico errou, não sabe nada, vou procurar uma segunda opinião”.

E, nessa segunda opinião, às vezes escuta o que quer escutar. Ou fica com raiva. Depois vem uma fase de reflexão ou positiva, de adesão ao tratamento.

O presidente veio na primeira fase, de negação da doença, e o passo seguinte foi a raiva de quem problematizou para ele o problema, que foi o ministro da Saúde.

Eu achava que ele poderia cair na terceira fase, da reflexão, mas ele se manteve nessa fase da negação e de não querer aceitar.

Na reunião, Bolsonaro não chegou a comentar os números que o sr. apresentou?
LHM – Apresentei todos, mas ele tinha pessoas no entorno dele que mostravam outro cenário. E, como tinha uma assessoria paralela que falava o que se queria escutar, ele embarcou.

Ele fez uma decisão não irracional, pensada. Ele não pode dizer: “Eu não sabia que seria assim”. Sempre deixei muito claro para ele a gravidade dessa doença.

Como avalia as ações hoje de controle da epidemia?
LHM – A epidemia tem diferentes etapas. No início, a mortalidade era alta, e a medicina avançou muito.

Aquela fase em que eu estava como ministro era de preparo do sistema, para entrar depois mais forte em atenção primária. Mas não vimos isso. Vi o Ministério da Saúde perder a credibilidade na questão dos dados.

Agora que normalizou o mercado, e há oferta de respirador, tinha de trabalhar notas técnicas, de apoio a estados e municípios, como para a volta às aulas, e vemos um atraso.

Quando ministro, o sr. falava que iríamos ter cinco meses duros, mas já se passaram sete meses. Até quando acha que devemos conviver com esse número alto de casos da Covid?
LHM – Eu já falava de uma queda maior em setembro, e isso está começando agora. Devemos diminuir o número de casos, mas ainda ter pequenos surtos. Tem muita gente que ainda está se prevenindo.

Mas quanto mais o jovem achar que está tudo normal e for de encontro a essas pessoas, a doença vai ficar endêmica. Vamos conviver, baixando aos poucos, até o aparecimento da vacina.

O sr. diz no livro que “tudo poderia ser diferente se a OMS tivesse nos apresentado o cenário real” e do jeito que foi considerou o cancelamento do Carnaval “desnecessário”. Arrepende-se de não ter cancelado, ou de outra decisão?
LHM – Não me arrependo. Tudo o que fiz, fiz com notícias que eu tinha. Apresentaram para o mundo um vírus pesado [de transmissão limitada]. Quando saem as notícias da Itália é que se vê a dramaticidade.

Lamentar não ter tomado decisões com as informações que eu tinha, não posso lamentar. Posso lamentar não ter tido essas informações.

É como se houvesse duas epidemias, uma no Oriente e outra no restante. Ou é isso, ou a informação veio truncada [da OMS].

Planeja se candidatar a algum cargo nas próximas eleições [em 2022]?
LHM – Vamos passar as eleições de agora e ver. Não é uma coisa líquida e certa.

O que acho é que essa polarização, de pessoas falarem que tem de votar no Bolsonaro para não voltar o PT, e o PT falar em votar no PT para não ter o Bolsonaro, isso deixa o eleitor angustiado.

Espero que haja maturidade política para um caminho de convergência, um caminho pelo centro, democrático. Se isso acontecer, posso distribuir santinho, ajudar, participar de todas as maneiras.

O caminho do Brasil é reconciliar. Não dá mais para apostar em ruptura. Por enquanto vou trabalhar e escutar o que o Brasil tem a dizer.

Elefanta indiana viaja mais de mil quilômetros até Santuário de Elefantes do Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Bambi, uma elefanta indiana, está a caminho do Santuário dos Elefantes Brasil, localizado na Chapada dos Guimarães (MT), nesta sexta-feira (25). Ela percorre cerca de 1.270 quilômetros, já que foi transferida do Zoológico Municipal de Ribeirão Preto.

Autorizada pela Justiça no início da semana, a transferência da elefanta levou quatro dias para acontecer. Segundo informações fornecidas pelas redes sociais do Santuário, Bambi precisou passar por um processo de ambientação de Bambi com a caixa de transporte.

“Quando pensamos na logística de transporte de um elefante, temos que ter em mente as diversas fases e detalhes desse processo, que incluem desde a parte burocrática de documentação, equipamentos, produtos para cuidados com o elefante, além de tudo o que envolve as pessoas da equipe. Tudo isso é planejado sempre com o objetivo principal de oferecer o maior bem-estar.”

Ainda segundo o Santuário, a viagem conta com paradas de duas a três horas para verificar se Bambi está bem. Ela também é monitorada através de um sistema de câmeras. O percurso está sendo feito com um caminhão, dois carros com a equipe do Santuário e escolta da Polícia Rodoviária Federal.

O elefante estava desde 2014 no Bosque Zoológico de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Antes disso, o animal morava no Zoológico de Leme. Com aproximadamente 58 anos de vida, Bambi possuí deficiência visual no olho esquerdo e má oclusão dentária, tendo traumas de maus tratos.

“Depois de uma vida de sofrimento e solidão, Bambi terá a chance de ser um elefante novamente!”, escreveu o Santuário em um comunicado publicado no Instagram.

Jornal Cidade RC
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