Governo de SP obtém decisão no STF para proibir venda de bebida alcoólica após as 20h

O Governo de São Paulo obteve decisão favorável no STF (Supremo Tribunal Federal) para restabelecer imediatamente a proibição à venda de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e lojas de conveniência após as 20h. A medida foi anunciada no último dia 11 como forma de coibir aglomerações em espaços públicos e conter a alta nos casos de coronavírus em todo o estado.

No despacho desta quinta, o Presidente do STF atendeu ao pedido da PGE (Procuradoria Geral do Estado) pela suspensão de liminar em favor da Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes) de São Paulo. A entidade que representa os comerciantes do setor havia obtido há dois dias, no Tribunal de Justiça de São Paulo, uma decisão provisória que liberava a venda de bebida alcoólica após as 20h.

“Defiro o pedido liminar para suspender os efeitos da decisão proferida nos nos autos do Mandado de Segurança Coletivo nº 2294495-23.2020.8.26.0000, em trâmite no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, de modo a restabelecer a plena eficácia do Decreto Estadual nº 65.357/2020, expedido pelo Governador do Estado de São Paulo”, escreveu Fux em sua decisão.

O decreto prevê o fechamento de bares às 20h, e de lojas de conveniência e restaurantes às 22h – todos os estabelecimentos estão com capacidade de público limitada a 40% da lotação máxima. Após às 20h, a venda de bebidas nestes estabelecimentos é proibida, mesmo se o cliente fizer o pedido para viagem.

Governo de SP confirma chegada de 2 milhões de doses da vacina do Butantan nesta sexta (18)

O Governador João Doria anunciou a chegada, nesta sexta-feira (18), de 2 milhões de doses prontas da vacina contra o coronavírus, a Coronavac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. Trata-se do maior lote de vacinas que chega à América do Sul até o momento.

Este terceiro lote do imunizante chega a São Paulo durante a manhã, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

“A pressa pela vacina é a pressa pela vida. Todos os brasileiros de bem têm pressa. São Paulo, reafirmo aqui, começará a vacinar no dia 25 de janeiro”, afirmou o Governador. “A corrida pela vida é contra o tempo. Não podemos ignorar o senso de urgência diante de uma pandemia. Assim estão agindo líderes de outros países, imunizando suas populações e oferecendo esperança a todos. Não há razão para não fazermos o mesmo no Brasil”, acrescentou.

Esse é terceiro lote que o Butantan recebe em menos de um mês da biofarmacêutica Sinovac Life Science, com sede na China. O carregamento chegará em uma aeronave da Swiss Air Lines, após o embarque em Pequim, nesta quinta (17).

Com o recebimento desse lote, o Butantan já detém 3,12 milhões de doses disponíveis para uso imediato tão logo haja autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A produção local também já começou, com a chegada de matéria-prima para envase e rotulagem na fábrica de imunizantes do instituto.

Na semana passada, o Butantan confirmou que o estudo clínico conclusivo da vacina contra o coronavírus será divulgado no próximo dia 23. A medida dá mais agilidade aos trâmites de certificação na Anvisa e demais órgãos internacionais de saúde.

A decisão atende a recomendação do comitê internacional independente que acompanha a pesquisa do Butantan em parceria com a Sinovac. A fase três do estudo clínico no país será encerrada nesta semana, já que o patamar ideal de 154 voluntários com diagnóstico positivo de coronavírus foi superado.

“No dia 15 de janeiro, teremos prontas para uso 9 milhões de doses. No começo de fevereiro, 22 milhões de doses e, no dia 15 de março, outras 15 milhões”, afirmou o Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

MEC e entidades defendem retorno imediato das aulas presenciais na educação básica

RAQUEL LOPES – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Representantes do Ministério da Educação e de entidades ligadas à educação e especialistas na área da saúde defenderam nesta quinta-feira (17) o retorno imediato das aulas presenciais na educação básica, mesmo sem a vacinação de alunos e professores.

A discussão ocorreu em audiência realizada pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de combate à Covid-19.

Rossieli Soares, secretário de Educação de São Paulo, defendeu o retorno às aulas presenciais. Horas antes, o governador João Doria (PSDB) havia anunciado que as escolas serão consideradas serviços essenciais e poderão permanecer abertas mesmo em cidades que estejam na pior fase da pandemia, a etapa vermelha.

Com essa mudança, mesmo que haja aumento de casos de coronavírus no início de 2021, as escolas poderão iniciar o ano letivo em fevereiro com parte dos alunos presencialmente.

“As aulas recomeçam no dia 1° de fevereiro, o governador já falou que podemos fechar tudo, mas não vamos fechar as escolas. Nós não podemos depender de vacinação de alunos e professores para a volta às aulas”, disse Rossieli.

Quem também defendeu o retorno imediato foi Natalino Uggioni, representante do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e secretário de Educação de Santa Catarina. Ele disse que no estado a rede estadual retornará em 18 de fevereiro.

As escolas vão dividir os alunos em dois grupos: um ficará em casa e outro na escola, com revezamento semanal. O conteúdo será transmitido simultaneamente para todos.

“Sabemos que 9.000 professores e 28 mil alunos fazem parte do grupo de risco. A possibilidade de trabalhar de forma não presencial também vai ajudar a atender esse grupo”, disse.

Izabel Lima Pessoa, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, disse que a pasta está auxiliando as escolas para o retorno seguro. Entre as atividades, destacou o guia para o retorno às aulas presencias e o repasse de recursos às redes de ensino para aquisição de produtos de higienização e para adequação do ambiente escolar.

“Queremos o retorno imediato e seguro das atividades presencias. O Brasil está entre os países que ficaram com escolas fechadas por mais tempo. Isso vai ter um impacto forte, principalmente na evasão. Estamos trabalhando para que não haja um forte abandono em 2021”, disse.

Já Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da Undime (União de Dirigentes Municipais da Educação), defendeu a vacinação dos professores antes desse retorno. Ele questionou a fala de deputados de que o direito à educação está sendo subtraído sem as aulas presenciais.

“Nós precisamos de informações e dados para construir o processo de volta. Há redes municipais de ensino que não possuem estrutura, principalmente em cidades de pequeno porte”, concluiu.

Especialistas na área da saúde também participaram da audiência. Luciana Becker Mau, infectologista pediátrica e representante do Ciência pela Escola, disse que a volta às aulas é possível porque há evidências de que as crianças se infectam de duas a cinco vezes menos que os adultos.

“Nós sabemos que são raras as complicações em crianças. Elas são mais assintomáticas e transmitem ainda menos. Com as medidas de prevenção, a escola é segura para alunos, professores, funcionários e familiares”, afirmou.

O presidente do Departamento de Infectologia da SPB (Sociedade Brasileira de Pediatria) disse que estudos apontam que professores possuem o mesmo risco de infecção pelo novo coronavírus que profissionais de áreas diferentes.

“Há um estudo feito na Europa que comparou o risco de exposição e infecção do novo coronavírus em professores em relação ao risco em outros profissionais da mesma faixa etária. A resposta é que o risco foi exatamente igual. Exercer a docência não representou maior risco de infecção.”

Apesar do interesse para que as aulas retornem presencialmente, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, homologou resolução do CNE (Conselho Nacional de Educação) que estende para 2021 a autorização para as aulas remotas na educação básica e superior.

O documento não estabelece uma data limite, mas diz que a permissão se manterá enquanto as “condições sanitárias locais trouxerem riscos às atividades presenciais”.

A resolução do CNE é a mais importante do país no assunto, uma vez que orienta as gestões das escolas e universidades públicas e particulares. Reportagem da Folha mostrou que o documento foi aprovado em outubro e, desde então, aguardava homologação do ministro.

Ele resistia a aprová-lo, já que sofre pressão de integrantes do Planalto para forçar a volta às aulas presenciais. A homologação foi publicada no Diário Oficial da União no dia 10 de dezembro.

No dia 8 de dezembro, o titular do MEC havia publicado uma portaria indicando que as faculdades particulares e universidades e institutos federais devem retomar as aulas presenciais em 1º de março, se as condições epidemiológicas locais permitirem.

O texto já recuava de uma portaria publicada uma semana antes que determinava o retorno das atividades presenciais em 4 de janeiro.

Agora, com a homologação da resolução do CNE sem definição de data, a avaliação é de que o prazo de março vire apenas uma recomendação às instituições de ensino superior.

Conheça todos os vencedores e vencedoras do prêmio Fifa The Best 2020

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Fifa realizou nesta quinta-feira (17) a cerimônia do prêmio The Best, que elege os melhores do futebol mundial na última temporada em diferentes categorias do futebol masculino e feminino.

O polonês Robert Lewandowski, do Bayern de Munique, foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa. Campeão da Champions, da Bundesliga e da Copa da Alemanha com o clube bávaro, o atacante repete o feito de Luka Modric, que venceu o prêmio em 2018.

Lewandowski e Modric são os únicos a interromperem o domínio de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, que dividiram 11 dos 13 troféus entregues desde 2008. O argentino, com seis, e o português, com cinco premiações, foram superados pelo polonês entre os finalistas da edição deste ano.

A melhor atleta do planeta eleita pela Fifa, foi a lateral direita inglesa Lucy Bronze, hoje jogadora do Manchester City. A britânica, porém, conquistou o troféu pelo desempenho na temporada passada com o Lyon, campeão da Champions League feminina.

Manuel Neuer, 34, foi eleito o melhor goleiro do mundo na premiação. Campeão da última Champions League masculina com o Bayern de Munique, o alemão, bicampeão europeu com os bávaros, fatura o seu quinto prêmio individual da Fifa.

Entre as mulheres, a eleita foi a goleira francesa Sarah Bouhaddi, 34, multicampeã pelo Lyon. Com o título da última Champions feminina ao lado de Lucy Bronze, a arqueira somou sua sétima taça europeia pelo clube, potência no futebol das mulheres.

Ainda no futebol feminino, a holandesa Sarina Wiegman ficou com o prêmio de melhor treinadora da modalidade. Campeã da Eurocopa e vice-campeã mundial no comando da Holanda, Wiegmann foi contratada em setembro deste ano pela seleção inglesa.

No futebol masculino, o alemão Jürgen Klopp faturou seu segundo troféu consecutivo de melhor treinador do mundo. O técnico do Liverpool levou o clube inglês à conquista da Premier League na temporada passada, título que o time não conquistava havia 30 anos.

O sul-coreano Son Heung-min, 27, superou o uruguaio Giorgian De Arrascaeta, do Flamengo, e ficou com o Prêmio Puskás de gol mais bonito da temporada. O golaço eleito pela Fifa foi anotado contra o Burnley, em dezembro de 2019, pela Premier League, no qual Son arrancou desde o campo da defesa e invadiu a área adversária para marcar.

No Fifa Fan Award, prêmio que elege torcedores símbolo, o troféu ficou com o brasileiro Marivaldo Francisco da Silva. Torcedor do Sport, ele caminha 60 quilômetros desde a sua cidade, Pombos, até o Recife para assistir aos jogos do clube de coração. A caminhada dura cerca de 12 horas.

Sua história ficou conhecida depois que a Globo realizou uma reportagem com o pernambucano, exibida em setembro de 2019.

A distinção vencida por Marivaldo foi escolhida exclusivamente pelo voto popular.

Esta é a segunda edição seguida do The Best em que o Brasil fatura o prêmio. No ano passado, a palmeirense Silvia Grecco, mãe do jovem Nickollas, foi eleita a torcedora símbolo no Fifa Fan Award.

Veja todos os ganhadores do Fifa The Best
Melhor jogador do mundo
Robert Lewandowski, Bayern de Munique (ALE)

Melhor jogadora do mundo
Lucy Bronze, Manchester City (ING)

Melhor goleiro
Manuel Neuer, Bayern de Munique (ALE)

Melhor goleira
Sarah Bouhaddi, Lyon (FRA)

Melhor técnico do futebol masculino
Jürgen Klopp, Liverpool (ING)

Melhor técnica do futebol feminino
Sarina Wiegman, seleção inglesa

Prêmio Puskás
Son Heung-min, Tottenham (ING)

Fifa Fan Award
Marivaldo Francisco da Silva, torcedor do Sport

Time feminino ideal da FifPro
Christiane Endler, Lucy Bronze, Wendie Renard, Millie Bright, Delphine Cascarino, Barbara Bonansea, Veronica Boquete, Megan Rapinoe, Pernille Harder, Vivianne Miedema e Tobin Heath

Time masculino ideal da FifPro
Alisson Becker, Trent Alexander-Arnold, Sergio Ramos, Virgil van Dijk, Alphonso Davies, Kevin de Bruyne, Thiago Alcantara, Joshua Kimmich, Lionel Messi, Robert Lewandowski e Cristiano Ronaldo

Pazuello afirma que rede privada terá vacina contra Covid-19 depois que o SUS for atendido

NATÁLIA CANCIAN E RENATO MACHADO – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (17) que a rede de clínicas privada também terá acesso à vacina contra a Covid-19, mas só depois que o SUS (Sistema Único de Saúde) receber toda a quantidade que necessita.

“Ontem, conversando com uma pessoa do Congresso sobre a saúde privada e a possibilidade de ser comprada pela saúde privada, sim, [será] autorizada por nós a partir do [momento] que a gente já tiver cumprido o que a gente precisa receber”, disse.

“Claro que se deve comprar também no privado, mas com prioridade para o SUS, com prioridade para o nosso programa nacional, que é para todos. Essa é a realidade que precisa ser colocada”, completou o ministro.

Pazuello participou nesta manhã de sessão temática no Senado, que discutiu o plano de vacinação contra a doença. O ministro disse que foi questionado por parlamentares brasileiros sobre a possibilidade da rede privada adquirir imunizações contra o novo coronavírus.

Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, a rede privada já tem uma lista de espera pela imunização contra a Covid-19.

Com a divulgação de resultados de eficácia de algumas vacinas, antes mesmo da aprovação em diferentes países, representantes de clínicas privadas de vacinação relataram aumento na procura de informações sobre a disponibilidade da imunização nesses locais.

O ministro voltou a afirmar que a distribuição das vacinas será parte de um plano nacional, com distribuição para todos os estados. “É um plano só, é um país só. Não haverá separação de estado nem município nem por classe, nada”, disse.

“Todos os brasileiros serão vacinados igualitariamente e todos os estados receberão dentro da proporção dos grupos a vacina simultaneamente, para que haja a vacinação grátis para todos os brasileiros. Eu acho que essa é a resposta que todos precisavam ouvir”, completou.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou para o dia 25 de janeiro o início da vacinação no estado com a vacina Coronavac, desenvolvida em parceria da chinesa Sinovac com o Instituto Butantan.
Pazuello também afirmou que o país já vai receber 24,7 milhões de doses a partir de janeiro, considerando 15 milhões da vacina da AstraZeneca, cerca de 9 milhões do Butantan e outras 500 mil da Pfizer.

Em outubro, o Ministério da Saúde chegou a assinar um memorando de entendimento para adquirir a vacina Coronavac, mas acabou desistindo por ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Recentemente, o governo federal mudou de posição e incluiu o imunizante em seu plano.

O ministro também rebateu críticas de morosidade em divulgar um plano de vacinação e afirmou que o Brasil está na “vanguarda” em relação à vacina contra a Covid-19. “Como nós formamos todas essas possibilidades e números, nós estamos numa vanguarda. Nós não estamos sendo atropelados, nós estamos numa vanguarda”, afirmou.

Nova JC Magazine será lançada no Domingo (20)

Está chegando a nova JC Magazine! A 33ª edição da revista será lançada no próximo Domingo (20) e trará diversas histórias para emocionar a todos os leitores.

A JC Magazine será encartada na edição impressa do Jornal Cidade de Domingo para assinantes e para quem comprar o JC nas bancas. A versão online também estará disponível, no site do JC, no dia 20.

Produzida por toda a equipe do Grupo JC de Comunicação, juntamente de nossos parceiros comerciais, a nova edição da revista terá 148 páginas e contará com 100 anunciantes. Serão distribuídas 30.000 exemplares da edição em toda a região. Além de Rio Claro, a JC Magazine circulará em Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Limeira, Araras, Ipeúna, Corumbataí, Analândia e Itirapina.

Com alta de mortes e perda de leitos, gestores preveem cenário pior que no início da pandemia

CLÁUDIA COLLUCCI – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a nova alta de casos e mortes por Covid-19, a queda da oferta de leitos, a demanda represada da assistência de outras doenças e o orçamento mais enxuto, médicos e gestores da saúde preveem em 2021 um cenário ainda mais difícil do que no início da pandemia.

Do total de 16.500 leitos hospitalares habilitados pelo Ministério da Saúde para Covid, apenas 4.580 estavam em operação, segundo a última atualização do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde) no dia 11 de dezembro.

Isso ocorre em um momento em que a média de mortes por Covid no país sofre um aumento de 27% em relação a 15 dias atrás, com o número de óbitos diários ultrapassando a casa dos 900.

O Ministério da Saúde diz que tem sido ágil na habilitação dos leitos, que os gestores recebem os recursos antes mesmo da ocupação deles. Para isso, precisam indicar a curva epidemiológica do coronavírus na região, a estrutura para manutenção e funcionamento da unidade intensiva, e corpo clínico para a atuação nas UTI.

O SUS perdeu 3.836 leitos de UTI de julho a outubro, de acordo com dados da Amib (Associação Medicina Intensiva Brasileira). O número passou 26.780 para 22.844.

Na rede privada, também houve perda de 4.961 leitos no mesmo período, passando de 27.967 para 23.004.

Ao mesmo tempo, há consenso no setor de que não é possível mais priorizar apenas os casos de Covid. A desassistência das outras doenças já mostra o seu impacto: aumento nas UTIs da taxa de mortalidade por outras doenças não Covid.

O índice das UTIs privadas estava estável nos anos anteriores e deu um salto em 2020 – de uma média de 0,84 para 1,22. Os dados das públicas ainda estão sendo concluídos.

Essa taxa de mortalidade padronizada é ajustada de acordo com a gravidade e o perfil do paciente. É calculada a partir da taxa de mortalidade esperada, com base nos anos anteriores, e a realmente observada na UTI.

Por exemplo: se é esperada uma taxa de mortes de 20% e ela ocorre de fato nesse patamar, a taxa padronizada é de 1 (dentro do previsto). Acima de 1, está ruim; abaixo de 1, o resultado é melhor que o esperado.

“A taxa de mortalidade vinha caindo nas UTIs privadas e na públicas. Nossa força-tarefa conseguiu evitar um colapso da Covid, mas não assistiu de forma adequada os outros pacientes. Em 2021, a gente não pode deixar isso acontecer”, diz a médica intensivista Suzana Lobo, presidente da Amib.

Segundo ela, os gestores de saúde têm que estar voltados agora para as necessidades reais de leitos de pacientes Covid e não Covid. “Vamos ter meses aí pela frente. Se essa onda da Covid for mais forte do que a outra e se vacina não vier logo, a impressão que eu tenho é que não vai ter leito, não vai ter hospital.”

Painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) mostra que neste ano, até o dia 11 de dezembro, o país já teve um excesso de mortalidade de 185.847 óbitos. Só as mortes por Covid ultrapassaram 182 mil.

Esse indicador é obtido a partir das mortes esperados em 2020, com base no SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde, entre 2015 e 2019, e dos óbitos observados em 2020 pelo Portal da Transparência do Registro Civil.

Para Jurandir Frutuoso, secretário-executivo do Conass, além da Covid, o excesso de mortalidade pode estar relacionado à sobrecarga nos serviços de saúde, à interrupção de tratamento de doenças crônicas ou pela resistência de pacientes em buscar assistência à saúde, pelo medo de se infectar.

O médico intensivista Ederlon Rezende, diretor da UTI do Hospital do Servidor Público Estadual, diz que entre março e novembro deste ano houve uma queda de 50% no número de cirurgias que demandam UTI (de 2.000 para 1.000) em relação ao mesmo período de 2019.

Ao mesmo tempo, foi constatado um aumento de 40% na taxa de mortalidade nesse mesmo intervalo. “Se eu derrubo as cirurgias para só atender Covid, depois esses pacientes chegam mais graves e correm mais risco de morte. É uma situação encarada hoje no Brasil afora.”

Um levantamento do Instituto Oncoguia mostra, por exemplo, uma redução de 45,72% no número de biópsias feitas no SUS de março a setembro deste ano em comparação a 2019 –de 500 mil para 300 mil.

Outros exames usados no diagnóstico também apresentaram quedas. O exame papanicolau, que rastreia o câncer de colo de útero, caiu 61,58%; a colonoscopia, para câncer de reto, 45,48%.

Segundo Luciana Holtz, presidente da Oncoguia, também houve redução na média de pacientes do SUS que iniciaram tratamento para o câncer: 37,3% a menos nos casos de tumor de próstata, 33,4% para melanomas, 29,3% para câncer de mama e 28% para câncer de pulmão.

“É muito angustiante. Na primeira onda da Covid, todos foram pegos de surpresa, houve uma compreensão para a necessidade dos adiamentos. Mas agora é preciso criar diretrizes para minimizar a catástrofe já anunciada. A pandemia vai impactar muito na mortalidade do câncer.”

No instituto, já começam a chegar relatos de pacientes que já tiveram suas cirurgias oncológicas canceladas devido a essa nova alta de casos de Covid.

Gisele Salomão, 34, teve diagnóstico de câncer de mama em outubro, foi indicada uma quadrantectomia (retirada de um quadrante da mama), mas na consulta médica de 3 dezembro último foi informada que não há previsão de data para a cirurgia em razão da pandemia.

As internações por câncer também caíram 24,72% no SUS. “Os dados estão ai e são um importante alerta de que não podemos mais esperar para que os exames e diagnósticos sejam agilizados e priorizados e que mesmo diante de uma segunda onda, os tratamentos não sejam mais cancelados”, diz Luciana.

Jurandir Frutuoso, do Conass, afirma que toda essa situação de represamento das doenças não Covid preocupa muito e que os gestores estão tentando sensibilizar o Ministério da Saúde para o que chamam de terceira onda de pressão no sistema de saúde, que são esses casos doenças crônicas agravados.

Uma das demandas que o Conass em conjunto com o Conasems (conselho dos secretários municipais de saúde) negocia com o Ministério da Saúde é a incorporação definitiva ao SUS de ao menos 5.000 leitos de UTI abertos durante a pandemia.

Em documento divulgado nesta semana, a Amib também apela para que o Ministério da Saúde não desmobilize os leitos de UTI temporários.

“A pandemia revelou de forma inequívoca que para que os pacientes graves tenham desfechos favoráveis é preciso que o leito de UTI esteja completo, ou seja, com equipamentos [ ventiladores, diálise] e principalmente com equipe multiprofissional especializada”, diz a nota.

Outra preocupação dos gestores de saúde diz respeito ao orçamento de 2021. Não estão previstos os recursos extras que foram liberados devido à pandemia (o que significa cerca de R$ 40 bilhões a menos nos cofres da saúde). O reajuste que consta na PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) é de apenas 1,1%.

Em reunião na Câmara dos Deputados, os gestores de saúde alertaram para o risco de sérios problemas para a manutenção dos serviços, considerando que a pandemia não terminará em 31 de dezembro deste ano.

A Amib tem chamado a atenção para o esgotamento dos profissionais de saúde. “É emocionante receber aplausos da sociedade, mas ao presenciarmos as homenagens póstumas aos nossos colegas, sentimos também o peso de ser quem somos. Um grupo de profissionais que segue na linha de frente trabalhando com uma sobrecarga física e emocional jamais descrita na história da medicina.”

O intensivista Ederlon Rezende diz que as equipes estão exaustas física e mentalmente. “Mesmo nós, intensivistas, nunca passamos por uma situação assim. Ontem [terça], um casal que estava internado com Covid piorou e teve que ser intubado. Eles pediram para se despedir antes da intubação. Mexe muito com a gente, é de cortar o coração.”

JC Business recebe Casa do Construtor

Muito se fala de sucesso e experiências positivas todos os dias no mercado de trabalho e conversar com quem entende a receita é a melhor forma de aprender.

Nesta semana, o JC Business, programa de entrevistas sobre negócios, carreira, network e desenvolvimento pessoal, recebe os empresários Expedito Arena e Altino Cristofoletti Junior, sócios-proprietários da franquia Casa do Construtor, maior rede brasileira de franquias especializada na locação de máquinas e equipamentos de pequeno porte para a construção civil.

A empresa foi escolhida A Franquia do Ano no prêmio Melhores Franquias do Brasil 2020, promovido pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, com base em pesquisa conduzida pela Serasa.

Maria Angela Tavares de Lima é gerente-geral do Grupo JC de Comunicação e também mediadora do JC Business, e conversará com os empresários sobre o sucesso objetivo e empreendedorismo, o caminho do sucesso, e fala sobre a expectativa em recebê-los nos estúdios do grupo.

“Será uma honra receber estes empresários de sucesso que, certamente, têm muito a ensinar para quem está empreendendo e quer crescer, e também para quem sonha em ter seu próprio negócio”, fala.

CRESCIMENTO

A franquia Casa do Construtor foi uma das empresas que mais se prepararam com a chegada da pandemia no país e esse assunto será tratado na conversa que acontece nesta quinta-feira (17), a partir das 19 horas, no Facebook e YouTube do Jornal Cidade.

Com as mudanças feitas, a empresa projeta um faturamento de um bilhão de reais até 2026.

Segundo o departamento de expansão, os números são para lá de positivos em relação a abertura de novos negócios. A rede fecha 2020 com aproximadamente 320 lojas inauguradas.

Em outubro, a rede inaugurou a segunda loja no Paraguai.

PARCERIAS

Patrocinam e apoiam o programa Solo Revestimentos, Ke-tal Malharia, Chopp Brahma, Unimed Smart Help, Caprem Construtora e Tratos Network & Business

Governo destina R$ 20 bi para vacinação da população contra covid-19

AGÊNCIA BRASIL

O presidente Jair Bolsonaro assinou hoje (17) uma Medida Provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 20 bilhões, em favor do Ministério da Saúde, para a vacinação da população contra a covid-19. O ato ocorreu durante a cerimônia de posse do novo ministro do Turismo, Gilson Machado, no Palácio do Planalto.

“Tão logo tenhamos uma vacina certificada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], ela estará a disposição de todos no Brasil, de forma gratuita e voluntária”, disse Bolsonaro. A MP deve ser publicada ainda nesta quinta-feira em edição extra do Diário Oficial da União.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que o valor cobrirá as despesas com a compra das doses de vacina, seringas, agulhas, logística, comunicação e todas as despesas que sejam necessárias para vacinar a população. O montante, ainda segundo a pasta, não é destinado a nenhuma vacina específica e poderá ser utilizado conforme o planejamento e as necessidades do Ministério da Saúde.

“A medida permitirá que as autoridades de saúde brasileiras fiquem em condições de adquirir as primeiras vacinas que tenham o seu uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que apresentem possibilidade de rápida disponibilização à população brasileira”, diz a nota.

De acordo com o governo federal, o valor será financiado com o uso de superávit financeiro de exercícios anteriores e, como se trata de um crédito extraordinário, ele não depende da aprovação da Lei Orçamentária de 2021. “Embora a medida em tela seja enviada ao Legislativo para posterior confirmação, os recursos já ficarão disponíveis imediatamente e poderão ser utilizados desde já pelo Ministério da Saúde. A medida é mais uma das ações empreendidas pelo governo federal visando diminuir os graves impactos econômicos pela pandemia do covid-19”, explicou a Secretaria-Geral.

De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19, apresentado esta semana pelo Ministério da Saúde, o governo federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de encomenda tecnológica associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consórcio Covax Facitity, associado à aquisição de 42 milhões de doses de vacinas.

Além disso, há outros R$ 177,6 milhões para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), no fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respiratórias. Também outros R$ 62 milhões foram investidos para aquisição de mais 300 milhões de seringas e agulhas.

Governo Doria abrirá escolas mesmo se houver subida de casos de Covid-19 em 2021

ISABELA PALHARES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador João Doria (PSDB) decidiu que as escolas serão consideradas serviços essenciais e poderão permanecer abertas mesmo em cidades que estejam na pior fase da pandemia, a etapa vermelha.

O anúncio aconteceu na coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (17).

Pelas regras atuais, as escolas públicas e particulares só podem abrir em regiões que estejam na fase amarela. No entanto, seguindo o que outros países fizeram, o governador decidiu permitir que elas continuem abertas mesmo em situações mais graves da pandemia.

Com essa mudança, mesmo que haja aumento de casos de coronavírus no início de 2021, as escolas poderão iniciar o ano letivo em fevereiro com parte dos alunos presencialmente. Deve ser mantida a regra de que as escolas só podem receber 35% dos alunos.

Inaugurada, Casa Rosa abrigará mulheres vítimas de violência doméstica em Araras

RAMON ROSSI

Araras conta, agora, com a Casa Rosa “Nilza Apparecida Fernandes” – um equipamento de acolhimento para mulheres em situação de violência doméstica. O objetivo, segundo a Prefeitura da cidade, é garantir a integridade física e emocional dessas vítimas.

A Casa Rosa vai funcionar em um prédio municipal que passou por reforma e que disponibiliza 10 casas para abrigar mulheres e seus filhos quando vítimas de qualquer tipo de violência.

No local essas pessoas terão toda a atenção básica ofertada pela Secretaria de Assistência Social, como moradia, alimentação, monitoramento e segurança 24h feita pela Guarda Municipal. Há ainda uma área de serviço comunitário, brinquedoteca e playground para entretenimento das crianças.

Também estará à disposição dessas famílias uma equipe técnica composta por assistente social, psicóloga e advogada. “O abrigo é provisório, essas mulheres permanecerão na Casa Rosa por um período de até 6 meses, até reestruturarem suas vidas. Esse serviço vai fortalecer as redes de proteção e atenção à mulher que já existem na cidade. Elas chegarão até aqui indicadas pelo Creas (Centro de Referência Especializado)”, explicou Delcina Maria de Souza Teixeira, secretária municipal de Assistência Social.

Os parceiros do projeto são a Delegacia de Defesa da Mulher da Polícia Civil, a Guarda Municipal, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, o Fórum de Araras e, futuramente, o Anexo Maria da Penha, serviço que está sendo implantado na cidade pela Prefeitura, em parceria com o Tribunal de Justiça.

“Eu trabalhei 20 anos em Limeira que foi a cidade pioneira em ter um abrigo para mulheres vítimas de violência e eu sempre tive orgulho daquela casa, mas diante do que estou vendo aqui agora, estou encantada. Com a Casa Rosa, Araras passa a ser referência não só na região como em todo o Estado”, ressaltou a delegada titular da Delegacia da Mulher de Araras, Andrea Arnosti Pavan.

Mercedes-Benz encerra produção de automóveis na fábrica de Iracemápolis

A Mercedes-Benz anunciou nesta quinta-feira (17) o encerramento das atividades da fábrica de Iracemápolis. A decisão foi tomada pela crise econômica enfrenta pelo Brasil que se agravou com a pandemia da Covid-19.

Ainda no comunicado a empresa diz que está buscando alternativas para os colaboradores, incluindo a possibilidade de um Programa de Demissão Voluntária e buscando a melhor perspectiva de futuro possível para o local e os seus colaboradores.

Confira a nota encaminhada pela Mercedes-Benz:

A Mercedes-Benz AG está dando um novo passo rumo à transformação da companhia. Nesse sentido, a empresa decidiu encerrar a produção de automóveis premium na fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo. A decisão está sendo tomada com base em vários fatores, incluindo a atual situação do mercado brasileiro.

Nesse momento, a companhia está buscando a melhor perspectiva de futuro possível para o local e os seus 370 colaboradores da unidade. A Mercedes-Benz irá buscar alternativas para os empregados, incluindo a possibilidade de um programa de demissão voluntária e outras possibilidades que serão avaliadas em um futuro próximo.

Jörg Burzer, Membro do Board da Mercedes-Benz AG, Produção e Cadeia de Suprimentos: “A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia da Covid-19, causando uma queda significativa nas vendas de automóveis premium. Ao longo do nosso processo de transformação, continuamos a reestruturar a nossa rede de produção global. Aumentar nossa eficiência, otimizando a nossa capacidade de utilização é um facilitador importante. Por isso, decidimos encerrar a produção de automóveis premium no Brasil. Nosso primeiro objetivo agora é encontrar uma solução sustentável para os colaboradores dessa unidade, que contribuíram de forma decisiva para o sucesso da Mercedes-Benz no Brasil com seu comprometimento e expertise nos últimos anos”.

A Daimler AG continua comprometida com o Brasil e mantém uma forte presença no país com unidades de produção em São Bernardo do Campo, São Paulo (Caminhões e Chassis de Ônibus) e Juiz de Fora, Minas Gerais (Cabinas de Caminhões).

Sobre a fábrica de Iracemápolis

Com 370 colaboradores, a fábrica de Iracemápolis (São Paulo) tem sido responsável pela produção do Mercedes-Benz Classe C e pelo Mercedes-Benz GLA. O volume de automóveis que era produzido em Iracemápolis será transferido para outras fábricas da rede de produção global. Cerca de 50 concessionários de automóveis premium vão continuar oferecendo os veículos Mercedes-Benz aos clientes no mercado brasileiro.

Jornal Cidade RC
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