Brasil volta a ter média móvel de mortes por Covid acima de 1.000, mostra consórcio de imprensa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

O Brasil registrou 1.016 mortes como média móvel de óbitos por Covid-19, neste domingo (10). Uma média tão elevada havia ocorrido pela última vez na semana final de julho de 2020.
Neste domingo, o Brasil registrou 483 mortes pela Covid e 29.153 casos do doença. Com isso, o país já soma 203.140 óbitos e 8.104.823 de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Especialistas vêm alertando que os números de mortes podem permanecer altos pelas próximas semanas, devido às viagens, encontros e festas que realizados durante o Natal e o Ano-Novo.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 988. O valor da média representa um aumento de 55% em relação ao dado de 14 dias atrás.
Todas as regiões do país apresentam crescimento na média móvel de mortes.
Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins apresentam aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás.
Acre, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Santa Catarina estão em situação de estabilidade, o que não significa uma condição de tranquilidade.
Nenhum estado apresenta queda nos dados.
O Brasil tem uma taxa de 96,7 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (373.669), e o Reino Unido (81.567), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 114,4 e 122,7 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (130,3), país com 78.755 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 133.204 óbitos, tem 105,6 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 118,9. O país tem 38.049 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 150.999 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,2 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 99,8 mortes por 100 mil habitantes (44.417 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

Doria cobra urgência da Anvisa para liberação da Coronavac

SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) –

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), cobrou “senso de urgência” da Anvisa, neste domingo (10), em postagem em redes sociais.
A cobrança ocorre um dia depois de a agência pedir mais dados sobre a Coronavac ao Instituto Butantan para dar continuidade à análise do uso emergencial da vacina.
“É preciso senso de urgência da Anvisa para liberação da vacina do Butantan. Ritos da ciência devem ser respeitados, mas devemos lembrar que o Brasil perde cerca de mil vidas/dia para a Covid-19. Com a liberação da Anvisa, milhões de vacinas que já estão prontas poderão salvar vidas”, afirmou Doria.
No sábado (9), a agência pediu que o Butantan enviasse mais dados para que assim seja possível dar continuidade à análise.
O pedido para uso emergencial da vacina havia sido entregue na sexta (8).
Ao mesmo tempo, a Anvisa afirmou que os dados enviados pela Fiocruz (que também havia entrado com pedido de uso emergencial na sexta) estavam completos.
A submissão dos documentos técnicos é condição necessária para viabilizar a avaliação, conclusão e deliberação sobre uso emergencial das vacinas.
Segunda a Anvisa, na documentação do Butantan faltam seis tipos de informações e resultados.
Em meio a reuniões entre os órgãos, o Butantan afirma que enviará os dados em breve.
O governo paulista tem o plano de começar a vacinação no estado em 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo.
Já o Ministério da Saúde fala em também começar a vacinação em janeiro, assim que houver a liberação de alguma das vacinas.
A vacina Coronavac está há meses envolvida em discussões. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em diferentes momentos, questionou-a –e não só ela.
Ao mesmo tempo, durante o mês de dezembro houve sucessivos adiamentos por parte do governo paulista na apresentação dos dados de eficácia do imunizante, algo que ocorreu parcialmente no último dia 7.
A Anvisa afirmou neste domingo (10) que segue com a análise dos documentos entregues pela Fiocruz e pelo Butantan.
Disse ainda que dos seis resultados e informações que estão pendentes do Instituto Butantan, nenhum foi entregue ainda.
A agência reguladora disponibiliza um painel que mostra o andamento das análises relativas à autorização de uso temporário e emergencial de vacinas para Covid-19. Nele, há 31 itens listados.
Da lista, o Butantan possui 38,76% dos documentos com análise concluída, 47,63% pendentes de complementação, 8,45% em análise e 5,15% sem apresentação.
Já a Fiocruz tem 21,44% da documentação com análise concluída, 59,79% ainda sendo analisada e 18,76% pendentes de complementação.
A agência informou que os dados que estão pendentes da Fiocruz não dificultam ou não impedem a análise como um todo.

Eleitor tem até esta semana para justificar ausência no 1º turno

Agência Brasil

O eleitor que não compareceu às urnas no primeiro turno das eleições municipais de novembro tem até esta semana para justificar a ausência. Caso o procedimento não seja realizado, será preciso pagar uma multa. Quem não regularizar a situação pode ficar sujeito a restrições.

O prazo vence na quinta-feira (14) para quem faltou ao primeiro turno das eleições municipais 2020. Para o segundo turno, o limite é 28 de janeiro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda que a justificativa seja feita, preferencialmente, por meio do aplicativo e-Título, disponível para celulares com sistemas operacionais Android ou iOS.

O procedimento pode ser feito também pela internet, por meio do Sistema Justifica. Ou ainda de modo presencial, no Cartório Eleitoral. Em qualquer um dos casos, o eleitor precisará preencher um Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), descrevendo por que não votou. O TSE pede que seja anexada documentação que comprove a razão da falta.

Isso porque o RJE pode ser recusado pela Justiça Eleitoral, se a justificativa não for plausível ou se o formulário for preenchido com informações que não permitam identificar corretamente o eleitor, por exemplo.

Se tiver o requerimento negado, para regularizar a situação o eleitor precisará pagar a mesma multa de quem perdeu o prazo para a justificativa. O valor da multa pode variar, de acordo com o estipulado pelo juízo de cada zona eleitoral. Existe a possibilidade de o eleitor solicitar isenção, se puder comprovar que não tem recursos para arcar com a penalidade.

Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual o eleitor não compareceu por estar fora de seu domicílio eleitoral. Ou seja, se não tiver votado no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência de cada um, separadamente, obedecendo aos mesmos requisitos e prazos de cada turno.

Nas eleições 2020 foi registrada abstenção recorde tanto no primeiro (23,14% do eleitorado) quanto no segundo (29,5%). Quando foram realizadas as votações, o Brasil tinha 147.918.483 eleitores aptos a votar.

A justificativa para a ausência é necessária porque o voto é obrigatório para quem tem entre 18 e 70 anos, conforme o Artigo 14 da Constituição. Quem não justificar e não pagar a multa para regularizar a situação junto à Justiça Eleitoral fica sujeito a uma série de restrições legais, impedido de: 

– obter passaporte ou carteira de identidade;

– receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

– participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal, dos municípios ou das respectivas autarquias;

– obter empréstimos nas autarquias, nas sociedades de economia mista, nas caixas econômicas federais e estaduais, nos institutos e caixas de Previdência Social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;

– inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado;

– renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;

– praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda;

– obter certidão de quitação eleitoral;

– obter qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.

Edição: Graça Adjuto

Com reservas, Santos vence o clássico contra o São Paulo

FEDERAÇÃO PAULISTA DE FUTEBOL – O Santos não quis nem saber de pensar na disputa pela vaga na final da Libertadores e levou a melhor no clássico contra o São Paulo. Na tarde deste domingo, pela 29ª rodada do Brasileirão, o Peixe venceu o SanSão, por 1 a 0, no Morumbi, na capital paulista. O único gol da partida foi marcado pelo volante Jobson, no começo do segundo tempo.

O resultado colocou o Santos em oitavo lugar, com 42 pontos, e encheu o time de moral para o confronto diante do Boca Juniors, da Argentina, na próxima quarta-feira, pela volta das semifinais da Libertadores. O São Paulo, por sua vez, amargou a segunda vitória seguida, mas segue na liderança do Brasileirão, com 56 pontos.

O primeiro tempo teve o São Paulo muito mais tempo com a bola, mas com pouca objetividade, especialmente do meio para frente. Desta forma, quem criou a principal oportunidade de gol nos 45 minutos iniciais foi o Santos, em contra-ataque. Após bom lançamento de Lucas Braga, Arthur Gomes finalizou cruzado e carimbou a trave de Volpi.

Na insistência e no toque de bola, o São Paulo conseguiu construir boa trama pelo lado direito. Juanfran recebeu em velocidade de Daniel Alves e tentou desviar passe de carrinho. João Paulo, no entanto, caiu para fazer a defesa e evitou o pior.

O começo do segundo tempo teve bola na rede pelo lado do Santos. Logo no primeiro lance, Jobson recebeu pela esquerda de Arthur Gomes e tentou fazer o cruzamento. A bola ficou travada no meio do caminho e sobrou para o próprio meio-campista mandar de bico para o fundo das redes de Volpi.

O São Paulo tentou responder pelos lados do campo. Brenner e Gabriel Sara apareceram na área para finalizar, mas acabaram desperdiçando. O primeiro finalizou mascado e parou em João Paulo, enquanto o meia exagerou na força e acabou tirando demais do gol, mesmo estando dentro da área.

Diniz colocou Trellez e Carneiro para tentar aumentar o poder de fogo no ataque, mas o Santos seguiu mais perigoso. Em boa puxada, Lucas Braga recebeu de Kaio Jorge, mas Volpi apareceu no meio do caminho para evitar a finalização e manter o São Paulo vivo. Pelo alto, Brenner obrigou João Paulo a fazer grande defesa, aos 39 minutos.

O São Paulo volta a jogar contra o Athletico-PR, no domingo que vem, às 16h, na Arena da Baixada, em Curitiba. O Santos, por sua vez, tem uma semana cheia. Na quarta-feira, o Peixe decide a vaga na final da Libertadores contra o Boca Juniors, na Vila Belmiro. Pelo Brasileirão, a equipe de Cuca encara o Botafogo, também no domingo, às 16h.

Rio Claro tem 18 novos casos de coronavírus

Rio Claro registrou 18 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas e com isso o município chegou a 6.925 infectados de acordo com o boletim da Secretaria Municipal de Saúde emitido neste domingo (10).

O município tem 32 pessoas hospitalizadas, 13 em leitos públicos e 19 na rede particular. Do total de internados, 16 estão em unidades de terapia intensiva.

Até agora Rio Claro tem 6.331 pessoas recuperadas da Covid-19. Desde o início da pandemia o município registrou 168 óbitos em decorrência da doença.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização.

GCM recolhe veículo por descumprimento da Lei do Pancadão

No início da manhã deste domingo (10), uma equipe da Guarda Civil Municipal efetuava patrulhamento pelo bairro Jardim das Palmeiras, quando se depararam com um veículo VW Nova Saveiro, em desacordo com a lei Municipal 5091/2017 que dispõe sobre Veículos equipados com sistema de som nas vias públicas, causando perturbação do sossego.

O veículo foi autuado, e conforme determina a lei, recolhido ao pátio do guincho São Lucas, onde permanecerá até o proprietário efetuar pagamento da multa, e providenciar documentação necessárias para liberação.

Japão detecta nova variante de coronavírus em viajantes do Brasil

AGÊNCIA BRASIL – O Ministério da Saúde do Japão divulgou neste domingo (10) ter detectado uma nova variante do coronavírus em quatro viajantes que estiveram no Brasil, no estado do Amazonas, e retornaram ao Japão em 2 de janeiro. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde brasileiro, que disse ter sido notificado ontem (9) pelo governo japonês.

A infecção dos viajantes foi detectada ainda no aeroporto de Haneda, em Tóquio. O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão (NIID, na sigla em inglês) analisou as amostras colhidas dos pacientes e confirmou tratar-se de uma nova cepa da doença, diferente de duas outras já identificadas no Reino Unido e na África do Sul e que se mostraram altamente infecciosas.

“No momento, não há provas de que a nova variante encontrada nos brasileiros seja altamente infecciosa”, disse Takaji Wakita, diretor do instituto japonês, no comunicado. O governo japonês disse que também investiga se as vacinas disponíveis são eficazes contra a nova variante do coronavírus.

Doze mutações

O Ministério da Saúde do Brasil informou em nota que, segundo as autoridades japonesas, a nova variante possui 12 mutações, sendo que uma delas é a mesma encontrada nas variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul, “o que implica em maior potencial de transmissão do vírus”, diz o texto.

“Não há, no entanto, nenhuma evidência científica que aponte impacto na efetividade do diagnóstico laboratorial ou das vacinas em estudo atualmente contra a Covid-19”, disse o governo brasileiro.

Segundo o comunicado do Ministério da Saúde japonês, dos quatro viajantes provenientes do Brasil, há um homem na casa dos 40 anos que teve problemas para respirar, uma mulher na casa dos 30 que teve dor de cabeça e garganta, um adolescente que teve febre, e uma adolescente assintomática.

Rastreamento

No Brasil, o Ministério da Saúde disse ter pedido ao governo japonês os dados sobre a nacionalidade dos viajantes e locais de deslocamento no Brasil para rastreamento de potenciais contatos.

A pasta acrescentou ter comunicado aos centros de vigilância em todo o país sobre a nova mutação e preparado uma nota técnica abordando o diagnóstico molecular de variantes do coronavírus na rede de saúde. O Instituto Evandro Chagas deve receber amostras e realizar o sequenciamento genético da nova variante, diz a nota do Ministério da Saúde.

O Japão identificou a nova variante do coronavírus no momento em que vive um salto nos casos de infecções e mortes. Na última quinta-feira (7), o país decretou um novo estado de emergência sanitária em Tóquio, a menos de 200 dias da data marcada para a abertura dos Jogos Olímpicos na cidade.

Bahia e São Paulo

Novas variantes do coronavírus já foram identificadas em estados como São Paulo e Bahia, onde uma paciente tornou-se a primeira a ser reinfectada com a variante E484K, originalmente encontrada na África do Sul. De acordo com o comunicado do governo japonês, a variante recém encontrada possui mutação semelhante à encontrada na variante africana. 

O NIID alertou que a mutação E484, também identificada na variante proveniente do Brasil, tem o potencial de afetar a capacidade de alguns anticorpos neutralizarem o vírus. Esse tipo de mutação ocorre no spike, região do vírus que primeiro entra em contato com a célula humana.

**Com informações das agências de notícias NHK e Reuters

SP registra 1,54 milhão de casos e 48,3 mil óbitos por coronavírus

GOVERNO DO ESTADO DE SP – O Estado de São Paulo registra neste domingo (10) 48.351 óbitos e 1.546.132 casos confirmados do novo coronavírus.

Entre o total de casos diagnosticados de COVID-19, 1.360.789 pessoas estão recuperadas, sendo que 162.204 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 66,4% na Grande São Paulo e 646% no Estado. O número de pacientes internados é de 12.860, sendo 7.333 em enfermaria e 5.527 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 12h deste domingo.

Hoje, os 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 611 com um ou mais óbitos. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade, junto com o perfil, pode ser consultada aqui.

Prova da Fuvest começa com máscara obrigatória e sem medir temperatura de inscritos

DHIEGO MAIA – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Fuvest deu a largada, no início da tarde deste domingo (10), à 1ª fase de seu vestibular cercada de incertezas se o nível de segurança empregado será capaz de proteger os participantes do coronavírus.

Além da caneta esferográfica azul, a máscara é item obrigatório e quem se recusar a usá-la ao longo das cinco horas de prova será desclassificado.

Os portões dos 148 locais de prova espalhados por 35 cidades paulistas foram fechados às 13h, horário que marcou o início da prova.

O vestibular da Fuvest seleciona 8.242 vagas em 183 cursos da USP (Universidade de São Paulo), a instituição do país mais bem avaliada em rankings internacionais.

Outras 2.905 cadeiras da graduação estão reservadas ao Sisu, sistema do governo federal que preenche vagas nas universidades a partir das notas do Enem.

Pouco mais de 130 mil participantes iniciaram a maratona de resolução das 90 questões objetivas baseadas no conteúdo programático do ensino médio.
O número de ausentes, desclassificados e outros contratempos da prova só serão conhecidos nas próximas horas deste domingo.

A reportagem acompanhou a movimentação dos vestibulandos na entrada do prédio D do campus Memorial da Uninove (Barra Funda), na zona oeste da capital paulista.

O local, com 3.512 inscritos, é o que congrega o maior número de participantes e, por isso, preocupava a organização por causa de possíveis aglomerações.

As restrições impostas pela pandemia, no entanto, seguraram os ânimos. Não foram vistas as clássicas “rodinhas de conversa” antes do exame.
Tampouco se viu representantes de cursinhos pré-vestibulares fazendo entregas de kits de apoio aos participantes.

O único problema foi que muitos candidatos confundiram os locais de prova: dois prédios da Uninove sediam o exame neste domingo.

Com máscaras no rosto e garrafas de água mineral nas mãos, a maioria dos candidatos seguiram a recomendação da Fuvest: localizar e permanecer na sala até o início da prova.

O que chamou a atenção foi a ausência da medição de temperatura dos participantes. A febre é um dos sintomas recorrentes da Covid-19.

Questionada, a Fuvest informou que o procedimento causaria o que não se quer num vestibular de grandes dimensões: aglomeração.

A fundação também se amparou em pesquisas e disse que a maioria dos inscritos deste ano são jovens -este grupo, diz a Fuvest, tem se mostrado mais assintomático para a Covid-19.

“Dentre os sintomáticos, apenas uma pequena parcela desenvolve febre [temperatura acima de 37,8º C] como sintoma. Dessa forma, o screening [triagem] perde eficiência”, segundo nota da fundação.

A Fuvest também disse que as pessoas com Covid-19 e febris costumam apresentar grande prostração. Esse fato também fez a fundação crer que a maioria dos candidatos nestas condições não compareceram na primeira fase de provas neste domingo.

A regra máxima nesta edição da Fuvest é: não fazer a prova quem contraiu Covid-19 a partir do dia 1º ou teve contato com pessoas contaminadas. A mesma recomendação recai sobre pessoas com sintomas da doença.

Como não é possível impedir a participação de candidatos com Covid-19, a Fuvest investiu em prevenção para inibir novas contaminações durante a prova.

Criou o que ficou conhecido como “salas anticontaminação”, com lotação máxima permitida de até 40% de candidatos posicionados a 1,5 metro de distância um dos outros.

Com lugares demarcados, os candidatos encontraram um sachê embebido de álcool 70% para higienizar os assentos antes do início da prova.
Foi proibido o uso de aparelhos de ar-condicionado nas salas.

O uso obrigatório de máscara -que cobre o rosto e a boca- para aplicadores da prova e inscritos e o fornecimento de álcool em gel ajudaram a garantir, segundo a Fuvest, as regras sanitárias dos tempos pandêmicos.

Todas essas regras integram o plano de biossegurança do exame que, segundo a Fuvest, foi aprovado pelo Centro de Contingência da Pandemia, do governo Doria (PSDB).

Matheus Torsani, médico assistente da Fuvest e o responsável pela estruturação do plano, disse que a qualidade das regras sanitárias desta edição do vestibular fizeram o governo paulista dar aval para a realização do vestibular em qualquer estágio da pandemia em São Paulo.

Cidades como Presidente Prudente, Registro, Sorocaba e Marília são sedes da prova e estão na fase laranja, a segunda mais restritiva do plano SP de Contenção da Covid-19.

A imprensa só obteve autorização para fotografar o andamento do vestibular da Fuvest no prédio da FEA (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária), da própria USP, no campus Butantã.

Os estudantes aprovados na primeira fase voltarão à segunda etapa da seleção entre os dias 21 e 22 de fevereiro. A primeira lista de aprovados será divulgada no dia 15 de março.

Doria cobra ‘senso de urgência’ da Anvisa para liberação da Coronavac

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, João Doria, cobrou “senso de urgência” da Anvisa, na manhã deste domingo (10), em postagem em redes sociais. A cobrança ocorre um dia após a agência pedir mais dados sobre a Coronavac ao Instituto Butantan para dar continuidade à análise para uso emergencial da vacina.

“É preciso senso de urgência da Anvisa para liberação da Vacina do Butantan. Ritos da ciência devem ser respeitados, mas devemos lembrar que o Brasil perde cerca de mil vidas/dia para a Covid-19. Com a liberação da Anvisa, milhões de vacinas que já estão prontas poderão salvar vidas”, afirma Doria, na postagem.

No sábado, a agência de vigilância sanitária brasileira pediu que o Butantan enviasse mais dados sobre a Coronavac para que assim seja possível dar continuidade à análise. O pedido para uso emergencial da vacina do Butantan havia sido entregue na sexta.

Ao mesmo tempo, a Anvisa também afirmou que os dados enviados pela Fiocruz (que também havia entrado com pedido de uso emergencial na sexta) estavam completos.

A submissão dos documentos técnicos previstos no Guia é condição necessária para viabilizar a avaliação, conclusão e a deliberação sobre a autorização de uso emergencial das vacinas. Segunda a Anvisa, na documentação do Butantan faltam seis tipos de informações e resultados.
Em meio a reuniões entre os órgãos, o Butantan afirma que enviará os dados em breve.

O governo paulista tem o plano de começar a vacinação no estado em 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo. Já o Ministério da Saúde fala em também começar a vacinação em janeiro, assim que houver a liberação de alguma das vacinas já protocoladas.

A vacina Coronavac está há meses envolvida em discussões. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em diferentes momentos, questionou a vacina -e não só ela. Ao mesmo tempo, durante o mês de dezembro houve sucessivos adiamentos por parte do governo paulista na apresentação dos dados de eficácia do imunizante, algo que ocorreu no último dia 7.

RCFC e Velo Clube apresentam elenco

A próxima semana marcará o início dos trabalhos de Rio Claro Futebol Clube e AE Velo Clube para o Campeonato Paulista da Série A-2. O Galo Azul apresentará nesta segunda-feira (11) às 9h30 o técnico que comandará a equipe na divisão de acesso do futebol paulista. Já o Velo Clube apresenta o elenco e comissão técnica na terça-feira (12) às 15h.

As equipes darão início aos preparativos para o estadual que começa no dia 28 de fevereiro e termina em 22 de maio. As 16 equipes se enfrentam em turno único, classificando-se às quartas de final as oito melhores, respeitando a ordem de classificação para definir os duelos.

Rio Claro FC

O Galo Azul iniciará o trabalho do zero nesta segunda (11). Como não disputou a Copa Paulista em 2020, o Azulão não tem atletas com contrato com o clube. O novo treinador que chega amanhã montará o elenco juntamente com a diretoria do clube e o novo gestor de futebol Clayton Vieira, ex-Bragantino e União Barbarense. O profissional trabalhou no União Barbarense entre 2007 e 2013, com acessos para a Série A-2 e A-1; depois, teve passagem de três temporadas no Bragantino, até voltar ao clube de Santa Bárbara d’Oeste em 2019.

AE Velo Clube

Com o título de Campeonato Paulista da Série A-3 em 2020, o Velo Clube retorna aos trabalhos nesta terça-feira (12). Com a permanência de 16 jogadores que conquistaram o acesso e oito novos contratados. O técnico João Vallim iniciará os treinamentos visando levar mais uma equipe à elite do futebol de São Paulo.

Dos jogadores que conquistaram a vaga na divisão de acesso do futebol paulista e o título de Campeão Paulista da A-3, 16 tiveram os contratos renovados e ficarão para o estadual neste ano. São eles: os goleiros Filipe Garça, Eduardo e Aurélio, os zagueiros Alexandre Carvalho, Léo Turbo e Felipe Codognatto, os laterais Janilson (esquerdo), Vinicius (esquerdo) e Luiz Roberto (direito), os volantes Eurico, Niander e Caio, os meias Felipinho e Rodney e os atacantes Lucas Duni e Samuel.

Jornal Cidade RC
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