Previsão do tempo para esta segunda-feira (21)
Confira como ficará o tempo em Rio Claro no início desta semana.
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Na noite de domingo (20), além da ocorrência de danos contra o patrimônio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da 29, a Guarda Civil registrou tumulto envolvendo um casal que, também, se revoltou contra o serviço médico prestado.
A paciente teria ofendido uma técnica de enfermagem com palavrões. O companheiro da acusada ameaçou a profissional de morte e disse que iria buscar uma arma de fogo para matá-la, bem como os demais servidores da unidade.
Secretaria Municipal da Saúde
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde lamenta o ocorrido e destaca que foi feita ocorrência relatando a ameaça. “Os atendimentos nos serviços municipais de saúde seguem protocolos clínicos e, ainda mais neste momento, os funcionários têm se desdobrado para conseguir oferecer o melhor atendimento à população”, esclarece.
Por volta das 21h55 de domingo (20), um tumulto e danos contra o patrimônio foram registrados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da 29. Segundo consta em boletim de ocorrência, o pai levou o filho de 13 meses para atendimento e não teria concordado com a medicação prescrita pelo profissional médico.
Foram receitados dois soros para a criança, sendo contestado pelo familiar que queria que fosse aplicada injeção no filho e, consequentemente, teve início uma discussão que resultou em um computador quebrado, que afetou o atendimento na unidade, e o vidro do balcão. Documentos, cadeiras e cesto de lixo foram revirados e espalhados pelo local.
A Guarda Civil foi acionada e dada voz de prisão ao indiciado, que foi encaminhado ao Plantão Policial e pagou fiança de R$ 1.100,00, sendo liberado posteriormente.
O vice-prefeito Rogério Guedes esteve na UPA 29 para averiguar o caso.
Secretaria Municipal de Saúde
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro ressalta que a criança foi atendida conforme os protocolos de saúde. “A secretaria lamenta o ato de vandalismo contra o patrimônio público que prejudicou as demais pessoas que estavam na UPA à procura de atendimento médico”, reforça.
A pasta informa que está providenciando reparos ao que foi danificado. Além de um computador, foram quebradas porta, trava da porta, vidro da recepção, ventilador e cadeiras. Além de vandalizar o imóvel, informa, ainda, que o pai da criança tentou agredir funcionário da unidade. Por conta do episódio, o atendimento ficou prejudicado e foi interrompido por cerca de uma hora. A Guarda Civil precisou ser acionada para conter o homem e dar segurança para que o atendimento pudesse ser restabelecido.
“O homem vandalizou a unidade alegando não concordar com o tratamento prescrito pelo profissional médico, que realizou o atendimento da criança seguindo os protocolos clínicos. O pai da criança não concordou com o atendimento, não quis medicar a criança de um ano e causou danos ao patrimônio público, inclusive com a criança no colo. O atendimento na unidade nesta segunda-feira está normalizado”, conclui.
Mais quatro óbitos por Covid foram registrados em Rio Claro, conforme boletim divulgado neste domingo (20) pela Secretaria Municipal de Saúde. São 489 vidas perdidas para a doença no município nesta pandemia, sendo as mais recentes vítimas fatais dois homens, uma mulher e um idoso.
O boletim também aponta que 143 pacientes estão hospitalizados por Covid, com 81% de ocupação de leitos. Deste total, 75 pacientes estão em UTI.O município tem 16.460 casos da doença, sem novos registros neste domingo. Há 882 pessoas em isolamento domiciliar.
A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos. Isso é fundamental para que o município consiga conter o avanço da Covid.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O documentário brasileiro “A Última Floresta” venceu o prêmio do público da mostra Panorama no Festival de Berlim neste domingo (20).
Em texto no site oficial do festival, a produção foi elogiada por capturar “imagens poderosas, alternando observação documental e sequências encenadas, além de paisagens sonoras densas”.
Dirigido por Luiz Bolognesi e escrito com Davi Kopenawa, autor do livro “A Queda do Céu”, o filme retrata uma aldeia ianomâmi isolada no norte do Brasil há mais de mil anos, em um território demarcado legalmente.
O documentário, que também integrou o festival É Tudo Verdade, mostra a tentativa dos índios de proteger suas terras e evitar a invasão de garimpeiros, que levam à aldeia doenças desconhecidas.
Em decorrência da pandemia do coronavírus, o Festival de Berlim foi dividido em duas partes este ano. A primeira, que aconteceu em março, foi virtual, e voltada somente para os profissionais da indústria cinematográfica. Então, os vencedores das principais categorias foram anunciados em uma live.
Agora, em junho, os filmes enfim foram exibidos ao público de forma presencial, em 16 locais de Berlim. As projeções, que terminaram neste domingo (20), aconteceram ao ar livre, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19.
O evento aconteceu em um momento em que a Alemanha enfrenta uma melhora nos sinais da pandemia, como foi enfatizado pelo próprio festival ao anunciar sua edição presencial.
“A diminuição das taxas de incidência [da Covid] em Berlim e o sinal das autoridades locais para acompanhar positivamente o pedido de um projeto-piloto com testes obrigatórios reforçaram a decisão da gestão do festival.”
O Brasil já começou a receber os primeiros pinguins da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), oriundos das Ilhas Malvinas, da Argentina e do Chile que anualmente migram para a costa brasileira, em temporada que tende a se estender de junho a outubro. O pico da temporada ocorre, normalmente, entre julho e agosto.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), implantado pela Petrobras na região em 2015, resgatou do final de maio até o último dia 10 de junho nove pinguins entre Santa Catarina e São Paulo, sendo quatro no litoral paulista e cinco nas praias catarinenses. O primeiro apareceu na Praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC), no dia 21 de maio. Estava debilitado, com sintomas de desidratação e hipotermia, e foi encaminhado para o Centro de Reabilitação.
O coordenador do PMP-BS na área SC/PR, biólogo marinho André Barreto, explica que os pinguins vêm, em geral, das colônias de reprodução na Argentina, em águas mais frias e, nesta época do ano, começam a se espalhar em busca de alimento. “E parte da população acaba chegando aqui, no Brasil. Por isso a gente acaba tendo mais animais nas regiões do Sul. Alguns alcançam o Rio de Janeiro e a gente tem registro até mais no Nordeste, na Bahia. Mas é mais raro. O mais comum é no Rio Grande do Sul e Santa Catarina ter mais animais”.
Barreto explicou que os pinguins-de-magalhães costumam fazer colônias na América do Sul, principalmente na costa da Patagônia, onde tem as maiores colônias, e se espalham no Atlântico Sul. Essa espécie não vive no gelo, como o pinguim imperador e o pinguim real. “Esse é um pinguim que vive em terra. As colônias dele são nas praias da América do Sul mesmo”.
Os animais que chegam à costa brasileira vêm debilitados, em sua grande maioria, ou mortos até, porque o canal de distribuição deles é mais a Argentina e o Uruguai. “Então, os que chegam aqui estão no limite da distribuição deles. Não estão encontrando mais os alimentos usuais deles. Tendem a chegar mais fracos”. O biólogo marinho lamentou apenas 10% dos animais resgatados pelo PMP são encontrados vivos.
Com o PMP-BS ativo, há bases para poder tratar esses animais. “A gente está conseguindo recuperar e devolver para a natureza vários deles”. O PMP-Bacia de Santos vai do Rio de Janeiro a Santa Catarina. Nessa área existem várias bases que fazem o atendimento veterinário dos animais. Os animais mortos são necropsiados para que se tente identificar a causa de morte. Em Santa Catarina, o programa tem cinco bases e uma delas é um centro de reabilitação de prazo mais longo. Ao chegarem nas praias, os animais mais fracos são levados para uma unidade de estabilidade, espécie de pronto-socorro, onde ficam por dois ou três dias até melhorarem um pouco a condição e, então, são transferidos para o centro localizado em Florianópolis, onde se recuperam.
André Barreto destacou que, muitas vezes, acontece de o pinguim, enquanto está na recuperação, entrar no período de muda, porque são animais que trocam de penas uma vez por ano. Se isso acontece enquanto eles ainda estão em recuperação, é preciso que as equipes fiquem mais dois ou três meses com eles até nascerem as penas novas, porque só então eles vão conseguir estar aptos para voltar nadando para casa. Isso é importante também porque já se constatou que a chance de sobrevivência deles é maior quando são devolvidos em grupos. “Eles são animais que formam grupos naturais. Então já se viu que chance de recuperação deles é maior quando são soltados todos juntos”.
Os pinguins vão sendo devolvidos ao mar de acordo com o estado de saúde de cada um. O PMP só fica com o animal quando ele entra na muda de penas, esclareceu André Barreto. “Porque aí não adianta colocar ele no ambiente porque não vai conseguir nadar. Ele perde a impermeabilização dele. Então, a gente tem que esperar o ciclo de recuperação dele, nascerem as penas novas, para poder devolver para a natureza”.
O objetivo do PMP é avaliar o impacto de atividades humanas sobre os animais marinhos, por meio do monitoramento das praias, disse André Barreto.
Em 2020, ano considerado diferente do normal pelo coordenador do PMP-BS, foram registrados entre junho e outubro 5.021 animais. Só em junho, foram 2.700. Em 2019, na mesma temporada, foram 4.100 pinguins, dos quais somente 76 em junho. “Isso tem a ver com variabilidade do ambiente, pode ser corrente, pode ser vento, pode ser a época que eles saem das colônias na Argentina. Tem um monte de fatores envolvidos aí. O ano de recorde foi 2018, quando a temporada registrou 11.900 pinguins encontrados na costa. As bases ficaram lotadas. Não se dava conta de recolher tantos animais nas praias. Então, cada ano, para a gente, é uma surpresa”.
Barreto reforçou que, em média, 90% dos pinguins chegam à costa brasileira já mortos ou muito fracos e acabam não resistindo. Por isso, destacou a importância do monitoramento regular e contínuo das praias para poder acompanhar as variações do ambiente e verificar se algum impacto está acontecendo. Os pinguins que chegam às praias sem necessidade de ir para a reabilitação não são pegos. Sozinhos, eles voltam para o mar, sem problemas.
Antes de serem devolvidos ao mar, os animais recebem um microchip que é implantado embaixo da pele, entre as omoplatas, nas costas. Esse microchip permite o acompanhamento e reconhecimento dos animais, caso reapareçam no litoral brasileiro.
Estruturado e executado pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, o PMP é o maior programa de monitoramento de praias do mundo.
Atualmente, a companhia mantém quatro PMPs que, juntos, atuam em dez estados litorâneos, acompanhando mais de três mil quilômetros de praias. O PMP da Bacia de Santos (PMP-BS) é o mais recente da companhia e está presente no Sul e no Sudeste, desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ).
O monitoramento é feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e compreende o registro, resgate, necrópsia, reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo para a gestão de políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha. Os PMPs trabalham em parceria com diversas organizações científicas e com as comunidades locais.
A sociedade também pode participar, acionando as equipes se avistar um animal marinho vivo ou morto. Os telefones disponíveis para essa finalidade são PMP-BS Área SC/PR e Área SP – 0800 6423341; PMP-BS Área RJ (Paraty a Saquarema) – 0800 9995151; PMP-BC/ES (RJ) -0800 0262828; PMP-BC/ES (ES) – 0800 0395005; PMP-SEAL (Piaçabuçu/AL até Conde/BA) – 08000-793434 ou (79) 9 9683-1971; PMP-RNCE (RN) – (84) 98843 4621; e PMP-RNCE (CE) – (85) 99800 0109 e 3113 2137.
O prédio histórico da antiga Estação Ferroviária de Rio Claro recebeu na manhã de sábado (19) a ação de uma força-tarefa para a pintura tanto da parte interna, quanto da parte externa, com a presença de cerca de 40 profissionais e, segundo o secretário municipal de Obras, Ivan De Domênico, esse feito era algo muito esperado tanto para a gestão, quanto pelos munícipes, já que tal ponto está presente na cidade desde 1910.
“Em 2012 fizemos a pintura e entregamos para a população, e hoje, com apoio da Minas Tintas, Coral Tintas, Casa do Construtor, LocFácil e demais secretarias, que estão auxiliando no que é necessário, fizemos esse mutirão, com esses profissionais, para pintar em um dia, então essa façanha não custará nada ao município de Rio Claro e vamos restaurar esse patrimônio histórico”, fala.
O secretário cita ainda a importância da Estação Ferroviária no desenvolvimento do município como um todo, por isso a necessidade do restauro.
A ação faz parte do cronograma para celebrar o aniversário da cidade, que completa, no próximo dia 24, 194 anos.
ESTUDO
Ivan De Domenico explica ainda que, após um estudo feito por Monica Ferreira, do Arquivo Público Histórico, a pintura está sendo feita com as cores originais da Estação Ferroviária.
“Foi realizada a pesquisa de cores e estamos seguindo o projeto de cores originais da época que foi feita a primeira pintura do prédio, em 1910”, fala o secretário.
A pintura recebeu aprovação do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).
PARTICIPAÇÃO
Crianças que participam do projeto Sal da Terra também estiveram na antiga Estação Ferroviária com o intuito de fazer parte da história e pintaram cartazes com o croqui do prédio.
O vereador Moisés Marques, autor do pedido para as melhorias, falou sobre a importância da participação de todos nessa iniciativa.
“É fundamental que todos, inclusive os pequenos, entendam a importância histórica da Estação para a nossa cidade e sintam-se parte, e através de um trabalho de união de forças, conseguimos fazer mais por nossa cidade, esse trabalho envolvendo a comunidade é muito importante para todos”, afirma.
TRÂNSITO
Através da Secretaria de Mobilidade Urbana, o trânsito foi desviado e profissionais orientaram motoristas e pedestres no local.
Juntos, nós curamos, aprendemos e brilhamos. O lema desta edição do Dia Mundial do Refugiado, celebrado hoje (20), realça a educação, a saúde e o lazer como importantes instrumentos de integração. Neste ano, a data busca chamar atenção para uma série de problemas enfrentados por aquelas pessoas que, por algum motivo, foram forçadas a mudar de país: dificuldades para encontrar um médico, para colocar seus filhos na escola, para desfrutarem momentos de distração.

O Dia Mundial do Refugiado foi designado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para homenagear os refugiados em todo o mundo e estimular a mobilização social e política para a garantia de seus direitos. É também uma ocasião para promover a empatia e a compreensão com essa população. No Brasil, foi organizada uma programação que inclui oficinas, exposições, saraus, seminários, entre outros. São atividades virtuais e presenciais que irão dar visibilidade para diversas histórias como as de Fiorella Ramos, Marifer Vargas e Lexandra Arrieta, venezuelanas de diferentes faixas etárias. A reposta humanitária brasileira à população de refugiados é uma referência internacional positiva para o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), agência vinculada à ONU.
Nascida no município de Antonio Díaz, no norte da Venezuela, a indígena warao Fiorella Ramos fez da promoção à saúde seu projeto de vida. Ela obteve apoio para se formar médica na Universidade de Havana, em Cuba, e mais tarde, após voltar ao seu país, ampliou sua formação em um internato no Hospital Universitário Ruiz y Páez, na cidade de Bolívar.
Sua vida começou a mudar tempos após ela ter assumido um cargo de diretora em um hospital público na cidade de Guasipati, a cerca de 450 quilômetros da fronteira entre Venezuela e Brasil. Ali, teve desavenças com autoridades governamentais envolvendo políticas públicas para acesso a medicamentos. Retirada da função, chegou a trabalhar na iniciativa privada, mas a deteriorização das condições econômicas a fez decidir deixar seu país em 2019: atravessou a fronteira e chegou a Pacaraima (RR), indo em seguida para Boa Vista.
Foram 17 dias dormindo na rua e se alimentando graças à ajuda de um irmão que também abandonou a Venezuela e já se encontrava em um abrigo na capital de Roraima. Fiorella foi uma das principais lideranças da ocupação Ka’Ubanoko, ajudando na conquista de vários benefícios para migrantes em situação de rua. O movimento se iniciou com cerca de 150 venezuelanos, indígenas em maioria. Com o apoio de organizações católicas e humanitárias, o grupo obteve acesso a alimentação e a serviços básicos. No ano passado, Fiorella se mudou para um abrigo em Boa Vista e foi contratada como monitora de saúde.
“Atuo no auxílio à parte primária do atendimento. Sou médica, mas ainda não posso exercer no Brasil porque preciso primeiro revalidar meu diploma”, explica. Para Fiorella, a saúde é fundamental no acolhimento aos refugiados indígenas e fator de integração, porém exige que os profissionais atuem respeitando diferenças culturais.
“Há muitas doenças que se podem erradicar, que se podem controlar. Mas muitos indígenas não entendem porque precisam ir a um hospital. E daí a importância da atenção primária, que se baseia na prevenção e na promoção de saúde. É importante esse trabalho nas comunidades. E na atenção secundária, é importante o intercâmbio cultural para que médicos formados e aquelas pessoas com conhecimento em medicina tradicional possam interagir diretamente com o paciente nos centros de saúde”, avalia.
Se o acolhimento de refugiados indígenas nos serviços de saúde demanda cuidados específicos, ao mesmo tempo envolve todos os desafios decorrentes do contexto mundial. A pandemia de covid-19 trouxe novas preocupações para o Acnur. A primeira delas é óbvia: guerras e perseguições não deixam de ocorrer porque há uma crise sanitária global e, com o fechamento de muitas fronteiras, sair do país deixou de ser uma solução possível para muitas pessoas. Mas além disso, havia o receio com aqueles que já se encontravam em outras nações.
“Felizmente, temos observado mais avanços que retrocessos no Brasil. Mesmo no contexto da pandemia, o país manteve o funcionamento do seu sistema de reconhecimento de refugiados. E efetivamente reconheceu um grande número de pedidos principalmente da Venezuela. Também manteve o funcionamento da Operação Acolhida”, diz Luiz Fernando Godinho, oficial de informação pública do Acnur.
O tratamento que o Brasil dá aos migrantes é considerado pelo Acnur como um exemplo positivo. Diferente de outros países, que organizam campos de refugiados, aqui há um esforço para integrá-los na sociedade. E a legislação contribui com essa opção, uma vez que garante a eles acesso a serviços considerados universais, como saúde, educação e mesmo programas sociais.
Em sintonia com essa tradição, a Operação Acolhida é uma iniciativa liderada pelo Ministério da Cidadania que envolve também uma rede de organizações mobilizada pelo Acnur. Através dela, mais de 50 mil venezuelanos que chegaram em Roraima já conseguiram se instalar em diferentes cidades do país. A iniciativa foi criada em 2018 em resposta ao fluxo migratório que teve início no ano anterior decorrente da crise econômica e política que se instaurou no país vizinho. No auge desse movimento, cerca de 500 pessoas ingressavam diariamente no Brasil.
Desde 2017, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão colegiado vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, já concedeu refúgio a 46 mil venezuelanos. O último balanço oficial mostrou que 65% das 82.552 pessoas que solicitaram refúgio ao Brasil no ano de 2019 vieram da Venezuelana. O fluxo reduziu com a pandemia, uma vez que o Brasil fechou a fronteira em Pacaraima. Aqueles que aqui já estavam são considerados nas respostas sanitárias à crise sanitária, inclusive para acesso a vacinas. Diversas organizações e entidades articuladas na rede mobilizada pelo Acnur atuam em conjunto para assegurar esses direitos.
A agência da ONU, que é financiada por meio de doações, também desenvolve ações diretas. “O Acnur vem atuando provendo informações seguras, uma vez que essas pessoas estão em um país estrangeiro, muitas vezes não conhecem o idioma e precisam receber uma informação mais customizada”, acrescenta Godinho. Outros esforços da agência incluem a distribuição de kits de higiene, a concessão de apoio financeiro emergencial para grupos específicos de refugiados que tiveram renda comprometida na crise sanitária. O pós-pandemia já está sendo pensado. O Acnur planeja fomentar mecanismos de geração de emprego e renda para essa população.
Fiorella celebra o rendimento fixo mensal e assegura que entre os refugiados indígenas, há muitas pessoas capacitadas em busca de uma oportunidade como ela: engenheiros, professores, informáticos. “Mesmo aqueles que não tem uma formação formal, possuem experiência em alguma área, como artesanato e agricultura. O Brasil nos dá muita esperança positiva. Podemos pensar em um futuro. Podemos estar tranquilos, ter uma família, ter um lugar para viver. Um lugar onde se pode trabalhar com a comunidade”, acrescenta. Ela pretende revalidar seu diploma e atuar como médica em Roraima ou mesmo em outro estado do Brasil. “Se não for possível, se não me estabilizar aqui em alguns anos, posso voltar ao meu país se as coisas estiverem diferentes por lá”.
Se a saúde é a forma que Fiorella encontrou para ajudar na integração dos refugiados e ao mesmo tempo retribuir o acolhimento que recebeu no Brasil, Marifer vê a educação como uma ferramenta para combater o preconceito. Segundo ela, os refugiados têm necessidades econômicas e sociais como diversos grupos vulneráveis da população brasileira, mas também possuem força e coragem a ponto de deixar uma vida para trás em busca do futuro.
“Garantir educação é importante tanto para o acolhido como também para o país que acolhe. Não basta dar o pão, dar o alimento, vendo o refugiado como um coitadinho, ferido. Educar o refugiado é também dar a ele oportunidade de somar. O refugiado vem para crescer com o país e não para ser um prejuízo. Integração não é somente experimentar comidas, ela envolve uma inclusão”, avalia.
Marifer é professora e vivia em Maracay, a 119 quilômetros da capital Caracas. Ela conta que deixou a Venezuela devido à violência e às ameaças sofridas, após seu companheiro, que é jornalista, ter publicado denúncias de corrupção. Ele veio primeiro, em maio de 2016. Ela chegou depois, com a filha, em agosto de 2017. Entraram no país por Roraima e hoje estão estabelecidos em São Paulo.
“Sou professora de história e geografia da Venezuela. Então não consigo fazer aqui o que eu fazia lá. Mas estou atuando como educadora social nos programas de interiorização dos refugiados”, conta. Ela já atuou na Operação Acolhida e hoje se envolve em projetos educacionais da Cáritas, organização humanitária da Igreja Católica.
Marifer fala português fluentemente e diz gostar de uma roda de pagode. Com a filha matriculada na escola, ela se diz confortável no país. “Um lugar de segurança e tranquilo para recomeçarmos a vida. Conseguimos receber apoio para a documentação, para assistência, para a escola da minha filha, para emprego, para tudo. Eu não tenho como ser mais agradecida. Brasil e Venezuela são vizinhos e não se conhecem bem. Então é legal essa troca. Todos temos algo que ensinar. Em casa, seguimos comendo arepa, falamos espanhol e ouvimos nossa música. Mas já estabelecemos a vida aqui. Estamos em casa”.
Aos 15 anos, esse não é o mesmo sentimento de Lexandra Arrieta. Há um ano no Brasil, junto com sua mãe Bélgica Martinez, seu irmão Leobel Arrieta e outros familiares, ela imagina regressar em um momento mais propício e sonha com o momento em que abraçará seu pai outra vez. “Queremos voltar em algum momento. Não agora. Mas deixamos lá nosso pai, que estará nos esperando”, diz.
Apesar da saudade, ela se sente acolhida no abrigo em que vive, em Boa Vista. Diz que a cidade tem muitos lugares bonitos e que estão conhecendo coisas diferentes da Venezuela. Seu principal elemento de integração é o esporte. Ela pratica futebol e kickball todos os dias e interage com outros adolescentes de sua idade. “Em um instante, já sabem nosso nome. Fizemos muitos amigos. O esporte nos ajuda tanto para fortalecer o corpo como para abstrair a mente”.
Embora esteja no país do futebol, ao citar sua referência, Lexandra não aponta um ídolo brasileiro. Sua inspiração é Deyna Castellanos, atacante da seleção feminina venezuelana e do clube espanhol Atlético de Madrid. “Ela demonstrou aos homens que não são somente eles que podem jogar. Ela é uma excelente jogadora. Gostaria de ser como ela”, afirma.
O Ministério da Saúde começou a distribuir hoje (20) 7,6 milhões de doses da vacina da AstraZeneca para estados e o Distrito Federal. Produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as doses serão destinadas para completar a imunização de grupos prioritários com a segunda dose do imunizante contra a covid-19. O intervalo entre as duas doses é de 3 meses.

Segundo o ministério, a doses vão imunizar idosos entre 60 e 64 anos e profissionais que atuam na linha de frente de combate à pandemia, como trabalhadores da área da saúde eagentes de forças de segurança e das Forças Armadas. O envio deve ser concluído amanhã (21).
Com a remessa do novo carregamento, o ministério chega à marca de 120 milhões de doses enviadas aos estados. Mais de 86 milhões já foram aplicadas.
O avanço da pandemia da Covid-19 em Rio Claro levantou alerta na comissão formada por cientistas e pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no município. Os recordes de casos e internações atingidos recentemente na cidade estão sendo considerados como um terceiro ciclo de aceleração, ainda que a cidade esteja avançada na imunização através das vacinas aplicadas. De acordo com manifestação emitida na última semana, a pandemia em Rio Claro entrou neste terceiro ciclo sem ter conseguido controlar a segunda onda, que culminou no final do mês de março e final do mês de abril.
“No pico da primeira onda, que ocorreu em 25/07/2020, foi registrada a média móvel de 77 casos diários, o pico da segunda onda em 21/03/2021 foi de 115 casos diários e até o momento, neste terceiro ciclo, alcançou 117 casos com crescimento de 90% em 14 dias”, detalha a comissão que acompanha a evolução da pandemia desde o seu início.
De acordo com os dados dos pesquisadores, o número de reprodução da epidemia (Rt), que representa a gravidade da transmissão do vírus, passou de 0,58 em 8 de abril para 1,48 em 15 de junho. “Isso significa que em 08/04 cada 100 pessoas infectadas transmitiam o vírus para outras 58, enquanto em 15/06 a transmissão de cada 100 pessoas ocorre para outras 148, mostrando que a infecção está em amplo crescimento”, explica.
Segundo a comissão da Unesp, “os dados apontados indicam que as medidas de mitigação da pandemia no município falharam em conter a pandemia, ao contrário do que se observou entre a primeira e a segunda onda”. A manifestação ocorreu na mesma semana em que o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) descartou, por hora, qualquer decreto que possa impor novas restrições de circulação como meio de diminuir a transmissibilidade do vírus.
Os cientistas ressaltam a necessidade de o município revisar e atualizar as normas de contenção da transmissão, ampliar a divulgação das mesmas e, ainda, assegurar o cumprimento das normas com campanhas educativas e efetiva fiscalização.
Alerta
Cientistas afirmam que não existe medida cientificamente validada de contenção da pandemia da Covid-19, exceto a rápida vacinação concomitante com baixas taxas de transmissão do vírus.
Conselho Municipal de Saúde também faz alerta sobre pandemia e aciona o Ministério Público
A preocupação com o avanço da pandemia em Rio Claro também motivou o Conselho Municipal de Saúde, órgão deliberativo vinculado à Fundação Municipal de Saúde, a oficiar ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) para requerer que medidas de restrições sejam implantadas na cidade.
“Em 15 de junho, as médias móveis de novos casos, internações, ocupação de UTI e óbitos em 7 dias superaram o pico da segunda onda, alcançando 117 casos, 168 internações, sendo 82 em UTI, e 18 óbitos. Em apenas 14 dias, houve aumento de 90% no número de casos, 36% em internações, 24% em UTI e 29% de óbitos”, detalha o Conselho.
Segundo a presidente Maria Helena Betanho Romualdo, “é plausível supor que haverá aumento no número de doentes que precisarão de internações e, mais tardiamente, o de óbitos. Nada justifica a perda de mais vidas, quando sabemos como evitar”, afirma.
O Conselho Municipal de Saúde também está apelando ao Ministério Público. O ofício foi encaminhado ao promotor Gustavo Andreato para que a autoridade recomende ao município a adoção das novas medidas, levando-se em consideração os dados apresentados pela Comissão AntiCovid-19 da Unesp Rio Claro.
Um importante instrumento para a redução do número de acidentes de trânsito, a Lei Seca completou, ontem (19), 13 anos em vigor no Brasil. Sua aprovação tornou crime dirigir embriagado. A regra é simples: libera a bebida e a direção mas proíbe a aliança das duas ações. Quem bebe não dirige. Quem dirige não bebe.
Apesar da rigidez em suas punições, muitos motoristas ainda insistem em fazer a combinação e isso reflete em autuações (veja abaixo as estatísticas enviadas pela Polícia Militar e Polícia Rodoviária de Rio Claro).
“A fiscalização de alcoolemia é de suma importância para a prevenção de sinistros. O álcool é uma das principais causas de ocorrências que temos, ficando somente atrás do excesso de velocidade, incluindo a imprudência do condutor. Nós da Polícia Rodoviária nos empenhamos muito em garantir a segurança dos usuários das rodovias. Em face da pandemia e dos riscos de contágio tanto para o policial quanto para o cidadão, é importante dizer que houve sim uma diminuição nas fiscalizações, mas que elas não deixaram de acontecer quando necessárias. Esperamos em breve, com a sequência da vacinação, prosseguirmos com força total nesse importante trabalho”, pontuou o 1º-tenente Bruno Lopes Ribeiro, que atua no policiamento rodoviário há três anos.
“No ano de 2021, de janeiro a abril, foram registrados 3 homicídios culposos e 284 lesões corporais culposas em decorrência de acidente de trânsito. Em 2020 e 2019, respectivamente, foram 19 e 21 homicídios, 901 e 1.178 lesões corporais culposas decorrentes de acidentes de trânsito. Tudo isso sem falar nos danos patrimoniais, que possui relevante impacto econômico. Por fim, ao menos estatisticamente, é muito mais provável que um cidadão rio-clarense seja vítima do trânsito local do que de qualquer outro crime, especialmente homicídio doloso, roubo ou furto”, disse o major PM Ademar Gregolim Jr, coordenador operacional do 37º Batalhão de Polícia Militar do Interior.
Lei Seca
A Lei 11.705, de 19 de junho de 2008, conhecida popularmente como Lei Seca, alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), passando a proibir a condução de veículo automotor, na via pública, estando o condutor com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência. Antes, não havia previsão em lei do teor alcoólico necessário para a caracterização do crime, bastando que o motorista estivesse sob a influência de álcool.
Em dezembro de 2012, foi sancionada a Lei 12.760, aprovada pelo Congresso Nacional, com nova alteração no CTB, que estabeleceu tolerância zero ao álcool e reforçou os instrumentos de fiscalização do cumprimento da Lei Seca: provas testemunhais, vídeos e fotografias passaram a ser aceitos como provas de que um motorista dirige sob efeito de álcool.
Quem dirige embriagado pode ser multado em R$ 2.934,70, e o valor dobra se o motorista for flagrado novamente dentro de um ano. O condutor terá seu direito de dirigir suspenso por 12 meses, além de ter o veículo recolhido, caso não se apresente condutor habilitado e em condições de dirigir.
Atenção
Estudos médicos demonstram os mais variados sintomas no corpo humano após a ingestão do álcool, entre eles estão a diminuição da capacidade psicomotora, alteração na capacidade de raciocínio, retardo para respostas em condições adversas, visão e audição alteradas, falta de atenção, perda de reflexo e sonolência
A Caixa paga neste domingo (20) a terceira parcela do auxílio emergencial 2021 para beneficiários nascidos em março.

Os recursos serão depositados nas contas digitais dos beneficiários. Os valores podem ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem para pagamento de boletos, compras na internet e pelas maquininhas de estabelecimentos comerciais. Os beneficiários também conseguem movimentar os recursos usando o Caixa Tem na Rede Lotérica. O saque desta parcela será liberado a partir de 5 de julho.
A Caixa lembra que o calendário da terceira parcela foi antecipado. Marcado inicialmente para encerrar em 12 de agosto, com a possibilidade de saques para os nascidos em dezembro, o terceiro ciclo agora finaliza no dia 19 de julho.
De acordo com a Caixa, central telefônica 111 funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h, gratuitamente, e está preparada para atender os beneficiários do Auxílio Emergencial. Além disso, o banco disponibiliza, ainda, o site.