Rumo diz que oficina deve deixar cidade de Rio Claro

Rio Claro deverá perder, de forma definitiva até 2025, a oficina de vagões da concessionária Rumo. A reportagem do Jornal Cidade teve acesso ao contrato de concessão entre a empresa e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) que não garante ou especifica em seus termos anexos que a oficina será transferida do Centro para o Jardim Guanabara. Em comunicado ao JC, a empresa confirmou que o projeto de transferência elaborado foi estabelecido fora do município de Rio Claro.

“A Rumo esclarece que o contrato de renovação prevê a remoção da oficina da área central de Rio Claro, medida que visa melhorar a mobilidade e reduzir os conflitos urbanos no município. Estudos para definir um novo local foram feitos considerando a abrangência da malha ferroviária, disponibilidade de áreas, fornecimento de insumos e critérios operacionais e técnicos. No processo de renovação, a operadora tinha um prazo de apenas um ano para protocolar o projeto de uma nova oficina de vagões, esse projeto foi estabelecido fora do município de Rio Claro. Todos os documentos foram protocolados junto à agência reguladora e o cronograma está seguindo as obrigações previstas em contrato”, informa.

O contrato ao qual o JC teve acesso diz em uma das cláusulas que “a concessionária implantará, até o fim de 2025, uma oficina de manutenção de vagões e equipamentos com vistas à transferência da oficina de Rio Claro para localização a ser definida pela concessionária”, sem citar o bairro Jardim Guanabara, tampouco o próprio município de Rio Claro. Hoje contando com 210 colaboradores diretos e terceiros, a oficina da concessionária Rumo era prevista para ser transferida para o Jardim Guanabara há anos. Nos bastidores, fala-se que a nova oficina poderá ser instalada em Araraquara, onde já há estrutura da empresa.

Em 2018 e 2019, a Câmara Municipal aprovou alteração no Plano Diretor do Município, a pedido do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), para alterar a área de zoneamento no Jardim Guanabara para industrial para que o local recebesse a estrutura necessária para os galpões de manutenção.

Imbróglio

Há anos que a transferência da oficina do Centro para o Jardim Guanabara era articulada junto à Rumo e o Governo Federal.

Sindicato alerta para perda e convoca mobilização

Diante da possibilidade de Rio Claro perder a oficina da Rumo, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias Paulistas (Sindpaulista), que tem sede no município, convoca mobilização da população em geral e da classe política para que seja revisada essa alteração na previsão de transferência.

“É uma ‘bomba nuclear’. A ferrovia está há mais de 100 anos na cidade. A Rumo tem a concessão. Quando foram retirados os trilhos anos atrás, foi indicado que a transferência da oficina ocorreria para esse bairro. Mas o que não está no contrato não se faz. Havia uma previsão, apenas”, diz o vice-presidente da entidade, Ariovaldo Bonini.

O ferroviário alerta que é necessária uma força política para que Rio Claro não seja prejudicada com a perda da oficina, consequentemente dos empregos e da própria memória da ferrovia, que remonta ao município desde a sua industrialização. “Agora é uma decisão política. Têm soluções para resolver isso, mas é preciso trabalhar politicamente”, acrescenta. Bonini estará ao vivo, a partir das 8h desta segunda-feira (16), na Rádio Jovem Pan News Rio Claro AM 1410 para falar do assunto.

Rio Claro Basquete encara o Paulistano no Felipão pelo Campeonato Paulista

Hoje, às 18h, o Rio Claro Basquete enfrenta o Paulistano pela quarta rodada do Campeonato Paulista de Basquete. O Leão busca a reabilitação, após ser derrotado por 59 a 55 pelo Corinthians na última quarta-feira (11). Rio Claro soma até o momento duas derrotas e uma vitória no estadual, ocupando a oitava colocação.

“Um jogo muito importante contra uma equipe muito qualificada que ficou na quarta colocação no último NBB e manteve a base. A gente vem de uma derrota contra o Corinthians, mas gostei da consistência defensiva da nossa equipe e precisamos fazer alguns ajustes ofensivos porque a competição exige. É uma disputa na qual de 10 equipes sete estão no NBB. Cada jogo é uma história e estamos ganhando conjunto para a sequência da competição”, destacou o técnico Fernando Penna.

O treinador aposta em um melhor desempenho do Leão, já que o elenco vem ganhando com os jogos e treinos mais entrosamento.

“Já tivemos nos últimos jogos o Betinho conseguindo atuar por mais tempo e esperamos ganhar mais reforços e ter um time mais qualificado para enfrentar esses grandes times no Campeonato Paulista. Estou feliz e confiante até o momento pelo que produzimos, claro que o recomeço é sempre difícil, mas confiante para fazer mais um grande trabalho”, finalizou Penna.

Regulamento

Na primeira fase, todos os times vão se enfrentar em um grupo único, em jogos de turno e returno, classificando-se para os playoffs os oito mais bem colocados. As quartas de final, as semifinais e a decisão do Paulista de basquete serão disputadas em melhor de três jogos.

Agenda

Na próxima sexta-feira (20) o Rio Claro Basquete encara pelo Campeonato Paulista o Mogi das Cruzes às 19h30, no ginásio Felipe Karam

‘É por necessidade que fazemos e não por sensacionalismo’, diz família após ataques

Segue em recuperação o garoto Bruno Henrique Alves dos Santos, de 11 anos de idade. Ele sofreu um grave acidente no dia 31 de maio deste ano quando andava de bicicleta em frente ao Jardim das Nações II, local onde residia com a família.

Na queda da bicicleta, Bruno bateu a cabeça e pouco tempo depois começou a passar mal e precisou ser internado. Depois disso foram 44 dias dentro de um hospital entre a vida e a morte.

Ao receber alta, a família precisou alterar toda a rotina para atender às necessidades de Bruno, que se encontra atualmente em estado semivegetativo (pacientes nestas condições conseguem abrir os olhos, mas não conseguem falar ou fazer coisas que requeiram pensamento ou intenção consciente).

A família, que morava em um apartamento no Nações, precisou alugar uma casa e montar um quarto hospitalar para Bruno, que requer cuidados integralmente: “Nossas despesas aumentaram muito. Além do aluguel, a conta de energia vem também muita alta, pois o Bruno depende de aparelhos. Ele segue usando fraldas, se alimenta por sonda direto no estômago e respira através da traqueo. Recentemente passamos por mais um susto, pois ele precisou ser internado novamente por conta de uma hemorragia gástrica que graças a Deus foi controlada. As dificuldades realmente são grandes, mas seguimos fazendo o melhor que podemos a ele”, disse a mãe.

Na última semana, a família foi vítima de ataques e comentários maldosos nas redes sociais que apontavam que eles estavam mentindo sobre o estado de saúde de Bruno, que já estaria andando, brincando e que estariam tirando proveito da situação e usando as doações para benefício próprio: “Uma maldade sem tamanho o que fizeram. Se buscamos ajuda é por necessidade e não por sensacionalismo. O que mais queríamos era que o Bruno estivesse brincando e levando uma vida normal, mas existe uma grande batalha pela frente ainda. Quem não quer ajudar não tem problema, mas que também não invente mentiras sobre um assunto tão sério e que envolve a vida de uma criança”, finaliza a mãe.

Doações

Quem quiser colaborar com a família pode doar fralda geriátrica tamanho G, lenço ou toalha umedecida, álcool 70% líquido, pomada para assaduras, maisena, sabonete líquido, Omeprazol 20 mg e Nausedron 20 mg. Mais detalhes no telefone (19) 99646-2078.

A luta dos artistas de teatro para sobreviver à pandemia

A campainha toca três vezes. O sinal é uma indicação de que a peça vai começar. Mas, durante quase dois anos, a plateia não esteve reunida. Sem palmas, sem público ou bilheterias, os artistas de teatro enfrentaram uma das maiores crises do setor.

Por estarem em ambientes fechados, com pouca circulação de ar, os teatros acabaram sendo os primeiros espaços fechados logo no início das restrições em março de 2020, no Brasil.

Dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro mostram que, com a pandemia, houve redução média de 43,9% do volume de produção nas atividades e que o setor de economia criativa é composto, em grande parte, por micro e pequenas empresas e profissionais autônomos, formalizados ou não, que não possuem capital de giro suficiente para suportar grandes períodos sem faturamento. Ao todo, 88,6% indicaram ter sofrido com queda do faturamento.

No Dia do Artista de Teatro, comemorado na próxima quinta-feira (19), a ‘Reportagem da Semana’ conversou com atores que convivem diariamente com o desafio da pandemia e que precisaram buscar alternativas.

Em Rio Claro

A multiartista, atriz-marionetista e produtora cultural Daiane Baumgartner de Souza, de 37 anos, fazia, em média, duas apresentações no mês antes da quarentena, além de ministrar oficinas. De abril a julho de 2020, teve de cancelar todos os trabalhos presenciais.

“Como todo artista deveria fazer, eu tinha uma reserva financeira que consegui usar nesse período. Decidi focar na criação de um novo espetáculo, um trabalho que era individual e portanto eu conseguiria fazer sozinha em casa ”, comentou.

Conforme o tempo foi passando, Daiane começou a fazer alguns cursos online e passou a se dedicar mais aos estudos. Inclusive, criou a própria capacitação de construção de bonecos em miniatura, também online. Atualmente, o projeto está na quarta edição.

“Construí meu ateliê e minha sala de ensaio em casa. Apresentei todos os meus trabalhos de forma online neste período, tentando encontrar formas de criar o encontro que acontece no teatro presencial também no virtual”, explicou.

A multiartista afirmou que esse é um período muito desafiador. Ela, que trabalha com o tema do horror e da morte nos espetáculos desde 2013, teve de fugir dessa temática para evitar o tema para conseguir se sustentar.

 “Nós trabalhamos com emoções, sentimentos e coisas intangíveis. E esse período trouxe muito medo. Algumas pessoas paralisam, outras entram no modo automático para se proteger emocionalmente, e é importante para os artistas estarem ligados no seu tempo, vivendo intensamente para poder, de alguma forma, fazer com que se torne eterno de alguma forma”, disse.

Sobre a saudade do palco e do calor humano, a artista disse que é incalculável, mas que prefere esperar até que todos estejam vacinados no Brasil.

“Primeiro, vamos voltar a fazer teatro ao ar livre. Acredito que depois [voltaremos] para as salas de teatro. Mas vai demorar ainda um bom tempo para encher tudo novamente”, finalizou.

‘Tive de me virar para conhecer o mundo da internet’

A atriz, pianista e cantora Tassia Martins Guarnieri, de 32 anos, disse que quando a pandemia começou ela não era uma pessoa inteirada SOBRE O mundo digital. Foi preciso se reinventar para poder sobreviver ARTÍSTICA e financeiramente.

“Comecei a fazer lives, participei de festivais online e criei o ‘Peça uma Canção’, um quadro onde as pessoas escolhem músicas que elas querem ouvir na minha voz . Tive que saber mais sobre o marketing digital. Um novo mundo”, comentou.

A atriz disse que é preciso lutar por apoio e buscar auxílios e editais para artistas.

“A gente não trabalha só no momento do espetáculo. Existem horas, meses e anos para criar essas horas de momentos mágicos, e precisamos ser pagos por isso. Fazemos algo fundamental para estarmos vivos.

Questionada, a prefeitura de Rio Claro disse que tem incentivado as diversas atividades culturais no município, inclusive o teatro. Além de oferecer espaço para as apresentações no palco do Centro Cultural, que recentemente foi reformado, a Secretaria Municipal de Cultura tem oferecido apoio financeiro para diretores e oficineiros de teatro, a partir de um edital municipal que estabelece as regras para a distribuição dos recursos. A prefeitura também mantém diversas oficinas de teatro no Centro Cultural e na Philarmônica.

Tassia Martins Guarnieri, de 32 anos, conta ao JC experiências na pandemia

Cerâmicas respondem por 87% dos empregos na indústria de Sta Gertrudes

Santa Gertrudes completa, nesta segunda-feira (16), 73 anos de emancipação. De acordo com a Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (ASPACER), o setor industrial cerâmico tem uma relevância muito significativa no contexto econômico da cidade. Hoje, 87% dos empregos gerados na indústria local têm ligação direta com o setor cerâmico.

Santa Gertrudes sedia atualmente sete grupos cerâmicos associados à ASPACER, que operam em alguns casos em até mais de uma planta industrial, sendo eles: Grupo Embramaco, Grupo Incopisos, Cerâmica Villagres, Grupo Almeida, Grupo Cedasa Cerâmicas, Formigres Pisos e Revestimentos Cerâmicos e Viva Cerâmica.

Levantamento feito junto ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que tem como referência o mês de maio deste ano, mostra que na cidade são gerados pela indústria 6.468 postos de trabalho, sendo que deste volume 5.621 postos, ou seja, 87% dos empregos são originados pela indústria cerâmica. “O reflexo econômico do volume de empregos gerados pela indústria é muito maior, se levarmos em conta os empregos indiretos, tendo em vista a cadeia produtiva do setor muito diversificada. No entanto, mais do que empregos, o setor cerâmico gera desenvolvimento, progresso e movimenta de maneira muito relevante a economia de toda região”, destacou o diretor de Relações Institucionais da ASPACER, Luís Fernando Quilici.

O prefeito de Santa Gertrudes, Gino da Farmácia, destacou também a importância das indústrias cerâmicas, em especial no contexto socioeconômico. “O setor cerâmico é um dos ramos responsáveis pelo desenvolvimento econômico da nossa região, que gera em torno de 80% dos empregos em nossa cidade. Por isso, ressalto a grande importância deste setor, que hoje é um dos principais responsáveis pelo nosso desenvolvimento, além de ser um polo cerâmico reconhecido mundialmente, o que é sinônimo de orgulho para nosso município”, pontuou o prefeito.

Divulgação

Setor de revestimentos impulsiona empregos no município, gerando desenvolvimento e progresso para toda região.

Grupos

Santa Gertrudes sedia sete grupos cerâmicos associados à Aspacer que operam em até mais de uma planta industrial

Rio Claro registra 18 novos casos de Covid

A Secretaria de Saúde de Rio Claro divulgou neste sábado (14) boletim com números do município na pandemia de coronavírus. Foram registrados 18 novos casos da doença, totalizando 18.708. 


O município tem 42 pacientes hospitalizados, sendo 28 em unidades de terapia intensiva. O índice de ocupação de leitos é de 30%. Não houve registro de óbito por Covid nas últimas 24 horas. 


A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos. Isso é fundamental para evitar a infecção pelo coronavírus e também sua transmissão.

Rio Claro tem três novos casos de dengue

Em boletim semanal divulgado nesta sexta-feira (13) pela Secretaria de Saúde de Rio Claro, mais três casos de dengue foram registrados no município. Neste ano o município confirmou 180 casos da doença, além de cinco casos de chikungunya, que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O mosquito também é vetor da febre amarela e zika vírus que não foram registradas neste ano em Rio Claro.

Para evitar a proliferação do mosquito, a Secretaria Municipal de Saúde realiza ações preventivas que incluem visitas casa a casa, nebulização e vistorias em pontos estratégicos. Para que o trabalho seja efetivo, a Secretaria de Saúde alerta a população para a importância do envolvimento de todos no combate ao mosquito.

O Aedes aegypti se reproduz em água parada. Por isso, é essencial eliminar os recipientes e manter os quintais sempre em ordem, sendo que o acúmulo de lixo e materiais inservíveis favorece a proliferação do mosquito da dengue.

Algumas ações da comunidade são fundamentais no combate ao Aedes, entre elas colocar areia nos pratinhos dos vasos de plantas; tampar baldes e bacias; manter pneus em local coberto; deixar garrafas com a boca virada para baixo; limpar calhas para não acumular água; tratar água de piscina e fontes com produtos adequados; limpar e manter caixas d’água bem fechadas; e lavar regularmente os bebedouros de animais com água e sabão.

Violência contra mulheres cresce em 20% das cidades durante a pandemia

Em 483 cidades houve aumento de casos de violência contra a mulher durante a covid-19, que atingiu o Brasil em fevereiro de 2020. O número equivale a 20% dos 2.383 municípios ouvidos pela nova edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia.

Em 269 (11,3%) municípios, houve elevação nas ocorrências de violência contra criança e adolescente, em 173 (7,3%) foram registrados mais episódios de agressão contra idosos, e em 71 (3%) contra pessoas com deficiência. Em outras 1.684 cidades (70,7%), as prefeituras não receberam mais denúncias de violência contra esses segmentos.

Somados, os percentuais de cidades onde houve acréscimo de casos de agressão contra diferentes segmentos chegam a 41,9% dos municípios ouvidos no estudo. É a primeira vez que a pesquisa da CNM sobre a covid-19, realizada semanalmente, trata de casos de violência.

Vacinação

Do total de prefeituras consultadas quanto à vacinação contra a covid-19, 59 (2,5%) ainda não saíram da faixa etária dos 40 a 44 anos, 239 (10%) estão imunizando pessoas de 35 a 39 anos, 508 (21,3%) situam-se na faixa etária de 30 a 34 anos, 677 (28,4%) encontram-se na faixa de 25 a 29 anos e 883 (37,1%) já estão aplicando vacinas em pessoas de 18 a 24 anos.

O levantamento identificou 235 cidades que pretendem obrigar os servidores a se vacinar. O total representa 18,5% de 1.269 prefeituras consultadas. Outras 962 (75,8%) responderam que não têm esse propósito, enquanto 72 (5,7%) não responderam.

Das que manifestaram essa intenção, 124 pretendem instaurar processo administrativo contra os funcionários que se recusarem, 23 querem exonerar quem se negar, 77 ainda não definiram punições e 28 relataram outras consequências.

Entre as prefeituras que já tornaram a imunização de servidores municipais compulsória, estão as de Betim (MG), Paraíso (TO) e São Paulo (SP). Na capital paulista, a medida foi instituída no último dia 7, e aplica-se a servidores e funcionários públicos municipais da administração direta, indireta, autarquias e fundações. Quem se recusar a tomar uma das vacinas incluídas no Plano Nacional de Imunização e não apresentar uma justificativa médica aceitável pode ser exonerado.

Súmula do STF

Em Betim, no último dia 6, quando a medida foi anunciada, o prefeito Vittorio Medioli justificou sua decisão classificando como “descabida” a postura de alguns servidores de não se vacinar. 

“Já temos uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que diz que nenhuma posição particular, convicção religiosa, filosófica ou política ou temor subjetivo do empregado podem prevalecer sobre o direito de a coletividade obter a imunização conferida pela vacina prevista em programa nacional de vacinação”, afirmou Medioli, citando, a seguir, que a obrigatoriedade dos servidores visa garantir a segurança da população, incluindo estudantes da rede de ensino municipal. Apenas os trabalhadores que tiverem justificativa médica para não tomar a vacina poderão deixar de fazê-lo.

Do total da amostra, 445 municípios disseram ter ficado sem vacina contra a covid-19, o equivalente a 18,7%. Outros 1.910 (80,2%%) não informaram ter passado pelo desabastecimento de imunizantes. Na semana passada, o índice de cidades que relataram o problema era de 24,5%.

Quanto à imunização de adolescentes, a grande maioria das cidades (86,7%) respondeu não ter previsão para essa medida. Outras 158 (6,6%) disseram que irão começar até o fim de agosto e 103 (4,3%) em setembro.

Das cidades que não receberam imunizante, 415 (93,3%) ficaram sem a primeira dose. Em 88 (19,8%) dos municípios sem vacinas foi registrada a falta da segunda dose. A ausência da primeira e da segunda dose pode ser concomitante.

Casos e mortes

Entre os municípios, em 912 (38,3%) houve redução do número de casos de covid-19, em 275 (11,5%) não houve novos casos, em 776 (32,6%), as ocorrências se mantiveram estáveis e em 381 (16%) ocorreu aumento.

Em 1.477 cidades (62%) não foram anotados novos óbitos, em 429 (18%) a situação se manteve estável, em 272 (11,4%) houve queda e em 160 (6,7%) foi detectado aumento das vidas perdidas.

Em 88 cidades (3,7%), já foram identificados casos da variante Delta. Em outras 2.122 (89%) não foram detectados pacientes com esse tipo de variação do coronavírus.

Taxa de doadores de órgãos cai 13% no primeiro semestre

Apesar de a taxa de notificação de potenciais doadores de órgãos ter aumentado 13% no primeiro semestre de 2021, a taxa de doadores efetivos caiu no mesmo percentual (13%). Segundo os dados divulgados hoje (13) pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a queda se deve à perda de 24,9% na taxa de efetivação da doação.

Segundo o editor-chefe do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) e membro do Conselho Consultivo da associação, Valter Duro Garcia, o que explica a queda é o aumento de 44% na taxa de contraindicação, em parte pelo risco de transmissão de covid-19 ou pela dificuldade de fazerem o teste PCR para a detecção da doença ou para obter o resultado rapidamente.

“O que acontece no Brasil ocorre em praticamente todos os países que tiveram a pandemia mais violenta, assim como foi para nós. A covid-19 impactou o número de transplantes, doadores e transplantados que tiveram risco maior de morrer pela doença. Até o ano passado, de cada três potenciais doadores, um se tornava doador. Neste ano, de cada quatro potenciais, só um efetivou. Ou porque o doador testava positivo para covid-19, ou porque não se tinha rapidez no resultado do teste para levar à cirurgia. A covid-19 atrapalhou a efetivação da doação.”

Segundo a versão semestral do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) – balanço completo sobre doação de órgãos e transplantes no país – o transplante renal (19,2 por milhão de população – pmp) diminuiu 16,3%. As maiores quedas ocorreram nos estados de Santa Catarina (63%) e Rio Grande do Sul (59%).

 Nenhum estado atingiu 40 transplantes renais por milhão de população e só três unidades da federação ultrapassaram 30 transplantes: Paraná, São Paulo e Distrito Federal. Os transplantes renais com doador vivo tiveram queda menor que os com doador falecido (9,5% contra 17,3%), entretanto, representam apenas 10% dos transplantes renais, a menor taxa desde o início dos transplantes no Brasil.

Os transplantes hepáticos caíram 9%, sendo maiores em Minas Gerais (27%) e Paraná (20%). O transplante com doador vivo aumentou 10% e com doador falecido caiu 12%. O transplante cardíaco (1,2 pmp) diminuiu 15%, sendo essa queda mais acentuada no Ceará (86%), Paraná (66%) e Rio Grande do Sul. O transplante pulmonar, realizado em apenas dois estados, neste semestre, caiu 5,7%, tendo aumentado 31% em São Paulo e diminuído 50% no Rio Grande do Sul.

O balanço também mostra que o transplante de pâncreas, realizado em sete estados, aumentou 21,7%, com aumento em Santa Catarina (67%) e São Paulo (55%) e queda no Paraná (67%), Minas Gerais (17%) e Rio de Janeiro (12%). O transplante de córneas, embora com taxa baixa (52,9 pmp) já apresentou recuperação de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.

Queda

Segundo Garcia, a queda do número de transplantes também pode ser atribuída à queda no número de leitos disponíveis para esses pacientes, já que em decorrência do aumento dos casos de covid e a necessidade de mais leitos para internações tanto nas enfermarias quanto nas unidades de terapia intensiva (UTI). “Os leitos que seriam de transplantados foram transformados em leitos covid. Com a queda nas internações, tenho a segurança de que o segundo semestre será melhor do que o primeiro”, disse.

Lista de espera

Garcia também observou que os pacientes que estavam na lista de espera e não fizeram a imunização adequada, podem aumentar a lista de espera para alguns e, para outros, isso pode significar até mesmo aumento da mortalidade. Segundo ele, entre aqueles que já estão transplantados, cerca de 80 mil, a covid significou mortalidade dez vezes maior do que para a população geral do país.

“Eles tiveram a mesma incidência da doença. Não foi mais frequente neles do que na população em geral, mas foi mais agressiva neles. De cada mil pessoas na população geral, três faleceram de covid. Nos transplantados, de cada 100, três faleceram, ou seja, perdemos quase 3 mil, dos 80 mil transplantados”, explicou.

De acordo com o médico, a expectativa para o segundo semestre, com a vacinação avançando, é que se recupere o tempo perdido. “Espero que atinjamos os níveis do ano passado e no ano que vem, o nível de 2019, antes da pandemia e o melhor ano em termos de doação que já tivemos. Em 2020, perdemos um pouco, neste primeiro semestre, perdemos outro pouco, no segundo semestre começa a recuperar e normaliza em 2022”, estimou Garcia.

O médico alertou ainda para que todos os pacientes que estão na lista de espera para receber um órgão se imunizem contra a covid para se protegerem antes do momento da cirurgia. “É fundamental que todos da lista sejam vacinados.Todos os transplantados também devem se vacinar e, caso tenham a possibilidade de tomar a terceira dose, que é o que estamos discutindo, tomem, porque com os remédios imunossupressores que usam podem ter covid muito mais forte do que o restante da população.”

Fundo Social recebe doação de fraldas

O Fundo Social de Solidariedade de Rio Claro recebeu nesta semana a doação de 253 pacotes de fraldas.

“Certamente será uma ajuda importante no trabalho realizado pelas entidades assistenciais no atendimento às famílias que mais precisam”, observa Bruna Perissinotto, presidente do Fundo Social. “Novamente, a população se mostra solidária”, ressalta.

As fraldas foram arrecadadas durante a segunda live do projeto Talentos e Velha Guarda dos Ritmistas, em parceria com a escola de samba A Casamba, numa iniciativa do professor Marcelo Jacaré e Henrique “Shureu”.

Rua Jacutinga ganha reforço na sinalização de trânsito

A prefeitura de Rio Claro realizou nesta sexta-feira (13) serviços de melhorias na sinalização de trânsito no cruzamento da Rua Jacutinga com a Avenida 60.

“O objetivo da ação é ampliar a segurança no trânsito para motoristas e pedestres”, afirma Vitor Caparroti, do Departamento de Mobilidade Urbana.

No local foram pintadas faixa de pedestre e sinalização de Pare.

Cientistas descobrem duas novas espécies de dinossauro na China

Uma parceria entre estudiosos brasileiros e chineses resultou na descoberta de duas espécies novas de dinossauros saurópodes. As ossadas foram encontrados na província Xinjiang, localizada no Noroeste da China. O local, que apresenta rochas de aproximadamente 120 milhões de anos, já havia revelado centenas de pterossauros. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Uma das espécies foi denominada Silutitan sinensis, identificada a partir de uma série de vértebras cervicais médias e posteriores articuladas. Ela faz parte de um grupo de dinossauros conhecido como Euhelopodidae, exclusivo da Ásia

A outra espécie descoberta recebeu o nome Hamititan xinjiangensis e foi identificada a partir de uma sequência de vértebras caudais anteriores articuladas. A espécie representa um grupo denominado Titanosauridae, raro na Ásia, porém comum na América do Sul, inclusive no Brasil.

A descoberta teve como coordenadores Alexander Kellner, do Museu Nacional, que é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pelo lado brasileiro; e Xiaolin Wang, pesquisador do Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology, da China.

A parceria entre as duas entidades existe desde 2004 e já resultou em mais de 20 trabalhos.

Silutitan sinensis e Hamititan xinjiangensis

De acordo com o Museu Nacional, o nome da primeira espécie citada no estudo, Silutitan sinensis, é uma combinação do termo Silu, que significa rota da seda, em mandarim, com titan, em alusão aos deuses gregos gigantes.

Já a segunda espécie, Hamititan xinjiangensis, foi batizada a partir da junção do nome da localidade (Hami) onde os fósseis foram encontrados e novamente o termo titan.

De acordo com o Museu Nacional, “já haviam sido reportados um grande número de fósseis do pterossauro Hamipterus tianshanensis, incluindo ovos e embriões em excelente estágio de preservação”, nesse mesmo local onde os ossos das duas novas espécies foram encontrados.

“Os achados ajudam na compreensão das relações de parentesco entre várias espécies de saurópodes”, informa o museu. Os estudiosos acrescentam que o Silutitan “é uma espécie intimamente relacionada a uma outra espécie chinesa chamada Euhelopus, mas que é mais antiga. Silutitan apresenta várias novas características morfológicas no pescoço desses animais em particular”.

Já o Hamititan xinjiangensis petence a um grupo “particularmente muito mais rico e diverso na América do Sul”. As novas espécies de dinossauros são, segundo o Museu Nacional, os primeiros vertebrados relatados nesta região, o que “aumenta a diversidade da fauna e também as informações sobre os saurópodes chineses, apoiando ainda mais uma ampla diversificação desses animais no [período] Cretáceo Inferior da Ásia”.

Jornal Cidade RC
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.