Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem adesão de 81 países

Uniões Europeia e Africana também aderiram à proposta. Lula, na abertura do encontro, destacou que a fome é produto de decisões políticas

Agência Brasil

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será lançada na abertura da cúpula do G20, nesta segunda-feira (18), já teve adesão de 81 países. A proposta foi idealizada pelo Brasil com o objetivo de acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, prioridades centrais nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).blank

Entre os países que já aderiram estão 18 dos 19 integrantes do G20. Apenas a Argentina ainda não anunciou a adesão. Segundo o governo brasileiro, os argentinos ainda estão negociando a entrada na Aliança.

Além dos países, anunciaram a adesão as uniões Europeia e Africana, que são membros do bloco, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.

A adesão, que começou em julho e segue aberta, é formalizada por meio de uma declaração, que define compromissos gerais e específicos, os quais são alinhados com prioridades e condições específicas de cada signatário.

Entre as ações estão os “Sprints 2030”, que são uma tentativa de erradicar a fome e a pobreza extrema por meio de políticas e programas em grande escala.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, abriu, na manhã desta segunda-feira (18), a cúpula do G20, na cidade do Rio de Janeiro. O brasileiro disse esperar que o encontro seja marcado “pela coragem de agir”.blankblank Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Aliança Global espera alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030, expandir as refeições escolares de qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil e fome endêmicas e arrecadar bilhões em crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar esses e outros programas.

A Aliança terá governança própria vinculada ao G20, mas que não será restrita às nações que integram o grupo. 

A administração ficará a cargo de um Conselho de Campeões e pelo Mecanismo de Apoio. O sistema de governança deverá estar operacional até meados de 2025. Até lá, o Brasil dará o suporte temporário para funções essenciais.

Veja a lista dos países e organizações que aderiram à Aliança

1. Alemanha

2. Angola

3. Antígua e Barbuda

4. África do Sul

5. Arábia Saudita

6. Armênia

7. Austrália

8. Bangladesh

9. Benin

10. Bolívia

11. Brasil

12. Burkina Faso

13. Burundi

14. Camboja

15. Chade  

16. Canadá  

17. Chile  

18. China  

19. Chipre

20. Colômbia

21. Dinamarca

22. Egito  

23. Emirados Árabes Unidos  

24. Eslováquia  

25. Estados Unidos

26. Espanha  

27. Etiópia  

28. Federação Russa

29. Filipinas

30. Finlândia  

31. França

32. Guatemala

33. Guiné  

34. Guiné-Bissau

35. Guiné Equatorial

36. Haiti

37. Honduras

38. Índia  

39. Indonésia  

40. Irlanda  

41. Itália

42. Japão

43. Jordânia

44. Líbano  

45. Libéria  

46. Malta  

47. Malásia

48. Mauritânia

49. México  

50. Moçambique  

51. Myanmar

52. Nigéria  

53. Noruega  

54. Países Baixos  

55. Palestina  

56. Paraguai  

57. Peru  

58. Polônia  

59. Portugal  

60. Quênia  

61. Reino Unido  

62. República da Coreia  

63. República Dominicana  

64. Ruanda  

65. São Tomé e Príncipe

66. São Vicente e Granadinas  

67. Serra Leoa  

68. Singapura

69. Somália

70. Sudão

71. Suíça

72. Tadjiquistão

73. Tanzânia  

74. Timor-Leste  

75. Togo  

76. Tunísia  

77. Turquia

78. Ucrânia

79. Uruguai  

80. Vietnã

81. Zâmbia

82. União Africana

83. União Europeia

Organizações Internacionais

1. Agência de Desenvolvimento da União Africana – Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (Auda-Nepad)

2. CGIAR

3. Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal)

4. Comissão Econômica e Social para Ásia Ocidental (Cesao)

5. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

6. Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)

7. Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)

8. Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida)

9. Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD)

10. Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)

11. Liga dos Estados Árabes (LEA)

12. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)

13. Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido)

14. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)

15. Organização dos Estados Americanos (OEA)

16. Organização Internacional do Trabalho (OIT)

17. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

18. Organização Mundial do Comércio (OMC)

19. Organizacão Mundial da Saúde (OMS)

20. Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)

21. Programa Mundial de Alimentos (WFP)

22. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)

23. Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat)

24. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)

Instituições Financeiras Internacionais:

1. Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB)

2. Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB)

3. Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF)

4. Banco Europeu de Investimento (BEI)

5. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

6. Grupo Banco Mundial  

7. Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB)

8. Novo Banco de Desenvolvimento (NBD)

9. Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar (GAFSP)

Fundações Filantrópicas e Organizações Não Governamentais

1. Abdul Latif Jameel Poverty Action Lab (J-PAL)  

2. Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)  

3. Fundação Bill & Melinda Gates  

4. Brac  

5. Children’s Investment Fund Foundation  

6. Child’s Cultural Rights & Advocacy Trust Agency

7. Citizen Action  

8. Education Cannot Wait

9. Food for Education  

10. Instituto Comida do Amanhã  

11. Fundação Getúlio Vargas (FGV)  

12. GiveDirectly  

13. Global Partnership for Education

14. Instituto Ibirapitanga  

15. Instituto Clima e Sociedade (iCS)  

16. Câmara de Comércio Internacional  

17. Leadership Collaborative to End Ultrapoverty

18. Maple Leaf Early Years Foundation  

19. Fundação Maria Cecília Souto Vidigal  

20. Oxford Poverty and Human Development Initiative (OPHI)  

21. Pacto Contra a Fome  

22. Fundação Rockefeller  

23. Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri)  

24. SUN Movement

25. Sustainable Financing Initiative

26. Their World  

27. Trickle Up  

28. Village Enterprise  

29. World Rural Forum  

30. World Vision International  

31. Instituto Fome Zero

Livro celebra memórias e luta de líder de cooperativa

A versão digital do material está disponível para ser baixada gratuitamente

O professor Valdemir dos Santos de Lima é Gestor Ambiental, Mestre, Doutor em Engenharia Urbana e sempre foi o braço direito de Dona Inair Francisca da Rocha, líder e fundadora da Cooperviva – Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reaproveitável de Rio Claro, que existe há mais de 20 anos e é a fonte de renda de dezenas de famílias no município, principalmente as chefiadas por mulheres.

Dona Inair faleceu em 1º de julho de 2023, aos 58 anos, vítima de complicações oriundas de um Acidente Vascular Cerebral e sua luta, inserida na vida de tantas famílias, seguiu firme. E com o intuito de escrever suas memórias e também o surgimento e crescimento da Cooperviva, Valdemir dos Santos, o Val, como é carinhosamente conhecido e era chamado por dona Inair, resolveu homenageá-la através do livro “Inair: catadora | líder | mulher”.

“Com profundo respeito à família, sobretudo aos filhos e à filha, apresento a primeira versão da obra intitulada “Inair: catadora | líder | mulher”. Após o falecimento da presidente e fundadora da Cooperviva: Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reaproveitável de Rio Claro (SP), decidi escrever um relato de memórias experienciadas ao longo dos 16 anos junto ao empreendimento – um recorte no tempo. O texto evidencia as lutas, as labutas, os anseios e as angústias das catadoras e dos catadores de materiais recicláveis no difícil processo de ressignificar os diversos territórios espalhados pelo Brasil, por meio da coleta seletiva popular. Porém, a escrita vai além”, fala Val.

O professor explica ainda que o livro buscou abarcar, com propriedade, a pluralidade da visão da protagonista às diferentes experiências arquitetadas ao longo das duas décadas de história da Cooperviva: expressões que saltarão aos olhares atentos e inquietos de uma narrativa pouco contemplada. A primeira versão, autorizada pelos filhos e pela filha, representa a concepção histórica de Inair em sua peregrinação nesta terra.

Baixe a versão digital

Clique aqui e leia a versão digital do livro “Inair: catadora | líder | mulher”.

Velo Clube se prepara para o retorno à Série A1 do Campeonato Paulista

A diretoria do clube trará novidades que serão apresentadas durante o evento, incluindo o novo elenco de jogadores e a comissão técnica

Em uma noite especial, marcada para 19 de novembro às 19h, o Velo Clube Paulista se prepara para uma apresentação oficial que promete ser histórica para o time e para seus torcedores. O evento, reservado exclusivamente para convidados, ocorrerá no Clube do Sindicato dos Bancários, localizado em Rio Claro (SP), e marcará o pontapé inicial da temporada 2025, quando o clube retornará à elite do futebol paulista, a Série A1, após um jejum de 45 anos.

A diretoria do clube trará novidades que serão apresentadas durante o evento, incluindo o novo elenco de jogadores e a comissão técnica, que serão responsáveis por representar o time na temporada mais desafiadora dos últimos tempos. Além disso, o clube anunciará novos patrocinadores e revelará os uniformes que vestirão a equipe na próxima jornada.

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Velo Clube Campeão Paulista de Futebol – Série A-2. Foto: Thomaz Marostegan/Agência Paulistão

Para os torcedores e simpatizantes do tradicional Velo Clube, que possui mais de um século de história, o retorno à primeira divisão paulista representa um marco de superação e resiliência. O clube aposta na união entre diretoria, comissão técnica e jogadores para enfrentar os gigantes do futebol paulista e manter-se competitivo no mais alto nível do campeonato estadual.

A presença de novos patrocinadores mostra o crescimento do clube e a expectativa de apoio crescente. Essa renovação na parceria com empresas locais e regionais é essencial para garantir estrutura e qualidade ao elenco, além de fortalecer a imagem do Velo Clube dentro e fora dos gramados.

O Velo Clube, fundado em 1910 e com uma rica trajetória no futebol paulista, renova a esperança e entusiasmo de seus seguidores, que aguardam ansiosamente o início da temporada. O evento de apresentação é um símbolo de compromisso e ambição, onde o clube apresentará suas armas para 2025 e reafirmará o objetivo de brilhar na Série A1.

VÍDEO: Eduardo Mendes aborda preparação de alunos para o Mundial de Jiu-Jitsu e benefícios da modalidade

Na última quinta-feira (14), o Jornal de Esportes da Jovem Pan News recebeu o professor Eduardo Mendes, faixa preta terceiro grau e fundador da Mendes Jiu-Jitsu. Reconhecido por sua trajetória no esporte, Mendes compartilhou detalhes sobre a preparação de seus alunos para o Mundial de Jiu-Jitsu, abordando aspectos técnicos, estratégias de competição e os desafios psicológicos enfrentados na busca pelo título. O professor também discutiu o impacto do Jiu-Jitsu na formação pessoal dos praticantes, destacando os benefícios para o corpo e a mente, e como a modalidade contribui para o bem-estar, disciplina e crescimento individual.

POLÍCIA: irmãos morrem em acidente de moto durante trilha na zona rural de Rio Claro

Dois irmãos perderam a vida em um trágico acidente de motocicleta no sábado (16), na região de Batovi, zona rural de Rio Claro. Jefferson de Oliveira Dias, de 32 anos, e Paulo Manoel Dias, de 42, estavam participando de uma trilha quando colidiram frontalmente. As motocicletas, sem emplacamento e utilizadas para manobras, estavam em uma área de terra destinada ao cultivo de cana-de-açúcar. Nenhum dos irmãos usava capacete ou outros equipamentos de proteção. Equipes do SAMU foram acionadas, mas os óbitos foram confirmados no local. Um terceiro irmão, que também estava presente, deixou o local antes da chegada da polícia, e outro parente da família também participava da atividade. A perícia técnica e a polícia iniciaram as investigações para esclarecer as circunstâncias da tragédia.

Tempo estabiliza em Rio Claro após 262,4 mm de chuva em novembro

Após dias de chuva, o tempo se estabiliza em Rio Claro. De acordo com dados da estação meteorológica do campus da Unesp, foram registrados 62,2 mm de chuva neste final de semana, acumulando 262,4 mm em novembro.

Segundo o IPMet, a previsão para hoje (18) indica céu com pouca nebulosidade e ausência de chuva, com temperaturas em elevação. A mínima registrada nesta manhã no campus da Unesp foi de 17,4°C, enquanto a máxima prevista para hoje é de 31°C. As informações são da estação Ceapla-Unesp e prefeitura de Rio Claro.

Na lista das grandes obras, iluminação não saiu do papel em Rio Claro

Em entrevista à rádio Jovem Pan em junho de 2023, o prefeito Gustavo anunciou que a troca das luminárias por LED seria concluída até o fim daquele ano

Em entrevista à rádio Jovem Pan News em junho de 2023, o prefeito Gustavo Perissinotto declarou: “O programa de iluminação que vai trocar todas as lâmpadas da cidade por LED deve estar concluído no final do ano, até dezembro é a nossa meta. Nós podemos, talvez, levar até janeiro ou fevereiro, a depender das quantidades de chuvas. Se tudo ocorrer dentro da normalidade, a nossa ideia é até o fim do ano”.

O projeto de troca das luminárias, porém, segue no papel. Na última segunda-feira (11), foi publicada no Dário Oficial do Município a revogação da licitação para contratação de empresa especializada para implantação de novos pontos de iluminação pública. Ou seja, de volta à estaca zero.

Numa outra entrevista em outubro de 2023, o prefeito defendeu o orçamento de R$ 94 milhões para o custo do projeto. Na época, a licitação havia sido suspensa para revisão mas a previsão era de relançar em alguns dias. O valor do serviço havia sido alvo de críticas da oposição. “Nós não estamos comprando lâmpadas, na verdade, está muito claro no edital, estamos contratando algo muito além. É contratar uma empresa para fins de serviço para locação de ativos pelos próximos 60 meses. O valor que se estima, que a gente prevê uma queda, deve ser dividido por 60 meses. Hoje a Prefeitura gasta com iluminação pública cerca de R$ 1,5 milhão por mês com a manutenção e conta de energia” declarou o prefeito. Por enquanto, a troca segue restrita a algumas vias de movimento mais intenso.


Para o futuro, vai melhorar muito a qualidade dos recursos hídricos aqui da cidade” declarou o prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto, na assinatura de parceria com a Agência das Bacias PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) para a realização de diagnóstico ambiental em 129 propriedades rurais. Serão realizados serviços de restauração florestal, saneamento rural (com a substituição de fossas por biodigestores) e conservação de solo.


Tudo às claras – Em Santa Gertrudes, o prefeito Gino anunciou no início deste mês que vai retomar a troca das luminárias por led no início do próximo ano. “Já fizemos de 30 a 40% da troca, com recursos próprios da prefeitura”. A estimativa é de que até a metade do ano que vem a cidade já esteja com o novo sistema de iluminação em todas as ruas e avenidas. Em Piracicaba, a troca da iluminação teve início em junho, e foram feitas trocas em 15.314 pontos, sendo 12. 894 em vias públicas. e 2.420 em praças. Ao todo, o serviço será realizado em 55 mil pontos. Em Cordeirópolis, por enquanto, a nova iluminação está presente somente em pontos como na avenida Aristeu Marcicano, trevo do viaduto Valdemar Fragnani e no bairro Jardim Cordeiro.


lll Cúpula

O rio-clarense Alan Rios está no G20 Social, no Rio de Janeiro, como representante da Coordenação Nacional das Entidades Negras – Conen. O evento acontece paralelamente ao encontro dos líderes das maiores economias do mundo e reúne representantes dos movimentos sociais.

lll Cartilha

Integrantes do governo municipal estão com a “lição” em dia quando questionados sobre os atrasos nos pagamentos e consequentes prejuízos aos serviços prestados à população. O discurso, muito parecido, bate na tecla de que o endividamento é um problema comum a todas as cidades.

Tamoyo é resistência, educação e cultura

Espaço cultural Tamoyo celebra retomada das atividades e reforça importância de lembrar do passado para projetar o futuro da população negra de Rio Claro

O dia 20 de novembro, celebrado nesta semana, marca a importância de se valorizar e engrandecer a luta da população negra por maior reconhecimento e direitos igualitários. Em Rio Claro, os grupos ligados a essa comunidade tiveram importante papel na construção político-social do município ao longo das décadas. Conforme registros do próprio Arquivo Público e Histórico, ao final da década de 1930 e início da década de 1945 que esse movimento tomou forma e começou a buscar seu espaço na sociedade rio-clarense.

Dentro deste contexto está o Tamoyo. ‘Tamoio’ vem do tupi ‘tamuia’, que significa ancião. Segundo os dados históricos, foi em 1957, na administração do então prefeito Augusto Schmidt Filho, que a Prefeitura foi autorizada a ceder terrenos às associações negras Tamoio Futebol Clube (um time fundado e formado exclusivamente por negros, fundado em 1951) e Sociedade Beneficente José do Patrocínio, por meio da Lei nº 567, de 21 dezembro de 1957.

O então Tamoio, com ‘i’, havia criado a escola de samba Cacique do Samba, que era referência naquela década a partir do seu então cordão (bloco) carnavalesco e passou a desfilar como escola oficialmente a partir de 1957. A partir da doação do terreno, o Tamoio iniciou a construção da sua sede na esquina da Rua 13 com Avenida 23. Somente uma década depois que ela começou a ficar pronta.

Cada tijolo foi comprado pelas próprias famílias de pessoas negras/pretas, com uma ajuda ou outra da Prefeitura no madeiramento, conforme depoimentos no artigo “Movimento Negro em Rio Claro: demandas históricas por espaço, respeito e poder”, publicado na revista do Arquivo Público por Flávia Alessandra de Souza Pereira, doutora em Sociologia, que entrevistou Jair Francisco, Leoneta de Lourdes Andrade Francisco e Osvaldo Araujo, todos que ajudaram na construção do prédio.

Antes mesmo que ficasse pronta a sede, seus representantes realizaram uma série de atividades para a coletividade negra, como Baile das Flores e Baile do Ipê, sempre realizados em maio e agosto, respectivamente. O local recebia políticos, como o então prefeito Augusto Schmidit Filho, vereadores, imprensa, entre outros. Depois, se tornou Associação Beneficente Cultural e Recreativa Tamoyo. O salão, inaugurado em 1967, passou a ser palco de inúmeras festas voltadas para a celebração da cultura negra em Rio Claro. Dona Olga Maurício Mendonça, ícone da comunidade, chegou a relatar o grande sucesso dos eventos do Tamoyo em documentário do projeto Memória Viva, disponível em vídeo no QR Code nesta reportagem.

Em busca de relembrar essa longa história de décadas, a nova diretoria do Tamoyo foi anunciada este ano. E o Jornal Cidade traz uma entrevista com a diretora sociocultural, Janaina Cristina, e o presidente Paulo Martins, sobre a retomada do local, suas atividades e a busca pela valorização das memórias da comunidade negra de Rio Claro.

Como foi a retomada do Tamoyo?

Janaína Cristina: “Assumimos o espaço em maio deste ano, que estava parado. Quando recebi a proposta do Paulo em vir ajudar, falei que devíamos resgatar o clube, sua finalidade, por que ele nasceu. Ficou meio sem identidade. Formamos a nova diretoria e passamos a oferecer as atividades constantes, de segunda e quarta a capoeira, de terça-feira o samba de gafieira e samba rock. Temos também o tambu, uma dança e cultura afrobrasileira, aos sábados. E além disso temos feito eventos, esperávamos um retorno, mas não sabíamos que seria tão rápido.

A retomada foi propositalmente no dia 13 de maio, para retomar a história do clube, trazer essas informações para a comunidade, como ele foi construído e como estava para projetarmos o futuro. Tivemos várias palestras, como da Unegro, do próprio tambu, de letramento racial. Depois veio o projeto Samba é Samba e Vice-Versa, uma atividade de samba com cunho cultural já na quarta edição. Tivemos o samba rock, que se tornou patrimônio estadual, também o passinho/baile charme, e traremos outras culturas.

Precisamos resgatar a consciência e as pessoas se tornarem pertencentes da história. Os dois clubes negros de Rio Claro, o Patrô e o Tamoyo, surgiram de resistência pelo fato de os negros não conseguirem frequentar outros espaços, nem mesmo a calçada da Rua 1. Essa é a história de Rio Claro. Foi muita luta, e estava abandonado na sua história.

O 20 de Novembro é importante no entender o processo e começar a ser projetado de uma outra forma. Hoje as pessoas não são pertencentes. Temos descendentes de pessoas que nem sabiam que fizeram parte daqui. A vivência da prática ao longo do ano enfraquece, então temos que viver isso de fato. Aqui, conta a história, era do lado da cidade onde só haviam pretos. Só a educação transforma, se a gente não contar a história ninguém vai contar”.

Qual a importância do Tamoyo para Rio Claro?

Paulo Martins: “A importância deste clube vem ressaltar a resistência do negro na cidade. Foi através da resistência do negro, na década de 50, que resolveram arrumar um espaço para que eles pudessem se divertir. Retomar, revitalizar esse espaço é a mesma coisa que trazer a consciência dos nossos ancestrais e antepassados que construíram aqui. Trazer de novo aquela vontade deles de ter as famílias negras reunidas, onde podem se divertir com alegria, satisfação e fomentar todo tipo de cultura negra.

Está sendo muito satisfatório. Buscando nossas raízes, o povo negro está gostando e participando. Os mais jovens estão vindo e conhecendo aqui, está sendo interessante. Para nós, mais antigos, é uma satisfação. Vamos transformar este espaço, estamos com um projeto para um museu, onde vamos trazer todo acervo desde quando foi fundado até hoje. A comunidade pode ajudar participando dos eventos, fazendo doações ou no quadro de sócios.

Não dá para caminhar à frente sem saber de onde viemos. Precisamos de onde você veio, o que você quer para depois caminhar. É essa consciência que queremos trazer para nosso povo. Para a diretoria do Tamoyo a Consciência Negra (data) não é só a festividade em si, mas todo o cunho cultural por trás nas festas. Trazemos festividades, com parte cultura e conhecimento para que isso não se apague”.

Em 2010, um documentário do Kino-Olho foi produzido para mostrar a história do Tamoyo. O material integra o projeto Memória Viva, do Arquivo Público e Histórico de Rio Claro. Dona Olga Maurício Mendonça, que retratou a origem do clube como uma alternativa de resistência ao preconceito sofrido pelos negros na cidade, e com o olhar de Kizie de Paula Aguiar sobre a importância do espaço para os adolescentes e jovens negros.

Demora por consulta é principal dificuldade de brasileiros com diabetes, aponta pesquisa

Folhapress/Patrícia Pasquini

O longo tempo de espera para agendar e aguardar uma consulta médica para tratamento de diabetes é a principal dificuldade apontada pelas populações mais vulneráveis no país. É o que sugere a pesquisa Radar Nacional sobre Tratamento de Diabetes no Brasil, do Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, realizada pela consultoria Imagem Corporativa.

Para o levantamento, foram entrevistados 1.843 adultos (acima de 18 anos) com diabetes, de 1º de julho a 22 de agosto de 2024. A coleta dos dados foi realizada pelo Instituto Qualibest. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Na fase de processamento, os dados foram ponderados segundo o perfil dos que têm diabetes na Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, de 2019, e dados de posse de planos de saúde segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

De forma geral, quanto às consultas, os números mostram a ineficiência no acompanhamento da doença. Em 13% dos casos, o médico não sugeriu periodicidade. Do total, 10% não costumam passar por consultas e 6% o fazem com frequência menor do que deveriam. Outros dados refletem descontrole no monitoramento da glicose no sangue: 30% estão com a hemoglobina glicada superior a 7% e 42% não sabem ou não lembram o percentual.

Vanessa Pirolo, coordenadora do Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, afirma que o objetivo da pesquisa é chamar a atenção para o fato de que não se dá a devida importância ao diabetes.

“Vamos levar esses dados para o Ministério da Saúde e algumas secretarias de Saúde com que temos contato. Estamos tentando uma reunião com o governador [de São Paulo] Tarcísio de Freitas. Queremos construir políticas públicas para melhorar o acesso ao tratamento de diabetes no Brasil”, diz Pirolo.

“Por exemplo, tem um projeto de lei que está parado em Brasília para colocar o teste de ponta de dedo nas urgências e emergências. Estamos nessa luta desde 2018. Quando a pessoa está doente e busca um serviço de emergência, ninguém faz o teste de ponta de dedo [para avaliar o nível de glicose no sangue].

Algumas pessoas, como procedimento, recebem soro glicosado. Se o paciente tem diabetes, entra em coma”, comenta Pirolo.

O estudo ainda revela que 58% fazem acompanhamento com médico de família, e não com um endocrinologista. Na avaliação de Vanessa Pirolo, contudo, o médico de família e o clínico geral nem sempre estão por dentro das mudanças no protocolo de diabetes do SUS (Sistema Único de Saúde) e das novas tecnologias implementadas.

A falta de um tratamento adequado e rápido pode causar doenças associadas. Dos entrevistados, 54% disseram estar na fila para consulta com oftalmologista havia mais de três meses.

Os mais vulneráveis e dependentes da rede pública de saúde têm os piores desfechos, de acordo com as notas atribuídas pelos entrevistados na pesquisa.

As populações das classes D e E deram notas 2,9 e 3,6 para a demora em agendar consulta médica e o tempo de espera para o atendimento, respectivamente. As médias também foram baixas por quem se autodenominou da cor preta —2,9 e 2,4, respectivamente. Neste grupo há uma dificuldade maior em acesso a resultados de exames e retorno (2,8) e para conseguir medicamentos (3,4).

As notas atribuídas por quem não tem plano de saúde foram baixas nos itens demora para agendamento (4,3) e tempo de espera até a consulta (4,5), quantidade de médicos (5,3) e acesso a resultados de exames e retorno (5,0).

Dependentes do SUS deram notas 4,5 e 4,7 nos quesitos demora para agendamento e tempo de espera até a consulta, respectivamente.

Para o médico Paulo Augusto Carvalho Miranda, presidente da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), a lacuna assistencial para pessoas com diabetes é antiga. O problema está no encaminhamento da atenção primária para a secundária e o médico especialista, e na frequência das consultas. “São duas dificuldades que implicam chance maior de descontrole e tratamento inadequado”, diz.

“É importante entendermos que, num país com mais de 20 milhões de pessoas com diabetes, temos que ter a consciência de que nem todos vão fazer um acompanhamento com um médico especialista. E o ponto mais importante é termos indicadores e uma linha de cuidados que ofereça um atendimento em tempo e nível de complexidade adequados para cada um. Então, boa parte dos pacientes com diabetes podem, sim, ser acompanhado em atenção primária, desde que recebendo tratamento adequado e com indicadores de controle da doença também adequados”, acrescenta Miranda.

“Hoje sabemos que conseguimos estruturar linhas de cuidados, indicadores de qualidade assistencial, de resultados de tratamento que vão propiciar uma boa prevenção das complicações e, portanto, mais saúde para as pessoas. Ainda temos, realmente, muita dificuldade na implantação desses processos dentro do SUS, mas é algo que a gente deve perseguir”, finaliza o especialista.

O Ministério da Saúde afirma que tem reforçado investimento na APS (Atenção Primária à Saúde) com a Estratégia de Saúde da Família como pilar essencial para ampliar o acesso e o cuidado integral, especialmente no combate ao diabetes.

Em nota, disse ainda que o Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis —atualizado até 2030— promove ações integradas contra doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, focando em vigilância, promoção da saúde e assistência. Na APS, pacientes com diabetes recebem acompanhamento nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), com acesso a medicamentos, insumos e encaminhamento à atenção especializada quando necessário. O protocolo clínico para diabetes é atualizado regularmente para prevenir complicações graves, como amputações.

A pesquisa mostra, ainda, que 72% dos participantes utilizam o SUS para consultas. Mesmo entre os que têm plano de saúde, 26% passam por alguma consulta gratuita para monitoramento da doença.
Das pessoas com diabetes, 67% fazem exames pelo SUS. Os medicamentos gratuitos ou subsidiados pelo governo alcançam 84% dos que têm a doença. A maioria (73%) com convênio médico diz usar
medicamentos gratuitos ou subsidiados;
Do total de entrevistados, 52% consegue medicamentos nas UBSs e 44% recorrem ao programa Farmácia Popular.

PERFIL

Segundo o estudo, 52% dos que declaram ter diabetes são da classe C e têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos. No total, pretos e pardos somam 52%. As mulheres são maioria (58% contra 51%).
Apenas 24% dos participantes do estudo têm plano de saúde.

Em relação à escolaridade, 58% possuem nível fundamental. Quanto à faixa etária, dos diagnosticados com diabetes, 56% têm mais de 60 anos; 42% estão na faixa de 30 a 59 anos.

Campanhas de Natal em RC: ajuda da comunidade é essencial

O Natal é uma das principais datas do ano e faltando pouco mais de um mês para o dia tiveram início as mobilizações com as campanhas que tem como objetivo manter a magia e a solidariedade. É fato que muitas crianças aguardam um presente mas nem sempre a condição financeira permite e é aí que a comunidade entra para que o sonho seja realizado.

Completando 35 anos em 2024, a campanha Papai Noel dos Correios visa atender os pedidos de Natal das crianças matriculadas em escolas da rede pública (do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, independentemente da idade) e de instituições parceiras, como creches, abrigos e núcleos socioeducativos, além de pedidos feitos por crianças da sociedade, com até 10 anos de idade, em situação de vulnerabilidade social.

O prazo para envio das cartinhas é até 6/12 e para adoção é até 13/12. Para adotar uma cartinha, basta acessar o Blog da Campanha (https://blognoel.correios.com.br/blognoel/index.php) e seguir as instruções. A entrega dos presentes deverá ser feita presencialmente, no ponto de entrega indicado no blog.

Em 2023, pela primeira vez, a campanha atendeu 100% dos pedidos das crianças. Foram 270 mil cartinhas adotadas – cerca de 210 mil foram adotadas por pessoas físicas e 60 mil contempladas por meio de doações realizadas por mais de 200 parceiros como empresas e órgãos públicos em todo Brasil. As crianças enviam cartas aos Correios, que são triadas e disponibilizadas para que a sociedade adote os pedidos.

Confira o cronograma da campanha no interior de São Paulo:

– Envio das cartas para o Papai Noel: até 6/12/24

– Adoção das cartas: até 13/12/24

– Recebimento dos presentes: até 13/12/24

Campanha de Natal no Novo Wenzel

Um projeto comunitário no bairro Novo Wenzel está precisando de doações de refrigerantes, pipoca, salsicha, balas, pirulitos, doces diversos, copos descartáveis e brinquedos novos e usados (em boas condições) para serem entregues às crianças da comunidade.

“É uma festa que fazemos já tem bastante tempo e que as crianças aguardam ansiosas. O evento será no dia 21 de dezembro e contamos com a ajuda da comunidade para fazer o Natal destas crianças mais alegre”, afirma Valdelaine Aparecida de Souza que é uma das idealizadoras.

As doações podem ser entregues na Rua 7, número 534, Jardim Novo Wenzel. Quem preferir pode doar a quantia desejada através do PIX (CPF) 26659887806 – nome de Valdelaine.

Projeto Esperança

Até o dia 10 de dezembro, a comunidade de Rio Claro pode adotar uma cartinha do Projeto Esperança do Jd das Nações. São 157 crianças atendidas e em torno de 90 pedidos ainda precisam ser apadrinhados. A festa de entrega será dia 15 de dezembro. Para ter acesso as cartinhas os interessados devem entrar no Instagram do projeto @projetoesperança19_.

Ronaldinho Craque de Samba é atração na Afrovibes Night, no sábado, na Grasifs

Dentro da programação de festividades do Mês da Consciência Negra, acontece neste sábado (16) a Afrovibes Night, a partir das 19 horas, na quadra da escola de samba Grasifs/Voz do Morro. A entrada é franca.

Após o Festival Afrovibes, que aconteceu no ano passado na Antiga Estação Ferroviária, este ano a BlackJune Produções traz uma noite de muito samba e black music tendo como convidados Dj Roo, Grupo Tem Fuzuê e a grande atração da noite Ronaldinho Craque de Samba, ex-integrante do Grupo Fundo de Quintal. E para isso o local escolhido foi o berço do samba rio-clarense, a quadra da escola de samba Grasifs/ Voz do Morro.

Ronaldo da Silva Santos, o Ronaldinho Craque de Samba, começou sua trajetória como cavaquinista do Grupo Raça, participando dos dois primeiros álbuns. Em 1993, com a saída de Arlindo Cruz, assumiu o banjo do Fundo de Quintal. Permaneceu no grupo até 2017, quando anunciou sua saída para fazer carreira solo. Mas a paixão pelo samba vem da infância. Aos 8 anos de idade entrou na avenida tocando o seu primeiro surdo de marcação na escola de samba Unidos da Tijuca, no Rio de Janeiro, agremiação criada no quintal da sua avó́.

Participe!

A quadra da escola de Samba Grasifs/Voz do Morro fica na Avenida 19, esquina com a Rua 15, no Consolação, em Rio Claro. A Afrovibes Night tem entrada franca.

Tratamento de criança aguarda por definição

Prestes a completar nove anos, a menina Sophia Emanuelly Aquino Brandão, moradora de Rio Claro, sonha com o dia em que poderá encontrar uma solução definitiva para a doença genética rara com que nasceu.

Com uma deformidade em uma das pernas ela já enfrenta algumas limitações como criança e a família corre contra o tempo para conseguir o tratamento adequado. Em agosto o Jornal Cidade trouxe o caso e agora atualiza as informações já que Sophia passou por uma consulta essa semana com um ortopedista no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

“A Sophia voltou animada do encontro com o médico por que lá no hospital ela viu uma outra criança que tinha a mesma deformidade que ela e que já tinha passado por cirurgia e estava bem. É o que mais queremos resolver isso logo, mas tudo depende do dinheiro. O médico fará um levantamento para que ela seja operada em Curitiba já que os custos em São Paulo são bem mais altos. O valor com certeza vai ultrapassar os R$ 100 mil, algo que não temos. Vamos aguardar agora para que o médico nos dê um retorno sobre todos os custos e a nossa intenção é entrar na Justiça para conseguir essa cirurgia. Se não for possível iremos lançar uma campanha. faremos tudo o que for possível para ver a Sophia bem”, afirmou a avó Maria Cleide Borges de Almeida Brandão, moradora do Jardim São João.

Jornal Cidade RC
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