Busca por divórcio na internet sobe, mas registros caem na pandemia

JÚLIA BARBON – (FOLHAPRESS)

Números de todos os cartórios do país mostram que as separações despencaram nos meses de quarentena no Brasil, mas já começam a subir. Enquanto isso, a busca por informações na internet sobre como se separar tiveram um salto no período.

Os divórcios feitos extrajudicialmente, que não envolvem discussões sobre filhos nem bens e representam um quinto do total, caíram de 24 mil entre março e junho do ano passado para 16 mil no mesmo período deste ano (-32%).

Quando se observa os números de cada mês, porém, é possível ver que uma tendência contrária se aproxima. À medida que o isolamento social foi se afrouxando e os cartórios foram retomando os atendimentos, os registros voltaram a crescer, fazendo com que em junho as separações de 2020 ultrapassassem as de 2019.

O mesmo movimento acontece com os casamentos e uniões estáveis, mas ambos sofreram uma redução ainda maior com relação ao ano passado (o primeiro caiu 48% e o segundo, 39%) e continuam mais longe de atingir o nível mensal normal. Os dados incluem relacionamentos homoafetivos.

“O confinamento causou um represamento dos atos jurídicos em geral nesse período. É muito provável que agora haja um aumento de divórcios e casamentos”, diz Ubiratan Guimarães, diretor do Colégio Notarial do Brasil, que reuniu os dados junto à Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais) a pedido da reportagem.

Foi o que ocorreu em algumas cidades da China em março, quando a crise estava terminando por lá e só começando por aqui. A imprensa internacional noticiou na época que o município de Xian, por exemplo, teve alta procura por divórcios, o que causou apreensão em outros países.

“Essa notícia abalou alguns casais do mundo inteiro, que ficaram com medo de serem contaminados pelo vírus da separação, ou da aproximação”, opina a psicanalista Lúcia Moret, que trabalha com casais e é membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio.

Assim como muitos, Pedro (o nome foi trocado a pedido) viu a quarentena apenas confirmar que o relacionamento já não ia bem. Ele e a esposa se separaram fisicamente em fevereiro, mas com o início do isolamento resolveram tentar de novo, pelos filhos de 8 meses e 4 anos.

Um mês depois, a desconfiança de uma traição virou exponencial e ficou difícil até se concentrar com o celular dela vibrando durante o duplo home office. Ele não teve problemas para montar um novo apartamento e recomeçar a vida de solteiro depois de 15 anos, mas para outras pessoas esse é um empecilho que pode ter ajudado a puxar o número de divórcios para baixo nos últimos meses.

“Muita gente não tinha para onde ir. Como ia achar um novo lugar para morar no auge da pandemia?”, lembra Natalia Imparato, advogada especialista em família e sucessões, que aponta também que os fóruns fecharam e os cartórios funcionaram com restrições no período.

Segundo ela, a busca por seu trabalho aumentou muito durante o mês de julho.

“Tenho sido muito procurada para revisão de guarda e ajustes. As pessoas estão revendo os acordos que fizeram em outras situações. E sempre que tem crise econômica os divórcios tendem a aumentar”, afirma.

Os dados do Google são outro indicador de que pode haver um “boom” de separações em breve. Buscas relacionadas à palavra divórcio dispararam nos últimos 90 dias, em relação aos 90 dias anteriores (a empresa não divulga números absolutos).

“Divórcio online gratuito” cresceu mais de 5.000% e “divórcio online”, 1.100% –apesar disso, Imparato reforça que é essencial procurar um advogado. Até “divórcio energético” aparece entre as maiores altas nos últimos 30 dias, na esperança de limpar energias de relacionamentos do passado.

Para Ubiratan Guimarães, do Colégio Notarial do Brasil, também contribuiu para o aumento em junho, e deve seguir contribuindo nos próximos meses, o lançamento recente de uma plataforma que permite a realização virtual de procurações e atos notariais (divórcios consensuais, inventários, partilhas, compras, vendas e doações).

“O surgimento do e-Notariado trouxe uma desburocratização muito grande. Nele, os atos são feitos pelos tabeliães de notas de todo o Brasil por videoconferência, e as pessoas assinam com um certificado digital, que é emitido gratuitamente”, explica.

Enquanto o site não era lançado, muitos cartórios tiveram que dar seu jeito durante a pandemia. O 15º Ofício de Notas na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, por exemplo, criou um serviço de drive-thru em que os funcionários vão até a janela dos carros.

A unidade viu os registros de união estável crescerem de 101, em abril e maio do ano passado, para 153 neste ano. Grande parte buscava incluir o companheiro no plano de saúde, com medo do coronavírus, e outros quiseram simplificar o casamento e adiar a cerimônia, segundo uma tabeliã.

Foi o caso do designer Sandro Bueno e da publicitária Helena Seixo, juntos há quase oito anos. “Não temos certeza do ‘estável’, mas temos a certeza da ‘união'”, brinca Helena.

Para a psicanalista Lúcia Moret, a pandemia trouxe vários arranjos dentro dos relacionamentos, e também um lado bom. “Temos que considerar a singularidade de cada caso”, pondera.

“Tenho casais que cada um ficou em um país, com medo dessa relação intensa, e casais separados que resolveram ficar juntos pra poder cuidar dos filhos. Houve ainda os que conversaram e procuraram a ajuda de um psicanalista, e também alguns que estavam a ponto de se separar, e agora estão formalizando a relação e pensando em filhos”, diz.

Mega-Sena acumula; próximo sorteio deve pagar R$ 6,6 milhões

AGÊNCIA BRASIL

Ninguém acertou as seis dezenas da Mega-Sena sorteadas no sábado (25), em São Paulo (SP). O prêmio do concurso 2.283 era de R$ 2,5 milhões.blankblank

Os números sorteados foram:  04 – 24 – 37 – 43 – 59 – 60.

A quina teve 41 apostas vencedoras; cada um vai receber R$ 39.429,16. A quadra saiu para 2.615 acertadores, que receberão o prêmio de R$ 883,14.

O próximo sorteio será na quarta-feira(29). O premio estimado do concurso 2.284 é de R$ 6,6 milhões.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$4,50.

CNHs crescem 38% em 10 anos, mas proporção cai entre jovens

THIAGO AMÂNCIO – (FOLHAPRESS)

Quando a estudante gaúcha Dora Leonetti fez 18 anos, preferiu gastar o dinheiro da autoescola em uma viagem. Hoje, aos 23, ainda não aprendeu a dirigir. “Não vale a pena, é muito caro tirar carteira e manter um carro.”

“Já fiz a conta e teria que me locomover muito mais do que eu me locomovo para ver vantagem. Passo um pouco de perrengue esperando ônibus, sim, porque o transporte em Porto Alegre não é o ideal, mas não é o suficiente para me fazer querer ter um carro. É só organizar a rotina”, afirma ela, que, além do transporte público, também usa aplicativos como o Uber.

Jovens como Leonetti têm ocupado um espaço menor no universo de motoristas brasileiros, mostram dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), que revelam ainda que os idosos têm dirigido mais.

O número de carteiras de habilitação válidas no Brasil cresceu 38% na última década, saltando de 53,9 milhões de CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) em 2011 para 74,3 milhões em 2020, segundo os dados do governo, muito acima da população do país, que cresceu 10% no período.

Especialistas apontam que a alta no número de motoristas pode ter se dado, no começo da década, pela bonança econômica e por medidas de incentivo ao setor automotivo, entre elas a redução do IPI (imposto sobre produtos industrializados).

O número de habilitações crescia mais de 5% ao ano até 2014. A partir de 2015, quando o país entrou em recessão econômica, esse aumento se desacelerou. Entre 2018 e 2019, o crescimento foi de 2,9%.

Nesses dez anos, a proporção de condutores com mais de 61 anos saltou de 11% para 17% no universo de motoristas do país. Ao mesmo tempo, caiu de 29% para 21% a parcela dos motoristas com até 30 anos.

A goiana Laura Teixeira, 22, diz que não vê sentido em ter um automóvel agora. “Não tenho vontade nenhuma de me estressar no trânsito”, afirma ela. “Uma vez sofri um acidente, então tenho um pouco de medo. E as pessoas parece que estão mais agressivas. Fico pensando que, se eu buzinar para alguém, o cara pode me dar um tiro”, relata.

“Seria até bom para visitar meus pais no interior, mas hoje em dia tem aplicativos de carona, além de Uber e 99. E o processo inteiro de tirar a habilitação me parece muito chato. quando eu vou analisar, tem mais contras do que prós”, afirma ela, que não vai comemorar o Dia do Motorista –a data é celebrada neste sábado (25), dia de São Cristóvão, santo católico padroeiro dos condutores.

Esse movimento acontece em todas as regiões do Brasil, de acordo com os números do Denatran, e também é identificado por pesquisadores em outros países do mundo.

Análise do Instituto Ipsos, realizada com dados da CNH de 2013 e 2019 (e que serviu de ponto de partida para este levantamento feito pela reportagem), aponta para algumas hipóteses.

Já um aumento na longevidade dos idosos e a presença de tecnologias assistivas, como câmera de ré, sensor de estacionamento e câmbio automático, facilitam que os mais velhos continuem dirigindo, segundo a análise do Ipsos.

A mudança de comportamento capitaneada pelos jovens da chamada “geração canguru”, que demoram mais a se emancipar dos pais aliada à praticidade de aplicativos como o Uber e o 99, que baratearam o serviço de táxi, ajudam a explicar o desinteresse dos jovens pela CNH, aponta o instituto.

Para a urbanista Kelly Fernandes, especialista em mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), houve aumento da infraestrutura de transporte nos últimos anos em regiões mais centrais, com corredores de ônibus e ciclovias, que podem ter convencido uma parcela dos jovens que não é tão importante ter um carro.

Mas há outro fator: “A posse do carro é muito cara. Além do custo de aquisição do bem, que é alto, tem manutenção, depreciação, combustível, estacionamento. E o custo da CNH cresceu”, diz ela.

“É sempre bom olhar isso com um recorte de renda. Para os jovens das periferias, a posse do carro pode potencializar a liberdade e a autonomia, o carro possibilita que eles experimentem a cidade, porque onde moram a infraestrutura de transporte é muito ruim.”

E aí também entram os aplicativos de transporte. “Têm um custo mais baixo do que o do táxi, e é usado também pelos estratos mais pobres da população”, afirma.

Estudiosos da área afirmam que, agora, com a pandemia do novo coronavírus, é provável que o carro tenha mais apelo para a população.

A participação de mulheres entre os motoristas também cresceu na última década. Fernandes aponta uma possível relação com a violência urbana: as mulheres se sentiriam mais seguras dentro do automóvel.

Além disso, afirma, há a dinâmica familiar: “As mulheres tendem a ter um padrão de deslocamento diferente, porque têm mais responsabilidade na manutenção da vida familiar. Não fazem só o deslocamento trabalho-casa, mas têm que ir ao mercado e pegar os filhos na creche, entre outras coisas, e nisso o carro pode ser um aliado, principalmente quando o sistema de transporte coletivo e a cidade não colaboram”, afirma a especialista.

Os dados das CNHs mostram ainda que, mais do que motoristas, há automóveis. No Brasil, são quase 106 milhões de veículos automotores, uma média de 1,4 para cada motorista.

Os estados do Piauí e do Maranhão são os com mais automóveis por habitante. Já o Distrito Federal é a unidade federativa com menos carros por motorista –apesar de suas largas avenidas e de ter sido planejada tendo o carro como principal meio de locomoção.

Acre, Amapá e São Paulo, o estado mais populoso do país, vêm na sequência, com um número menor de automóveis por condutor.

Canil da GCM detém traficante no Jd. São José

A equipe do Canil da GCM deteve na noite de sábado (25) um indivíduo pelo crime de tráfico de drogas pelo bairro Jardim São José.

Segundo informações, a equipe realizava patrulhamento quando ao acessarem a rua 8 do referido bairro, avistou o traficante mantenho contato com o condutor de um veículo Fiesta prata. Na abordagem foi localizado com o indivíduo dois pinos de cocaína em sua mão.

Em revista pessoal o indivíduo confirmou que realizava o tráfico de drogas pelo local e próximo a eles, debaixo de um tijolo, havia a quantia de R$150,00. Ele mostrou também aos GCMs o muro de uma residência onde escondia o restante dos entorpecentes, sendo encontrado mais 5 pinos de cocaína.

O condutor do veículo alegou para a equipe que estava pelo local para comprar dois pinos de cocaína com R$ 20 reais que portava.

Diante dos fatos foi dado voz de prisão ao traficante e juntamente com o condutor do carro, ambos foram apresentados no Plantão Policial, onde o delegado tomou as providências cabíveis.

Brasil registra mais um dia acima dos 50 mil novos casos de covid-19

AGÊNCIA BRASIL

O Brasil teve pelo quarto dia seguido mais de 50 mil novos casos de covid-19 registrados. Segundo o balanço do Ministério da Saúde (MS) divulgado no sábado (25), em 24 horas, foram registradas 51.147 pessoas infectadas com o novo coronavírus.blankblank

A atualização de sexta-feira (24) trouxe 55.891 novos casos registrados em 24 horas. Na quinta-feira (23), o painel marcou 59.962 novos diagnósticos acrescidos às estatísticas e na quarta-feira (22) veio o recorde desde o início da pandemia, de 67.860.

No total, o Brasil chegou a 2.394.513 de pessoas infectadas notificadas desde o início da pandemia.

O número de novas mortes por causa da covid-19 registradas nas últimas 24 horas foi de 1.211, totalizando 86.449 óbitos desde o início da pandemia. Ontem, o sistema do ministério marcava 85.238 óbitos acumulados em razão da covid-19. Ainda há 3.691 mortes em investigação.

Ainda de acordo com a atualização diária do Ministério da Saúde, há 690.584 pacientes em acompanhamento. O número de recuperados chegou a 1.617.480, 67,5% do total de casos registrados no Brasil até o momento.

Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número registrado diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais. Já às terças-feiras, o quantitativo em geral é maior pela atualização dos casos acumulados aos fins de semana.

Estados

Os estados com mais mortes são: São Paulo (21.517), Rio de Janeiro (12.808), Ceará (7.476), Pernambuco (6.299) e Pará (5.689). As unidades da Federação com menos óbitos pela pandemia são Mato Grosso do Sul (292), Tocantins (340), Roraima (473), Acre (483) e Amapá (554).

Os estados com mais casos confirmados desde o início da pandemia são: São Paulo (479.481), Ceará (161.597), Rio de Janeiro (156.293), Pará (147.923) e Bahia (146.399). As Unidades da Federação com menos pessoas infectadas registradas são Acre (18.657), Tocantins (20.920), Mato Grosso do Sul (21.015), Roraima (29.394) e Amapá (35.162). 

Acidente é registrado na alça de acesso da Rodovia Wilson Finardi

Equipes do Corpo de Bombeiros estão neste momento atendendo uma ocorrência de acidente na alça de acesso da Rodovia Wilson Finardi (SP-191), próximo ao Distrito Industrial.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, um veículo Monza que vinha do sentido do Distrito de Ajapi ao tentar acessar a alça de acesso da rodovia sentido Ipeúna acabou perdendo o controle e caindo no barranco

O condutor do veículo ficou preso nas ferragens, mas seu estado de saúde não é grave.

Mais informações a qualquer momento.

Moradores do Nações 1 denunciam aglomerações e bares abertos

Moradores do Jardim das Nações 1 denunciam que apesar de Rio Claro estar na fase vermelha do Plano SP, que proíbe o funcionamento de bares e aglomerações de pessoas, isso vem acontecendo com frequência em frente ao Conjunto Habitacional.

Os moradores que preferem não se identificar relatam as constantes aglomerações de adolescentes durante o dia e a noite com som alto e bailes funks. Relatam ainda que já acionaram diversas vezes as fiscalizações e as forças de segurança, mas ninguém atende ao chamado deles para a fiscalização no local.

Rio Claro tem mais um óbito por Covid-19 e 2.526 casos positivos

Rio Claro confirmou no sábado (25) o óbito de um idoso que estava hospitalizado, vítima de coronavírus. Agora são 66 mortes provocadas pela Covid-19 em Rio Claro. Conforme boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, o município somou mais 46 casos positivos, totalizando 2.526 casos. 

O município tem 80 pessoas hospitalizadas por coronavírus, incluindo casos suspeitos, sendo 34 no Sistema Único de Saúde e 46 na rede particular. Há 25 pessoas sendo atendidas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 15 no SUS e dez em leitos particulares. 

Até o momento, em Rio Claro, 1.355 pessoas se recuperaram da Covid-19.

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Rio diz que festa de réveillon é inviável sem vacina contra covid-19

(AGÊNCIA BRASIL)

A prefeitura do Rio informou hoje (25) que o tradicional réveillon da cidade, assim como o carnaval, “não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina”. A Empresa de Turismo do Rio (Riotur) informou que “o réveillon não é um evento rígido e pode acontecer de diversas formas, que não apenas reunindo 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana”.blankblank

Nos próximos dias, a Riotur apresentará ao prefeito Marcelo Crivella diferentes formatos possíveis para o evento da virada, sem presença direta de público, em um modelo virtual, onde será possível atingir o público pela TV e pelas plataformas digitais, preservando prioritariamente a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas.

“Ressaltamos que todos os conceitos desenvolvidos e analisados pela Riotur têm sua viabilidade financeira focada 100% na iniciativa privada, considerando o cenário atual onde os recursos da prefeitura do Rio estão destinados ao combate da pandemia”, disse a empresa.

“Esse modelo, com parceiros privados investindo nos grandes eventos, é adotado pela Riotur durante toda a gestão do prefeito Marcelo Crivella, priorizando que o dinheiro público seja investido nas questões básicas, como saúde e educação”, completou.

A Riotur informou ainda que, seguindo o cronograma dos anos anteriores, o réveillon começaria a ser desenvolvido em agosto. “Isto significa dizer que não há etapas a serem cumpridas pela prefeitura neste momento e estamos dentro do cronograma natural”.

Carnaval

O presidente em exercício da Riotur, Fabrício Villa Flor de Carvalho, tem participado de reuniões virtuais com o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, para tratar do desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí.

Atendendo pedido da Liesa, a Riotur não abriu a venda de ingressos para o setor turístico do Sambódromo. A empresa aguarda a próxima assembleia da Liga que definirá o rumo dos desfiles para anunciar novas medidas.

Já para o carnaval de rua, a Riotur tem mantido conversas com o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público (Gaesp), órgão atuante na construção do evento e que participou da criação do protocolo que garantiu melhorias à folia.

A Riotur afirma que o cenário se mantém inconclusivo e que ainda não há definição sobre o carnaval do próximo ano. “O carnaval é um feriado nacional e envolve outras esferas, e não apenas a municipal, sendo, portanto, uma discussão muito mais ampla, que inclui principalmente resultados de estudos científicos.”

ARTIGO – Os trens vão continuar apitando

José Gonçalves Canello Filho (Zezo) – Engenheiro Civil – EESC USP 1968

Em Jan/1969 ingressei na CPEF (Cia Paulista de Estradas de Ferro). Passados seis meses assumi o comando da construção da Variante Ferroviária de Santa Gertrudes a Rio Claro e Itirapina, a maior obra de Engenharia Civil já construída na região, que os rioclarenses chamavam de “Linha Nova”.

Tinha comigo que levaria minha missão até o fim, o que aconteceu em Julho de 1974 quando me desliguei da Ferrovia. A Variante estava pronta e já trafegavam até as locomotivas elétricas.

Para chegar a este ponto os desafios foram muitos. Para a desapropriação e problemas jurídicos afins, tive o privilégio de trabalhar com o advogado Dr. Carlos Schmidt Correa.

As questões no campo da geologia foram tratadas com o professor Paulo Landin. No campo de Mecânica dos Solos os especialistas foram os renomados profesores Sigmund Gollombeck, Victor Mello e Arakem Silveira (os dois últimos professores da USP em São Carlos). Com estes, foram vencidos grandes obstáculos advindos dos grandes desníveis topográficos e da variedade de solos existente ao longo do percurso (o Rio Cabeça, divisor geológico limita a NO as areias características da região de Itirapina, a SE as argilas da região de Santa Gertrudes). Ambos os tipos de solo apresentam sérias dificuldades de estabilização de taludes e de drenagem (superficial e profunda).

Na topografia, os desafios não foram menores e as características geométricas do traçado (as mais avançadas do país), exigiram grandes movimentos de terra (aproximadamente 11 milhões de m³) para se alcançar as rampas máxima de 1% e as curvas horizontais com raios mínimos de 1145m. As transposições do Córrego Santa Gertrudes, do Ribeirão Claro, da Rodovia Rio Claro-Piracicaba, do Córrego da Servidão, do Rio Corumbataí e do Rio Cabeça foram vencidas com grandes obras de engenharia com emprego de estruturas metálicas, de concreto armado e concreto protendido, técnica essa ousada para a época. Como o projeto da linha, concebido em via dupla em toda sua extensão, não previa passagens em nível, foram construídas em concreto armado, 5 Passagens rodoviárias Superiores e 13 Passagem Inferiores para atender as estradas secundárias e propriedades rurais seccionadas pelos trilhos.

A montagem da linha foi feita diretamente pela Ferrovia, com a instalação de trilhos soldados nas oficinas de Rio Claro, em segmentos de 300m cada peça, que posteriormentes foram soldados “in loco”, de forma a tornar a via férrea livre dos solavancos característicos das ferrovias de até então. Com o trabalho dos topógrafos, funcionários da Cia Paulista de Estradas de Ferro, os trilhos foram perfeitamente alinhados dentro das características exigidas em pojeto.

A Eletrificação e o Controle de Tráfego Centralizado (CTC) completaram os trabalhos de Engenharia Eletrica e de Sinalização.

A Esplanada de Rio Claro, situada próxima e sob a Rodovia Rio Claro Piracicaba, teve a terraplenagem de projeto totalmente executada. Se equipada adequadamente, comportará todas as manobras necessárias para a perfeita movimentação das composições.

O viaduto da Rodovia Rio Claro a Piracicaba, atualmente duplicado tem vão Livre de 45m e 45º de esconsidade (ângulo formado pelos eixos das duas estradas). Situa-se na extremidade da Esplanada onde a plataforma foi dimensionada para receber sete linhas de bitola de 1,60m. A seguir, depois de passar sob este grande viaduto, em direção a Santa Gertrudes, estavam previsto os acessos às novas oficinas das CPEF.

Durante a minha gestão, com a assessoria do saudoso amigo, o advogado Dr. Carlos Schmidt Correa, havíamos viabilizado a compra da gleba de aproximadamente 300.000 m² com acesso direto à esplanada e ao lado de onde hoje se localiza o Condomínio Residencial Jardim Europa. O objetivo era começar a transferência das Oficinas, simultaneamente ao início da circulação dos trens.

Em fins de 1970, o anteprojeto das oficinas estava concluído. Este, em pouco tempo caiu no esquecimento, acompanhando o declínio das estradas de ferro.

Passados 35 anos, em 2.005, participei de reuniões com o prefeito, empreendedores, arquitetos e outros engenheiros tratando da transferência e das alternativas de localização das Oficinas da Fepasa.

Com a liberação da área central que abrange 23 quadras do mozaico da cidade, ainda hoje ocupadas pelas Oficinas, Rio Claro poderia transformar esse grande espaço em modernos equipamentos urbanos. A malha viária seria “desintoxicada” melhorando de maneira racional a interligação entre os bairros vizinhos. Depois de alguns trabalhos iniciais, esse projeto foi também abandonado.

Lembro-me hoje que ao deixar a Ferrovia, em 1974, acreditava os trens deixariam de circular no centro da cidade em curto espaço de tempo. Sempre pensei que poderia festejar este evento.

Diante deste cenário, é difícil manter essas esperanças. As locomotivas diesel trepidam e apitam dia e noite, para meu desalento. Ao que tudo indica, vou ter que “caprichar” na minha longevidade para que ainda um dia consiga ver a cidade livre desses transtornos.

Cordeirópolis registra mais 31 casos de Covid-19

A Prefeitura Municipal de Cordeirópolis divulgou na tarde deste sábado (25) o boletim sobre casos de Covid-19 no município.

Foram registrados mais 31 casos, chegando ao total de 826 casos positivos. Pessoas em monitoramento é de 296, mais 6 internados. Os cidadãos recuperados são de 516 no total.

O total de óbitos no município são 8.

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Domingo terá fenômeno astronômico antes do amanhecer

(AGÊNCIA BRASIL)

Os vidrados em astronomia têm um motivo especial para acordar um pouco antes do Sol neste domingo (26). Graças a uma coincidência de órbitas, todos os cinco planetas visíveis a olho nu – Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno – estarão lá, compondo uma paisagem que só poderá ser vista novamente em junho de 2022.blankblank

Segundo o professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e coordenador do projeto Astro&Física, Marcelo Schappo, o evento está em seus últimos dias, e a coincidência das cinco órbitas visíveis acabará já no início da semana.

“Isso começou em meados de julho. Só que, na medida em que o mês termina, vai ficando cada vez mais complicado de ver todos na mesma noite”, disse ele à Agência Brasil.

De acordo com o físico, a observação dos planetas só é possível cerca de hora e meia antes de o Sol nascer. “O horário exato varia de acordo com a localidade. A melhor referência é antes do nascer do Sol, porque a luminosidade acaba ocultando a luz refletida pelos planetas”, disse.

Júpiter a Oeste

Para localizar os planetas no céu, Schappo sugere que, primeiro, se busque identificar Júpiter, por ser o maior. “Ele estará a Oeste, próximo ao horizonte. Logo ao lado estará Saturno. Seguindo uma linha imaginária será possível ver, a meia altura do céu, Marte, que é um pontinho brilhante levemente avermelhado. Mais adiante, um pouco abaixo das Três Marias, que é uma constelação bastante conhecida dos brasileiros, estará Vênus; e mais a Leste, Mercúrio [conforme mostra a ilustração da matéria]”, explicou.

Isso não ocorre com muita frequência porque os movimentos orbitais dos planetas em torno do Sol não são sincronizados uns com os outros. “Assim, para termos a oportunidade de avistar todos eles a partir daqui do nosso planeta, é preciso que eles estejam em posições adequadas de seu movimento orbital”.

Veja, no infográfico, como assistir a esse fenômeno:

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“Para ter uma ideia prática, pode-se pensar numa analogia de várias crianças brincando de correr em círculos ao redor de uma casa. Cada uma faz um círculo de tamanho diferente e com uma velocidade diferente. O que ia acontecer é que ia demorar um tempo até que todas estejam em posições adequadas para verem umas das outras”, explica o professor.

As últimas vezes em que a visualização desse conjunto de planetas ao mesmo tempo foi possível foram nos anos de 2005, 2016 e 2018. A próxima ocorrência será em junho de 2022.

Dicas

Para facilitar a observação, Schappo sugere “locais escuros e com horizontes livres, já que alguns planetas estarão bem no Oeste e outros bem no Leste”. “Não pode ter morro nem prédios. Vale também torcer para que o dia não esteja nublado”, acrescenta.

Ele sugere alguns aplicativos que podem facilitar a localização do planeta tanto via computador (neste caso o programa Stellarium, que simula o céu do dia selecionado), ou o Google Skymap, que pode ser baixado nos celulares.

“Esses aplicativos servirão também para a observação de planetas individualmente, independentemente de alinhamentos, de forma a estender essa experiência a outras oportunidades. Afinal há quase sempre planetas aparecendo em nosso céu noturno”, complementa o especialista que, além de cientista, é um apaixonado por astronomia.

“Eu não perco eclipses nem chuvas de meteoros, quando mais intensas. Inclusive terá uma muito interessante na madrugada entre os dias 13 e 14 de dezembro. Também no final do ano terá uma conjunção de Júpiter e Saturno, que ficarão aparentemente muito próximos, para quem observa da Terra”, disse.

Schappo lamenta que, em 1994, ainda não tinha “olhos de físico”, quando foi possível observar um eclipse total no Brasil. “Eu era muito novo quando isso ocorreu. Por isso minhas lembranças são muito poucas, ainda que tenha sido marcante, para mim. Infelizmente o próximo eclipse total [visível no Brasil] será depois do ano de 2100. Para poder vê-lo, antes disso, terei de viajar a outro país, além de rezar para que, no dia, o céu esteja limpo”.

Jornal Cidade RC
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