Santa Gertrudes tem 10ª morte pela Covid-19

A Vigilância Epidemiológica de Santa Gertrudes atualizou os números da Covid-19 nesta terça-feira.

Ao todo são 644 casos positivos, 11 pessoas internadas e 532 pessoas que já se recuperaram da doença.

O boletim também registra um novo óbito: uma mulher de 92 anos. Com isso, o município chegou ao total de 10 mortes pela doença.

No último sábado nossa cidade avançou para a Fase Amarela do Plano São Paulo, permitindo a reabertura de comércios não essenciais com algumas medidas de restrições.

É de extrema importância mantermos as medidas de prevenção e continuarmos atentos.

Sem resultados, OMS não vai recomendar vacina russa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Sem os resultados de ensaios clínicos das fases 1, 2 e 3, a OMS (Organização Mundial da Saúde) não recomendará a vacina russa, afirmou nesta terça (11) Jarbas Barbosa da Silva Jr, diretor-assistente da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

Segundo ele, a OMS ainda não recebeu do governo russo informações técnicas sobre a vacina que registrou e pretende começar a utilizar ainda neste mês. A organização está em contato com as autoridades russas para discutir procedimentos de pré-qualificação.

“Uma vacina só pode ser aplicada em qualquer lugar do mundo depois que realizar os ensaios clínicos das fases 1, 2 e 3 e comprovar sua segurança e sua eficácia”, disse o diretor.

Em acompanhamento feito pela OMS sobre as dezenas de vacinas atualmente em desenvolvimento, aparecem resultados apenas para a fase 1 do produto russo.

Segundo Barbosa da Silva, além de concluir os ensaios, eles precisam ser analisados pelas autoridades regulatórias dos países em que a vacina pretende ser comercializada.

O diretor da Opas afirmou que a OMS só pode pré-qualificar e recomendar qualquer produto e adquiri-lo por meio do fundo rotativo de vacinas depois de analisar todos os dados.

“Numa emergência de saúde pública há processos para uma uma avaliação mais rápida, mas apenas com a garantia de eficácia e segurança”, afirmou Barbosa da Silva.

Segundo ele, o anúncio do estado do Paraná de que fez acordo para produzir a vacina russa mostra uma intenção relevante, mas, na prática, só terá efeito depois que os ensaios clínicos foram analisados.

“O esforço de buscar aumentar a capacidade de produção para uma futura vacina é importante, mas qualquer vacina ou produtor tem que seguir essa metodologia, e além da segurança informar o grau de eficácia. Não existe vacina 100% eficaz para nada”, afirmou.

Prefeitura notifica Rumo por buzina de trem acionada na madrugada de 3ª-feira

A prefeitura de Rio Claro notificou a empresa Rumo Logística Operadora Multinacional SA por perturbação de sossego. A infração foi registrada pela Guarda Civil Municipal na madrugada de terça-feira (11), por volta da meia-noite. Lavrado o registro de ocorrência, o caso foi encaminhado ao departamento de Desenvolvimento Urbano e Gestão Territorial (Desurb), vinculado à Secretaria Municipal de Governo, Desenvolvimento Econômico e Planejamento, que expediu a notificação à Rumo. A empresa tem 72 horas, a contar do registro, para apresentar relatório de justificativa a respeito do ocorrido.

“Voltamos a defender a importância do transporte ferroviário mas não podemos negligenciar o direito que a comunidade tem ao seu horário de repouso”, comenta o prefeito João Teixeira Junior, que no final do mês passado assinou decreto proibindo buzina de trens durante a madrugada.

De acordo com o registro de ocorrência da Guarda Civil, equipe da GCM flagrou uma composição acionando buzina na altura da Rua 1 próximo ao cruzamento da Rumo, no Jardim Guanabara. Ao seguir, pelas proximidades do pontilhão da rodovia SP-127, o trem voltou a ter a buzina acionada. Os guardas civis foram até o escritório da Rumo onde notificaram representante da empresa.

Se não houver justificativa plausível para a perturbação de sossego, a empresa poderá ser multada. A multa é de mil unidades fiscais por ocorrência. Hoje cada unidade fiscal do município de Rio Claro vale R$ 3,5047. Ou seja, no caso de consumada a multa, o infrator pagará R$ 3.504,70.

O prefeito Juninho assinou o decreto regulamentando o uso de buzinas por trens em Rio Claro pelo fato de moradores de bairros próximos à estrada de ferro, especialmente na região sul de Rio Claro, estarem incomodados com o barulho da buzina de trens durante a madrugada. O documento proíbe que os maquinistas acionem o dispositivo no período das 22 horas até as 6 horas. Em casos excepcionais, o maquinista responsável pela composição ferroviária deverá elaborar relatório que justifique o uso da buzina.

O decreto assinado pelo prefeito Juninho regulamenta o uso da buzina por composições ferroviárias que trafegam no perímetro urbano do município, portanto, vale também para outras regiões, como o centro da cidade.

Em maio o prefeito e o vereador Irander Augusto assinaram ofício endereçado à empresa Rumo Logística solicitando avaliação da possibilidade de pôr fim ao acionamento de buzina dos trens no horário de descanso das pessoas, mas a empresa não tomou nenhuma medida. Irander e o presidente da Câmara, André Godoy, apresentaram projeto de lei na Câmara Municipal para tratar deste assunto.

VÍDEO: Moradores questionam qualidade da água na Vila Paulista

Moradores da Vila Paulista procuraram a reportagem do Jornal Cidade para reclamar da qualidade da água após uma manutenção feita pelo Departamento Autônomo de Água e Esgoto (DAAE) no bairro.

O caso aconteceu na noite de segunda-feira (10) quando ao abrirem as torneiras o líquido saiu com uma coloração escura e com um forte odor: “Toda vez que acontece uma intervenção na rua, logo depois constatamos o problema. Essas impurezas vão par a caixa d’água, estragam filtros que eram para durar seis meses e diante disso duram apenas dois. Pagamos caro pelo serviço e gostaríamos de um respaldo”, disse um morador que preferiu não se identificar.

Em nota o DAAE informou que houve uma manutenção na rede, realizada no final da tarde de segunda-feira (10), na Rua P-8, com a Avenida P-19. Para realizar o serviço, a equipe de manutenção do Daae precisou interromper temporariamente o abastecimento de água na região.

Em toda manutenção há a despressurização da rede e isso faz com que as incrustações que estão na parede da tubulação se soltem. Ao finalizar o reparo e retomar o abastecimento, a pressão da água acaba deslocando estas incrustações na rede.

Porém, a equipe do Daae sempre realiza descargas na rede, mas mesmo assim, pode haver casos pontuais de cor escura na água. A autarquia recebeu em sua Central de Atendimento, apenas uma reclamação de água escura e que atendeu de imediato, fazendo descarga no cavalete do reclamante.

Por isso, o Daae pede que, nestes casos ou em outras situações relacionadas a ligações de água, os munícipes liguem e notifiquem a situação, informando a data, hora e o endereço completo da ocorrência na Central de Atendimento do Daae, pela linha 0800-505-5200, que funciona 24 horas todos os dias e atende chamadas de telefones fixos e celulares.

Há outra situação que pode ocorrer por conta de reparos na rede. Como há um aumento temporário na pressão em alguns pontos da rede para restabelecer o abastecimento, pode ocasionar da água ficar com aspecto “esbranquiçado”. Neste caso, a água está com microbolhas oriundas da pressão. Tanto que ao colocar essa água em um recipiente, em segundos ela fica com seu aspecto normal e pode ser consumida normalmente.

‘Peguei a doença fazendo o que amo’, escreveu médico de 32 anos antes de morrer de Covid-19

KATNA BARAN E FERNANDA CANOFRE – CURITIBA, PR E BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS)

“Peguei essa doença fazendo o que amo, cuidando dos meus pacientes com amor e dedicação. Faria tudo outra vez”.

A mensagem foi publicada pelo médico Lucas Pires Augusto, 32, às 18h51 do dia 27 de julho, pouco antes de ser encaminhado à UTI para tratar a infecção pelo novo coronavírus, em Maringá, norte do Paraná.

Lucas não tinha comorbidades, segundo a família, e morreu 12 dias depois, no último sábado (8), véspera do Dia dos Pais. Ele deixou a mulher, Camila, e dois filhos: Benjamin, 2, e Isabella, que recém havia completado dois meses de vida. Ele estava internado dede o dia 20 de julho, primeiro dia em sentiu sintomas da doença.

Durante sua residência em neurologia na USP de Ribeirão Preto, Lucas fez parte da equipe responsável pela cirurgia de separação das gêmeas siamesas, Maria Ysabelle e Maria Ysadora, que nasceram unidas pelas cabeças, em 2018.

Ele foi o segundo da equipe a morrer pela Covid-19. O primeiro foi o médico norte-americano James Goodrich, em março.

“Ele era uma pessoa fácil de trabalhar, de fácil trato. Como profissional, era excelente, era o melhor da geração dele, muito estudioso, muito habilidoso”, diz Hélio Machado, professor e médico que coordenou a cirurgia das gêmeas.

“Tenho ouvido muitas pessoas o chamando de herói. Ele é um herói, mas queríamos menos heróis caídos no Brasil”, disse à reportagem a irmã do médico, Gabriela Pires Augusto Pinto.”Isso aconteceria se as pessoas tivessem levando mais à sério a doença. A vida dele foi incrível, muito intensa, parecida que ele sabia que não teria muitos anos”, completou.

Lucas trabalhava na área de neurologia no Instituto de Saúde Bom Jesus, em Ivaiporã, cidade vizinha à Maringá. A irmã conta que o médico desconfiava ter sido contaminado com o novo coronavírus após ter contato com doentes. Ele ajudou a tratar pacientes que apresentavam sequelas neurológicas da contaminação.

“Ele era muito cuidadoso [com as medidas preventivas], tão cuidadoso que estava sempre falando da importância delas com todo mundo da família, desmentindo fake news, explicando por A mais B porque algumas coisas que falavam sobre a pandemia não eram verdades”, diz Gabriela.

Criado em Cataguases (MG), Lucas se formou em medicina pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) em 2013. Prestou serviço militar voluntário entre 2014 e 2015, como oficial temporário, trabalhando como médico na Força Aérea Brasileira.

Colega dele na residência, o médico Pedro Chaves, 28, diz que os dois se tornaram amigos nos cinco anos de convivência em Ribeirão. Lucas a concluiu em fevereiro deste ano. Pedro diz que o amigo era sério, educado, discreto e segurava bem a rotina puxada de cirurgias que enfrentavam.

Membro de uma Igreja batista reformada, ele também era um homem de muita fé. Na publicação que viralizou nas redes, ele citou um trecho da Bíblia, de Romanos, capítulo 8, versículo 28 e escreveu: “Sei que meu Deus é soberano sobre todas as coisas”.

“Ele passou por uma morte lenta, dolorosa, isolada, mas não negou a fé em Deus, da última vez que conseguimos falar, ele pediu que cantássemos um salmo”, conta a irmã Gabriela.

No início do ano, Lucas recebeu a notícia de que fora aprovado para uma bolsa de estudos na Flórida, nos Estados Unidos, e ia realizar seu sonho de trabalhar no país. Os planos foram adiados justamente pelos impactos da pandemia.

“Lucas estava vivendo os preparativos de um grande sonho, resultado de anos de dedicação aos estudos e grande satisfação pessoal com sua família, principalmente com a chegada de sua filhinha”, diz o amigo Pedro.

Com o sonho adiado, Lucas resolveu aceitar uma proposta de emprego na área de neurologia em Ivaiporã. A escolha também se deu pela proximidade de Maringá, onde moram familiares da esposa do médico que poderiam auxiliar nos cuidados com a filha mais nova do casal.

Em uma nota publicada nas redes sociais, assinada por chefes de neurologia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, o hospital lamentou a morte precoce do médico. “Infelizmente, o Dr. Lucas nos deixou precocemente, mais uma vítima da doença Covid-19 adquirida no nobre exercício da profissão”, diz o texto.

O Conselho de Medicina do Paraná (CRM-PR) também se manifestou por meio de nota, exaltando uma mensagem que uma colega de faculdade de Lucas, a médica Valéria Scavasine, deixou para os filhos dele.

“O pai de vocês foi para outra dimensão hoje, ficar mais pertinho de Deus. Ele deixa o plano terreno como um herói. Nunca se esqueçam disso: por amor à profissão, ele perdeu a própria vida cuidando de outras vidas”, escreveu a profissional.

A turma de medicina da qual Pires fez parte se reuniu para juntar fundos para o tratamento do colega.

“Hoje, nesse dia 8 de agosto de 2020, vocês ganham 88 padrinhos e madrinhas. Nossa turma da faculdade sempre foi polêmica, briguenta, mas, nesse momento de dor, uniu-se por uma causa”, contou a médica aos filhos do colega.

Lucas foi o oitavo médico a morrer no Paraná devido a Covid-19. Três deles estavam na linha de frente de enfrentamento da doença. “Ele deixou uma mensagem bonita, mas num cenário extremamente triste”, lamentou o secretário do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol.

Mudança na Lei Orgânica avança na Câmara de Rio Claro

A Câmara Municipal aprovou na noite dessa segunda-feira (10) projeto de emenda à Lei Orgânica, de autoria do vereador Rafael Andreeta (PTB), que visa conceder “autonomia” ao município durante períodos de epidemia/pandemia.

Segundo o teor, a mudança concede licença e autorização para abertura de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços e similares, inclusive definição de horários de funcionamento, sendo de competência exclusiva do município estas definições quando houver necessidade de escolha e adoção de medidas sanitárias.

Na avaliação do secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura de Rio Claro, no entanto, essa alteração não garante que, de fato, o município terá a esperada ‘autonomia’ para que ocorra maior flexibilização, conforme esperam os vereadores.

“O Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou no sentido de que União e Estados têm competência concorrente, ou seja, eles podem editar medidas e políticas públicas para enfrentamento da pandemia seja para flexibilizar ou restringir. Os municípios, no entanto, têm competência suplementar. Isto é, apenas para restringir ainda mais. Entendo, com todo respeito, que uma mudança na Lei Orgânica não traria efeitos no sentido de dar autonomia ao município por conta desse entendimento”, argumenta à reportagem.

A mudança na Lei Orgânica de Rio Claro, agora, precisa de uma segunda votação e aprovação do Poder Legislativo. O novo turno da discussão deve ocorrer na próxima sessão ordinária, na segunda-feira (17).

Inconstitucional

Recentemente, o Ministério Público de Limeira alertou o Poder Legislativo daquele município sobre a inconstitucionalidade de um projeto para esta mesma finalidade que estava em tramitação. Anteriormente, em Piracicaba, promotores chegaram a mover uma ação direta de inconstitucionalidade contra uma proposta aprovada pela Câmara Municipal vizinha.

Dilema

Proposta será votada em segundo turno, mas Poder Executivo já adiantou que autonomia é para restringir, e não flexibilizar

Justiça autoriza saída de Michel Temer do Brasil

Agência Brasil

A Justiça Federal autorizou a saída do país do ex-presidente da República Michel Temer. Ele foi nomeado pela Presidência da República para integrar uma missão humanitária ao Líbano, onde uma explosão, ocorrida na semana passada, deixou dezenas de mortos e feridos. O período da viagem será de 12 a 15 deste mês.blankblank

A informação foi confirmada por Eduardo Carnelós, advogado do ex-presidente. Filho de libaneses, Temer é réu em dois processos relacionados à Operação Descontaminação, por isso precisa de autorização judicial cada vez que tiver que sair do país.

A autorização foi concedida pelo juizo da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

Professores passam a contar com apoio emocional durante pandemia

Agência Brasil

A professora Mariana Gonçalves, que dá aulas de idiomas em uma escola particular de São Paulo (SP), conta que viveu meses turbulentos até se adaptar às aulas remotas, depois do início da quarentena em todo o país. Segundo ela, foi uma mudança brusca, praticamente da noite para o dia.  blankblank

“Os alunos da série até tinham e-booke-mail, mas toda a metologia e os materiais sempre foram muito pensados para a aula presencial. Por causa disso, minha demanda de trabalho aumentou muito até a gente entrar no ritmo de organização da aula, com formato, quantidade. A gente testou muita coisa”, relata. Mariana chegou a trabalhar em jornadas que começavam às 7h e terminavam perto das 22h, montando todo o cronograma do dia seguinte.

“A impressão que eu tinha até a pandemia era de trabalhar oito horar por dia, agora tenho a impressão que trabalho as 24 horas”, desabafa Lia Rodrigues Lessa, professora bilíngue de educação infantil em uma escola privada de Mossoró (RN). A sobrecarga de trabalho é apenas a face mais visível dos problemas e desafios que os professores do ensino básico no Brasil vêm enfrentando nesse período de crise, mas há outros que nem sempre são aparentes, entre eles o abalo psicológico. 

“A maioria dos professores não tinha uma experiência anterior de ensino remoto. Com isso, ficaram muito inseguros, porque além do desafio técnico, tinha a pressão. Junto com o aluno, estavam também os pais e responsáveis acompanhando”, avalia a pedagoga Virgínia Garcia, diretora de produto da International School, uma empresa que atua com programas bilíngues em mais de 340 escolas por todo o país.

“O bom professor tem essa questão de querer que o aluno aprenda, e isso não estava funcionando no começo, às vezes os alunos não apareciam na aula virtual, existem alunos excelentes em sala de aula, mas que na aula a distância não rendem tanto. Tudo isso deixa a gente muito angustiada”, afirma Mariana Gonçalves.  

Uma pesquisa do Instituto Península, realizada com 7.734 mil professores e professoras de todo o Brasil, entre os dias 13 de abril e 14 de maio deste ano, mostrou que 83% ainda se sentem pouco ou nada preparados para o ensino remoto, e 50% indicaram que estão preocupados com a saúde mental. E não são apenas os desafios pedagógicos que abalam a categoria. Os efeitos colaterais da pandemia também mexem com a parte psicológica. “Muitos pais tiveram o orçamento fragilizado, houve muitos cancelamentos de matrícula, daí a gente vai dormir e acorda com essa incerteza sobre até quando a escola vai conseguir segurar o nosso emprego”, diz Lia Lessa.

De olho no agravamento desse cenário, a International School passou a oferecer apoio emocional especializado para cerca de 1,6 mil professores e coordenadores das escolas parceiras do seu programa bilíngue, por meio da plataforma Zenklub. O benefício é mensal e dá direito a duas consultas online gratuitas, durante três meses, que começaram no dia 6 de agosto. 

“Criamos essa parceria com o Zenklub para que os professores possam ter esse apoio emocional, seja por meio de sessões com psicólogos, seja por meio de meditação ou yoga. Eles vão escolher o meio pelo qual querem ter esse apoio. A ansiedade causa impacto na motivação, e sem motivação o processo de ensino e aprendizagem não se sustenta. Tem que ser uma motivação sustentada”, afirma Virgínia Garcia.

“Muitos professores não podem contar com esse suporte emocional e agora terão essa oportunidade. Isso é importante”, afirma a professora Lia Lessa, de Mossoró (RN), que diz já ter lidado com depressão e saber a importância do apoio terapêutico.

Na pesquisa do Instituto Península com docentes, cerca de 55% deles declararam que gostariam de suporte emocional e psicológico neste momento. Por causa disso, o instituto, organização social que atua com educação, também fechou parceria com 24 estados para oferecer apoio emocional aos professores da rede pública durante o ensino remoto na pandemia. A parceria é feita por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e promete disponibilizar, com a plataforma Vivescer , cursos certificados e gratuitos que ajudam professores e professoras a desenvolverem técnicas de equilíbrio da mente, do corpo e das emoções. Além disso, há uma comunidade de suporte na qual os docentes podem trocar experiências e materiais.

Retorno incerto

Por enquanto, o “novo normal” na educação é o ensino remoto. O Mapa de Retorno das Atividades Educacionais presenciais no Brasil, elaborado diariamente pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), mostra que, até essa segunda-feira (10), havia no país apenas dois estados (Maranhão e Amazonas) com a reabertura das escolas autorizada. Mesmo assim, no caso do Maranhão, apenas a rede particular voltou. No caso da rede pública, cujo retorno presencial seria a partir do dia 10 de agosto, o governador Flávio Dino decidiu suspender a volta das aulas presenciais, após uma pesquisa com estudantes e responsáveis revelar que 58% das famílias e quase 43% dos alunos não consideram viável o retorno às aulas na data estipulada.

A maioria dos estados, 17 no total, segue sem data de retorno prevista, e mais oito unidades da Federação apresentaram proposta de data de reabertura parcial das escolas. “Para ser seguro, teria que ter vacina, esse seria o melhor cenário, mas não vai acontecer agora. Mesmo com protocolos, há contato, a gente tem medo desse contato em um possível retorno, e fazer a infecção progredir”, afirma Mariana Gonçalves. Com tanto tempo em outro modelo de ensino, algumas mudanças vieram para ficar. É o que diz Virgínia Garcia, da International School.   

“Essa crise trouxe também uma oportunidade, que é a da educação 4.0 finalmente sair do papel e funcionar. Não acredito que vamos voltar ao modelo antigo de forma confortável. Eu acredito que o próximo passo na educação é desenvolver esse modelo híbrido para atender a diferentes formas de aprendizagem”, comenta.

“A questão das famílias descobrirem novas formas de comunicação com a escola foi importante. No futuro, espero que a gente faça as reuniões de pais e filhos remotas, com maior participação”, afirma Lia Lessa. 

Anvisa autoriza mudança de protocolo e vacina de Oxford terá segunda dose para voluntários

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) –

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou uma mudança no protocolo de pesquisa da vacina de Oxford contra a Covid-19 nesta segunda-feira (10). Os voluntários que participam do estudo irão tomar uma segunda dose da vacina.
Além dessa mudança, a agência autorizou a ampliação da faixa etária para a realização dos testes. Com isso, voluntários com idade de 18 a 69 anos poderão participar da pesquisa.
A faixa etária inicialmente aprovada era dos 18 a 55 anos. A dose de reforço, segundo a Anvisa, será dada aos voluntários que já haviam sido vacinados e também aos que ainda vão entrar para o estudo.
A inclusão da segunda dose na pesquisa foi motivada pela publicação de alguns resultados que mostraram que a dose de reforço aumenta a chance de imunização. O intervalo para a segunda dose dos participantes deve ser de quatro semanas.
Para os voluntários que já passaram pelo estudo, a segundo dose deve ser aplicada no prazo de quatro a seis semanas. Neste caso, a variação do prazo se deve à necessidade de entrar em contato com os voluntários e mobilizá-los novamente para a aplicação da dose de reforço.
A Anvisa autorizou a mudança da pesquisa com base nos dados de segurança apresentados até o momento. A expectativa é que a segunda dose acrescente informação aos estudos e sobre a forma pela qual essa vacina poderá ser usada no futuro.
Caso se comprove a eficácia da vacina, o governo federal já tem garantidas 100 milhões de doses para o Brasil.
A Fiocruz e a AstraZeneca assinaram no dia 31 de julho o documento que dará base para o acordo entre os laboratórios para a transferência de tecnologia e produção das doses da vacina contra a Covid-19.
O governo federal assumiu parte dos riscos tecnológicos do desenvolvimento da vacina. Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra.
A previsão para início da produção da vacina no Brasil é a partir de dezembro deste ano. Ela será distribuída pelo PNI (Programa Nacional de Imunização), que atende o SUS (Sistema Único de Saúde).
O governo assinou na quinta-feira (6) uma medida provisória, com valor de quase R$ 2 bilhões, para custear a vacina no Brasil.

Jornal Cidade RC
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