89% querem se vacinar contra Covid assim que houver opção

PAULO PASSOS – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Em meio a testes e a uma corrida para a produção de vacinas contra o novo coronavírus, 9 em 10 brasileiros dizem que pretendem ser imunizados assim que o produto estiver disponível.

Segundo pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 11 e 12 de agosto, 9% dos entrevistados afirmaram que não tomariam uma vacina fabricada para deter a doença- 89% disseram que sim e 3% não souberam opinar. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A pesquisa foi realizada em todas as regiões do país e ouviu 2.065 brasileiros adultos por meio de entrevistas por telefone (feitas dessa forma para evitar contato pessoal entre pesquisadores e entrevistados).

Hoje há mais de uma centena de projetos em andamento para produção de vacinas contra a Covid-19 no mundo. Pelo menos 29 desses estão na etapa de testes, sendo que 6 na chamada fase 3, último estágio antes da aprovação.

O percentual da população que diz ter intenção de tomar a vacina é estável entre grupos de diferentes idades, sexo, renda e escolaridade, segundo o Datafolha. A maior variação, com percentual menor que responde querer tomar a vacina, se dá nos estratos de pessoas que dizem não usar máscara, estar vivendo sem nenhum tipo de isolamento e não ter medo de ser infectado.

Segundo o Datafolha, a maior parte dos brasileiros, 46%, acredita que haverá uma vacina contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021. Outros 25% creem que o produto estará pronto ainda em 2020, 22% dizem que apenas no final de 2021, e 5% afirmam não saber.

No Brasil, há acordos com três frentes de pesquisa para produção da vacina. O governo federal, por meio da Fiocruz, fechou uma parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. O estado de São Paulo, por meio do Butantan, assinou acordo com o laboratório chinês Sinovac para testar e produzir em larga escala a vacina.

Já o governo do Paraná anunciou na terça-feira (11) que tem acerto com a Rússia, que no mesmo dia se tornara o primeiro país a anunciar a aprovação de uma vacina contra a doença que já matou mais de 700 mil pessoas em todo o mundo. Contudo, o projeto do laboratório Gamaleya, de Moscou, é visto com receio pela comunidade científica internacional por não ter tido resultados de estudos com critérios científicos adeqados publicados.

De modo geral, vacinas usam vírus ou bactérias atenuadas ou partes deles para tentar “ensinar” o sistema imunológico a reconhecer o patógeno; assim, quando a pessoa tem contato com ele, não desenvolve a doença ou desenvolve uma forma mais branda.

Elas precisam passar por três fases de testes clínicos em humanos. A vacina russa, batizada de Sputnik V, está na fase 2, com testes clínicos em andamento. Mesmo assim, autoridades do país decidiram conceder registro ao medicamento para que ele pudesse ser usado para imunização em massa entre agosto e outubro.

No Brasil, estão sendo realizados testes para duas vacinas, a de Oxford e a do laboratório Sinovac, da China. Em parceria com o Butantan, o projeto chinês realiza ensaios clínicos em seis estados, com 9.000 voluntários em 12 centros de pesquisa. O governo do estado já contratou 15 milhões de doses e, segundo o diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas, planeja iniciar a vacinação em janeiro de 2021.

A vacina depende de resultados positivos de eficácia e segurança para obter registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Na China, ela está sendo produzida e aguarda autorização de uso emergencial.

Desde junho, voluntários no Brasil –2.000 em São Paulo, 2.000 no Rio e 1.000 em Salvador– estão testando a vacina de Oxford. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o produto do Reino Unido é o mais avançado até agora na corrida pela imunização. O governo federal liberou para o projeto R$ 1,9 bilhão, o que garante 100 milhões de doses da vacina para o Brasil.

No mundo, há grupos que contestam o uso de vacinas. Eles descreditam o efeito delas e alegam haver efeitos colaterais em seu uso.

Pesquisa encomendada pela rede de televisão ABC e pelo jornal Washington Post, dos Estados Unidos, revelou que 27% dos cidadãos do país responderam que certamente ou provavelmente não tomariam uma vacina contra o novo coronavírus, se ela existisse e fosse oferecida de graça.

Os EUA são o país mais atingido pela pandemia, com mais de 5 milhões de infectados e cerca de 170 mil mortos.

Na Alemanha, por exemplo, 61% disseram que usariam o produto contra o novo coronavírus, segundo a Universidade de Hamburgo.

“O movimento antivacina no Brasil ainda é incipiente e não tem progredido”, afirmou à Folha de S.Paulo o diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas. “O que existe aqui é um movimento de desleixo em relação à vacina, que é um pouco diferente. Foi assim no caso do reaparecimento do sarampo.”

Nos últimos anos, o Ministério da Saúde não conseguiu atingir a meta de vacinação. A presença de locais com baixa cobertura vacinal é apontada como o principal fator para o retorno do sarampo no país, o que ocorreu em 2018.

As entrevistas foram feitas por telefone devido à pandemia. A pesquisa telefônica, utilizada neste estudo, representa o total da população adulta do país.

As entrevistas foram realizadas por profissionais treinados para abordagens telefônicas e as ligações feitas para aparelhos celulares, utilizados por cerca de 90% da população.

O método telefônico exige questionários rápidos, sem utilização de estímulos visuais, como cartão com nomes de candidatos, por exemplo.
Assim, mesmo com a distribuição da amostra seguindo cotas de sexo e idade dentro de cada macrorregião, e da posterior ponderação dos resultados segundo escolaridade, os dados devem ser analisados com alguma cautela por limitar o uso desses instrumentos.

Na pesquisa, feita assim para evitar o contato pessoal entre pesquisadores e respondentes, o Datafolha adotou as recomendações técnicas necessárias para que os resultados se aproximem ao máximo do universo que se pretende representar.

Todos os profissionais do Datafolha trabalharam em casa, incluídos os entrevistadores, que aplicaram os questionários através de central telefônica remota.

Exame de primeira-dama para covid-19 dá negativo

AGÊNCIA BRASIL

Diagnosticada com covid-19 desde o fim do mês passado, a primeira-dama Michelle Bolsonaro recuperou-se da doença. Ela postou o resultado do exame mais recente em sua rede social que comprova que o teste molecular para a detecção do novo coronavírus deu negativo.

Na postagem, Michelle agradeceu as orações e as manifestações de carinho. A doença da primeira-dama foi confirmada em 30 de julho. Na ocasião, o Palácio do Planalto informou que ela estava em bom estado de saúde e que seguiria os protocolos estabelecidos.

Durante o período de contaminação, a primeira-dama foi acompanhada pela equipe médica do Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro também contraiu a doença. Ele anunciou o resultado positivo do teste em 7 de julho e permaneceu em isolamento no Palácio da Alvorada até 25 de julho, quando informou estar recuperado.

Hamilton vence com sobra GP da Espanha e quebra mais um recorde na F1

AGÊNCIA BRASIL

Só não dá para dizer que Lewis Hamilton “passeou” pelo circuito de Barcelona porque, na verdade, ele pisou fundo no acelerador durante as 66 voltas do Grande Prêmio da Espanha. Além de vencer com facilidade a prova deste domingo (16), sexta etapa do Circuito Mundial de Fórmula 1, o inglês pôs uma volta de vantagem sobre quase todos os 19 pilotos que completaram a corrida. Só escapou a dupla que completou o pódio: o holandês Max Verstappen, da Red Bull, e o finlandês Valtteri Bottas, companheiro de Hamilton na Mercedes.blankblank

Na disputa particular que trava com Michael Schumacher, por recordes da categoria, Hamilton passou a frente no total de pódios (156, contra 155) e ficou mais perto de igualar o número de vitórias. Foi o 88º triunfo do inglês, que está a três do alemão, piloto que mais corridas ganhou na Fórmula 1.

A principal das marcas do heptacampeão mundial Schummi, porém, só poderá ser alcançada ao fim da temporada. Dono de seis títulos, Hamilton tenta ganhar a sétima temporada da carreira. O britânico soma 132 pontos, 37 a frente de Verstappen, que aparece em segundo. Já no campeonato de construtores, a Mercedes foi a 221 pontos, com 86 de vantagem para a Red Bull. Veja AQUI a classificação completa da edição 2020.

A corrida em si teve poucas emoções. As principais disputas por posição foram entre os corredores da Racing Point, Lance Stroll e Sergio Pérez. O mexicano cruzou a linha de chegada à frente do companheiro, mas, foi punido por ignorar a bandeira azul (que exige que pilotos retardatários abram passagem). No fim, o quarto lugar ficou com o canadense, com Pérez em quinto.

A zona de pontuação da corrida em Barcelona foi completada pelo espanhol Carlos Sainz (McLaren), pelo alemão Sebastian Vettel (Ferrari), pelo tailandês Alexander Albon (Red Bull), pelo francês Pierre Gasly (AlphaTauri) e pelo inglês Lando Norris (McLaren). Somente o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) não concluiu a prova.

A Fórmula 1 volta em duas semanas, com o Grande Prêmio da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps. O treino oficial será no próximo dia 29 de agosto, um sábado, com a corrida no dia 30, um domingo. Confira AQUI a classificação geral da temporada deste ano de F1.

Vitória brasileira

Sem representantes na principal categoria do automobilismo mundial, o Brasil teve um domingo vitorioso na Fórmula 2, campeonato que é porta de entrada de muitos pilotos à F1. O paranaense Felipe Drugovich venceu a 12ª etapa do Mundial, também em Barcelona. Foi a segunda vitória dele na atual temporada.

No sábado (15), Drugovich terminou a primeira das duas etapas em solo espanhol em sétimo, após a equipe dele, a MP Motorsport, demorar para chamá-lo aos boxes. A volta por cima veio neste domingo, com a vitória de ponta a ponta. O brasileiro assumiu a liderança logo após a largada, deixando o italiano Luca Ghiotto para trás, e não a perdeu mais.

Com o resultado, Drugovich pulou de décimo para oitavo na F2, com 67 pontos, sendo o melhor do país no campeonato – veja AQUI a classificação. O brasiliense Pedro Piquet, filho do tricampeão mundial de F1 Nelson Piquet, terminou em sétimo neste domingo e somou os primeiros dois pontos da temporada pela equipe Charouz. Já o paulista Guilherme Samaia, da equipe Campos, concluiu em 20º e ainda não pontuou em 2020.

Novo imposto de Guedes pode arrecadar mais que antiga CPMF

THIAGO RESENDE E BERNARDO CARAM – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O imposto sobre transações financeiras elaborado pelo ministro Paulo Guedes (Economia) pode ter arrecadação até mesmo superior à da extinta CPMF.

Como estratégia política, o governo tem propagado o discurso de que estuda a criação de um “microimposto digital”, mas os dados mostram que o novo tributo poderia arrecadar mais que o antigo.

Em 2007, ano em que foi extinta, a CPMF teve uma arrecadação de R$ 72 bilhões, em valores atualizados pela inflação, o que corresponde a 1,34% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo informações da Receita Federal.

O time de Guedes prevê que a “nova CPMF”, como vem sendo chamada no Congresso, renderia R$ 120 bilhões por ano aos cofres públicos.

Para 2021, isso representaria 1,47% do PIB, considerando a estimativa do governo para o PIB nominal que está no projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).

A equipe que elabora a reforma tem como objetivo modernizar o sistema sem alterar a carga tributária. Por isso, Guedes argumenta que, com o tributo, será possível, por exemplo, desonerar a folha de pagamentos, promessa da campanha eleitoral.

Dados mais recentes apontam que o emaranhado tributário do país, incluindo cobranças federais, estaduais e municipais, abocanha mais de 33% do PIB por ano.

Procurada, a Receita Federal não quis comentar.

Guedes afirmou no começo do mês que é “maldade ou ignorância” comparar os dois impostos, sem explicar qual seria a diferença entre eles.

Segundo especialistas, a proporção do PIB é a melhor forma de medir o peso de um tributo, porque permite avaliar seu impacto em relação ao tamanho da economia.

Quando vigorou no país, de 1997 a 2007, a CPMF incidiu sobre as movimentações financeiras, mas com exceções. Havia isenção para negociações de ações na Bolsa, transferências entre contas-correntes de mesma titularidade e saques de aposentadorias, seguro-desemprego e salários.

O Ministério da Economia discute com o Banco Central a possibilidade de não haver essas isenções, ou ao menos parte delas, no novo tributo.

O modelo do novo imposto está em fase final de formatação na pasta, que busca a maior base possível para garantir uma arrecadação robusta, segundo participantes da discussão. Embora o foco seja alcançar operações digitais, um interlocutor do ministro disse que os saques também serão taxados.

Em 2007, a CPMF tinha alíquota de 0,38% e incidia só de um lado da operação, como no débito na conta. Em cenário traçado pela Receita em 2019, um imposto idêntico à CPMF -com alíquota de 0,38%- arrecadaria em 2021 quase R$ 106 bilhões.

No último ano em que foi aplicada, a CPMF recolheu R$ 36,5 bilhões. Corrigido pela inflação de 2007 a 2020, esse valor sobe para quase R$ 72 bilhões. Portanto, tinha potencial de arrecadação abaixo do novo imposto de Guedes.

A alíquota do novo tributo deve ser de 0,2%, mas com cobrança nas duas pontas: em uma compra online, será cobrada do consumidor e da empresa vendedora. A incidência total daquela operação, portanto, será de 0,4%.

Apesar de o governo dizer que o novo tributo terá uma base diferente, técnicos ainda não apresentaram explicações ao Congresso, e especialistas veem a chance de o imposto digital ser uma “nova CPMF” disfarçada.

Para o economista e advogado Eduardo Fleury, do escritório FCR Law, o governo dificilmente alcançará a arrecadação de R$ 120 bilhões estimada pela equipe econômica.

A partir de análises das movimentações financeiras do país, ele estima que a receita poderia se aproximar desse valor só em cenário otimista e se fossem eliminadas todas as isenções da extinta CPMF.

Fleury ressalta que o baque econômico gerado pela pandemia do novo coronavírus vai derrubar o PIB e pode reduzir o volume de transações financeiras no país. Isso traria impacto negativo para a arrecadação do novo tributo.

“Paulo Guedes fala ‘vamos pegar o sonegador’. Tem estudos que dizem que temos cerca de 16% de economia não registrada. Mesmo que alcance essas pessoas e multiplique por várias transações, também não vai resolver.”

Na avaliação de Fleury, com a taxa básica de juros, a Selic, em patamar baixo, a alíquota de 0,2% cobrada nas duas pontas da operação é proporcionalmente alta. O resultado da instituição do tributo, diz, será uma elevação do custo do dinheiro.

Para ele, as pessoas tentarão achar meios para fugir da cobrança, possivelmente buscando mecanismos não alcançados pelo fisco, como moedas virtuais.

No caso das empresas, afirma que a tendência é de verticalização de processos. Um supermercado, por exemplo, buscaria ampliar o leque de produtos próprios para reduzir o volume de transações com outras companhias.

“Não vejo muito ponto positivo e acho uma regressão em termos de sistema tributário”, disse Fleury.

Sem nem sequer ser oficialmente entregue aos parlamentares, a proposta do novo imposto vem sendo criticada na Câmara e no Senado.

Apesar de se aliar a Guedes na agenda econômica, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um dos mais resistentes a um imposto semelhante à CPMF. Por isso, a estratégia do Ministério da Economia é convencer o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre a importância da medida.

Para ter apoio no Congresso, o governo terá de derrubar a ideia de que o tributo cria travas na economia e incide da mesma forma em todas as classes sociais, pesando mais para os mais pobres.

O presidente Jair Bolsonaro deu, em julho, aval para Guedes retomar esse debate e negociações com o Congresso.

Usuários reclamam de horários dos ônibus na pandemia

A prefeitura de Rio Claro divulgou nessa última semana que o transporte coletivo ganhou um respiro com o aumento de 10% dos veículos nas ruas para atender a população. Desde o início da pandemia o número tinha sido reduzido a 30% da frota. Porém, no principal terminal de embarque e desembarque de passageiros que fica na Rua 1, na estação, a readequação não agradou a quem precisou voltar para casa no período da tarde e encontrou os ônibus todos estacionados.

Do dia 24 de março até o dia 24 de julho, meses em que a cidade já enfrentava a pandemia, 265.919 passageiros utilizaram o transporte público.

“Eles não podem pensar somente no horário do comércio, de quem entra ou sai para estipular a logística das corridas. Isso é um absurdo”, disse Edna dos Santos Pereira, que mora no Jardim Guanabara.

Em nota, a prefeitura afirmou que o monitoramento das linhas de ônibus circulares é feito diariamente pelo departamento de Mobilidade Urbana e que as mudanças são determinadas de acordo com critérios técnicos, sendo o principal deles a quantidade de passageiros nas linhas do transporte coletivo e os horários de maior demanda. O texto ainda cita que é fundamental que as pessoas consultem os horários dos ônibus antes de saírem de casa. A consulta pode ser feita no site rapidosp.com.br/horarios. Também é possível ter acesso aos itinerários na sede da empresa, na Rua 1 entre as avenidas 1 e 3, em frente ao terminal de ônibus circulares. Os usuários do transporte coletivo podem dar sugestões e fazer observações diretamente no departamento de Mobilidade Urbana pelo telefone 3522-1919 e pelo e-mail [email protected].

Estado distribui mais 178 respiradores para interior, litoral e Grande São Paulo

GOVERNO DO ESTADO DE SP

O Governo de São Paulo distribuiu, nos últimos dias, mais 178 respiradores para 40 cidades do interior, litoral e Grande São Paulo, incluindo a capital. Os novos equipamentos permitem a abertura de novos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) e, assim, garantem atendimento aos casos graves provocados pelo novo coronavírus.

À Grande São Paulo serão enviados mais 55 ventiladores, sendo 5 para o Hospital Leito Irmã Annete em Embu das Artes, 10 para a Prefeitura Osasco e 40 para Prefeitura de São Bernardo do Campo.

Já a região da Baixada Santista receberá dez respiradores direcionados a Prefeitura de Santos. O Hospital Carlos Fernando Malzone, na região de Araraquara, receberá 4 equipamentos.

“Esses equipamentos significam novos leitos, que por sua vez aumentam a capacidade hospitalar em todo o estado e assim reforçam as defesas de nossos municípios no enfrentamento da Covid-19”, afirmou o secretário Marco Vinholi, de Desenvolvimento Regional.

Mais regiões

Para a região de Barretos serão destinados dois equipamentos, um respirador para a Prefeitura de Taiúva e outro para o Hospital Municipal Oscar Baptista de Carvalho na cidade de Guaraci. À região de Franca serão enviados 3 respiradores a Santa Casa de Ituverava.

Já para a região de São José do Rio Preto serão destinados 22 respiradores, sendo 2 para o Pronto Atendimento Dr. José Osmar S. Lopes, um para a Santa Casa de Jales, 4 para a Santa Casa de Monte Aprazível, 10 para o Pronto Socorro Santo Antonio, 4 para o Pronto Atendimento Fortunata Pozobom e um para a Santa Casa de Votuporanga.

Para a região de Sorocaba irão mais 9 equipamentos, sendo um para o Pronto Atendimento de Iperó, 4 para o Hospital Joaquim Raimundo e 4 para Santa Casa de Tatuí.

“Não temos medido esforços no combate à COVID-19. Já são 3,6 mil respiradores distribuídos às cidades para ampliação de leitos de UTI”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn.

Também no interior, a região de Marília contará com reforço de 11 respiradores, sendo 2 para a Prefeitura Municipal de Echaporã, outros dois para a Prefeitura de Gália, três para a UPA de Tupã e um para cada um desses locais: UPA de Garça; Prefeitura de Guarantã; Prefeitura de Guaimbê e Prefeitura de Júlio Mesquita. Outros 6 vão para o Hospital São José, na região de Bauru.

Reforço

A região de Campinas receberá 8 respiradores, sendo 2 para a Prefeitura de Bom Jesus dos Perdões, 1 para a Santa Casa de Cosmópolis, 2 para a Prefeitura de Holambra, 1 para o Pronto Atendimento em Santo Antonio de Posse e 2 para a Prefeitura de Várzea Paulista.

Para a região de Presidente Prudente serão 15 equipamentos, sendo 5 para a Prefeitura de Dracena, 2 para a Santa Casa de Martinópolis, 2 para o Hospital e Maternidade Regente Feijó, 4 para a Prefeitura de Teodoro Sampaio e 2 para a Santa Casa de Tupi Paulista.

A região de Taubaté receberá mais 33 equipamentos, sendo 2 para a Prefeitura de Areias, 2 para a Unidade Mista de Bananal, 10 para a Prefeitura de São José dos Campos, 6 para a Santa Casa de Ubatuba, 3 para o Hospital Mario Covas em Ilhabela e 10 para a Santa Casa de Lorena.

A distribuição é técnica e feita para locais com maior demanda de internações por COVID-19 e estrutura para novos leitos, permitindo ampliação da capacidade de atendimento da rede pública de saúde. Para enfrentamento à pandemia, o estado de São Paulo dobrou o número de leitos de terapia intensiva no SUS (Sistema Único de Saúde), ultrapassando 8,1 mil leitos do tipo.

Brasileiro descobre estrela que gira a 5 milhões de km/h

AGÊNCIA BRASIL

Uma equipe de pesquisadores liderados por um brasileiro descobriu uma estrela do tipo anã branca que precisa de apenas 29,6 segundos para completar um giro ao redor de si, o que a Terra demora 24 horas para fazer. Até então, o período de rotação mais curto já identificado entre estrelas do tipo era de 33 segundos.blankblank

A estrela tem uma massa similar a do Sol e volume equivalente ao da Terra, o que faz dela uma estrela “extremamente densa”. Ela tem, como vizinha, uma outra estrela, de massa ligeiramente maior, da qual captura matéria. Juntas, formam o sistema binário CTCVJ2056-3014, movendo-se uma ao redor da outra, em formato e distância similares ao da Lua em relação à Terra.

Para se ter uma ideia do quão rápido é o giro dessa estrela, basta compará-lo ao do nosso planeta, que em sua região central (linha do Equador) move-se a uma velocidade de 1.670 quilômetros por hora (km/h). “Essa estrela gira a uma velocidade próxima a 5 milhões km/h”, disse à Agência Brasil, o professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Observatório Nacional (ON), Raimundo Lopes de Oliveira, líder da pesquisa que foi publicada este mês na revista The Astrophysical Journal Letters.

Além de Lopes de Oliveira, participaram do estudo Albert Bruch, do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA); Claudia Vilega Rodrigues, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); Alexandre Soares de Oliveira, da Universidade do Vale do Paraíba (Univap); e Koji Mukai, da Nasa (a agência espacial norte-americana) e da Universidade de Maryland Baltimore County, nos Estados Unidos.

“Enquanto a Terra dá um giro completo em 24 horas, que é o que chamamos de dia, essa estrela dá quase 3000 giros”, explica o físico da UFS e do ON. Segundo ele, poucas estrelas do tipo anã branca já identificadas têm um período de rotação inferior a 100 segundos. “Geralmente a rotação dura de minutos a horas quando em sistemas binários. No caso de estrelas isoladas, costuma levar dias para completar a volta ao redor do próprio eixo”, acrescenta.

Além do giro em alta velocidade, a estrela anã branca possui outras peculiaridades. Seu campo magnético é mais baixo do que estrelas em sistemas similares, ainda que seja 1 milhão de vezes maior do que o campo magnético da Terra. É também interessante o fato de ter luminosidade em raio-x mais baixa do que o normal para esse tipo de sistema.

“Essa descoberta nos permite estudar a Física em seu extremo porque esse sistema nos possibilita ter um laboratório de estudo sob condições que não temos aqui em nosso planeta”, explica Lopes de Oliveira referindo-se às pesquisas que virão a partir do estudo sobre a interação de matéria com campo magnético em grande velocidade.

Segundo ele, tais estudos poderão avançar os conhecimentos humanos em áreas básicas como interação de partículas com carga e campos magnéticos, além de processos que envolvem fusão nuclear. “Poderemos ver como a matéria reage em determinadas situações, e o que é produzido a partir de determinadas circunstâncias”, explica o físico. “Além disso, ao estudar uma estrela anã branca, estamos estudando o futuro do nosso Sol. Estudando o fim, podemos entender melhor a evolução como um todo”, complementa.

Apesar de estar localizada a apenas 850 anos luz de nosso sistema solar – distância considerada pequena nas escalas astronômicas – nenhum telescópio atual consegue ver as duas estrelas deste sistema separadas, apenas o brilho combinado de ambas. A descoberta só foi possível por meio de observações em raio-x, feitas com a ajuda do telescópio espacial XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), complementado por observações feitas a partir do telescópio Zeiss do Observatório do Pico dos Dias(OPD), localizado em Minas Gerais e gerenciado pelo Laboratório Nacional de Astrofísica.

Cliquei aqui para conferir o artigo científico  na íntegra. 

Bruno Covas admite que São Paulo pode cancelar São Silvestre 2020

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O prefeito Bruno Covas (PSDB-SP) admitiu a possibilidade de cancelamento da São Silvestre 2020. “Se fosse hoje, não poderia ocorrer.

Fica ao organizador privado o risco de esperar o dia 31 de dezembro. Já deixamos claro que a situação precisa mudar para que a Prefeitura possa autorizar um evento como esse”, afirmou.

A Fundação Cásper Líbero, organizadora da prova, diz que está estudando alternativas e deve anunciar a decisão na próxima semana.

Se a São Silvestre for cancelada, será a primeira vez na história que a corrida de rua não será disputada desde sua criação, em 1925.

Pantanal perdeu 10% de sua vegetação em 2020 pelas queimadas

FABIANO MAISONNAVE E LALO DE ALMEIDA POCONÉ, MT (FOLHAPRESS)

Devastado por um dos piores incêndios de sua história, o Pantanal já perdeu 10,3% da cobertura vegetal, uma tragédia que só deve terminar em outubro, com fim do período seco. Especialistas afirmam que ainda é cedo pra avaliar a dimensão total da tragédia. Eles advertem que a regeneração da flora é incerta e pode levar décadas.

Desde o início do ano até sexta-feira (14), o fogo já havia destruído 1,55 milhão de hectares, área equivalente a dez municípios de São Paulo.

O bioma do Pantanal, localizado entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso Sul, soma cerca de 15 milhões de hectares. Os dados são do Ibama, do Ministério do Meio Ambiente.

“O incêndio diminui a diversidade da flora”, afirma a ecóloga Catia Nunes da Cunha, 65, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). “É um dano muito grande. [A recuperação] vai depender de onde, na natureza, tem bancos de semente pra repor. Isso pode levar 30, 40 anos.”

Natural da região, Cunha explica que há dois tipos de flora no Pantanal: o cerrado, mais resiliente à estiagem e ao fogo, e a vegetação que margeia lagoas, rios e outros cursos d’água, com mais afinidade para a umidade.

Segundo ela, a restauração no pantanal de Poconé (MT) dependerá da proteção dos “hotspots” de sementes localizados na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal. Trata-se da maior área protegida desse gênero no país, com 108 mil hectares de vegetação nativa.

“Numa situação de anos de extrema estiagem, quando vier um período mais úmido, ela tem o banco de sementes para funcionar”, afirma a ecóloga.

O problema é que a RPPN é uma das áreas mais devastadas– já perdeu cerca de um terço de sua cobertura vegetal. Num incêndio com essas proporções, mesmo o cerrado enfrenta dificuldades para se regenerar.

“O fogo é natural quando ocorre no tempo e na circunstância natural –a partir de um raio, por exemplo”, diz a gerente de Pesquisa e Meio Ambiente do Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, responsável pela RPPN, maior unidade de conservação privada do país.

“Mas o raio incide, incendeia, chove e apaga. Numa circunstância de extrema seca, todos esses incêndios ao nosso redor não tiveram origem espontânea, natural. Pode ter sido, aparentemente, uma ação inofensiva de limpeza de quintal, de roça, mas tomou uma proporção muito danosa”, completa.

Cuiabália dedicou toda sua carreira à RPPN. Começou a trabalhar no local em 2005. Tem doutorado em ciência ambiental pela USP, em que a reserva foi o tema da pesquisa. Pese todo esse conhecimento, não se arriscou fazer previsões.

“Vamos avaliar os impactos do incêndio nas áreas atingidas por pesquisas científicas, estudar possibilidades para auxiliar na regeneração e técnicas que reduzam a chance de ocorrência de novos eventos como este, como o Manejo Integrado do Fogo (MIF) com apoio técnico do ICMBio. Não temos ainda perspectiva de quanto tempo essa regeneração vai levar”, afirma.

Parte da incerteza vem do fato de a estiagem estar ainda no início. Com 17 anos de experiência como brigadista do Sesc, o agricultor Sebastião Cunha, 45, diz que nunca tinha visto um ano tão seco. “Neste ano, não teve enchente, a chuva foi pouca. A vegetação está muito seca.”

Ele diz que tradicionalmente o mês mais difícil é setembro. “Haverá mais incêndio.”

Segundo levantamento do Instituto Centro de Vida (ICV), já são 2.578 focos de calor somente em 13 dias de agosto no bioma pantaneiro. Esse número representa um aumento 53% em relação ao contabilizado em todo mês de agosto de 2019, quando foram registrados 1.690 focos de calor.

Nesses primeiros 13 dias de agosto, 1.317 focos (51%) ocorreram na porção mato-grossense do bioma e outros 1.261 focos (49%) na porção do bioma em Mato Grosso do Sul, de acordo com ICV.

Para a ecóloga Catia Nunes da Cunha, seria difícil que o Pantanal, uma área tão grande e próxima dos centros mais povoados do país, ficasse sem utilização humana. Nesse cenário, a pecuária extensiva é a melhor opção.

“Uma das atividades menos impactantes, mais próximas, é a pecuária extensiva. Tem pasto nativo, e os animais comem esse pasto. Não significa que é ecológico, mas que é menos impactante”, diz.

Cunha, porém, faz uma diferenciação entra e pecuária tradicional, ainda existente, e a praticada por recém-chegados.

“Antigamente, o sistema familiar era diferente, a fazenda era imensa, comportava marido, mulher, filhos, noras, genros, netos. Subiam o gado quando estava cheio e desciam quando estavam seco. Para a necessidade financeira da época, era perfeito.”

“Agora, quando você subdivide tudo isso muda. Há mais pisoteio”, compara.

“O Pantanal tem muita gente nova, abrindo fazendas.”

“As terras são baratas, de R$ 400 a R$ 1.200 por hectare. O que acontece?

Pessoas com área disponível no Centro-Oeste, de cerrado bom, querem vir pra cá com a intenção de drenar. Elas não vêm para cá com boas intenções”, afirma.

Sem ganhadores, Mega Sena acumula e deve pagar R$ 33 milhões na quarta

AGÊNCIA BRASIL

Realizado na noite de sábado (15), em São Paulo, o concurso de número 2.290 da Mega Sena não teve nenhum acertador das 6 dezenas, e o prêmio máximo foi acumulado. Para o próximo concurso, cerca de R$ 33 milhões de reais serão sorteados para os apostadores.blankblank

As dezenas sorteadas no concurso foram:

05 – 18 – 36 – 44 – 57 – 60

A loteria teve 96 apostas que acertaram a quina – 5 das 6 dezenas sorteadas – e, para esses sortudos, a Caixa pagará o valor bruto de R$ 25.025,89, sem os impostos a serem descontados. 

Outras 4.532 apostos acertaram a quadra – 4 dos 6 números sorteados, e levaram R$ 757,30 cada.

O próximo sorteio acontece na quarta-feira (19), e está programado para as 20h. O evento terá transmissão ao vivo pelo YouTube, e pode ser acessado no canal da Caixa.

BAEP prende dupla por receptação de veículo no Jd. São Caetano em RC

Policiais do 10º BAEP prenderam no final da tarde de sábado (15), dois indivíduos pelo crime de receptação de veículo. O fato ocorreu em uma padaria no bairro Jardim São Caetano, em Rio Claro.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a equipe recebeu uma denúncia que a dupla estaria negociando um veículo possivelmente dublê e que estariam em um veículo Cobalt e em uma Meriva.  

No local os policiais do BAEP abordaram um indivíduo de 34 anos e outro de 38 anos, na porta da padaria. Em busca pessoal foi localizado com um dos indivíduos dois aparelhos celulares e com o outro a chave de um veículo.

Em posse da chave a equipe conseguiu abrir o veículo Cobalt que estava estacionado a uns 20 metros de distância de onde os abordados estavam. No interior do veículo foi verificado o número do câmbio e constatado que pertencia a outro veículo com placas diferentes e que foi furtado na cidade de Piracicaba.

Pelo emplacamento e a numeração dos vidros foi verificado que seria de um veículo furtado na cidade de Campinas.

Diante dos fatos foi dado voz de prisão aos indivíduos e conduzidos ao Plantão Policial de Rio Claro, onde foram apresentados ao delegado plantonista que deliberou pelo registro do fato e os indivíduos permaneceram à disposição da Justiça. Foram apreendidos o veículo Cobalt e dois aparelhos celulares.

Emoção marca alta de pacientes recuperados da Covid-19

Rio Claro já tem quase 3000 pacientes recuperados da Covid-19.

Nos últimos dias, o Jornal Cidade trouxe histórias surpreendentes de pacientes que venceram a luta contra a doença. Uma delas é do idoso Sidnei Rosa de Oliveira, 82 anos, hipertenso, que ficou internado, pela segunda vez, de 13 a 25 de julho, e está curado.

Na tarde da última quinta-feira (13), Ana Doimo Campeol, 93 anos, teve alta hospitalar. Além do fator idade, que compreende grupo de risco, ela tem doenças pré-existentes, como hipertensão. Do período em que esteve hospitalizada, de 27 de julho a 13 de agosto, 15 dias foram somente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Já o último domingo (9), Dia dos Pais, foi marcado por forte emoção. Além da data em si, Fábio da Luz de Souza, 35 anos, e Marco César Sartori, 51, receberam alta no Hospital Unimed de Rio Claro e reencontraram suas famílias.

Eles se recuperaram da Covid-19 após um período crítico de internação. Fábio ficou 34 dias internado e Marco, 29. O momento foi marcado por aplausos, choro e gratidão. Além da recepção calorosa, a equipe de enfermagem da Unimed entregou certificados e medalhas aos pacientes vitoriosos.

Jornal Cidade RC
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