Governo de SP lança Retomada 21/22 para atrair R$ 36 bilhões em investimentos e criar 2 milhões de empregos

GOVERNO DO ESTADO DE SP

O Governador João Doria apresentou nesta sexta-feira (16) o Retomada 21/22, um plano estimado em R$ 36 bilhões para impulsionar a economia do estado de São Paulo e gerar cerca de 2 milhões de empregos. Coordenado pelo Secretário de Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, o plano tem 19 projetos para atração de investimentos privados nacionais e estrangeiros em todas as regiões do estado, em especial no setor de infraestrutura.

“A previsão é de R$ 36 bilhões em investimentos nos dois próximos anos e criação de 2 milhões de novos empregos em quatro anos. Na mesma semana em que aprovamos a modernização administrativa do Estado na Assembleia Legislativa, com a extinção de cinco estatais e economia de R$ 7 bilhões em recursos públicos, lançamos agora o plano de recuperação econômica e atração de capital privado nacional e multinacional para São Paulo”, declarou o Governador.

“Serão beneficiados 14 polos de desenvolvimento econômico, entre eles tecnologia, comércio, serviços, saúde, indústria, infraestrutura, turismo e agricultura. É o mais audacioso plano de desenvolvimento econômico já realizado em São Paulo”, acrescentou Doria.

Em 2019, a economia do estado de São Paulo cresceu 2,8%, enquanto a do Brasil atingiu em torno de 1%, segundo dados do Banco Central. Neste ano, a tendência de crescimento foi interrompida pela pandemia do coronavírus. Em um primeiro momento, o Governo do Estado tomou medidas para preservar vidas.

Mas São Paulo não parou durante o período mais agudo da pandemia: 74% dos setores econômicos permaneceram em atividade, enquanto obras com recursos públicos e privados somam R$ 44,8 bilhões e geram 148 mil empregos. O Plano São Paulo ainda ajudou a preservar cerca de 318 mil empregos ao longo de 2020 e criou condições para que a retomada econômica ganhe força nos próximos meses.

O objetivo do Retomada 21/22 é promover o crescimento econômico por meio da atração do investimento privado em concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas) de projetos que envolvem trens, metrô, rodovias, aeroportos e hidrovias.

As ações estão combinadas em seis eixos: infraestrutura, dinamismo setorial, ambiente de negócios, desenvolvimento sustentável, redução de desigualdades e internacionalização. Estão previstas medidas para reduzir a burocracia e facilitar a atuação de investidores São Paulo, além da expansão de missões comerciais do Governo do Estado em busca de novos negócios no exterior.

“São Paulo cresceu mais que o dobro da média brasileira em 2019. O Retomada 21/22 está sendo lançado para retomar este desempenho e ampliá-lo nos próximos dois anos”, disse o Secretário de Fazenda e Planejamento. “O foco do plano é impulsionar o crescimento de uma economia que já é dinâmica, diversificada e com muitas oportunidades de investimentos para gerar crescimento, emprego e renda”, acrescentou Meirelles.

O plano está apoiado no potencial econômico de São Paulo, que tem o terceiro maior mercado consumidor da América Latina e a 22ª economia do mundo. As oportunidades de negócios são sustentadas por uma economia dinâmica e diversificada, além do respeito às normas ambientais, tradição no cumprimento de contratos comerciais e promoção de ambientes favoráveis a novos negócios.

Bolsonaro e ministros inauguram fábrica de biogás em São Paulo

AGÊNCIA BRASIL

O presidente Jair Bolsonaro e ministros de Estado participaram hoje (16) da inauguração de fábrica de biogás da empresa Raízen, em Guariba, interior de São Paulo. A unidade será a primeira em escala comercial no mundo a utilizar a conversão da torta de filtro e da vinhaça, subprodutos da produção de etanol e cana-de-açúcar, voltada para geração de energia elétrica.blankblank

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, com um potencial instalado de 21 mega-watts e capacidade de geração de 138 mil mega-watts/hora por ano, a nova fábrica é capaz de abastecer 62 mil domicílios com energia elétrica. Segundo ele, o potencial de produção de biogás no Brasil, somente a partir da vinhaça, pode atingir em 2030 até 45 milhões de metros cúbicos por dia, o que corresponde a mais de duas vezes o volume médio de gás natural importado da Bolívia em 2019.

“O biogás e biometano, além de serem utilizados para geração de energia elétrica, podem também substituir o óleo diesel nos ônibus, caminhões e máquinas agrícolas. Ou mesmo, no caso do biometano, ser injetado na rede de gasodutos, sendo consumido como substituto do gás natural. Temos aí a aprovação, em breve, do novo marco do gás [em tramitação no Congresso] e não tenho dúvida que essa nova indústria também vai se associar a isso, o que vai ser importantíssimo para a reindustrialização do país”, disse Albuquerque.

Para ele a diversificação da matriz energética se traduz em segurança energética e contribui para a transição em direção à economia de baixo carbono. De acordo com o ministro, os derivados de cana-de-açúcar respondem atualmente por mais de 17% da matriz energética brasileira e para 2030 será mais de 19%.

O presidente Bolsonaro destacou o trabalho da Raízen, por levar o projeto da fábrica de biogás adiante, e disse que quer estimular mais empresários do Brasil a investirem no país. “Só tenho a cumprimentá-los, a cumprimentar o senhor Ometto [Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Raízen], pela coragem de empreender. E ele sabe, cada vez mais, que hoje em dia conta com um parceiro de peso, que é o chefe do Poder Executivo e seus ministros para os seus empreendimentos”, disse.

De São Paulo, Bolsonaro viaja para Porto Real, no Rio de Janeiro. Amanhã (17), está prevista a participação dele em evento militar na cidade.

Nova Mulher-Maravilha da DC Comics será brasileira

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Yara Flor, uma indígena brasileira da floresta amazônica, será a nova Mulher-Maravilha. O anúncio foi feito pela editora de quadrinhos DC Comics, nesta quinta (15).

Em entrevista ao jornalista Jesse Schedeen, do site IGN, Jamie S. Rich, editor da DC, confirmou que Yara é do Brasil, mas uma imigrante nos Estados Unidos. “Apesar de vermos ela atualmente ativa como a Mulher-Maravilha, eventualmente vamos descobrir sua origem -parcialmente com ela entendendo o que isso significa, de onde ela é, por que ela é isso, como ela se relaciona com Diana [Prince] e com as outras amazonas”, disse.

Rich também falou sobre as diferenças entre a nova personagem e a heroína original. “Diana Prince é uma deusa, ela está sempre um pouco acima de nós. Esta é uma chance de meio que voltar a algumas das raízes iniciais da Mulher-Maravilha, quando Diana estava tentando ser humana e tentando aprender como ser humana. Agora estamos indo para o caminho oposto -como uma humana aprende a ser uma deusa?”

Yara faz parte do “Future State”, nova saga da DC, que vai começar a ser publicada em janeiro de 2021. Os gibis vão misturar personagens clássicos e novos. A brasileira será a protagonista de “Future State: Wonder Woman”.

Ela vai viver aventuras ao lado do novo Superman, herói que será assumido por Jon, filho de Clark Kent.

Patrulha Maria da Penha localiza menor desaparecida

A equipe da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal de Rio Claro localizou na noite de quinta-feira (15) uma menor que estava desaparecida.

Segundo informações do boletim de ocorrência, familiares acionaram a GCM informando do desaparecimento da menor, assim como as suas características, e que a mesma não havia falado para onde iria.

Foi iniciado patrulhamento pela cidade e a localizando andando pela Avenida Visconde do Rio Claro. Ao ser questionada, disse para a equipe que estava indo para a casa de uma amiga.

A menor foi levada até a sua residência e entregue à família.

Confusão marca tentativa de depoimento de Juninho

A oitiva que deveria coletar o depoimento do prefeito João Teixeira Junior (DEM), nessa quinta-feira (15), terminou em confusão generalizada dentro do plenário da Câmara Municipal. O fato ocorreu durante os trabalhos da Comissão Processante que apura a denúncia de supostas irregularidades no processo da compra dos R$ 4 milhões em Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) pela Prefeitura de Rio Claro.

Com prazo quase estourando, uma vez que a CP tem até o dia 29 de outubro para encerrar as atividades, o posicionamento do prefeito é o último passo antes da produção do relatório que será apreciado e votado pelos vereadores. O advogado de defesa Cristiano Vilela mais uma vez apelou para que o dono da empresa Maurício Silva Sousa e Wilson da Silva Cleto, seu suposto patrão, sejam ouvidos, o que novamente foi negado.

Ao ser questionado sobre a dispensa da licitação na compra, Juninho foi logo interrompido pelo advogado Luiz Gonzaga Bovo Junior, denunciante do caso no âmbito do Poder Legislativo. Ao ter a palavra, o prefeito justificou a compra citando de forma geral o estado de emergência. “Se não fosse o trabalho que fizemos, com certeza teríamos perdido muito mais vidas. Tivemos que agir. É só ir ao dispensário ver (os EPIs)”, declarou entre outros assuntos gerais, reiterando que está “tranquilo” quanto ao trabalho realizado no combate à Covid-19.

No entanto, ao ser questionando pela segunda vez pela presidente da CP Carol Gomes, em segundos foi novamente interrompido por Bovo Junior. O membro da comissão, Júlio Lopes, solicitou que o denunciante se comportasse. A partir daí, o vereador da oposição Luciano Bonsucesso reagiu contra o colega parlamentar e teve início toda a confusão dentro e fora do plenário. Com ânimos exaltados, vereadores, servidores, secretários municipais e assessores bateram boca aos gritos. Gomes chegou até mesmo a pedir que a Guarda Civil Municipal retirasse os envolvidos do local.

A sessão foi interrompida por cinco minutos e Juninho se retirou. O advogado de defesa alegou que orientou a saída do plenário “porque não existe condição de [o prefeito] ser ouvido nesta sessão”, com isso, a oitiva foi encerrada e nova foi remarcada para a próxima segunda-feira (19), às 9h, a portas fechadas.

Sábado é Dia “D” das campanhas de vacinação contra pólio e de multivacinação

Sábado (17) é o Dia “D” das campanhas de vacinação contra a poliomielite e de multivacinação. É a oportunidade de colocar em dia a caderneta de vacinação e se imunizar contra doenças. A vacina contra a pólio é para crianças de 1 ano a menores de 5 anos e a de multivacinação, para pessoas menores de 15 anos.

As unidades de saúde ficarão abertas das 8h30 às 16h30 para a aplicação das doses das vacinas, com exceção das unidades do Jardim Novo, Jardim Brasília, Santa Elisa e Vila Cristina.

A comunidade contará também com a opção de quatro postos volantes que serão montados para ampliar as opções de acesso à imunização. Os postos volantes funcionarão das 10 às 16 horas no Jardim Público, Boulevard dos Jardins, supermercado Enxuto (Avenida Visconde do Rio Claro) e supermercado Paulistão.

A vacinação contra a pólio é direcionada a crianças de um ano a menores de cinco anos, desde que já tenham recebido até o dia 4 de outubro as três doses da Vacina Inativa Poliomielite (VIP) do esquema básico de vacinação.

Já a campanha de multivacinação tem como objetivo a atualização da carteira de vacinas de pessoas menores de 15 anos. Basta levar a criança ou adolescente a uma das unidades de saúde apresentando a carteira de vacinação e as doses em atraso serão aplicadas. No total serão oferecidas 14 tipos de vacinas: BCG, hepatite B, pentavalente, poliomielite 1, 2 e 3, Pneumo 10v, meningocócica C, Pneumo 23v, febre amarela, tríplice viral, varicela, dT/dupla adulto, dTpa, HPV e meningocócica ACWY.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância dos pais ou responsáveis levarem as crianças e adolescentes para serem vacinados e destaca que a vacinação é fundamental para prevenir doenças e que a caderneta deve ser mantida atualizada.

Brasil está bem posicionado para acesso a vacinas de covid-19

AGÊNCIA BRASIL

Caso os testes clínicos em curso comprovem a eficácia das vacinas contra a covid-19, o Brasil está bem posicionado para obter doses já no ano que vem, avalia a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Cristiana Toscano, que integra o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) da Organização Mundial da Saúde (OMS).blankblank

A pesquisadora explicou que acordos já assinados pelo governo federal e pelo estado de São Paulo dão alternativas ao país, mas alerta que é preciso se apressar no planejamento para preparar os mais de 30 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

“No Brasil, a gente tem uma situação que considero bastante privilegiada, porque a gente tem os mecanismos bilaterais e o envolvimento do Brasil no Covax, que é um mecanismo multilateral”, disse a epidemiologista, que participou da Jornada Nacional de Imunizações, promovida pela Sociedade Brasileira de Imunizações. “A gente está bem posicionado do ponto de vista de acesso e de possibilidade e expectativa real de termos algumas vacinas já em 2021.”

Consórcio

No mês passado, o Brasil confirmou sua participação no consórcio Covax, organizado pela OMS para garantir acesso à imunização em todo o mundo. O fundo espera captar US$ 18 bilhões com o investimento de 80 países considerados autofinanciáveis, como o Brasil, para fornecer as vacinas para estes e mais 92 países que não teriam condições de fabricar ou comprar as doses.

Com a adesão, o país vai investir cerca de R$ 2,5 bilhões e espera adquirir um portfólio que, até então, tem nove vacinas em desenvolvimento, para garantir a proteção de 10% da população até o final de 2021.

Acordos bilaterais

Em acordos bilaterais, o país contratou a transferência de tecnologia de uma vacina britânica e uma chinesa. O governo federal assinou acordo com os desenvolvedores da AstraZeneca e da Universidade de Oxford para que a Fundação Oswaldo Cruz nacionalize a produção da vacina, que está na última fase de testes clínicos em diversos países, incluindo o Brasil. A vacina de Oxford também é uma das nove vacinas que integram o portfólio do Covax. 

Além disso, o governo do estado de São Paulo e o Instituto Butantan firmaram acordo para testagem e transferência de tecnologia para a produção nacional da vacina em desenvolvimento pelo laboratório chinês Sinovac.

Planejamento

Cristiana Toscano ressaltou que, devido à pandemia, os investimentos na produção precisaram ser antecipados, o que implica no risco de as vacinas não terem sua eficácia comprovada. Assim como os testes e os processos regulatórios, a pesquisadora destaca que o planejamento para fazer com que as vacinas cheguem aos postos também precisa ser agilizado desde o nível local até o nacional, porque há um horizonte de início da imunização nos primeiros meses do ano que vem.

“Não precisa esperar. Não tem um momento para falar ‘agora vamos começar’. O agora é já. A gente está trabalhando com uma previsão otimista e esperançosa. Se, de fato, nessa avaliação preliminar de dezembro, essas vacinas demonstrarem eficácia e segurança, a previsão é que entre fevereiro e março, no mais tardar, seja de fato possível iniciar a vacinação. Estamos falando de um tempo bastante curto para preparar tudo para uma vacinação de tamanha escala e tremenda importância”.

Em setembro, o governo federal instituiu um grupo de trabalho interministerial para coordenar a aquisição e a distribuição de vacinas “com qualidade, eficácia e segurança comprovadas” contra o novo coronavírus.

O planejamento, no entanto, já havia começado, como apresentou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia, na Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar o enfrentamento à pandemia.

A pesquisadora reconhece que ainda há muitas lacunas que impactam no planejamento, como a confirmação do número de doses por pessoa, a eficácia em cada grupo populacional e o tempo de duração da imunidade. Para municiar governantes, a OMS elaborou modelagens para simular cenários que ajudem na tomada de decisão, o que inclui quais grupos priorizar para reduzir a mortalidade, a ocorrência de casos graves ou a preservação do sistema de saúde, por exemplo.

“A boa notícia é que, em relação a esse quesito [mutabilidade do vírus], para a vacina contra a covid, parece não ser necessária uma nova vacinação por mutação de vírus circulante”, avalia a pesquisadora, que aponta outro desafio: “Será uma vacinação diferente das campanhas habituais. Não deve ser direcionada a crianças e sim a grupos diferentes dos que estamos acostumados”.

Desemprego atinge 14 milhões de pessoas na quarta semana de setembro

AGÊNCIA BRASIL

O número de desempregados chegou a 14 milhões de pessoas na quarta semana de setembro, ficando estatisticamente estável em relação à semana anterior (13,3 milhões). Com isso, a taxa de desocupação (14,4%) ficou estável em relação à semana anterior (13,7%) e cresceu frente à primeira semana de maio (10,5%), quando o levantamento foi iniciado.blankblank

Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a última divulgação da Pnad Covid-19 semanal. A coleta de dados por telefone continuará para subsidiar as edições mensais da pesquisa, que devem continuar até o fim do ano. 

“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, disse, em nota, a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.

A população ocupada ficou em 83 milhões, estatisticamente estável na comparação com a terceira semana de setembro. “Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro, a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação”, afirmou a pesquisadora.

Flexibilização do distanciamento

Maria Lucia também destacou que a flexibilização das pessoas quanto ao distanciamento social continuou aumentando no fim de setembro. O grupo de pessoas que ficou rigorosamente isolado (31,6 milhões) diminuiu em 2,2 milhões, na comparação com a semana anterior.

Também aumentou o número pessoas que não tomaram qualquer medida de restrição para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Esse contingente cresceu 937 mil em uma semana, chegando a 7,4 milhões. 

Segundo o IBGE, a maior parte da população (86,7 milhões) afirmou ter reduzido o contato com outras pessoas, mas continuou saindo de casa ou recebendo visitas na quarta semana de setembro, 1 milhão a mais na comparação com a semana anterior. Quem ficou em casa e só saiu em caso de necessidade somou 84,6 milhões, ficando praticamente estável em relação à semana anterior.

Estudantes

A pesquisa ainda mostrou que, na quarta semana de setembro, dos 46,1 milhões de estudantes que estavam matriculados em escolas e universidades, 39,2 milhões (85%) tiveram alguma atividade. Outros 6,4 milhões (13,9%) não tiveram atividade. O restante estava de férias (1,1%).

Segundo o levantamento, apenas 26,1 milhões (66,7%) tiveram atividades escolares durante cinco dias da semana. Outros 807 mil estudantes (2,1%) só tiveram atividades uma vez por semana.

Por disputa ao Planalto, Doria aposta em guerra da vacina e na economia contra Bolsonaro

IGOR GIELOW – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Após passar 2019 buscando se distanciar de Jair Bolsonaro e, neste ano, assumir o papel de antípoda do presidente, o governador João Doria (PSDB-SP) agora monta um tripé para tentar consolidar seu nome como viável para disputar o Planalto em 2022.

À frente de tudo, a percepção de que haverá mesmo uma guerra política em torno da vacina contra a Covid-19, dadas as sinalizações do Planalto contra o imunizante desenvolvido em São Paulo.

Os outros pontos do tripé citados por aliados do tucano são economia e reformas.

A CoronaVac, imunizante chinês contra o novo coronavírus no qual Doria apostou para ser produzido em conjunto com Instituto Butantan, é de longe o maior trunfo potencial.

O relato até aqui dos testes tem sido positivo, o que levou o governador a fazer um anúncio ambicioso: atingir toda a população paulista até fevereiro, começando em 15 de dezembro.

A meta foi secundada por quem trabalha diretamente com o tema, mas políticos próximos do governador apontam para o perigo óbvio de que algum problema na fase 3 dos ensaios com a vacina atrase o cronograma -isso se ela de fato funcionar.

O Palácio do Planalto sentiu o cheiro de sangue na água, e instruiu a pasta da Saúde a dificultar no possível a vida de Doria.

Enquanto o ministro Eduardo Pazuello mantém uma postura mais neutra, sendo elogiado com frequência pelo tucano, coube a seu número 2, Elcio Franco, assumir o papel de “bad cop” (o policial malvado de Hollywood).

Ele tem insistido em não incluir a CoronaVac no rol de imunizantes que podem ser distribuídos pelo SUS, o que ampliaria seu escopo de cobertura –e, claro, aquilo que um ministro palaciano chamou de “propaganda da vacina do Doria”.

O governo paulista crê que pode chegar a um acordo e tem o apoio de outros estados. Assim, nesta quinta (15) Franco baixou o tom, devido à evidente má repercussão que negar uma vacina (caso funcione) teria. Mas auxiliares de Doria temem novos óbices à CoronaVac.

Enquanto isso, o Palácio dos Bandeirantes vem recebendo contatos de políticos para tentar estabelecer esquemas alternativos.

Nas duas últimas semanas, visitaram Doria o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para falar sobre o tema.

O alicerce econômico do projeto de Doria é mais convencional. Será anunciado nesta sexta (16) na forma de um plano de recuperação para o pós-pandemia, focado na aceleração da desestatização para tentar atrair investimentos.

Novamente, há o risco inerente às incertezas da economia global: se há dinheiro represado de sobra no mundo, a falta de clareza sobre a duração da pandemia serve como trava para investidores, isso para não falar sobre os temores acerca da política fiscal do governo federal.

Por fim, há o campo das reformas, que Doria considera uma vitrine se for bem trabalhada. Aqui, ele logrou uma difícil vitória nesta semana, quando viu aprovado na Assembleia Legislativa um polêmico pacote fiscal, que visa economizar R$ 7 bilhões em 2021.

O projeto foi bastante atacado por prever a apropriação do superávit de fundos de pesquisa estaduais, o que foi retirado do texto após queixas da comunidade acadêmica, além de acabar com entes estatais como a CDHU, empresa de habitação popular.

Além de dar respiro financeiro no ano que antecede a eleição, o projeto é visto como um cartão de visitas ante a sucessão de reformas emperradas na área econômica federal e o temor de lassidão fiscal de Bolsonaro para o mercado financeiro.

Do ponto de vista político, Doria deve manter o combate sistemático a posições do presidente e as críticas, buscando estabelecer uma narrativa de contraponto.

O caso do chefe do PCC André do Rap é emblemático: o tucano foi um dos primeiros a condenar a libertação que resultou em fuga do criminoso, algo que pode ser jogado na conta de Bolsonaro por não ter vetado dispositivo do pacote anticrime acerca de revisões de prisões.

O “acabei com a Lava Jato” de Bolsonaro, que ele tenta consertar diariamente, está na prateleira para uso futuro também. A proximidade do presidente com o protagonista do episódio do “dinheiros nas nádegas”, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), também.

Além de todos as dificuldades dos planos, há o imponderável. Em 2019, além de tentar se descolar de Bolsonaro após ter sido eleito em dobradinha com ele, Doria apostou na segurança e também na economia como bandeiras.

Veio a pandemia e ninguém mais falou no assunto. Para complicar, a corrida para a sucessão presidencial havia ficado embaralhada após a recuperação na popularidade de Bolsonaro, muito por cortesia dos novos adeptos oriundos do auxílio emergencial na pandemia.

Além disso, a crise institucional que emanava do Planalto foi contida, com a adesão maciça do centrão e de elementos da dita alta política de Brasília à agenda de normalização ora vigente.

Isso joga contra Doria, que busca articular os apoios centristas. Por ora, teve sucesso em amalgamar PSDB, DEM e MDB num projeto que passa pelas eleições em São Paulo e na Câmara dos Deputados.

Não é um jogo jogado, assim como a ligação de forças como o PSD a Bolsonaro também não. Para dois presidentes de partidos centristas, a popularidade de Bolsonaro seguirá como guia das acomodações por um tempo, e Doria precisará se mostrar menos “paulicêntrico” até lá.

Novamente, o insondável efeito de uma crise econômica ainda mais aguda aliada ao fim do auxílio emergencial, ou das agruras legais do clã presidencial, mantém todo o arranjo sob risco de dissolução.

Dos outros competidores potenciais em 2022, apenas o apresentador Luciano Huck representa uma ameaça à faixa de frequência política associada a Doria. O ex-ministro Sergio Moro pode atrair eleitorado semelhante, mas é odiado no centro político, e a esquerda está esfacelada por ora.

“Operação Fumaça” em RC tem reviravolta

Na última terça-feira (13), através de julgamento transmitido ao vivo pelo YouTube, a ministra Laurita Vaz, acompanhada de forma unânime pelos demais ministros integrantes da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), anunciou decisão, como relatora, no Habeas Corpus nº 452.992-SP, concedendo em parte a ordem requerida para anular os atos da instrução processual e, por consequência, da sentença superveniente proferida no processo instaurado pela deflagração da “Operação Fumaça” por parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado de São Paulo. Tal operação, realizada em dezembro de 2017, teve como alvo cidadãos de Rio Claro e região.

Em razão da deferida decisão, os atos processuais do processo deverão ser renovados em estrita observância ao Direito de Ampla Defesa e ao Contraditório previstos na Constituição Brasileira. Tal fato foi transmitido na mesma data do julgamento, através de telegrama, à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Relembre

A Operação Fumaça foi deflagrada em dezembro de 2017 com o objetivo de desarticular organização criminosa acusada de extorquir empresários com exigência do pagamento de quantias milionárias, visando inviabilizar supostas operações do Gaeco e mandados de prisão falsos. O grupo investigado era composto por delegado de polícia, investigador, empresários, advogados e consultores, e de acordo com o MP prometia intervir junto a autoridades públicas do sistema de Justiça Penal para resolver as pendências criminais das vítimas.

Jornal Cidade RC
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