Atendendo a um pedido da farmacêutica Sinovac, previsto contratualmente, o Instituto Butantan encaminhou no último dia 23 a base primária de dados da fase 3 dos testes clínicos da vacina CoronaVac, realizados no Brasil em 16 centros de pesquisa, com cerca de 13 mil voluntários.

O objetivo é que os dados sejam comparados a resultados de pesquisas em outros países, evitando que a vacina tenha diferentes índices de eficácia anunciados. A avaliação deverá ser concluída em até 15 dias. Na sequência, os resultados finais serão encaminhados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e à National Medical Products Administration, da China.

O fisioterapeuta Tiago Garcia, de Rio Claro, é voluntário nos testes clínicos da CoronaVac. Em fevereiro de 2021 participará de mais uma etapa do estudo. Até o momento, recebeu duas doses: a primeira no dia 14 de agosto e a segunda, dia 28 do mesmo mês.

“Na próxima etapa, irão coletar meu sangue e fazer o teste Swab novamente. Além disso, quinzenalmente, irão enviar mensagem via WhatsApp para saberem se tive ou tenho algum sintoma da doença”, explica Garcia.

Para o voluntário, as expectativas sobre a vacina baseiam-se em evidências científicas. “Não importa qual vacina será a primeira a ser aplicada, o que importa é se ela é eficaz e ter essa evidência científica comprovada”, conclui.

Método

Como a pesquisa é duplo cego, não se sabe, tanto o voluntário quanto o pesquisador, quem recebe a vacina do antivírus e quem recebe o placebo

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