O prosseguimento do projeto segue procedimentos regimentais da Casa, que pode envolver novo pedido de vistas e emendas acrescidas

Carine Corrêa

Um dos temas discutidos em transmissão ao vivo promovida pela fanpage do Jornal Cidade na sexta-feira (25) foi Plano Diretor. O pedido de vistas do projeto do Plano Diretor [120 dias] venceu e, por esse motivo, retorna para Câmara nesta segunda-feira (28). O advogado Alcir Russo manifestou sua posição sobre o assunto e diz apoiar as sugestões apresentadas pela Diretoria de Meio Ambiente da Sepladema. Confira detalhes a seguir.

Áreas de Proteção

“A sugestão apresentada é perfeita, porque fala de uso racional de nosso território. Rio Claro está inserida na bacia PCJ. O projeto avança em termos de proteção ambiental e em relação ao projeto anterior, porque ele cria Áreas de Proteção Permanente em torno dos rios [Corumbataí, Ribeirão Claro, Cabeça e Passa Cinco]; o projeto anterior não tinha. Talvez um ou outro setor econômico vá reclamar. Mas este não é o momento de tentarmos pautar a organização do nosso território a partir de interesses privados e interesses pontuais”.

Rio Cabeça

“O ponto de que mais gostei: a criação de uma Área de Proteção e Uso sustentável da Bacia do Cabeça, que abrange tanto o alto cabeça, o médio cabeça e o baixo cabeça na região sudoeste de Rio Claro. Talvez um ou outro empresário ligado à mineração não goste. O Rio Cabeça é uma área de recarga do Rio Corumbataí. A microbacia, por conta da sua formação geológica, foi formando um aquífero. Talvez seja esse um dos motivos que aquela região está bloqueada para algumas atividades, inclusive a mineração – justamente para proteger aquele aquífero naquela região”.

Amortecimento

“Zona de Amortecimento é uma área que deve ter um recuo de uma atividade econômica intensa, principalmente da atividade extrativa, que causa grande impacto, para proteger alguma coisa. Acredito que nesse momento faz todo o sentido uma Macrozona de Amortecimento, ainda mais que se criaram Áreas de Proteção Permanente no entorno dos rios. Talvez seja o momento de se discutir a viabilidade ou não dessa Macrozona. Nesse modelo, eu sou favorável a essa Macrozona de Amortecimento”.

Setor Minerário

 “O setor minerário vai ter que se reorganizar. Ficar sem mineração não fica. Eu defendo uma boa mineração. A área liberada no novo projeto é quase do tamanho da Macrozona Urbana. Tem muito minério para ser explorado”, reforçou o advogado Alcir Russo durante entrevista ao vivo promovida pela fanpage do Jornal Cidade.

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