Moto é o veículo que mais mata no trânsito de Rio Claro

No ano de 2020, quando a pandemia levou a um aumento de motociclistas nas ruas, principalmente em razão das entregas em domicílio, foi justamente o período em que Rio Claro teve o menor número de óbitos de veículo (motocicletas) por locomoção da vítima (7 registros). O ano mais crítico foi em 2018 com 14 mortes.

Mesmo assim estar sobre duas rodas é um sinal de alerta no município que desde 2015 registrou 61 perdas no trânsito.

Este número está bem acima se comparado às estatísticas envolvendo automóveis, bicicletas, caminhões e pedestres (veja tabela abaixo).

Os dados são do Infosiga SP – Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo.

Das vítimas

Entre aqueles que perderam a vida ao saírem de motocicleta, 88,52% são do sexo masculino, 8,2% do sexo feminino e 3,28% não tiveram esse dado divulgado.

A maioria das ocorrências aconteceu nas vias municipais (63,39%). Rodovias comportam 31,15%.

Pelas ruas

O caso mais recente vitimou o diretor da Associação dos Motofretes Profissionais de Rio Claro. Nilo Teixeira tinha 50 anos e ficou hospitalizado por mais de um mês após se envolver em um acidente na Estrada do Sobrado em 6 de dezembro de 2020. O caso gerou muita comoção e rendeu homenagens de colegas de profissão no dia do sepultamento.

Nilo ainda foi uma rara exceção em lutar pela vida por mais de 30 dias após o acidente. Das 61 mortes desde 2015, 47 das vítimas já vieram a óbito no mesmo dia do acidente, a grande maioria no hospital (62,3%). No local dos fatos a porcentagem foi de 29,51%. O restante não teve a informação divulgada.

Jovens perdas

Outro dado que chama a atenção é referente à idade das vítimas. A grande maioria tinha entre 18 e 24 anos (foram 16 óbitos nesta faixa etária). Na sequência aparecem aqueles com idade entre 40 e 44 anos (11 mortes). Com oito óbitos cada estão aqueles com idades entre 25 e 29 anos e também entre 30 e 34 anos. Aqueles que têm entre 45-49 anos, 50-54 anos e 55-59 anos tiveram quatro óbitos cada. Na faixa dos 30-34 anos foram três perdas e entre 60 e 64 anos apenas um registro de ocorrência. À idade de outras duas vítimas o Infosiga não teve acesso.

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