Imagem ilustrativa. Free Stock photos by Vecteezy

Pesquisa da USP aponta quantidade de habitantes em situação de pobreza e extrema pobreza. Dados trazem alerta ao poder público de Rio Claro para novas ações.

Pesquisa publicada nesta semana pela Esalq/USP, de Piracicaba, aponta que a cidade de Rio Claro tem quase 21 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ela traz dados que mostram comparação entre os municípios da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP), com informações atualizadas pelo IBGE. Os pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP destacam que em Rio Claro são 20.779 pessoas vivendo em situação de pobreza ou extrema pobreza.

As condições de extrema pobreza e pobreza são medidas pela renda mensal per capita – até R$ 105,00 por pessoa e de R$ 105,01 até R$ 210,00 por pessoa, respectivamente. O levantamento mostra que, entre as maiores cidades pesquisadas, Rio Claro se destaca negativamente e ficou na quarta colocação com relação específica à quantidade de pessoas vivendo em vulnerabilidade social. Em primeiro lugar está Limeira, com 49.751 pessoas nesta condição, em seguida Piracicaba, com 44.586 pessoas. Já em terceiro vem Araras, com 23.291 pessoas.

Dados de vulnerabilidade social na Região Metropolitana de Piracicaba – Elaboração: Observatório da RMP/SMADS

Ao se considerar de forma percentual à quantidade total de habitantes, os municípios em situação mais delicada na RMP são aqueles em tons de laranja e vermelho no mapa – com mais de 16,28% da população com renda mensal per capita inferior a R$ 210,00, com destaque para Mombuca com mais de 37% da população e Elias Fausto, Conchal, Rafard e Santa Maria da Serra, com mais de 20% da população nesta situação.

“Os pesquisadores entendem que parte desses resultados ocorreu em função da dificuldade de se gerar crescimento sustentado no País, especialmente após 2016, o que foi agravado com a crise sanitária iniciada em 2020, e que acabou intensificando o crescimento do desemprego, do subemprego e do trabalho informal e precarizado. Some-se a isso a incapacidade do governo de adotar medidas eficazes contra a inflação, provocando perdas do poder de compra da população, especialmente a de renda média e baixa”, informa a Esalq/USP.

De acordo com o levantamento, a Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) tinha registrado no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), até agosto de 2022, 201.198 pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza. Dessas, 81.322 tinham menos do que 15 anos e 9.912 mais do que 60 anos.