Incêndio que queimou cerca de 10 mil metros quadrados de área da Feena foi rasteiro e não chegou às copas das árvores

Laura Tesseti

O tempo seco e a baixa incidência de chuvas nesta época do ano fazem com que as queimadas aconteçam com maior frequência. Nessa semana cerca de 10 mil metros quadrados da Floresta Estadual “Edmundo Navarro de Andrade” foram queimados, entre os bairros São Miguel e Vila Industrial. Felizmente o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil conseguiram controlar o incêndio, que foi rasteiro.

Mas apenas apagar o fogo não traz de volta o que ele queimou. E é exatamente nessa linha que Carolina Mortari realiza um trabalho voluntário focado no replantio.

Incêndio que queimou cerca de 10 mil metros quadrados de área da Feena foi rasteiro e não chegou às copas das árvores
Incêndio que queimou cerca de 10 mil metros quadrados de área da Feena foi rasteiro e não chegou às copas das árvores

“O movimento teve início após os incêndios que ocorreram em setembro e outubro de 2014, que atingiram uma área muito grande e colocaram em risco a população que mora no entorno e grande parte da fauna local.”

Mortari fala que o intuito é reflorestar as áreas atingidas por incêndios, a fim de minimizar os danos causados e prevenir novas ocorrências. O movimento não possui nenhuma entidade mantedora e a iniciativa é de quem preza pelo trabalho exercido pelos voluntários.

“Organizamos tudo através de rede social, a população colabora com mão de obra ou doações em dinheiro, temos cofrinhos espalhados por alguns comércios que arrecadam verba e sempre buscamos parceiros para doação de mudas, estacas, adubos. O projeto é mantido pela população, não temos patrocínio de nenhuma empresa pública ou privada”, explica.

A idealizadora do mutirão de replantio observa que há muitos anos os incêndios castigam a Floresta, mas que os responsáveis muitas vezes fecham os olhos para a situação.

“Preocupados com esse patrimônio, montamos um grupo de voluntários e realizamos ações de plantio em áreas devastadas. Conseguimos autorização para plantar em duas áreas dentro da unidade. Tudo é feito com projeto, acompanhamento técnico e seguindo as exigências da unidade. Fazemos reuniões e plantamos, cuidamos, adubamos, enfim, damos toda a manutenção necessária para que as mudas se desenvolvam. Hoje temos um média de 250 mudas já plantadas e em pleno desenvolvimento”, conta.

Danilo de Almeida Koraishi, diretor da Defesa Civil de Rio Claro, fala que a ausência de chuvas seguirá e que os cuidados devem ser redobrados.

“Não podemos colocar fogo em terrenos baldios neste período, devemos evitar ao máximo as chamas, pois com o tempo seco elas espalham-se com muita facilidade e um pequeno ato pode começar um grande incêndio. É preciso que tomemos muito cuidado, pois, além da umidade do ar estar baixa, a fumaça prejudica ainda mais a saúde da população, causando problemas respiratórios”, orienta o profissional.

Em casos de incêndio, a Defesa Civil deve ser acionada pelo 199 e o Corpo de Bombeiros pelo 193.

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