Da Redação

Os professores da rede estadual de ensino podem decretar greve no próximo dia 29. A decisão será tomada em assembleia que será realizada no vão livre do MASP em São Paulo. A categoria está em estado de greve desde o último dia 8. Entre os motivos da paralisação está a campanha salarial de 2016 e o pagamento de bônus.

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) critica a divisão causada pelo bônus, já que o benefício é pago somente à parte doa categoria. Além de unificar esses docentes, o sindicato pretende buscar a unidade com outras entidades da educação para fortalecer o movimento.

A categoria reivindica 16,6% de aumento referente às perdas acumuladas desde 2014. O governo propôs índice de 2,5%, que foi rejeitado pelos professores. Eles querem reposição imediata dos 16,6% e o cumprimento da meta 17 do Plano Nacional de Educação, que prevê a equiparação dos salários dos professores com a média dos demais profissionais do nível superior. Para atingir essa meta, a Apeoesp calcula que seria necessário um reajuste de 75,33%. O pagamento seria feito de forma escalonada.

O diretor da Apeoesp de Rio Claro, Ademar de Assis Camelo, informa que a categoria irá aguardar o resultado da audiência pública marcada para o dia 27 de abril. A comissão de educação convocou o secretário para apresentar o que vem sendo feito pela pasta.

Ademar comenta que, como a categoria está em estado de greve, a Apeoesp pode convocar paralisação a qualquer momento. Com relação ao bônus, o diretor comenta que o dinheiro para pagar o benefício é retirado do Fundeb, da verba destinada ao pagamento de professores. Ao invés de conceder reajuste salarial, o governo dá bônus, visto que o aumento de salário teria que sair da sua dotação orçamentária.