Ednéia Silva

Os professores da rede estadual de ensino, em greve desde o dia 13 de março, realizam ato público nesta quinta-feira (7), às 13 horas, na Praça da Liberdade em Rio Claro. A manifestação está sendo organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). A entidade convoca docentes ativos e inativos para participar da mobilização.

O diretor da Apeoesp de Rio Claro, Ademar de Assis Camelo, explica que o ato irá anteceder a audiência de conciliação entre representantes da Apeoesp e do Governo do Estado que será realizada também na quinta-feira (7), às 15 horas, na sede do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

A audiência foi agendada depois que a Apeoesp ingressou com pedido de dissídio coletivo junto ao Tribunal de Justiça, tendo em vista a falta de acordo entre as partes com relação à campanha salarial. A expectativa da entidade é que a Secretaria de Estado da Educação apresente uma proposta de reajuste em juízo.

Ademar destaca a importância da participação de todos os professores no ato público desta quinta-feira. A entidade convoca os docentes aposentados para participar da mobilização lembrando que eles só vão receber correção salarial se os professores da ativa receberem.

Se houver número suficiente de participantes, a Apeoesp pretende realizar uma passeata pelo Centro de Rio Claro, saindo da Praça da Liberdade pela Avenida 3 até a Rua 3, de lá pela Avenida 10, novamente na Rua 6 até retornar à praça em frente ao Fórum. A ideia é realizar uma assembleia no local às 18 horas para discutir o resultado da audiência de conciliação.

A pauta de reivindicações contém mais de 20 itens. Os professores reivindicam aumento salarial de 75,33%, contratação de professores temporários com garantia de direitos, aumento do vale alimentação e vale transporte. Eles pedem ainda a melhoria da escola pública e o fim da superlotação, com a diminuição do número de alunos nas salas de aula, entre outros itens.

Em nota divulgada no dia 30 de abril, a Secretaria de Estado da Educação reiterou que desde 2001 concedeu aumento nominal de 45% desde 2011, além de pagar um bônus de R$ 1 bilhão, o triplo do valor pago em 2011. A pasta afirma que continua aberta ao diálogo e que “lamenta a decisão da Apeoesp de manter uma greve nitidamente contaminada por interesses incompatíveis com o momento econômico atual, que conflita com a harmonia que pauta o diálogo entre governo e professores”.

DESAGRAVO

Também na quinta-feira (7), às 13h30 na Praça da Sé em São Paulo, será realizado um ato de desagravo aos professores em greve pedindo o fim da truculência, educação pública de qualidade para todos e o atendimento das reivindicações da categoria.

Na sexta-feira (8), será realizada nova assembleia estadual para definir os rumos do movimento. A reunião acontece a partir das 14 horas, no vão livre do Masp, em São Paulo.

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