Pedro Conceição (ao centro) junto a Grasifs em Rio Claro

Em 2006, quando ainda morava em São Paulo e era músico da banda da cantora Leci Brandão, o professor Pedro Conceição, conhecido como Pedrinho sem Braço, foi um dos compositores de um dos sambas concorrentes ao enredo da escola de samba Rosas de Ouro, sobre a Diáspora Africana. A composição, feita em parceria com Osmar Costa, Arlindo Cruz, Paulinho Sampagode (que faleceu na Terça-feira de Carnaval devido a um infarto) e Fabiano Sorriso não ganhou o concurso, mas “caiu na boca do povo”. No ano passado, a escola tomou a decisão de levar para a Avenida o samba que até hoje é cantado nas rodas do Rosas. “Kindala! Que o futuro não seja um passado com nome diferente” foi o tema do desfile deste ano.

Pedro (à esquerda) durante o desfile da Rosas de Ouro

Para Pedrinho, o samba “evoca um mundo novo de igualdade racial”, pois “o amor está em cada um de nós, vamos juntos semear a paz, é isso que a Brasilândia vem mostrar no seu carnaval”. Em 2005, o compositor já havia vivido a emoção de ter uma samba na escola (Mar de Rosas), mas dessa vez a carga foi mais intensa. “Algo parecido com viver uma epopeia greco/africana, pois era o samba da minha vida, nós tínhamos a certeza da vitória em 2005, era tão verdadeira a energia, que a obra foi para Avenida, quase 17 anos depois”.

Em Rio Claro

Desde 2016, o compositor mora em Rio Claro, onde leciona Filosofia na escola estadual Chanceler Raul Fernandes e também desenvolve projetos relacionados à música. Desde que chegou, participa da Grasifs/Voz do Morro.

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