Mudança no contrato da Rumo foi anunciada. Empresa não confirma prazo de obra em Rio Claro

O prazo para a transferência da oficina da concessionária Rumo, que há décadas está na região central de Rio Claro, para o Jardim Guanabara ainda está ‘no ar’. Isso porque a empresa não confirmou nessa semana o prazo para que a obra seja viabilizada. Anteriormente, essa previsão era o ano de 2025. Segundo o Valor Econômico, a empresa vai pagar um valor adicional de R$ 670 milhões pela renovação antecipada do contrato da Malha Paulista. O contrato aditivo deverá mexer com o caderno de obrigações de obras, incluindo a de Rio Claro.

Após questionamentos da reportagem, a Rumo comunicou que “o projeto de remoção da oficina de vagões da região central para o Jardim Guanabara é uma das obrigações assumidas pela Rumo no processo de renovação antecipada da Malha Paulista. A renovação do contrato permitiu destinar parte das outorgas em obras, o que foi determinante para viabilizar essa iniciativa. Com a decisão favorável do Tribunal de Contas da União (TCU), a concessionária aguarda a assinatura do termo aditivo ao contrato de concessão que estabelece as novas definições previstas no caderno”, informa.

A Farol JC indagou a concessionária se a obra em Rio Claro está condicionada à assinatura do termo aditivo e se o prazo está mantido para 2025 ou não. No entanto, a Rumo não respondeu aos questionamentos. Também não informou o valor do investimento a ser aplicado na intervenção no município. Vale lembrar que em 2021, por pouco, a oficina deixaria o município. Uma reportagem do Jornal Cidade revelou na época o plano da Rumo de estabelecer o novo setor operacional fora do território rio-clarense.

Na época, o sindicato da categoria informou que o local escolhido era em Araraquara, onde já há uma estrutura da concessionária. Diante da informação, um movimento se iniciou pelo Sindicato dos Ferroviários e ganhou apoio de entidades como o Ciesp, Aspacer, Anfacer, Cosan e também na Câmara Municipal e Câmara dos Deputados. A sociedade civil e população também se manifestaram negativamente pela perda da empresa no município. Diante da pressão, uma articulação política envolvendo várias frentes junto ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) fez com que a empresa revisse o projeto de deixar Rio Claro.

Em relação ao prazo da obra, anteriormente, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) havia confirmado ao JC que um dos termos que foram assinados para a renovação da concessão da Malha Paulista é a obrigação de instalar até o ano de 2025 a nova oficina de manutenção no município.

“Essa obrigação resultou do estabelecimento de diretriz do formulador de política pública, Ministério da Infraestrutura, visando à mitigação de conflitos urbanos resultantes do fluxo de trens na região central da área urbana no município de Rio Claro. Nesse sentido, a obrigação cumpre o objetivo de resolução de conflito urbano existente naquele município”, comunicou no ano passado. Havia uma expectativa para que sejam investidos R$ 300 milhões na transferência.

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