“Primeiro deveria ser falado dessa CPI com todos os vereadores desta Casa”, reagiu líder do PMDB durante sessão dessa segunda (25)

Carine Corrêa

Divergência entre partidos ao instaurar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre denúncia de chorume no Córrego da Servidão, pelo aterro sanitário de Rio Claro. Vereadora Maria do Carmo (PMDB) – líder da bancada na Câmara Municipal – questionou a proporcionalidade dos partidos na CPI, bem como as assinaturas no requerimento (01/2017) da Comissão durante a sessão camarária dessa segunda (25). A sessão chegou a ser suspensa por dez minutos, para que os vereadores chegassem a um consenso sobre o assunto.

“Como líder, só estou questionando com relação à proporcionalidade. Nós temos três vereadores. Somos a favor da CPI, tem que verificar, porque não concordo com a forma como o promotor colocou esta Casa de novo. Nós nem fomos consultados pra assinar a CPI de vocês. Isso tinha que ter sido passado a todos os vereadores desta Casa. Mesmo aquele que tem um só. Não estava aqui na hora da sessão? Tinha que ter ligado. É só isso. Somos favoráveis, mas gostaria que pudessem verificar essa situação”, reagiu Maria do Carmo.

“Também quero assinar”, afirmou Hernani Leonhardt (PMDB). “Por que nesta reunião nem todos os vereadores foram convidados? Por que nem todos puderam participar, sendo que é uma CPI interna? Não fiquei sabendo desta reunião. Por que não participamos e quem foram os vereadores que participaram?”, questionou Yves Carbinatti (PPS) quanto à pré-reunião informal que teria acontecido para se discutir sobre a CPI.

“Precisávamos de sete assinaturas e os democratas têm cinco vereadores. Protocolamos no dia em que os áudios [do promotor Gilberto Porto Camargo] foram divulgados. E os vereadores que estavam na casa foram os que assinaram”, explicou Val Demarchi (DEM).

A sugestão para suspensão da sessão foi feita pelo vereador José Pereira dos Santos (PTB). “Podemos suspender a sessão por dez minutos. O que decidimos é algo que será protocolado”, solicitou.

CPI do Aterro

O requerimento de CPI 01/2017 “requer a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito com a finalidade de investigar denúncias e supostas irregularidades envolvendo o Aterro Sanitário do município. O prazo que transcorrerá na Casa é de 90 dias, sob justificativa, inclusive, da divulgação de áudios que tem como protagonista membro do Ministério Público do Meio Ambiente local”, o promotor Gilberto Porto.

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