Diariamente as locomotivas trafegam pela região central, gerando conflitos urbanos com paralisação do trânsito
A concessionária Rumo, responsável pela operação da Malha Paulista Ferroviária, confirmou ao Jornal Cidade na noite dessa quarta-feira (5) que a transferência da oficina de manutenção dos vagões da região central de Rio Claro foi adiada para dezembro de 2026. Antes, esse prazo era o final de 2025. Conforme a empresa, o novo prazo foi estabelecido em decorrência dos impactos da pandemia da Covid-19 nos termos na Lei Federal 14.273/21, que prorrogou em 12 meses todas as obrigações assumidas por concessionárias ferroviárias federais.
Antes, também se trabalhava com a expectativa de que a oficina fosse transferida para o Jardim Guanabara, local citado historicamente por diversas autoridades ao longo dos últimos anos. A Rumo, porém, ressaltou que o novo local está sendo decidido em conjunto com a Prefeitura e o Governo Federal. “No momento, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está validando o projeto executivo”, acrescenta.
Antes, na quarta-feira pela manhã, o ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou na capital paulista o termo aditivo que garante a otimização do contrato de concessão da Malha Paulista para trazer mais eficiência ao setor. O novo aditivo ainda traz medidas contratuais que ampliam o investimento na própria malha e em outras malhas de interesse da administração pública a serem incluídas no Plano Nacional de Ferrovias. A previsão é de que sejam investidos R$ 600 milhões na própria Malha Paulista e R$ 670 milhões no Plano Nacional de Ferrovias.
Ao Jornal Cidade, a concessionária Rumo informa que haverá novos investimentos em tecnologias e soluções modernas, melhor uso dos recursos públicos e atendimento às necessidades de São José do Rio Preto e Catanduva. Para a cidade de Rio Claro, especificamente, não haverá mudanças em relação ao que já havia sido acordado quanto às obras na região, que é a duplicação da ferrovia. Os valores dos investimentos no município não foram divulgados.
O termo aditivo é o resultado do primeiro processo de solução consensual apresentado na Secretaria de Consenso do Tribunal de Contas da União (TCU), em 2023. Vale lembrar que em 2021, houve uma articulação para que a oficina de Rio Claro fosse transferida para a cidade de Araraquara, conforme revelado pelo JC na época. Houve uma nova movimentação política para que a estrutura fosse mantida no município, fato confirmado.
