MARCELO ROCHA
COCALZINHO DE GOIÁS, GO (FOLHAPRESS) – A presença de policiais em circulação nas estradas de terra onde são realizadas as buscas por Lázaro Barbosa de Sousa, 32, foi reduzida.
Após duas semanas sem êxito em capturá-lo, a decisão é parte de uma nova abordagem das forças de segurança engajadas na caçada.

A fase inicial de buscas ao “serial killer do DF” foi marcada por um grande quantitativo de policiais na região do município de Cocalzinho de Goiás (GO). Mais de 200 agentes de Goiás e do Distrito Federal foram mobilizados para a tarefa.

Os responsáveis pela operação agora reveem estratégias. Nos últimos dias, a coordenação da força-tarefa passou a apostar em informações.

A Folha de S.Paulo percorreu as estradas do local nesta quarta-feira (23) e constatou que o número de viaturas em circulação estava bem menor. A perseguição ao acusado de matar uma família no DF entrou em seu 16º dia nesta quinta (24) .

O vaivém de carros da polícia já não era o mesmo dos dias anteriores. Helicópteros das forças de segurança reduziram os sobrevoos na área.

Menor efetivo em circulação, avaliam as autoridades, pode fazer com que o criminoso se movimente. Desde o final da semana passada não há mais relato de que ele tenha sido avistado.

Coordenadora da força-tarefa, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás disponibilizou um aplicativo para celular, pelo qual a população poderá fornecer pistas.

Os dados enviados por meio de denúncias são inseridos em um sistema que os cruza com imagens de satélites. O disque-denúncia por meio de WhatsApp segue funcionando, apesar da grande quantidade de trotes.

A SSP-GO reforçou também a comunicação das equipes com rádios de longo alcance cedidos também tanto pelo Exército como pela Polícia Federal. Em nota, a secretaria rebateu especulações de que a força-tarefa tenha perdido o rastro de Barbosa, ampliando a área das buscas.

“O perímetro de atuação da força-tarefa continua o mesmo. A área operacional não foi aumentada”, afirmou a pasta.
Nas últimas 48 horas, como vem ocorrendo, policiais se dirigiram a algumas chácaras e fazendas para averiguar situações reportadas por moradores. Um fazendeiro relatou ter trocado tiros com um invasor, mas nada diz que tenha sido Barbosa.

Próximo dessa fazenda uma equipe do COD (Companhia de Operações de Divisas), da Polícia Militar de Goiás, fazia incursões na mata.

Um dos policiais classificou o caso de desafiador. De acordo com ele, bem antes da chacina ocorrida em Ceilândia (DF) e da fuga, o COD fora alertado sobre Barbosa, já considerado um foragido da Justiça.

O matador já era procurado na região. Com a atribuição de patrulhar as divisas do estado com o DF, a companhia tem experiência em fazer buscas em regiões de mata.

A polícia procura Barbosa desde o dia 9 de junho, apontado como o responsável por assassinar um casal e dois filhos ao invadir uma chácara na zona rural do DF para roubar.

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