Dona Olga, em uma ocasião em que gentilmente recebeu o JC para uma conversa

Mais uma perda significativa para Rio Claro. Faleceu nesta sexta-feira (02), aos 91 anos, a notável artista Olga Carolina Cristofoleti de Oliveira Faneco, cuja vida foi dedicada integralmente à cultura, à educação e ao restauro de imagens sacras e diversas obras de arte na cidade e em toda a região.

Em uma entrevista concedida ao Jornal Cidade no sétimo mês de 2023, Olga compartilhou um pouco de sua história. Nascida em Rio Claro, filha de pais austríacos, ela teve dez irmãs e quatro irmãos. Seu amor pela arte foi diretamente influenciado por seu pai, que a introduziu a eventos na cidade para que pudesse aprender. Com um legado de conhecimento e apreço pelo movimento artístico, Olga foi não apenas uma respeitada professora, mas também uma pintora e uma das mais conceituadas restauradoras de obras de arte.

Graduou-se no Instituto Técnico de Restauro Domingo Tellechea, em São Paulo, onde teve a oportunidade de aprender com um professor argentino, a quem é profundamente grata pelo conhecimento adquirido em restauro de telas, esculturas e peças em bronze. Sempre em busca de atualização, Olga realizou diversos cursos ao longo de sua carreira, inclusive com o renomado Prof. Gianluigi Colalucci, Diretor da Equipe de Restauração da Capela Sistina.

Seu legado de restauração abrange diversas obras no município e na região, incluindo imagens sacras em várias paróquias e instituições como a Pinacoteca Municipal “Pimentel Junior” e o Museu Histórico e Pedagógico “Amador Bueno da Veiga”. Ela também contribuiu para a Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro com uma obra pintada em tela, representando Jesus Cristo, que abençoou o Centro Cirúrgico por muitos anos.

Questionada sobre seus trabalhos prediletos, Olga mencionou a restauração da imagem do padroeiro da cidade, São João Batista. Sua vida foi compartilhada com três filhos: Georgina Carolina, psicóloga; Ilídia Maria, funcionária pública e técnica em museu; e Aquiles Faneco, músico, professor e produtor. Além disso, deixou um legado artístico que influenciou positivamente seus filhos no amor pela arte. Seu neto, Jeferson Hohne, também faz parte dessa herança cultural.

O velório terá início às 06h15 deste sábado (03), no Memorial Cidade Jardim, e o sepultamento ocorrerá às 10h15 do mesmo dia, no cemitério Evangélico, ambos na cidade de Rio Claro.

A saudosa artista, viúva de Ilídio Ferro de Oliveira Faneco, deixa um legado valioso e será lembrada não apenas por suas habilidades artísticas, mas também por sua dedicação à preservação do patrimônio cultural da região.