Vereador que agora está no PL faz avaliação do primeiro mandato na Câmara Municipal

O vereador Moisés Marques, agora no PL, foi entrevistado no programa Farol JC. Na oportunidade, o parlamentar cobrou a criação da Comissão de Ética na Câmara Municipal, rebateu os adversários políticos sobre fazer jogada política na saúde e falou dos motivos que o fizeram sair do PP. Assista na íntegra no youtube.com/jcrioclaro.

Como avalia esse primeiro mandato como vereador?

Foram vários projetos direcionados extremamente à população. Colocamos o que proíbe de ocupar cargos públicos pessoas condenadas por violência contra mulher, idoso ou criança. A internação involuntária, que é de suma importância. A gente precisava disso, quando entrou a lei, se tivéssemos força do próprio Executivo muitos casos que foram a óbito poderiam ter um tratamento e reinserção. Também colocamos o dia municipal da filantropia, valorizando o terceiro setor que é a pauta que eu defendo, entre outros.

O senhor recebe críticas dos outros vereadores sobre a fiscalização nas UPAs. Como avalia?

Esse trabalho eu já venho fazendo ao longo do mandato, venho cobrando infraestrutura, os profissionais, médicos, pediatras, e automaticamente a demanda aumentou. Cria-se um caos na unidade e estou sempre para fiscalizar. A pediatria é outra problemática. A população pode responder sobre isso. A mãe fica aflita, por isso estou sempre fiscalizando, denunciando e cobrando para que possa funcionar corretamente.

Tem uma perseguição dos outros vereadores?

Eu acho que é o modo que eu trabalho, é constante, na rua. Eu vim para vereador por que não me sentia representado. Não tenho parentesco na política, vim pela causa e assim vou continuar. O tempo que ficar na vereança, quem me trouxe foi a população, preciso em primeiro lugar estar próximo da população. Sempre estou em prol das crianças, da educação e do terceiro setor, daquilo que acredito.

O que te levou a sair do PP e migrar para o PL?

São as pessoas que eu ando. O Capitão Derrite é do PL, estou sempre em contato com ele. A Carla Zambelli também, que é uma grande deputada e amiga. Também o Valdemar Costa Neto e o Tadeu Candelária, e o Bolsonaro, que lá atrás tive reunião com ele e prospectado.

Houve articulação para o senhor ficar com o comando em Rio Claro?

Poderia até ter acontecido, mas a prioridade era compor com pessoas que realmente são de direita. Essas pessoas já vêm num contexto de estar neste lado. Essa era a maior preocupação. Que são Bolsonaro e os princípios e valores, não só pela legenda. Hoje tem a Néia como presidente, torço para que dê tudo certo.

A nova bancada do PL vai engrandecer ou atrapalhar sua candidatura?

As pessoas que me seguem vão decidir essa questão pelo meu trabalho. Estou muito tranquilo, torço para que eles [Val, Faísca e Luciano] sejam representados e os novos também tenham oportunidade. Primeiro sempre vou defender a população.

A polarização ideológica nacional vai afetar a eleição municipal?

Eu respeito todos, mas acho que vai ser pelo o que você produz. Quais os projetos para o município? Hoje me preocupo primeiramente com nosso município, precisa ser honrado. Mas tenho meu viés de direita. Sempre vou nessa direção.

Por que deixou de apoiar o prefeito Gustavo?

Como vereador precisava entender os projetos do prefeito, não poderia ser oposição, pois não o conhecia. Nesse tempo vinha estudando e chega-se num ponto onde eu mesmo, que não foi agora, foi lá atrás, [vi] que ‘é grupo’. Não é ‘grupo’, é população. Os projetos têm que ser direcionados à população. Quando comecei a entender que não era aquilo que poderia ser anseio da população, comecei a me desvincular. Tenho respeito pelo PP, mas são decisões que precisamos tomar.

Existe possibilidade de o senhor ser vice do Rogério?

Tinha essa especulação, mas avaliamos e vou cumprir meu mandato, sou pré-candidato a vereador. Vou de novo sair trabalhando como pré-candidato a vereador.

Por que a Comissão de Ética, solicitada pelo senhor, não foi para frente?

Foi um pedido que fizemos, em outras Câmaras têm, mas infelizmente aqui não. Vejo a importância para que pudesse ter e seguirmos o regimento interno, o que realmente forem e as punições acontecerem. Essa cobrança veio, mas até hoje não tive resposta sobre isso e estamos sem uma comissão tão importante. Já deveria ter sido formada há mandatos, por que aí sim teríamos um controle, não é julgamento, mas avaliar a conduta do vereador. Já falei em plenário mas não foi para frente.

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