Nos últimos meses, moradores do Jardim Novo I e Novo II, em Rio Claro, apreciam a companhia de um morador que tem dado o que falar. O tucano Zequinha, como está sendo carinhosamente chamado, tem feito a alegria e atraído olhares pelos bairros. A história dele começou há seis meses quando era apenas um filhote, como conta a moradora Giselda Alves da Silva Francisco.

“Em outubro do ano passado caiu uma árvore no sítio onde a minha irmã mora e nessa árvore tinha um ninho e lá estava o Zequinha. Fizemos contato na Polícia Ambiental que orientou a cuidarmos do tucano, mas deixar ele solto porque no máximo em 18 dias ele iria voar e com isso seguiria o curso da natureza. Como minha irmã trabalha e o sítio é perto da minha casa achamos por bem trazê-lo para minha residência e com isso fui alimentando ele, sempre solto e livre. Acontece que os dias foram passando e nada dele querer ir embora. Aprendeu a voar, faz seus passeios, mas sempre volta para a minha casa na hora de comer e dormir. Entra na cozinha, vem no meu colo, é um amor impressionante”, afirma Giselda.

Ela também conta que Zequinha costuma visitar duas escolas constantemente: a Escola Estadual “Professor Januario Sylvio Pezzotti” e a Escola Municipal “Angela Mônaco Perin Aily”. “Sempre que Zequinha aparece pelas escolas os alunos ficam encantados e de certa forma gera alvoroço. Muitas vezes me telefonam para buscá-lo e eu faço isso porque não queremos que nada aconteça a ele. O objetivo é realmente prezar pelo bem-estar da ave”, pontua Giselda que complementa: “Eu procurei a reportagem exatamente com o intuito de fazer um pedido a comunidade, que deixem o Zequinha à vontade para ele estar onde se sinta confortável. Ele é da natureza, vive livre mas gosta de se relacionar com as pessoas pois tem um temperamento muito dócil”, diz.

Zequinha, que escolheu Giselda como um membro da família, também tem um valor inestimável para a moradora que conta: “Minha mãe faleceu e logo na sequência o Zequinha veio para a minha casa. Eu estava tão perdida com a morte da minha mãe e ele virou meu porto seguro. Pode parecer estranho isso, mas a verdade é que depositei nele a minha expectativa de vida. Deixar ele livre e ver que ele sempre faz questão de me visitar todos os dias é um alento, uma companhia. Deixo as frutinhas dele picadas diariamente e água. Às vezes ele sai pelo bairro e toma chuva e quando chega todo molhado vem direto voando para o meu colo para eu enxugá-lo com uma toalha. É um amor que não tem explicação”, finaliza emocionada.

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