Laura Tesseti

Com mais de 1.500 livros escritos, Rubens Francisco Lucchetti é um dos escritores mais renomados do Brasil quando o assunto é terror. Considerado o “Mestre do Horror”, Luccheti começou a escrever após ler alguns contos de Edgar Allan Poe. “Meu interesse por escrever histórias de horror/terror surgiu a partir da leitura que eu fazia de algumas revistas que meu pai comprava e dos números da revista Fon Fon!, que uma vizinha nossa me emprestava. A Fon Fon! era uma revista destinada principalmente ao público feminino, mas publicava contos e folhetins. E foi a partir da leitura de dois contos de Edgar Allan Poe, “O Coração Revelador” e “O Gato Preto”, publicados em um de seus números, que comecei efetivamente a escrever”, conta.

O primeiro conto do “mestre do horror” foi “A Última Testemunha”, publicado no número de 31 de outubro de 1942 de O Lapiano, um tabloide e, a partir de 1948, Luccheti tornou-se escritor profissional. “Durante quinze anos (1948-1963), colaborei em praticamente todos os jornais de Ribeirão Preto, para onde minha família se mudou no ano de 1945, escrevendo contos, todos ligados ao mistério, ao suspense, ao horror, crônicas sobre filmes e livros. Paralelamente, colaborei em todos os magazines pulp publicados na época no Brasil (Policial em Revista, X-9, Meia-Noite, Contos de Mistério, Emoção, Suspense, etc.)”, explica.

De 1966 a 1969, Rubens Francisco Lucchetti dedicou-se a um profissional específico. “Fui funcionário de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, para quem escrevi os roteiros de inúmeros filmes, entre eles “O Estranho Mundo de Zé do Caixão e Ritual dos Sádicos” e “O Despertar da Besta”. Criei também as revistas em quadrinhos “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” e “Zé do Caixão no Reino do Terror”, finaliza Lucchetti. E engana-se quem pensa que o escritor Lucchetti parou, porque novos livros virão!