Foto: Arquivo JC

Folhapress

A votação deste domingo (2) terminou às 17h no horário de Brasília, e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começou a apurar os primeiros votos no mesmo horário. Na primeira hora de apuração, ou seja, até às 18h, apenas 2% das urnas foram computadas.

Até o resultado final do pleito a liderança entre os candidatos concorrentes a algum cargo em disputa pode variar. Essa flutuação ocorre porque as urnas de cada região são computadas em momentos diferentes.

Depois que as seções de votação fecham, as urnas são levadas para os locais em que os dados serão computados, em cada cidade ou região. Entretanto, essas urnas estão em lugares diferentes e chegam em momentos distintos, com isso, não são computadas ao mesmo tempo.

Isso significa que uma determinada região favorável a um candidato pode ser computada primeiro. Quando as urnas de um local no qual este mesmo candidato não se saia tão bem passam a ser inseridas, o percentual poderá variar.

Em 2014, por exemplo, Aécio Neves (PSDB) liderou a apuração, considerando os votos totais, das 17h01, quando as primeiras urnas foram apuradas, às 19h31. A virada aconteceu às 19h32. Depois disso, Dilma Rousseff não deixou a liderança e venceu a disputa.

Em 2014, as eleições foram realizadas durante o horário de verão. Contudo, apenas os estados do Sul e do Sudeste, além de Distrito Federal e Goiás, adiantaram seus relógios. Por isso, a eleição acabou às 17h nessas localidades. No resto do país, as urnas foram fechadas a partir das 18h. Em algumas partes do Norte, o encerramento se deu às 19h ou às 20h.

Em 2018, Bolsonaro liderava a disputa presidencial com números próximos de uma vitória no primeiro turno, nas primeiras horas da apuração. Entretanto, a região sudeste estava com a computação de dados atrasada, por causa de problemas técnicos nos Tribunais Regionais Eleitorais de Minas Gerais e São Paulo.

As regiões Norte e Nordeste também estavam com a coleta de dados atrasada em relação ao Sul e Centro-Oeste. Quando esses locais passaram a computar mais votos, o percentual de Bolsonaro flutuou.

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