Lixo acumulado em uma área no Bairro do Estádio. Leitora fez o flagrante recentemente

Carine Corrêa

Lixo acumulado em uma área no Bairro do Estádio. Leitora fez o flagrante recentemente
Lixo acumulado em uma área no Bairro do Estádio. Leitora fez o flagrante recentemente

Uma leitora flagrou um morador com uma carriola indo despejar lixo em local impróprio no Bairro do Estádio. O assunto é frequente, já que nem todos têm a conscientização necessária para tornar o espaço coletivo limpo e agradável.

Pensando nisso, a reportagem do JC ouviu especialistas, procurando entender o porquê de o acúmulo de lixo ter se tornado um problema crônico dos centros urbanos. Confira as opiniões a seguir.

“As pessoas ainda têm a visão de que o problema do lixo se resolve a partir do momento em que o lixo sai da casa delas. Se o lixo estiver lá fora, não é mais problema delas. Mas as pessoas esquecem que não existe um “lá fora” quando se trata do Planeta Terra. Mesmo com o avanço da divulgação, informação e dos projetos de educação, as pessoas ainda não percebem quais os reais impactos que o lixo causa na cidade e no entorno dela. Muitas vezes quando as pessoas sabem desses impactos elas não se sentem afetadas por eles. Não percebem que a água que elas consomem pode estar contaminada pelo lixo que elas mesmas jogam na rua, por exemplo. Além de descartar o lixo da maneira correta, é fundamental lembrarmos que nós mesmos podemos reduzir e reaproveitar boa parte do lixo que geramos” – Hugo Ribeiro Moleiro, ecólogo formado pela Unesp de Rio Claro.

“Acredito que geração excessiva e descarte inadequado de lixo são os grandes impactos ocasionados pelas cidades. O ambiente urbano ideal deveria fazer coletas locais do lixo reciclável, em vários pontos da cidade, reduzir a geração de lixo não reciclável, aproveitar totalmente o lixo orgânico em áreas verdes, hortas e no próprio quintal de cada casa, fazer esforços na educação ambiental de toda população visando a conscientização com relação a essa questão, e isso se resume em maior consciência sobre o padrão de consumo também” – Juliana Alves Rodrigues, graduanda em Ecologia pela Unesp de Rio Claro.

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