Apenas um lote, do total de oito colocados à venda, foi arrematado no leilão realizado ontem pela Prefeitura de Rio Claro

Apenas um lote, do total de oito colocados à venda, foi arrematado no leilão realizado ontem pela Prefeitura de Rio Claro

O leilão de oito áreas públicas da Prefeitura de Rio Claro, que aconteceu ontem (24), não teve como resultado positivo aquilo que era esperado pela administração Gustavo Perissinotto/Rogério Guedes. Apenas um lote, localizado no Parque Flórida, foi arrematado pelo valor de R$ 4,5 milhões, sendo apenas R$ 50 mil a mais que o mesmo lance mínimo pedia. A gestão esperava arrecadar com a iniciativa ao menos R$ 45 milhões e dar uma nova destinação aos terrenos. O lote 7, com cerca de 25,4 mil metros quadrados, fica localizado no bairro que faz divisa entre Rio Claro e Santa Gertrudes, às margens da Rodovia Constantine Peruchi (SP-316), e foi o único vendido.

Nos bastidores, algumas críticas foram realizadas por fontes do mercado imobiliário contatados pela reportagem do Jornal Cidade. Segundo representantes do setor, houve alguns motivos para o aparente desinteresse nas glebas, com destaque para o preço elevado do valor de partida e a exigência do pagamento à vista. Além disso, eventuais investidores mencionam a ausência de lances à suposta falta de certidões do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) que garantiriam o fornecimento de água para futuros empreendimentos.

Isso porque a certidão emitida pela autarquia refere-se exclusivamente ao reconhecimento do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário na região em que cada imóvel se encontra. Porém, o documento ressalta que a viabilidade técnica do futuro empreendimento deverá ser discutida após a solicitação individual. Na opinião de investidores, desta forma não há garantias para se fornecer água.

“Existe a certidão do Daae de que a área é abastecida pelas redes de água e esgoto e onde elas se encontram. Todavia, a partir do momento em que for definido o empreendimento, o interessado deverá apresentar o projeto pretendido para emissão de certidão específica”, diz o secretário-adjunto de Justiça, Gustavo Barbosa. Sobre o valor, a gestão ressalta que foram feitas duas avaliações, uma pela Comissão da administração municipal e outra por um perito avaliador contratado. “O poder público tem responsabilidade e os valores devem seguir os de mercado. Serão realizados novos leilões destas áreas e está em discussão sobre o parcelamento”, conclui.

Nesse leilão, a Prefeitura de Rio Claro colocou à venda oito grandes áreas do perímetro urbano, sendo duas no Parque Flórida, duas no Jardim Leblon e as demais no Jardim Portofino, Jardim Residencial Copacabana, Chácara Lusa e Jardim Itapuã. A ideia revelada pelo prefeito Gustavo era de se arrecadar um montante para executar obras em várias frentes da cidade, como por exemplo a anunciada nova Avenida Integração, que deve ligar a Avenida 24-A até as margens da Rodovia Washington Luís (SP-310), pelo trecho onde antes ficava a linha férrea.

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