Folhapress

O ator James Caan, conhecido pelo papel de Sonny Corleone em “O Poderoso Chefão”, morreu nesta quarta-feira (6) aos 82 anos. A informação foi divulgada por sua equipe em suas redes sociais.

“É com grande tristeza que informamos a vocês que Jimmy morreu na noite do dia 6 de julho. A família agradece pelo amor e as condolências enviadas e pede para que vocês continuem respeitando sua privacidade neste momento difícil”, escreveu no Twitter.

A notícia pegou os fãs do ator de surpresa, já que Caan vinha participando de eventos da indústria nos últimos tempos, como a celebração de 50 anos de “O Poderoso Chefão”, que aconteceu em fevereiro deste ano. A causa da morte não foi divulgada.

Além do icônico filme sobre a máfia ítalo-americana, que lhe rendeu a única indicação ao Oscar em 1973, o ator também estrelou longas como “Louca Obsessão”, de 1990, “Profissão: Ladrão”, de 1981, e “Rollerball: Os Gladiadores do Futuro”, de 1975.

Caan nasceu em 1940, em Nova York, e inicialmente queria ser jogador de futebol. Na Universidade de Hofstra, no entanto, se apaixonou pela atuação e conheceu Francis Ford Coppola, que o dirigiria mais tarde. Seu primeiro trabalho profissional foi nos palcos da Broadway, num pequeno papel na peça “Blood, Sweat and Stanley Poole”.

Ele migou para as telas com um punhado de papéis pequenos, até que, em 1965, despontou como o protagonista de “Faixa Vermelha 7000” e, no ano seguinte, no faroeste “El Dorado”, em que atuou ao lado de John Wayne e Robert Mitchu.

Ainda um talento novo em Hollywood, o cineasta Robert Altman o escalou para “No Assombroso Mundo da Lua”, ficção científica de 1967. Depois, Caan e Coppola fizeram a primeira parceria, em “Caminhos Mal Traçados”. O longa antecipou o sucesso de “O Poderoso Chefão”, que mudaria para sempre as trajetórias tanto do ator, quanto do diretor.

No clássico, Caan, que originalmente havia feito teste para o papel de Michael Corleone, viveu Sonny, o irmão mais velho do protagonista. A cena da morte do personagem se tornou uma das mais lembradas da trilogia sobre a máfia, graças à brutalidade e à sanguinolência dos tiros que atingem seu corpo em cena.

Com o papel, ganhou projeção e passou a estrelar uma série de filmes de sucesso dos anos 1970 e início dos 1980. Entre os trabalhos estão “O Jogador”, “Duas Ovelhas Negras”, “Rollerball”, “Uma Ponte Longe Demais” e o musical “Funny Lady”, com Barbra Streisand.

Depois de “Profissão: Ladrão”, no entanto, Caan começou a ter problemas na carreira, que foi afundando após a morte prematura de sua irmã, Barbara Caan, que presidia sua produtora, e com o uso pesado de drogas. Ele, então, se afastou das câmeras e só reapareceu diante delas em 1987, novamente com Coppola, em “Jardins de Pedra”.

Ele só se restabeleceu como um dos grandes rostos de Hollywood, no entanto, com “Louca Obsessão”, de 1990. No filme de Rob Reiner, adaptação da obra de Stephen King, ele interpretou um escritor que é sequestrado e amarrado a uma cama por uma fã obcecada -papel de Kathy Batesm que venceu o Oscar por ele.

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