A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro concluiu a análise trimestral que aponta densidade larvária do Aedes aegypti no município. O resultado foi de 3,83, que mantém o município em situação de alerta para a dengue, conforme classificação da Organização Mundial de Saúde. O levantamento anterior, realizado em janeiro, foi de 3,66.

“As ações preventivas foram intensificadas neste mês, inclusive com mais uma equipe de nebulização, fazendo com que o trabalho de bloqueio à dengue nos bairros seja mais rápido e eficaz”, destaca Giulia Puttomatti, presidente da Fundação Municipal de Saúde.

A nebulização é realizada nos bairros onde há maior incidência de casos positivos de dengue. “A nebulização mata o mosquito da dengue, no entanto, se houver larvas no imóvel, o risco de dengue permanece, uma vez que a nebulização não tem efeito prolongado”, explica Valdirene Bordin, responsável pelo setor de combate a endemias, acrescentando que é preciso eliminar os criadouros do Aedes e que a participação da comunidade é fundamental para o trabalho ter o resultado esperado.

Para a análise de densidade larvária os agentes do Centro de Controle de Zoonoses vistoriaram 2.504 residências, coletando amostras de larvas para análise. O trabalho foi realizado de 4 a 11 de abril. “Das 138 amostras coletadas, apenas 10 não se tratavam de larvas do Aedes”, observa Valdirene.

Anualmente, nos meses de abril e maio os casos de dengue tendem a subir, no entanto, com a densidade larvária alta, é possível que nos meses seguintes o número de casos registrados continue crescendo. “Isso reforça a importância das pessoas eliminarem os criadouros em sua residência, que é a melhor maneira de impedir o crescimento dos casos”, pontua Pedro Buzzá, chefe do CCZ.

Boletim da Vigilância Epidemiológica desta quarta-feira (20) registrou nesta semana 33 casos de dengue em Rio Claro, totalizando 124 neste ano. Além da dengue, o Aedes transmite chikungunya, zika vírus e febre amarela, e o município não teve casos destas doenças neste ano.

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