Incêndio no fim de semana atingiu uma área de cinco hectares do antigo Horto Florestal

Carine Corrêa

Incêndio no fim de semana atingiu uma área de cinco hectares do antigo Horto Florestal (Foto: Ivan Bonifácio)
Incêndio no fim de semana atingiu uma área de cinco hectares do antigo Horto Florestal (Foto: Ivan Bonifácio)

Após o incêndio do último fim de semana ter destruído uma área na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), um grupo de pessoas mobilizou nas redes sociais um mutirão para fazer o replantio na área devastada.

Carolina Mortari é uma das organizadoras da ação, que já atrai mais de 600 pessoas interessadas em ajudar a floresta. “Publiquei inicialmente a ideia em um grupo da cidade, pensando que poucas pessoas iriam se solidarizar pela causa. Minha surpresa foi que centenas se interessaram, incluindo especialistas como biólogos e engenheiros”, conta Carolina.

Para dar prosseguimento ao ato, ela agendou uma reunião junto à Defesa Civil de Rio Claro e à vereadora Maria do Carmo Guilherme, prevista para ocorrer na tarde desta quarta-feira (22). “O convite se estende a toda a população que está disposta a integrar o mutirão”, completa Carolina. Ela ainda diz que precisa do acompanhamento de algum especialista voluntário durante a reunião.

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Fundação Florestal

A Fundação Florestal (FF), responsável pela gestão da floresta, informou que ações como estas são permitidas, mas devem ser previamente avaliadas pela FF e estar de acordo com o Plano de Manejo. “Primeiramente deve ser formalizada a ação por meio de ofício ou outro documento fazendo a proposta, incluindo o seu planejamento de execução dirigido à Fundação para os encaminhamentos institucionais”, detalha a nota encaminhada pela assessoria de imprensa.

“Ações bem-intencionadas no sentido de colaborar com a manutenção da Unidade de Conservação são sempre bem-vindas, desde que bem planejadas e preferencialmente em parceria com a equipe técnica da FF. A Fundação Florestal tem um programa de voluntariado, em que diversas ações podem ser realizadas a favor da floresta”, afirma.

O incêndio do fim de semana atingiu uma área de cinco hectares na unidade. Ainda segundo a FF, o incêndio causou maior dano à empresa PREMA, atingindo os dormentes tratados e armazenados nos pátios e a vegetação no seu interior. A causa da queimada ainda está sendo avaliada por peritos. Em casos de incêndio, o procedimento na floresta é o de fazer a remoção de árvores caídas nos aceiros. “Muitas vezes as áreas entram em um processo natural de recuperação, seguindo-se processos ecológicos naturais. Caso necessário, é feito o enriquecimento com espécies nativas”, finaliza.

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