Forte temporal registrado em Rio Claro há exatas duas semanas deixou um rastro de destruição em diversos bairros.

O Governo do Estado de São Paulo, através do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), reconheceu o decreto de situação de emergência em Rio Claro. Um novo decreto estadual foi publicado nessa quinta-feira (23) no Diário Oficial do Estado. A homologação terá validade de 180 dias. “Ficam os órgãos e entidades da administração pública estadual, dentro de suas respectivas atribuições, autorizados a prestar apoio à população das áreas afetadas daquele Município, mediante prévia articulação com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil”, comunica.

O pedido de homologação do decreto assinado pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) em 13 de março aconteceu em articulação com o próprio Tarcísio e o secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab. A cidade sofreu com um forte temporal há duas semanas, em 10 de março. No documento enviado ao Governo de São Paulo, ao qual a reportagem do Jornal Cidade teve acesso em primeira mão ontem, a Prefeitura indicou que foram registrados 91,6 mm, sendo 60 mm em apenas 40 minutos com ventos de 56,3 km/h.

Foi o suficiente para ocasionar pontos de alagamento em vias, alagamentos de residências, destelhamento, infiltração em imóveis, quedas de árvores, rompimento de galerias de águas pluviais, quedas de muros, rompimento de fiação elétrica, alagamentos de escolas e unidade de saúde, interrupção no tratamento de água e abastecimento da cidade por falta de energia por mais de 24 horas, quedas de veículos em buracos, queda de pessoa em cratera e veículos e pessoas ilhadas nos alagamentos e comércios atingidos.

Com o temporal, 40 pessoas ficaram desalojadas, mas cerca de 120 mil habitantes foram diretamente afetados. Entre os danos, cinco unidades habitacionais foram severamente atingidas, cinco unidades de saúde, 16 escolas, outras duas instalações públicas prestadoras de outros serviços e cinco obras de infraestrutura pública. A Prefeitura estima um impacto de R$ 57 milhões nos locais.

A partir do reconhecimento do decreto de situação de emergência, agora, o prefeito Gustavo Perissinotto aguarda aval para que recursos financeiros sejam enviados para o município para suprir o prejuízo econômico, para além da ajuda humanitária da Defesa Civil. Nesta semana, conforme o JC repercutiu, o prefeito destacou que pretende iniciar uma operação ‘de guerra’ para a recuperação de asfalto em boa parte da cidade afetada com a destruição da chuva.