Carine Corrêa

Com mais de 10 anos de experiência na profissão, o fotógrafo Jedson Wenzel expõe uma reivindicação da categoria em Rio Claro: a cobrança feita aos profissionais que desejam tirar fotos na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena). A floresta é um cenário perfeito para diversas situações: ensaios de grávidas, namorados, e até mesmo um book individual, que contemple como pano de fundo a natureza.

Ele diz que já utilizou inúmeras vezes o antigo Horto Florestal como cenário para fotografias, no entanto foi informado há cerca de três meses por um vigilante que isso não será mais possível, sem o pagamento de uma taxa. “Fotografo no Horto há quatro anos e nunca tive problemas. Liguei em São Paulo pedindo autorização para fotografar, e me passaram um valor de R$ 1.700 para fazer o ensaio. Eu acho um absurdo cobrar um valor desse, pois, quando perguntei para onde iria esse valor, a funcionária me explicou que era para um fundo de preservação, e que a verba proveniente desta cobrança não tem retorno à floresta”, desabafou o fotógrafo. Para o profissional, seria justa uma cobrança anual, desde que o valor retornasse para a Feena, cuja finalidade seria voltada para sua manutenção.

FUNDAÇÃO FLORESTAL

Questionada sobre a reclamação da categoria, a Fundação Florestal (FF) – responsável pela gestão da Feena – encaminhou a seguinte posição: “Não existe proibição para fotografar na Feena, assim como em qualquer outra unidade de conservação do Estado de São Paulo. O que existe são procedimentos que devem ser atendidos, conforme Portaria Normativa FF175/2012, que trata da captação e uso de imagens. É importante ressaltar que, quando a captação de imagens tem a finalidade de uso pessoal, sem interesse comercial, não é necessário solicitar autorização”.

VALORES

Quanto ao valor da cobrança, a Fundação informou que “estão previstos na Portaria Normativa FF 175/2012 e são calculados conforme o número de horas e dias da captação solicitados. Todos os valores arrecadados com a captação e uso de imagem vão para uma conta da Fundação Florestal, sendo posteriormente revertidos para as Unidades de Conservação, conforme previsto na legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)”, finalizou a FF por intermédio da assessoria de imprensa.