Desde março, período que se iniciou a pandemia, as empresas do segmento
sofreram duros impactos. Dados divulgados pela ASPACER indicam que em
maio o Brasil operava com aproximadamente 30% da sua capacidade
produtiva de pisos e revestimentos cerâmicos, em certos momentos esse
número chegou a 10%. Ainda na mesma época, mais de 780 pessoas que
trabalhavam no segmento foram demitidas, esse dado é referente somente ao polo cerâmico de Santa Gertrudes.

Com uma retomada acelerada da produção, as cerâmicas enfrentam um novo desafio: a falta de insumos usados no processo produtivo. Cerca de 72% das empresas encontraram dificuldades para conseguir matérias-primas em novembro e grande parte delas constataram um grande aumento nos preços.

Muitos fatores contribuíram para essa insuficiência e a alta nos preços, como a oscilação entre oferta e demanda, desvalorização do câmbio e o aumento das cotações de commodities internacionais. Além disso, o frete internacional sofreu um aumento de aproximadamente 200% e a China, país onde a maioria dos insumos são importados, elevou os preços das principais commodities industriais.

Grandes importadores da região sentiram com as oscilações ocasionados pela instabilidade do mercado. Alguns conseguiram manter um preço consistente por conta das políticas internas de negócio, como é o caso da Fuzza Trade.

“Para melhor atender as demandas dos nossos clientes inauguramos uma unidade em Hong Kong, por conta disso conseguimos satisfazê-los com mais
agilidade, eficiência e custo-benefício, já que o processo de importação se
tornou mais otimizado e direto. Nós da Fuzza Trade atuamos ativamente prestando suporte e assessoria em todos os processos da importação, desde a prospecção do fornecedor, validação de capacidade produtiva, podemos fazer visitas nas fábricas com nosso time da China (due diligence), inspeção e análises de qualidade préembarque, até a assessoria aduaneira para a liberação da mercadoria no Brasil. Antes de firmar a parceria, desenvolvemos uma planilha de custos para estudo de viabilidade que proporciona uma visão macro para os clientes e possibilita uma potencialização da parceira.”

Essas são afirmações de Filipe Fuzaro um dos mais notórios empresários do segmento de importação da região de Rio Claro. Há cerca de 5 anos ele lidera a Fuzza Trade, uma empresa que oferece soluções de importação, distribuição e intermediação de produtos internacionais, com foco e atuação nos segmentos de: agronegócios, artigos esporte, ferragens e químicos. Em constante expansão, a Fuzza conta com uma unidade estratégica em Hong-Kong e escritórios administrativos em Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou um expressivo aumento pelo terceiro mês consecutivo do nível de atividade do setor de construção civil.

As cerâmicas da região operam com totalidade suas linhas de produção e há
investimentos em novas linhas em curso para suprir o aumento das vendas.
“Há 3 fatores principais que estão associados com o crescimento da construção civil: auxílio emergencial do governo; pequenas reformas em casas ocasionadas pelo maior número de horas que as pessoas ficam em casa e a taxa SELIC baixa, que gerou fuga de investimentos em renda fixa para investimento em imóveis da parcela da população que está capitalizada”, afirma Fábio Melchiedes, Diretor Técnico no CRC (Centro de Revestimentos Cerâmicos).

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