Estudo mostra que os homicídios de jovens têm se deslocado das capitais para o interior

Adriel Arvolea

Estudo mostra que os homicídios de jovens têm se deslocado das capitais para o interior
Estudo mostra que os homicídios de jovens têm se deslocado das capitais para o interior

De 2008 a 2012, 57 jovens, entre 15 e 29 anos de idade, foram assassinados em Rio Claro, segundo aponta o Mapa da Violência 2014. A estatística representa 37,5% do total da população enquadrada nesse tipo de violência (152 mortes). O ano mais crítico para a juventude rio-clarense foi 2011, com 23 homicídios. O município ocupa o 583º lugar no ranking nacional com taxa de violência física de 22,8 por 100 mil jovens.

De acordo com o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador do estudo, se até 1996 o crescimento dos homicídios acontecia fundamentalmente nas capitais e nos grandes conglomerados metropolitanos, esse crescimento praticamente estagna até o ano 2003, e os polos dinâmicos da violência vão se deslocando, progressivamente, rumo aos municípios do interior. “A partir de 2003, as taxas das capitais começam decididamente a encolher, enquanto as do interior continuam crescendo, num processo de aproximação de níveis de violência”, comenta o pesquisador.

Gênero e Raça

Entre 2010 e 2012, dos 45 jovens vítimas de homicídio em Rio Claro 16 eram negros e 29, brancos. Em contrapartida, o Mapa da Violência mostra que no Brasil o número de vítimas brancas caiu de 18.867 em 2002 para 13.895 em 2011, o que representa significativo decréscimo: 26,4%. Já as vítimas negras cresceram de 26.952 para 35.297 no mesmo período, isto é, aumento de 30,6%. Assim, a participação branca no total de homicídios do país cai de 41% em 2002, para 28,2% em 2011.

Trânsito

Apesar dos homicídios, acidente de transporte é o tipo de violência que mais vitima jovens em Rio Claro. De acordo com a pesquisa, o município ocupa a 49ª posição no ranking nacional com taxa de violência física de 52,5, num universo de 48.258 jovens. Foram 17 casos registrados, entre 15 e 29 anos de idade, em 2012. O número fica abaixo do registrado em 2011, com 23 ocorrências.

Confira mais detalhes na edição impressa do JC deste domingo (20).

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