Imagem registra eclipse anular do Sol em sua plenitude. Foto: NASA

Evento poderá ser observado em todo o país, mas apenas quem estiver nas regiões Norte e Nordeste poderá ver o fenômeno da anularidade (anel de fogo) em sua plenitude

O maior fenômeno astronômico do ano está se aproximando: o Eclipse Anular do Sol. Este evento excepcional ocorrerá no dia 14 de outubro de 2023. Para uma extensa faixa que se estende do norte ao nordeste do Brasil, o eclipse será anular, enquanto nas demais regiões do país será parcial.

Na cidade de Rio Claro, localizada no estado de São Paulo, com coordenadas de latitude -22º e longitude -47º, o eclipse será parcial, com uma magnitude de 0,455. Isso significa que a Lua cobrirá aproximadamente 45% do Sol durante o auge do eclipse.

É importante observar que durante os eclipses solares, a Lua está em sua fase nova, com a parte iluminada voltada para o Sol e a parte não iluminada virada para a Terra.

Como será o eclipse em Rio Claro. Foto: Simulação TimeAndDate

O início do eclipse em Rio Claro está previsto para as 15:34 UTC -3 (horário de Brasília), com o ápice ocorrendo às 16:48 UTC -3, quando o Sol estará a cerca de +18º de altitude na direção oeste. No entanto, após o ponto mais alto, o eclipse terminará às 17:48 UTC -3, com o Sol a apenas +4º de altitude. Isso tornará a observação mais difícil devido à baixa posição do Sol no horizonte.

Portanto, para os observadores em Rio Claro, é recomendável aproveitar o início do eclipse às 15:34 UTC -3 e o momento de maior cobertura às 16:48 UTC -3.

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Máxima visualização do eclipse em Rio Claro. Foto: Simulação TimeAndDate

Para uma observação segura, lembre-se de utilizar equipamentos apropriados, como vidros de máscaras de solda número 14, que são acessíveis em termos de custos. Você pode aprender a criar sua própria máscara com papelão, fita isolante e vidro clicando aqui.

Em momento nenhum se deve observar diretamente nosso astro com óculos de sol, películas de raios X e materiais escuros semelhantes. É que a escuridão destes materiais faz com a que as pupilas dos olhos se dilatem, permitindo a passagem de mais raios ultravioletas e aumentando os riscos de lesões na retina.

Mesmo que seja por poucos segundos, a exposição dos olhos humanos à luz solar é capaz de causar danos irreparáveis na retina. Também não se deve olhar o sol através de binóculos ou telescópios que não estejam equipados com filtros adequados, pois os raios solares vão se concentrar, causando danos sérios à visão.

Para aqueles que não possuem equipamentos de observação, o fenômeno será transmitido ao vivo pelo YouTube do astrônomo rio-clarense Fabrizzio Montezzo, a partir das 12:00 UTC -3. Não percam essa oportunidade!

Os eclipses solares podem ser vistos das seguintes maneiras

  • Total: a Lua bloqueia totalmente a luz solar;
  • Parcial: o bloqueio acontece parcialmente, deixando uma parcela do Sol visível;
  • Anular: a distância da Lua não a permite cobrir toda a luz solar, deixando uma espécie de anel brilhante;
  • Híbrido: em um mesmo evento, o eclipse pode ser visto como anular ou total, dependendo do local de observação.

O último eclipse anular do Sol aconteceu em junho de 2021, mas não pôde ser visto do Brasil. O próximo, após o de 14 de outubro, ocorrerá em 2 de outubro de 2024.

Com informações do astrônomo Fabrizzio Montezzo