Adriel Arvolea

No último sábado (1º), o início das operações da empresa Uber em Rio Claro, notícia divulgada pelo Jornal Cidade, gerou discussão entre dois universitários nas redes sociais. O caso envolveu Marcos Pires, do Claretiano, e Júlia Bolli, da UFSCar.

A repercussão se deu quando Júlia comentou que o emprego de Pires, estudante de universidade particular, estava garantido na rede de fast food McDonald’s e questionou se os boletos (mensalidade) estavam em dia. Por sua vez, o jovem respondeu que ‘não via problema nenhum em trabalhar no McDonald’s’.

A discussão teve repercussão nacional e o Jornal Livre divulgou o caso em seu site com o título “Patricinha esquerdista de universidade pública humilha jovem trabalhador: ‘vá  trabalhar no McDonald’s’. Entenda o preconceito”, em artigo assinado por Kelvin Santos.

O Movimento Brasil Livre (MBL) repercutiu a notícia em seu Facebook, com a seguinte mensagem “PRECONCEITO DA NOJO! A história, passada em Rio Claro, ilustra bem a necessidade de se cobrar mensalidades para estudantes abastados e combater a doutrinação que acontece nas universidades públicas”.

Na última semana, estava em discussão a cobrança por cursos em universidades públicas no País. No entanto, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/14, que permitiria às universidades cobrarem por cursos de pós-graduação lato sensu (especialização), de extensão e de mestrado profissional foi arquivada. Eram necessários 308 votos para a aprovação da matéria em segundo turno na Câmara dos Deputados, mas 304 parlamentares se posicionaram a favor e 139, contra.

 

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.