Especialista explica os cuidados práticos que devem ser adotados antes do consumo dos produtos nas festividades

Murillo Pompermayer

Especialista explica os cuidados práticos que devem ser adotados antes do consumo dos produtos nas festividades
Especialista explica os cuidados práticos que devem ser adotados antes do consumo dos produtos nas festividades

O mês de junho, além de marcar a chegada do inverno, também se destaca devido às inúmeras festas típicas, as famosas quermesses. Rio Claro, por intermédio de suas paróquias e escolas, oferece ao público diversas opções, como é o caso da tradicional Festa do Padroeiro, realizada há mais de três décadas na Praça da Liberdade.

A quermesse de São João Batista atrai, todos os anos, milhares de pessoas seduzidas, também, pela variedade gastronômica característica destes festejos. As frias noites do sexto mês do ano proporcionam diversificadas alternativas: churrasco, cachorro-quente, doces, vinho quente, quentão, dentre outras. Na maioria das vezes, são apreciados sem hesitar. Mas há o que temer quanto ao consumo destes alimentos? O bom senso pede que haja precaução.

Mônica Marina Bonifácio Moschetta, nutricionista da Vigilância Sanitária de Rio Claro, afirma que nesta época do ano, na qual se iniciam as Festas Juninas e quermesses, os casos de infecções intestinais ou intoxicações provocadas por bactérias que se proliferam nos alimentos deteriorados são comuns.

De acordo com a profissional, há alguns cuidados práticos que devem ser adotados antes de se deliciar com as iguarias quase irresistíveis destas festividades. “A primeira delas é observar as condições de organização e higiene das barracas de alimentos. Nenhum mantimento pode estar armazenado direto no chão, e sim em prateleiras ou paletes, inclusive galão de água mineral, bebidas alcoólicas e refrigerantes. O armazenamento de carnes, tais como churrasco, hambúrguer ou salsichas, devem ser na geladeira até o momento do preparo”, orienta a nutricionista, que acrescenta que catchup, mostarda e maionese precisam ser disponibilizados aos clientes em sachês, nunca em bisnagas, que podem estar contaminados pela saliva de outros consumidores.

Mônica explica que produtos derivados do leite, como canjica, curau, pamonha e arroz doce, necessitam ser feitos no dia do consumo.

Por isso, devem conter uma etiqueta com a data de fabricação. “Já os salgados com recheios perecíveis, como carne, frango, camarão, atum e outros, têm que permanecer em estufa ligada a 60°C ou sob refrigeração até o momento de servir”, assegura.

Quanto aos alimentos embalados, a especialista diz que é necessário que haja procedência, ou seja, é importante que conste na embalagem o nome do fabricante, data de fabricação, além da data de validade do produto. Mônica assevera que as condições de higiene do vendedor também precisam ser observadas. “Os manipuladores de alimentos devem vestir uniforme de cor clara e sempre limpos. E lembre-se: quem manipula os alimentos não deve mexer no dinheiro”, alerta.

Por fim, a funcionária da Vigilância Sanitária solicita atenção especial em relação a alimentos que possam conter aflatoxinas, toxinas associadas à origem do câncer de fígado no ser humano, como amendoim e castanhas, que são essenciais que estejam acondicionados de modo original com a procedência do produto, bem como a data de validade. “Além disso, o consumo destes produtos contendo aflatoxinas podem gerar sintomas como febre, vômito, dor abdominal, perda de apetite, convulsão e hepatite”, garante.

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