Suposta ação de desmatamento no Parque Mãe Preta ocorreu em área cedida pela Prefeitura à organização da sociedade civil fundada pelo vereador Moisés Marques

Suposta ação de desmatamento no Parque Mãe Preta ocorreu em área cedida pela Prefeitura à organização da sociedade civil fundada pelo vereador Moisés Marques

A nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal foi formalizada nessa segunda-feira (18), em sessão ordinária. A CPI vai investigar ações de desmatamento em uma área de preservação ambiental no Parque Mãe Preta, em área cedida pela Prefeitura de Rio Claro à organização da sociedade civil Sal da Terra, instituição fundada pelo vereador Moisés Marques (PP). Hernani Leonhardt (MDB) é o presidente da Comissão, Julinho Lopes (PP) o relator e Sivaldo Faísca (União Brasil) o membro. O grupo terá 90 dias para concluir os trabalhos.

Durante a formação da CPI em plenário, Marques alegou que está sendo vítima de perseguição política por Leonhardt, com o qual se desentendeu em sessões anteriores. Ainda assim, Moisés disse ser favorável à investigação, ressaltando que não há irregularidades nas iniciativas realizadas pela entidade, apesar de a Secretaria Municipal do Meio Ambiente ter emitido um parecer técnico-ambiental em que aponta ter reconhecido obras de terraplanagem no terreno em questão.

A área está classificada dentro do Plano Diretor de Desenvolvimento como “área de preservação permanente” e “zona especial de proteção de recursos hídricos”. Marques, ainda, contra-atacou o vereador Hernani – que foi quem apresentou o pedido de CPI ao lado de outros 10 vereadores – citando que não houve o mesmo empenho nas ocasiões em que foram solicitadas aberturas de investigação contra Paulo Guedes (PSDB) e Julinho Lopes (PP) por prática de “rachadinha”.

Paulo rebateu afirmando que assinou o pedido pela nova CPI sem saber que se trata de uma entidade fundada por Moisés e que o assunto requer investigação, uma vez que se revela problemática a iniciativa em uma área de preservação. Carol Gomes (Cidadania) também ressaltou que versa sobre uma investigação de cunho ambiental, tal como foi a CPI do Chorume, que apurou a gestão do Aterro Sanitário anos atrás. Leonhardt também seguiu os demais apontando que não há questão política, mas sim pelo meio ambiente. Luciano Bonsucesso (PL) se manifestou favorável à nova CPI em seguida.