Antonio Archangelo

Apesar da utilização das chamadas ‘cavas de argila” para o abastecimento de água devido à estiagem, o fato é que o assunto ainda depende de análise.

De acordo com nota enviada pelo Consórcio PCJ, “a mais grave estiagem dos últimos 90 anos tem causado sérios problemas a municípios e empresas para manterem suas captações e não prejudicarem o abastecimento e produção. Atento às necessidades hídricas da região, o Consórcio PCJ iniciou trabalho de mapeamento por imagens de satélite de possíveis fontes de água que estão armazenadas em lagoas, represas e cavas de mineração ao longo das áreas mais críticas nas Bacias PCJ, para a disponibilidade hídrica. O estudo foi disponibilizado aos 43 municípios e 30 empresas associados à entidade”.

De acordo com a nota, até o momento, o estudo apontou para a existência de 61 cavas de mineração desativadas e 58 pequenos reservatórios com potencial de uso da água para abastecimento. “A disponibilidade hídrica das cavas de mineração pode sofrer alteração devido ao processo de mapeamento ser realizado com base em imagens de satélite estáticas, datadas de 2012 a 2014”, alega.

A transposição destas reservas de água para as estações de tratamento, rios e represas que abastecem os municípios das Bacias PCJ poderá ser feita através de um sistema de bombeamento com a utilização de tubulações temporárias de sistema de engate rápido ou permanentes de diversos materiais (alumínio, aço e tubos de polietileno – PEAD).

Na impossibilidade de uso das tubulações para bombeamento das reservas de água, há a alternativa de utilização de caminhões-pipa, para que possam ser feitas as transposições de água. Segundo cálculo preliminar, considerando-se um consumo de 200 litros de água por habitante por dia, para uma cidade de 10 mil habitantes, serão necessários aproximadamente 240 caminhões-pipa por dia, com a capacidade de 7 mil litros cada unidade.