A Polícia Civil de Rio Claro instaurou inquérito após a morte de uma criança de dois anos e 10 meses na última sexta-feira (5). A menina passou por três atendimentos na UPA da Avenida 29, sendo que nos dois primeiros foi medicada e liberada para ir para casa sem exames.

Sem notar melhoras na filha, a mãe buscou ajuda no local pela terceira vez, mas foi tarde demais. Somente nesta terceira vez e vendo o quadro crítico da criança ela foi encaminhada para a Unidade de Urgência e Emergência Nossa Senhora de Lourdes. Foi repassado para a mãe que a menina estava com uma pneumonia e que precisaria ser entubada. Horas depois Ana Beatriz, de dois anos e 10 meses, teve várias paradas cardíacas e morreu.

Na tarde de ontem (9), o delegado Carlos Alberto Schio ouviu formalmente a mãe (Maria Leticia de Moura Lima) e a avó da criança que apresentaram os prontuários médicos. Segundo a autoridade foi possível identificar os funcionários da UPA responsáveis pelos atendimentos. A investigação prossegue.

A mãe aponta negligência por parte dos médicos da UPA no caso: “Não fizeram o que deveria ser feito. Minha filha não era para estar morta. Tiraram o meu sorriso mais lindo”, disse Maria Leticia ao JC.

Em nota a Fundação Municipal de Saúde afirmou que determinou a abertura de sindicância para avaliar as circunstâncias do óbito e que empresa terceirizada responsável pelo atendimento afastou preventivamente o médico das atividades e abriu processo administrativo interno para apurações.

Secretário de Saúde falou sobre o caso

Durante entrevista ao Jornal da Manhã, o Secretário de Saúde, Marco Aurélio Mestrinel, falou sobre as circunstâncias do trágico incidente que culminou na perda da pequena Ana Beatriz, após ela receber atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Claro. Mestrinel analisou os procedimentos médicos empregados, destacou os desafios enfrentados pelo sistema de saúde local e delineou as medidas que estão sendo implementadas.