Carol Gomes declarou que os demais vereadores entenderam que declaração sobre ‘rachid’ era de gestões anteriores.

Após o arquivamento da investigação, vereadores aprovaram volta da tramitação do projeto de resolução que cria a Comissão de Ética dentro da Câmara Municipal

A Câmara Municipal arquivou, de forma unânime, nessa segunda-feira (22), um pedido de abertura de comissão processante para investigar as declarações da vereadora Carol Gomes (Cidadania) de que haveria a prática de “rachadinha” dentro do Poder Legislativo rio-clarense. A afirmação ocorreu na semana passada, após a aprovação do projeto de lei que reajustou os salários dos próprios parlamentares, durante pronunciamento nas suas redes sociais para justificar seu voto favorável.

Durante a sessão de ontem, após leitura do pedido da investigação de autoria do advogado Fred Martins, o presidente José Pereira (PSD) solicitou que os vereadores presentes votassem pela abertura ou não da comissão processante. Por unanimidade, os parlamentares optaram por não seguir com a pauta adiante, que acabou arquivada. Em nota, a vereadora Carol afirmou à reportagem que “A Casa entendeu que minha fala se referiu a casos notórios e de conhecimento público de legislaturas passadas”, afirma.

O advogado Fred Martins, que protocolou o pedido de investigação, declarou ao Jornal Cidade que “O corporativismo mais uma vez venceu, por unanimidade. Era o momento de colocar em pratos limpos o assunto da rachadinha na Câmara de Rio Claro, ainda mais quando temos um vereador condenado em 2ª instância pelo crime. Vou estudar a possibilidade de representar sobre o caso no Ministério Público e no Tribunal de Contas”, completa.

Após o arquivamento da investigação, a vereadora Carol solicitou a retirada do pedido de vistas do projeto de resolução que cria a Comissão de Ética dentro da Casa de Leis e que vigora desde 2020 no Poder Legislativo. Assinaram em apoio à volta da tramitação do texto, além da vereadora, os vereadores Vagner Baungartner (PSDB), Adriano La Torre (PP), Sivaldo Faísca (União Brasil), Geraldo Voluntário (MDB), Hernani Leonhardt (MDB), Irander Augusto (Republicanos), Serginho Carnevale (União Brasil), Julinho Lopes (PP), Rodrigo Guedes (União Brasil), Moisés Marques (PP), Diego Gonzales (PSD), Thiago Yamamoto (PSD) e Alessandro Almeida (Podemos). Luciano Bonsucesso (PL), Val Demarchi (União Brasil) e Rafael Andreeta (sem partido) não estavam presentes à sessão.

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