O Resgate dos Bombeiros atende vítima de acidente de trânsito ocorrido em Rio Claro. Sinistros geram alto custo para a rede pública de saúde (foto arquivo)

Ednéia Silva

O Resgate dos Bombeiros atende vítima de acidente de trânsito ocorrido em Rio Claro. Sinistros geram alto custo para a rede pública de saúde (foto arquivo)
O Resgate dos Bombeiros atende vítima de acidente de trânsito ocorrido em Rio Claro. Sinistros geram alto custo para a rede pública de saúde (foto arquivo)

O Brasil gasta, em média, R$ 16,1 bilhões por ano com acidentes de trânsito. Desse total, R$ 10,7 bilhões são o custo decorrente das mortes e R$ 5,4 bilhões com os feridos. Os dados foram levantados pelo Retrato da Segurança Viária 2014, elaborado pelo ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), com base nas informações do Datasus, ligado ao Ministério da Saúde, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e da ANTP (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros), de 2012.

A Associação Médica Brasileira (AMB) informa que até 70% dos serviços de emergência do país são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. Segundo a entidade, as fatalidades e lesões do trânsito têm um alto preço físico, emocional, social e financeiro que atinge as vítimas, familiares e pessoas próximas. “Muitos pacientes ficam com sequelas permanentes com alto impacto no restante de sua vida e os custos dos acidentes de trânsito representam cerca de 2% do PIB do Brasil”, destaca.

Em Rio Claro a situação não é diferente. Com uma frota com mais de 164 mil veículos, Rio Claro tem um grande número de acidentes de trânsito que geram um alto custo social e econômico. De acordo com dados do Datasus, em 2014, a cidade registrou 622 internações decorrentes de acidentes de trânsito que geraram custo de R$ 983.570,20, sendo R$ 810.873,84 em serviços hospitalares. Esses pacientes ficaram 2.216 dias nos hospitais. Os sinistros provocaram 26 mortes.

De janeiro a junho deste ano, foram 289 internações pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com 1.205 dias de permanências nos hospitais. Esse atendimento gerou gasto de R$ 516.223,35 para a rede pública, sendo R$ 428.111,32 em serviços hospitalares. Nesse período foram registrados oito óbitos. Os dados do primeiro semestre de 2015 diferem pouco do mesmo período de 2014. De janeiro a julho do ano passado, houve 314 internações com 1.120 dias de permanência e custo de R$ 495.779,40, sendo R$ 408.372,31 em serviços hospitalares.

De janeiro a julho deste ano foram registrados 793 acidentes de trânsito na cidade de Rio Claro. O número é alto, mas, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, os sinistros diminuíram 30% desde a instalação dos radares, ocorrida em fevereiro de 2014. São 27 radares fixos e três móveis. Além disso, a prefeitura também fez intervenções viárias. Mesmo assim, a pasta ressalta que é preciso fiscalização e respeito à legislação. Hoje a fiscalização é feita pela Guarda Civil Municipal e pela Polícia Militar. O município criou o cargo de agente de trânsito, mas ninguém ainda foi contratado.

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