Valdira Guimarães Augusto

 Estilo musical que ultrapassa gerações, o rock é considerado revolucionário, mas nem sempre as novas bandas conseguem o espaço desejado
Estilo musical que ultrapassa gerações, o rock é considerado revolucionário, mas nem sempre as novas bandas conseguem o espaço desejado

No domingo, 13 de julho, comemora-se o dia Mundial do Rock’n Roll. A data é destaque desde a realização do megaevento beneficente ocorrido em 1985, o Live Aid, destinado a arrecadar fundos para as vítimas da fome na África, e que aconteceu simultaneamente em Londres e na Filadélfia. O evento contou com a participação de grandes artistas, como Paul McCartney, Elton John, Mick Jagger, Queen e David Bowie. Estilo musical que ultrapassa gerações, o rock é considerado revolucionário, mas nem sempre as novas bandas conseguem o espaço desejado, seja junto à mídia ou ao próprio público. E neste contexto quem anda conquistando o público são as bandas covers.

Uma dessas bandas é a rio-clarense Masked Maggots, cover da Slipknot. A banda existe há cinco anos e atualmente é composta por Nill Ferreira (DJ e samples); Roger (bateria); Deonísio (baixo); Diego (percussão e backing vocal); Neuton (guitarra); Matheus (samples); Talwer (percussão e backing vocal); Adam Ashba (guitarra) e Johnny (vocal).

Os integrantes comentam que, apesar de existirem músicos de talento e criatividade, a grande mídia não dá espaço e os próprios apreciadores do rock pouco apoiam a cena underground da região. “Um grande exemplo disso é a banda Project 46 que, inclusive, era um cover de Slipknot, é uma ótima banda e vem lançando ótimas músicas. Mas a cena underground ainda não tem estrutura para que bandas como ela possam se dedicar somente à música”, observam.

Sobre o interesse pelas bandas covers, os músicos destacam que elas sempre estiveram em cena com bom público, porém, atualmente, consideram que estão em um melhor momento. “Nesse nicho do rock, surgem muito mais bandas covers do que de rock autoral. E se for analisar a cena independente, pode-se dizer que as bandas covers realmente têm mais espaço. As bandas covers são legais e, no nosso caso, nem todos possuem condições de ver o próprio Slipknot ao vivo, sendo assim o público paga e se diverte como em um show da banda original”, avaliam os integrantes da Masked Maggots.

Outra banda cover de Rio Claro é a The Pepperies. Um diferencial é que ela apresenta uma versão feminina da californiana Red Hot Chili Peppers. Assim, Tassyane Marize atua no contrabaixo representando Flea; Mari Segretto na bateria como Chad Smith; Tina nos vocais como Anthony Kieds e Marcella Chiapina, na guitarra, como John Frusciante.

Para a baterista Mari Segretto, as bandas covers estão conquistando mais espaço a cada dia. “Percebo isso porque a maioria das integrantes já tocou em outras bandas que tocavam músicas próprias e não recebiam o devido valor. Claro que há exceções, porém poucas bandas conseguem levar e buscar sucesso com suas próprias músicas”, menciona Maria. “Quando começamos a ser contratadas para tocar, percebemos a diferença de fazer parte de uma banda cover e como o público realmente gosta dos shows e músicas que esses grandes mestres compuseram. Não digo isso apenas do Red Hot Chili Peppers, mas também de muitas outras bandas famosas que também têm seus covers”, acrescenta a baterista da banda.

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