A atenção de um morador da região do Parque Universitário evitou uma tragédia que poderia ter ocorrido no início da noite do último sábado (6), na casa de dona Lurdes Segri e seu marido, Armando Luiz Segri, ela de 65 anos e ele com 62.

“Eu estava em casa com meu marido, quando ouvi uma pessoa batendo à nossa porta e fui averiguar, era um homem, disse que morava no prédio próximo e que viu fogo ali perto de casa, alguma coisa caindo”, relatou dona Lurdes.

Preocupados, os idosos foram até o quintal e nada localizaram. O morador da região, ainda preocupado, voltou à casa do casal e insistiu, foi quando seu Armando subiu no telhado e, de fato, um balão teria caído ainda aceso nas telhas da residência.

“Ficamos desesperados e muito preocupados, se esse homem, que pretendo reencontrar, não tivesse visto e sido extremamente gentil e prestativo em ir até nossa casa, a tragédia poderia ser grande, poderíamos ter perdido nossa vida, nossa casa, afinal a queda do objeto em chamas foi bem na região do quarto”, contou a aposentada.

Dona Lurdes contou também que, com as chamas, a parafina presente no suposto balão estava derretida e acabou entrando pelo madeiramento de sua casa.

“Tivemos sorte de as chamas não atingirem a madeira, pois tem trinta anos”, finalizou.

Socorro

O Corpo de Bombeiros deve ser acionado sempre que necessário, através do telefone 193, pois são capacitados para atuar nas ocorrências.

Soltar balão é crime: pena varia de um a três anos de detenção ou multa

As ocorrências envolvendo balões costumam aumentar nos meses de junho e julho, mas nas festas de fim de ano há também registros, haja vista a situação ocorrida na residência localizada no bairro Parque Universitário, em Rio Claro, colocando em risco a vida de um casal de idosos e o imóvel onde residem há pelo menos 30 anos.

Por conta da alta incidência de ocorrências desta natureza, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo tem intensificado as ações para apreender e evitar a soltura de balões. A população também pode ajudar, denunciando a soltura de balões ligando para 190 ou 181.

Veja informações sobre os riscos e os crimes envolvendo a soltura de balões, de acordo com informações do Governo do Estado de SP.

Quais os riscos de soltar balões?

Os balões são muito perigosos porque, além do risco de incêndios, podem carregar cangalhas de fogos de artifício na base e provocar explosões perto de residências, florestas, empresas e veículos. Quando o balão sobe, ele é carregado por correntes de ar e levado para locais imprevisíveis, colocando em risco o tráfego aéreo e milhares de passageiros que voam pelo Estado todos os dias. Os balões também ameaçam o meio ambiente e destroem a fauna e a flora quando caem nas matas.

Quais crimes o baloeiro comete?

Quem é flagrado soltando balão pode responder pelo artigo 261 do Código Penal Brasileiro, que trata da exposição de perigo a embarcações ou aeronaves próprias ou de terceiros, bem como de qualquer ato que dificulte ou impeça a navegação marítima, fluvial ou aérea. Nesse caso, a pena de reclusão varia de dois a cinco anos.

Fabricar, vender, transportar e soltar balões também são crimes previstos no artigo 42 da Lei nº 9.605/98, dos crimes contra a flora: “fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano”. A pena é de prisão de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas, cumulativamente. Vale ressaltar que crimes ambientais são inafiançáveis.

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