Imagem: Divulgação/PMRC

Titular da pasta disse que o papel de fiscalização em relação a fogos de artifício com estampido foi cumprido. Rogério Guedes também comentou sobre a direção perigosa de motociclistas: “Não damos conta de atender todos os bairros”

A Guarda Civil Municipal de Rio Claro divulgou ontem, quarta-feira (4), o balanço de atendimentos no período compreendido das 18 horas do dia 31/12 às 23h59 do dia 1° de janeiro de 2023. De acordo com a corporação, foram 116 ocorrências em que as mais relevantes apontadas são 50 atendimentos de perturbação de sossego, 37 rondas e estacionamentos preventivos, 12 averiguações de indivíduos suspeitos, cinco sons altos em veículos, quatro desinteligências, quatro ocorrências contra o patrimônio, dois tráficos de entorpecentes e dois acidentes de trânsito com vítimas.

“Com relação ao ano passado foi muito positivo o trabalho da área da segurança em Rio Claro”, disse o secretário e vice-prefeito Rogério Guedes, informando que no período nenhum caso de roubo foi registrado. Ao ser questionado sobre as críticas em relação ao grande volume de fogos de artifício com estampido, Rogério pontuou: “O nosso trabalho fiscalizatório existiu, tanto é que nas ações pré-Réveillon em nenhum comércio foram encontrados fogos com estampido à venda. O que pode ter acontecido é que esses fogos tenham vindo, tenham sido comprados em alguma cidade da região. Onde fomos chamados, estivemos. O problema é que, quando a pessoa nos aciona, até chegarmos, os fogos já foram soltos e não temos como autuar”.

A veterinária Daniela Silva é uma das munícipes que discordam do trabalho realizado no fim de ano e apontou falta de fiscalização: “Só eu realizei oito ligações para a Guarda Civil Municipal de Rio Claro, quando inclusive me identifiquei, deixei meu nome, meu telefone. Eu indiquei o local, passei o endereço e simplesmente não apareceu ninguém para verificar o absurdo que acontecia em relação à soltura de fogos com estampido. Em oito ligações eu duvido que não poderiam ter feito um flagrante, até mesmo porque a prática ilegal neste local ocorreu de forma contínua por horas. Eu acredito que precisamos trabalhar juntos em prol da lei. Agora não adianta repassar número para ligar, a gente fazer a denúncia, sendo que não veio ninguém averiguar. Sinceramente acredito que isso precisa ser revisto”, afirmou.

Outra prática que não agradou aos moradores de muitos bairros foi o barulho que motociclistas fizeram nas vias sem contar a direção perigosa. Entre os bairros que o JC mais recebeu reclamações estão Jardim Novo I e II, Jardim das Flores, Boa Vista e Bonsucesso: “No Bonsucesso era por volta de uma da manhã as vias estavam tomadas dos dois lados, com motociclistas empinando, uma verdadeira baderna instaurada e não desceu uma viatura por lá para acabar com aquele cenário”, apontou uma moradora que pediu para não ter o nome divulgado com medo de represálias.

Sobre esses fatos, o secretário respondeu: “Por mais que a GCM e a PM estiveram com reforço nas ruas, as equipes não dão conta de atender às demandas de toda a cidade, que tem em torno de 210 mil habitantes. A GCM esteve com quatro motos e seis viaturas e a PM com duas motos e 11 viaturas para o patrulhamento preventivo e ostensivo”.