Em razão da pandemia do coronavírus, o Estádio Benito Agnelo Castellano estará vazio e os torcedores velistas terão de apoiar o time a distância na partida deste sábado (31) entre Velo Clube e Noroeste pela semifinal do Campeonato Paulista da Série A-3. Com a restrição, alguns torcedores dão o famoso “jeitinho brasileiro” para assistir e torcer de perto pelo tão desejado acesso do Velo Clube.
Murilo Cesar Chinaglia, 44 anos, vem utilizando uma árvore atrás de um dos gols do Estádio Benitão para apoiar o Rubro-verde.
“Sou velista desde quando nasci e encontrei um subterfúgio para acompanhar os jogos no Benitão, subo na árvore da Avenida 19. É um pouco desconfortável, já não sou mais nenhum menino, gosto mesmo e de estar na arquibancada, mas devido à pandemia é o que tenho para o momento, então é aproveitar isso”, disso Murilo.
Hoje o torcedor estará novamente apoiando o Velo da sua “arquibancada vip” e aposta em uma vitória do Rubro-verde.
“Vitória por 2 a 0, estarei lá novamente, já até avisei nas redes sociais se alguém subir na minha árvore vai ter que descer”, brincou o torcedor.
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João Oliveira, 24 anos, também tentará usar a alternativa das árvores ao redor do Benitão para acompanhar a partida e lamenta não poder estar dentro do estádio.
“Um sentimento horrível, porque sempre apoiamos o Velo da arquibancada cantando os 90 minutos, mas logo volta ao normal, eu tenho fé. Com a torcida no estádio, a adrenalina vai a mil, em casa é muito sem graça. Vou tentar acompanhar de um ‘camarote’, uma árvore que tem na calçada do Benitão. Estou muito confiante, o time está passando muita confiança nesses últimos jogos, o meu palpite vai ser 1 x 0 para o Velo, gol do Lucas Duni”, disse João.
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Leandro Brassoloto, 35 anos, que herdou e aprendeu com seus pais a torcer pelo Velo, no Benitão, fala da angústia de torcer de casa em uma decisão.
“Nasci e cresci praticamente dentro do Benitão, meus pais eram diretores do Velo e passaram esse amor para mim, que com certeza será passado pra minha filha Lia. Não é fácil não poder ir ao estádio torcer. Por algumas vezes, por motivo de trabalho, estava em outros países, mas sempre acompanhando, dessa vez é algo totalmente novo, pois estar do lado do estádio do Velo e não poder entrar para prestigiar é ‘agoniante’. Mas mesmo de casa a torcida é frenética”, afirmou Brassoloto.
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Leandro está confiante na vitória velista e, mesmo torcendo de casa, cumprirá seu ritual em dias de jogos no Benitão.
“Assistir ao jogo em casa fico mais nervoso, afinal a atmosfera do estádio e estar junto com a galera da geral do Velo apoiando o time o tempo todo acabam sendo um diferencial. Mas vou colocar o manto do Velo, e torcer, afinal dia de jogo sempre é com a camisa do Velo Clube. Torcedor velista nasce confiante, é essa a chama de amor ao clube de todo ano confiar e torcer. Ser torcedor do Velo é especial, meu palpite é uma vitória por 2 a 1”, finalizou Brassoloto.