Murilo assiste o jogo em um árvore atrás do Benitão. ( Foto: Gustavo Amorim)

Em razão da pandemia do coronavírus, o Estádio Benito Agnelo Castellano estará vazio e os torcedores velistas terão de apoiar o time a distância na partida deste sábado (31) entre Velo Clube e Noroeste pela semifinal do Campeonato Paulista da Série A-3. Com a restrição, alguns torcedores dão o famoso “jeitinho brasileiro” para assistir e torcer de perto pelo tão desejado acesso do Velo Clube.

Murilo Cesar Chinaglia, 44 anos, vem utilizando uma árvore atrás de um dos gols do Estádio Benitão para apoiar o Rubro-verde.

“Sou velista desde quando nasci e encontrei um subterfúgio para acompanhar os jogos no Benitão, subo na árvore da Avenida 19. É um pouco desconfortável, já não sou mais nenhum menino, gosto mesmo e de estar na arquibancada, mas devido à pandemia é o que tenho para o momento, então é aproveitar isso”, disso Murilo.

Hoje o torcedor estará novamente apoiando o Velo da sua “arquibancada vip” e aposta em uma vitória do Rubro-verde.

“Vitória por 2 a 0, estarei lá novamente, já até avisei nas redes sociais se alguém subir na minha árvore vai ter que descer”, brincou o torcedor.

Murilo vê o jogo de uma árvore atrás do Benitão. Foto: Gustavo Amorim

João Oliveira, 24 anos, também tentará usar a alternativa das árvores ao redor do Benitão para acompanhar a partida e lamenta não poder estar dentro do estádio.

“Um sentimento horrível, porque sempre apoiamos o Velo da arquibancada cantando os 90 minutos, mas logo volta ao normal, eu tenho fé. Com a torcida no estádio, a adrenalina vai a mil, em casa é muito sem graça. Vou tentar acompanhar de um ‘camarote’, uma árvore que tem na calçada do Benitão. Estou muito confiante, o time está passando muita confiança nesses últimos jogos, o meu palpite vai ser 1 x 0 para o Velo, gol do Lucas Duni”, disse João.

João está confiante na vitória do Velo Clube

Leandro Brassoloto, 35 anos, que herdou e aprendeu com seus pais a torcer pelo Velo, no Benitão, fala da angústia de torcer de casa em uma decisão.

“Nasci e cresci praticamente dentro do Benitão, meus pais eram diretores do Velo e passaram esse amor para mim, que com certeza será passado pra minha filha Lia. Não é fácil não poder ir ao estádio torcer. Por algumas vezes, por motivo de trabalho, estava em outros países, mas sempre acompanhando, dessa vez é algo totalmente novo, pois estar do lado do estádio do Velo e não poder entrar para prestigiar é ‘agoniante’. Mas mesmo de casa a torcida é frenética”, afirmou Brassoloto.

Leandro Brassoloto com a camiseta que ganhou do volante e capitão Niander do Velo Clube

Leandro está confiante na vitória velista e, mesmo torcendo de casa, cumprirá seu ritual em dias de jogos no Benitão.

“Assistir ao jogo em casa fico mais nervoso, afinal a atmosfera do estádio e estar junto com a galera da geral do Velo apoiando o time o tempo todo acabam sendo um diferencial. Mas vou colocar o manto do Velo, e torcer, afinal dia de jogo sempre é com a camisa do Velo Clube. Torcedor velista nasce confiante, é essa a chama de amor ao clube de todo ano confiar e torcer. Ser torcedor do Velo é especial, meu palpite é uma vitória por 2 a 1”, finalizou Brassoloto.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Esportes:

Jucielen vence bicampeã nos EUA

Portões do estádio Benitão serão abertos às 13h30