O personagem ficou famoso pelos contos de Monteiro Lobato sobre o Sítio do Pica-Pau-Amarelo (Imagem: Saci, por Ziraldo)

Wagner Gonçalves

O personagem ficou famoso pelos contos de Monteiro Lobato sobre o Sítio do Pica-Pau-Amarelo (Imagem: Saci, por Ziraldo)
O personagem ficou famoso pelos contos de Monteiro Lobato sobre o Sítio do Pica-Pau-Amarelo (Imagem: Saci, por Ziraldo)

Logo que se fala em 31 de outubro logo o pensamento é remetido ao Halloween, ou para os brasileiros, o Dia das Bruxas. A data tem origem norte-americana, em que há a tradição de as crianças se fantasiarem de monstros e bruxas e sair às ruas para pedir doces ou travessuras (Trick-or-treat). No Brasil, o hábito não é na mesma intensidade, mas há festas temáticas, principalmente, nas escolas.

No entanto, desde 2003, nesta data também é celebrado um personagem do folclore brasileiro, famoso por suas travessuras e que faz parte da literatura infantil. O Saci-Pererê teve origem no sul do país, inspirado em tribos de índios. “Para as crianças é mais educativo aprenderem e celebrarem o dia do saci, que é um personagem brasileiro”, disse a bacharel em História, Jéssica Souza.

Eternamente lembrado por Monteiro Lobato na obra “O Sitio do Pica-Pau-Amarelo”, Jessica diz, no entanto, que o personagem acaba ofuscado por esta cultura americana importada. “Tal data não é muito celebrada no país, pois o que chega às nossas crianças, em grande parte, vem de fora e nossa cultura nacional acaba ficando pra trás”, comentou.

Para ela, a comemoração do Dia do Saci é de suma importância para a valorização da cultura brasileira e atua com caráter educativo: “temos personagens importantes que precisam ser estudados para que a cultura do Brasil não seja esquecida com o passar do tempo”.

O PERSONAGEM

Reza a lenda de que o negrinho de uma perna só teria ficado assim lutando capoeira. De gorrinho vermelho e cachimbo na boca, o Saci-Pererê tem como principais características o tom brincalhão e o hábito de fazer travessuras com animais e pessoas.

Conta-se, dos mais antigos, que o travesso menino faz bagunça nas casas escondendo objetos, fazendo comida queimar. Presente em redemoinhos de vento, conforme a tradição folclórica, o personagem pode ser capturado jogando-se uma peneira sobre os redemoinhos. Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.

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